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PPM VMB
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................5
1.1 AS REVISTAS.................................................................................................................5
1.2 A MTV..............................................................................................................................7
2 O ADMIRÁVEL MUNDO MTV............................................................................................9
2.1 MUSIC TELEVISION.....................................................................................................9
2.2 O SURGIMENTO DA REVISTA..................................................................................10
2.2.1 O Conteúdo da Revista...........................................................................................12
3 POR QUE AS REVISTAS FECHAM?..................................................................................14
3.1 ESTUDANDO O DESAPARECIMENTO DA REVISTA MTV..................................15
3.2 ENQUETE......................................................................................................................19
REFERÊNCIAS........................................................................................................................23
ANEXO.....................................................................................................................................26
5
1 INTRODUÇÃO
A revista MTV, desde sua primeira edição, publicou em seu editorial ser uma
revista que acredita em “mundo inteligente entre os jovens”. Explicava que a revista
tinha o intuito de informar os adolescentes, formando assim suas opiniões. A revista
foi vendida nas bancas até abril de 2006 e após essa data foi comercializada apenas
por assinatura.
No ano de 2007, a revista faz suas últimas publicações, informa os assinantes
sobre o fechamento e oferece outras opções de assinaturas para substituir a revista
MTV. O último exemplar foi publicado em dezembro daquele ano. Procuramos
entender os motivos que levaram ao encerramento da revista publicada pela
emissora MTV, que circulou desde o ano 2001 até 2007. E também, como objetivos
específicos, analisar o conteúdo de algumas edições da revista buscando
reconhecer seus principais editoriais e formas de linguagem; investigar se durante
sua existência a revista seguiu suas propostas iniciais de abordar temas da
atualidade, a partir de uma visão reflexiva; identificar determinados assuntos
tratados pela revista e por seus colunistas, de modo a identificar posicionamentos
ideológicos; contatar alguns ex-assinantes da revista para saber suas opiniões a
respeito do fechamento da revista e do conteúdo da mesma. Tivemos como
metodologia elaborar um estudo de caso sobre o processo de criação,
desenvolvimento e fechamento da revista MTV. Para tanto, contatamos alguns ex-
assinantes da revista de modo a conhecer a opinião deles sobre o veículo.
Fizemos ainda um levantamento sobre os principais assuntos tratados pelo
veículo em seus números iniciais e finais, buscando identificar as seções de
destaque de publicações e as que se mantiveram do começo ao fim.
1.1 AS REVISTAS
Segundo Corrêa (2005), até 1830, as revistas eram caras, sendo assim,
adquiridas apenas pela elite. Então um inglês decide fazer revista de preço baixo,
mais acessível. Esta era quase um almanaque, com informação variada e
6
1.2 A MTV
Esta revista acredita que existe vida inteligente entre os jovens. Acredita
que é possível falar de comportamento com seriedade, profundidade, humor
e leveza. Acredita que tem muito mais coisa legal para ser dita do que
fuxicar sobre a vida alheia. Esta revista - e as pessoas que trabalham nela -
acreditam que a gente pode fazer diferença com nosso trabalho, nossas
risadas, nossas dúvidas e principalmente nossas buscas. (Figueiredo,
2001a, p. 8)
A proposta da Revista MTV não era apenas abordar os jovens com temas
importantes e atuais de maneira descontraída e com linguagem acessível, mas sim
tornar a população jovem mais consciente dos problemas que a sociedade vem
enfrentando e criar formadores de opinião.
Diante de uma proposta tão interessante, fica difícil compreender os motivos
que levaram ao fechamento da Revista. Segundo a assessoria de imprensa da
emissora, a revista foi descontinuada por motivos estratégicos, afirmaram que a
emissora pretende investir pesado na operação da TV Digital.
No decorrer deste estudo, levantamos as possíveis causas do seu
fechamento, apontamos uma série de motivos que podem levar uma revista a deixar
de ser publicada, mesmo sendo, aparentemente, tão apreciada pelo público.
9
adolescente-juvenil é ambivalente".
Foi com esse pensamento, de que os adolescentes são um bons atores
sociais e bons consumidores, que a Editora Abril lançou a revista. Ela suprimia o
mundo em que o jovem vive, de sua vida cotidiana com textos de alta influência para
a formação da opinião deles, tornando-se um grande bem simbólico, como cita
Teixeira.
