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10/09/2017 Ataques a terreiros do Rio podem ter partido de traficantes envolvidos com pastores evangélicos, diz Átila Nunes

Casos de Polícia

08/09/17 16:48

Ataques a terreiros do Rio podem ter partido de


traficantes envolvidos com pastores evangélicos,
diz Átila Nunes

Membros de terreiro, na Baixada Fluminense, dizem ataque foi feito por traficantes ligados a supostos
pastores evangélicos Foto: Reprodução / TV Globo

Ricardo Rigel

O secretário estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI), Átila Nunes,
afirmou ao EXTRA, nesta sexta-feira, que os recentes ataques a terreiros de umbanda e candomblé
ocorridos na Baixada Fluminense e na Capital podem ter relações com traficantes envolvidos com
supostos pastores evangélicos. Denúncias recebidas através do Disque Combate ao Preconceito
(2334-9551), apontam que traficantes estariam ameaçando os líderes religiosos para que deixassem de
celebrar os cultos.
— Nós estamos estudando uma forma de resguardar essas pessoas que frequentam esses centros e
ao mesmo tempo cobrar que estes casos sejam apurados rapidamente. Nós temos recebido várias
denúncias de que falsos pastores têm criado uma relação com o tráfico de drogas de regiões como as
de Nova Iguaçu, para lavar o dinheiro do tráfico dentro das igrejas. Tenho conversado com a Polícia
Civil para que esses casos passem a ser investigados — contou o secretário Átila Nunes.

Secretário Átila Nunes tem recebido denúncias de donos de centros espíritas Foto: Guilherme Pinto /
Guilherme Pinto

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10/09/2017 Ataques a terreiros do Rio podem ter partido de traficantes envolvidos com pastores evangélicos, diz Átila Nunes

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semanas, seis casos de intolerância religiosa foram registrados em Nova Iguaçu.

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Segundo a Secretaria Estadual de Direitos Humanos, na terça-feira, um grupo de criminosos invadiu um
terreiro de candomblé, no Parque Flora, também no município, e quebrou imagens e objetos usados
nosassinante
O cultos. Mas,digital
neste lê o Extra
caso, no computador
os donos ou tablet
do terreiro não tiveram coragem de registrar o fato.
a
—qualquer hora
Já conversei com
com comodidade
os donos do local, emas
agilidade.
eles têm muito medo de tudo que está acontecendo.
Estamos fazendo uma mediação com a Polícia Civil, para que tudo seja apurado. Esse é um fenômeno
Acessaque
terrível umnão
arquivo com todas
pode continuar as edições
crescendo dos
em nossa últimos
sociedade.
30 dias.
Elaine Dias Pereira, de 64 anos, a Mãe Elaine de Oxalá, responsável por um terreiro de Candomblé, no
bairro de Santa Rita, também em Nova Iguaçu, diz que também tem sofrido com ataques de intolerância
Tem nasHámãos
religiosa. quatroa meses,
qualidade do jornalismo
criminosos jogaram umadobomba
Extra.
no terreiro dela:
— Foi um absurdo o que fizeram comigo. Explodiram o meu relógio e fugiram. O caso foi registrado
Objetividade,
como intolerânciaclareza eO
religiosa. prestação de deixa
que mais me serviços.
tensa é que tenho esse terreira há quase 30 anos e
estamos com muito medo de novos ataques.

Depois R$ 10,00/mês
Mãe Elaine de Oxalá diz que, há quatro meses, o terreiro foi atacado por criminosos

Ainda de acordo com a mãe de santo, ela também tem conhecimento de que outros terreiros estão
sofrendo ameaças de traficantes ligados a pastores.
— Uma filha de santo me relatou que viu um traficante ordenando o fechamento de um terreiro aqui em
Nova Iguaçu. Estamos assustados e queremos uma providência das autoridades — reclamou Mãe
Elaine de Oxalá.

ASSINE
Entre as denúncias recebidas pela (SEDHMI), um filho de santo de outro terreiro, também em Nova
Iguaçu, chegou a relatar os ataques que o centro dele vem sofrendo:
"Nossa casa foi invadida por traficantes. Assim como outras casas também foram. Nos proibiram de
exercer qualquer tipo de culto, atabaques e até mesmo usar roupas que remetam a nossa religião.
Nosso medo da exposição é exatamente de perder o nosso barracão".
A polícia Civil está investigando os casos relacionados aos ataques em Nova Iguaçu. Ainda segundo
Átila Nunes, na próxima semana, ele volta a se reunir com o Secretário estadual de Segurança, Roberto
Sá, e com o delegado Carlos Leba, chefe da Polícia Civil, para definir o cronograma de obras para a
implantação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi):
— A nossa expectativa é que o órgão comece a funcionar ainda este ano.

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