E, ao se dizer que a revista é dedicada ao mundo jovem, não há uma
estipulação exata para o uso do termo "jovem". Ela enfatiza bem que ser jovem não
tem uma data predeterminada a começar ou terminar, e sim se classifica pelo modo
de vida que se leva e os hábitos que adota, e esses então acaba por se demarcar
como uma identidade juvenil. E é quando a revista publica matérias e reportagens
com tais hábitos e condutas para que esses jovens, ao lerem ou simplesmente
folhearem um exemplar, se identifiquem e se sintam interessados por ela.
Sendo assim, a Revista MTV, participava da realidade do leitor não só como
formação cultural como também na formação da Comunidade MTV, como cita
Teixeira. A revista, depois de ser vendida somente por assinatura, criou o MTV
Social Club, que dava aos seus assinantes brindes para vários eventos, como
ingressos do Hopi Hari, ingressos para um filme lançado naquele mês e vale-brindes
da lanchonete Bob's. Que são lugares com os quais os jovens se identificam,
formando assim uma comunidade juvenil, pois comunidade quer dizer "humano
comum", ou seja, se trata de um partilhamento de valores, bens e práticas que
fazem parte da relação social.
E, além de participar dessa realidade, a revista buscava também modificá-la,
tornando esses jovens não só pessoas que lêem, mas também pessoas que opinam
e agem sobre o assunto publicado. Teixeira diz o seguinte sobre o assunto:
Bessa (2007), numa mesma perspectiva, também cita que a revista MTV teve
um mérito maior que ter um bom uso de idéias, comportamentos e tecnologias, pois
"quando a revista foi lançada vivíamos a fase da bolha especulativa". Em suma, a
12
tinham seu papel em alta qualidade (um pouco mais grosso que o utilizado por
outras revistas), porém não durou muito e, nos seus exemplares posteriors, o papel
popular de revista foi adotado. Porém, a capa sempre manteve seu formato curioso.
Nela não havia chamadas para as matérias da revista, mas eram tão bem projetadas
que pareciam capas de livros; havia sempre um detalhe especial ou uma foto
artística.
Pode-se perceber que seus editores tinham uma preocupação social, pois era
a única revista da atualidade a expor assuntos polêmicos, pois publicava assuntos
fora da realidade de seus leitores como a pobreza, o preconceito sexual, racial e
economico, como explica Teixeira:
A MTV, de acordo com Naomi Klein (2002), é uma marca que pretende
"fabricar" uma cultura jovenil global. Ou seja, uma formação cultural de um jovem
que tem consciência profunda de seu lugar na sociedade, como diz Fridman (2002).
Talvez a frase "faça sua parte" sintetize bem a proposta e o conteúdo da
Revista em relação aos assuntos que aborda, como podemos notar nesse trecho da
revista escrito por Figueiredo (2001):
[…] Não adianta você se preocupar com o fim do mundo, com a ecologia,
com a guerra, com sei lá o que, se na hora de transar, você transa sem
camisinha. É básico! Então, vamos lá, chover no molhado, na boa: para
mudar e melhorar o mundo, amigo, é bom a gente começar pela gente
mesmo… A medida é o respeito com que a gente se trata.
vendendo cinco milhões e meio de exemplares. Com todo esse sucesso de vendas,
fica ainda mais difícil entender o por quê do encerramento dessas revistas.
Mas os problemas que mais afligem o futuro das revistas é o preço cada vez
mais alto nas bancas, o posicionamento do mercado e, principalmente, a competição
entre revistas e sites com credibilidade na Internet. A população começa a ver a
comodidade de se ler matérias, reportagens e crônicas via on-line. Que além de se
poder acessar a qualquer momento, na própria residência, também não se tem um
custo adicional. A questão é se a credibilidade que há no jornalismo virtual é o
mesmo que há no impresso.
Para entender as causas que levaram ao seu fim, é necessário analisar suas
propostas iniciais para ver se atingiram ou não os objetivos esperados.
Em uma entrevista publicada no Observatório da Imprensa (IG, 2004), Zé
Mangini, editor executivo da revista, afirmou que a Revista MTV nasceu de um
projeto denominado MTV 360 graus, que tinha a intenção de “ampliar a visibilidade
da marca, estando presente em todos os lugares e em todas as plataformas que o
público da MTV estivesse presente”.
A idéia de tal estratégia é certificar-se do permanente convívio do consumidor
com as informações da marca, independentemente do momento, da situação, do
ambiente ou da localidade em que ele se encontra. É uma tentativa de se apropriar
da atenção exclusiva do consumidor, sem ao menos dar alguma chance ou
oportunidade à concorrência.
Então, percebemos que isso entrava em contradição com o que pôde ser lido
no editorial da primeira edição da revista MTV, que utilizou um texto de Goethe
(filósofo alemão), pouco conhecido entre os jovens.
“Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação existe uma verdade
fundamental cujo desconhecimento mata inúmeras idéias e planos
esplêndidos: a de que no momento nos comprometemos definitivamente, a
providência move-se também. Toda uma corrente de acontecimentos brota
da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda a sorte de incidentes e
encontros e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse
em sua direção. O que quer que você possa fazer ou sonhe que possa,
faça. Coragem contém genialidade, poder e magia. Comece agora.”
Em seguida nos deparamos com um pequeno texto da ex-diretora de redação
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“Esta revista acredita que existe vida inteligente entre os jovens. Acredita
que é possível falar de comportamento com seriedade, profundidade, humor
e leveza. Acredita que tem muito mais coisa legal para ser dita do que
fuxicar sobre a vida alheia. Esta revista - e as pessoas que trabalham nela -
acreditam que a gente pode fazer diferença com nosso trabalho, nossas
risadas, nossas dúvidas e principalmente nossas buscas. Queremos trocar
figurinha, informação, impressão, sentimentos. Queremos ser felizes, fazer
nossa vida melhor e que você venha junto. Com muito prazer, orgulho, e
emoção, bem-vindo à revistas MTV, uma revista brasileira, feita para você,
que também acha que a vida é muito, muito boa.”
A contradição está no seguinte ponto: Se uma revista que tem como objetivo
tratar de vida inteligente entre os jovens, ela deve destinar-se a um público mais
interessado em assuntos da atualidade que, infelizmente, não constitui a maioria dos
jovens brasileiros. Isso foge totalmente da proposta citada na entrevista, da
comunicação 360 graus. Em tal estratégia, o objetivo principal é vender, assim como
em todas as estratégias de marketing e comunicação. Como vender um produto
direcionado a um público que não constitui a maioria?
A intenção da revista era, na verdade, chocar o leitor. Fazendo com que ele
se sentisse um pouco mais culto e inteligente ao ler a mesma. Comprando a revista,
ele não se deparava com os mesmos assuntos tratados em outras revistas que têm
o mesmo púbico alvo: os jovens.
Isso é pura Indústria Cultural, pois a marca buscava basear-se na cultura,
visando o lucro. A estratégia utilizada pela Indústria Cultural é muito eficaz, consiste
em lançar mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que
tende a provocar alienação. Isso leva o consumidor a agir da maneira que lhe é
proposta, sem qualquer tipo de argumentação. Segundo Adorno (apud, Bonini 2008)
“a grande intenção da Indústria Cultural é impedir a formação de indivíduos
autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente”. Na
Indústria Cultural tudo se torna negócio.
Foi exatamente isso que a Revista MTV fez, utilizou a cultura como marketing.
Passando por algumas edições, realmente encontramos assuntos
diferenciados e cheios de conteúdo, tratando de aquecimento global, racismo, meio
ambiente, cultura e etc. Também havia um colunista que foi muito elogiado por seus
textos: Alexandre Moebius. Porém, eles não perdiam a oportunidade de divulgar a
sua marca: a MTV. Sempre publicavam matérias sobre a programação da emissora,
17
música e etc. Isso é comunicação 360 graus, pois tentavam cercar o leitor de todas
as maneiras para que ele mantivesse uma ligação com a emissora mesmo com a TV
desligada.
Passadas algumas edições, o conteúdo começou a cair, a intenção de
divulgar a marca passou a ser mais evidente, e o excesso de propagandas paralelas
começou a incomodar os leitores, segundo uma pesquisa realizada num site de
relacionamentos.
Buscando na internet também encontramos depoimentos de vários leitores da
revista dando sua opinião sobre o produto. Alguns achavam que eles valorizavam
demais o estrangeiro e quase nada o nacional, outros fizeram reclamações quanto
ao conteúdo, outros reclamaram pelo excesso de matérias sobre música, etc. Por
outro lado, também encontramos elogios em relação ao design e até mesmo ao
conteúdo já mencionado como um ponto negativo. Enfim, gosto não se discute.
Após todas essas pesquisas concluímos que a Revista MTV, em seus sete
anos de existência, agradou muita gente e, ao mesmo tempo, deixou muito a desejar
na opinião de alguns. Sabemos que agradar a todos é impossível, porém, agradar o
público-alvo deveria ser uma obrigação. As pessoas que compravam e assinavam a
revista tinham expectativas: esperavam vê-la completa do início ao fim, com
matérias realmente interessantes e diferenciadas; o que não ocorreu.
Os membros da equipe MTV não se manifestaram quanto ao encerramento
da Revista. Em um blog que anunciava o fim da mesma, encontramos o relato de
que os profissionais da casa não confirmaram nem desmentiram a informação.
Segundo um deles, ninguém havia recebido nenhum comunicado oficial da cúpula.
“Estamos trabalhando normalmente, fechamos a última edição e estamos
preparando a próxima”, disse (novembro de 2007).
Se para os membros da equipe da revista isso foi uma surpresa, para os
assinantes não foi diferente. Muitos só ficaram sabendo do fim da mesma quando
deixaram de receber a revista em casa. Após reclamações, a editora Abril
possibilitou aos assinantes outras opções que pudessem substituir a Revista MTV
por uma outra (Gloss, Super Interessante, Mundo Estranho ou Capricho).
De acordo com um outro pronunciamento sobre o fim da revista, a assessoria
de imprensa da emissora alegou que a revista seria descontinuada por motivos
estratégicos, pois a emissora pretendia investir pesado na operação da TV Digital.
Sabemos que quando falamos em revista, falamos em produto. Lançar um
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produto no mercado é lidar com negócios, quando ele vende, ele tem vida longa, só
desaparece na falta de lucro. A Revista MTV deixou claro que estava tentando
ganhar assinantes quando apelou para o MTV Social Club, oferecendo ingressos de
cinema, vale-compras do Bob’s e etc. que, muitas vezes, valiam mais que a própria
revista. Muitos assinantes alegaram manter a assinatura só por este motivo. A
revista lançou essa promoção com um propósito: conquistar mais assinantes. Se o
mesmo tivesse ocorrido, não haveria por quê desistir do produto. Negócios são
negócios, quando se trata de uma revista, vale a opinião do público e, se não é
possível conquistar o número necessário de pessoas para manter a lucratividade, a
revista acaba tendo um fim mesmo.
Há muitos rumores sobre o seu fim, defendemos a tese de que a ela deixou
de ser publicada pois não atingiu as propostas inicias. Deixaram-se engolir pela
vontade de vender e deixaram um pouco de lado o conteúdo em si. Esqueceram-se
da qualidade e focaram na quantidade, o que fez com que os leitores cancelassem
as assinaturas, não trazendo a lucratividade esperada para a empresa.
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3.2 ENQUETE
6 0 ,0 0 %
5 0 ,0 0 %
4 0 ,0 0 %
3 0 ,0 0 %
A té 1 a n o
2 0 ,0 0 % 2 anos
3 anos
1 0 ,0 0 %
0 ,0 0 %
P o r q u a n t o t e m p o v o c ê le u
o u a s s in o u a s s id u a m e n t e a
R e v is t a M T V ?
Tabela 1: Tempo de leitura/assinatura
20
5 0 % B rin d e s
4 5 %
4 0 % C o n te ú d o
3 5 %
3 0 %
M a té ria s s o b re m ú s ic a ,
2 5 % b a n d a s , e tc .
2 0 %
C o lu n a s d e A le x a n d re
1 5 % M o e b iu s e R ita L e e
1 0 %
5 % P o r in d ic a ç ã o
0 %
O q u e te m o tiv o u a le r a P e la e m is s o ra M T V
R e v is ta M T V ?
Tabela 2: Motivação
35% E n tre v is ta s
30% B a n d a s d e g a ra g e m
25%
Todas as seções
20%
15% C o lu n a s d e M o e b iu s
e R ita L e e
10%
N o v id a d e s
5% te c n o ló g ic a s
0% A tu a lid a d e s
Q u a is a s s e ç õ e s d a
R e v is t a M T V c h a m a r a m L is tã o (d ic a s d e C d e
m a is a s u a a t e n ç ã o ? DVD)
50% F a lta d e in fo rm a ç ã o ,
m a té ria s fra c a s .
45%
40%
Ser apenas um a por m ês.
35%
30%
25%
T e m a s e a rtis ta s
20% in te rn a c io n a is .
15%
10% N ã o te m p o n to n e g a tiv o .
5%
0%
Q u a is p o n t o s n e g a t iv o s M u d a n ç a b ru s c a d e
v o c ê a p o n t a r ia n a R e v is t a c o n te ú d o : m u s ic a l p a ra
c u ltu ra l.
M TV?
100%
90%
80%
70%
60%
50% S im
40%
30%
20%
10%
0%
3 0 ,0 0 % In g re s s o s e b rin d e s
2 5 ,0 0 %
L is tã o (d ic a s d e C d e
DVD)
2 0 ,0 0 %
N o v id a d e s te c n o ló g ic a s
1 5 ,0 0 %
M a té ria s d e b a n d a s
1 0 ,0 0 % in d e p e n d e n te s
Tudo
5 ,0 0 %
C o lu n a d e M o e b iu s
0 ,0 0 %
O q u e h a v ia n a R e v is t a
M T V q u e f a z f a lt a p a r a In fo rm a ç ã o m u s ic a l
você?
Tabela 6: Sentindo falta
50%
45%
40%
35%
N ã o t ê m id é ia
30%
25%
Pouca
20%
lu c r a t iv id a d e
15%
10% Q u a lid a d e c a iu
5%
0% P r o b le m a s
V o c ê t e m a lg u m a u t o r a is
c o n h e c im e n t o o u o p in iã o
s o b r e o s m o t iv o s d o f im
d a R e v is t a M T V ?
Tabela 7: Opiniões sobre o fim da Revista
23
REFERÊNCIAS
CRISTINA, Elen. Produção da Revista MTV será encerrada. In: VOX EDITORA.
São Paulo: 2007. Disponível em:
<http://voxeditora.typepad.com/vox/2007/11/produo-da-revis.html>. Acesso em 27 de
maio 2008.
CRUZ, Ricardo. A maior festa do mundo! MTV, Music Television, São Paulo, v. 1, n°
7, p. 76-79, publicada em setembro de 2001.
FRIDMAN, Luis Carlos. Música da Deriva, a MTV- Brasil. Lugar Comum: estudos
de mídia, cultura e democracia, Rio de Janeiro, n° 15, p. 183-196.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999
KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de
Janeiro: Record, 2002.
SILVA, Daniel Ribeiro da. Adorno e a Indústria Cultural. In: URATAGUA, UEM.
Maringá: 2002. Disponível em: <http://www.urutagua.uem.br//04fil_silva.htm>.
Acesso em 07 de outubro 2008.
ANEXO
27
Por que se optou por se fazer uma estrutura editorial à parte da Abril?
No comercial exibido pela MTV em comemoração aos três anos da revista é citada a
marca de 1 milhão de leitores. Como se chegou a esse número?
28
Z.M. – Com certeza a revista da MTV atinge esse sucesso devido a sua marca e sua
ligação com o canal. Não sei se seria a tábua de salvação, mas com certeza é um
caminho bem próspero para a cultura pop brasileira.
Z.M. – Nesses três anos fizemos muitas matérias que se destacaram, difícil elencar.
As entrevistas são pontos altos das edições, a seção "Eu queria ser", as matérias de
comportamento como "Álcool, drogas e direção", "Racismo", as coberturas
jornalísticas musicais. Enfim, são três anos de boas matérias publicadas, seria
injusto destacar algumas e deixar outras de fora.
Qual seria o forte de sua linha editorial? A cobertura da área musical ou as matérias
sobre comportamento?
Z.M. – É um misto das duas coisas. Assinamos como "música e atitude" e a revista
reflete isso em seu todo. As matérias de comportamento têm cortes musicais e as
musicais, fundos de comportamento.
29
Uma critica que se faz é sobre a superficialidade das resenhas de CDs. O fato de a
revista estar ligada a uma emissora de TV cuja área de atuação depende das
grandes gravadoras faz com que ela não tenha opinião acerca da qualidade musical
daquilo que é lançado no mercado?
Z.M. – Não localizamos concorrentes diretos. Nosso público passeia por diversas
outras publicações, mas não vemos no mercado uma outra revista com o mesmo
foco que a revista da MTV, com target amplo, unissex, distribuição nacional etc.
Z.M. – Esse tipo de embate é comum em nosso meio. Todas as nossas fontes,
entrevistas e matérias passam por apuração antes de serem publicadas, quer feitas
por colaboradores, quer pela própria redação. A gravadora confirma que houve a
solicitação da entrevista. O jornalista Lúcio Ribeiro tem todo o nosso respeito.