Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Secretaria de Educação do DF
Centro de Educação Profissional Escola de Música de Brasília
Escola de Música de Brasília
Supervisão de Cursos Básico e Técnico Juvenil e Adulto
P Profº Marcos Bassul e Profª Simone Lacorte - 2ª Revisão
CEP EMB
Vice-diretora do CEP-EMB
ProfªLúcia Helena
4ª Revisão
06/2011
Sumário0
Prefácio
PREFÁCIO .......................................................................... 4
INTRODUÇÃO.................................................................... 5
1. PULSAÇÃO................................................................... 7
2. SOM............................................................................... 8
3. ALTURA....................................................................... 8
4. INTENSIDADE............................................................. 9
EXERCÍCIOS I............................................ 10
EXERCÍCIOS II........................................... 19
7. DURAÇÃO..................................................................... 24
8.1 Ritmo.................................................................. 24
8.2. Compasso........................................................... 25
8.3 Valores............................................................... 26
8.4 Ligaduras............................................................ 27
8.5 Ponto de Aumento.............................................. 27
EXERCÍCIOS III.......................................... 31
9. TOM E SEMITOM......................................................... 35
10. ALTERAÇÕES.............................................................. 35
EXERCÍCIOS IV......................................... 37
EXERCÍCIOS FINAIS................................. 41
DISCOGRAFIA................................................................... 47
BIBLIOGRAFIA.................................................................. 49
Sabemos, é claro, que a música tem fortes ligações com reações pessoais do tipo
intuição melódica, expressividade, sentido rítmico, pulsação, percepção auditiva e outras
que estão ligadas ao tipo de ambiente em que vive o cidadão, ou seja, se no seu conjunto, o
ambiente é favorável ou não ao desenvolvimento dessas características, pois as mesmas
são inerentes a todo o ser humano. Se lêssemos música desde a infância na mesma
proporção em que lemos livros leríamos uma partitura musical com a mesma facilidade
com que lemos uma frase escrita. Se tivéssemos desde a infância instrumentos a nossa
disposição para experimentarmos e descobrirmos, poderíamos criar músicas com a mesma
fluência que temos ao construir uma frase verbal. Portanto, a não ser que você tenha algum
problema fisiológico ou psicológico que o impeça de cantar ou tocar um instrumento, você
pode aprendê-lo.
As discussões a respeito do que foi dito acima ainda vão durar muito porque
envolvem processos internos que se manifestam a grandes profundidades, os quais a
psicologia musical vem tentando alcançar. De concreto, o que vale para nós é o seguinte: a
música pode ser aprendida sim. Estude, discipline-se, envolva-se, pesquise, pergunte,
improvise, faça acontecer! Essa é a realidade concreta de toda a cultura humana.
O material que você agora tem em mãos foi elaborado com a intenção de guiá-lo
nesse envolvimento, de forma tranqüila e efetiva, propiciando a você um farto repertório
para treinamento nas diversas áreas que constituem a Linguagem Musical e que servirá
como base para o seu estudo instrumental.
Finalmente, gostaria de ressaltar o fato de que a música é bem maior do que a teoria
que você vai estudar, que é referência para a música do Ocidente, mas não para a de todos
os povos do Planeta. Outras culturas têm outras referências musicais que tornam suas
músicas bem diferenciadas das que estamos acostumados a ouvir e para as quais a nossa
teoria não tem o mesmo sentido sentido. É a grandeza e universalidade da música que se
manifesta em todo lugar!
1.
2.
3 - ALTURA
CD1/Faixa 3
SOL SOL
FÁ FÁ
MI MI
RÉ RÉ
DÓ DÓ
4. TIMBRE
CD1/Faixa 4
1_____________________________________________________
2_____________________________________________________
3_____________________________________________________
4_____________________________________________________
5_____________________________________________________
1_____________________________________________________
2_____________________________________________________
3_____________________________________________________
4_____________________________________________________
5_____________________________________________________
6______________________________________________
1. Ouça as notas tocadas pelo professor e escreva o que ouvir (dó, ré, mi, fá, sol)
a)
b)
c)
Desafio
2. Agora volte aos exercícios acima e cante as notas acompanhando com mão o
movimento de subida e descida das alturas.
Dó - Ré - MI ( ) Ré - Mi - Fá ( )
Mi - Fá- Sol ( ) Dó - Ré ( )
Fá - M i- Ré ( ) Ré - Dó ( )
Mi - Fá - Sol ( ) Sol - Fá ( )
Sol - Fá - Mi ( ) Mi - Fá ( )
Mi - Ré - Dó ( ) Ré - Dó ( )
As notas musicais são dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e representam as diferentes
vibrações (alturas). Respeitam sempre essa ordem e são numeradas em graus que vão de I
(dó) a VII (si). Por exemplo, a nota ré tem uma freqüência maior do que a da nota dó e
menor do que a da nota mi. A ordem segue do mais grave ao mais agudo.
TOCAR:
• Toque o arpejo (graus I, III e V) de ‘Dó Maior’ (notas dó, mi, sol) no seu instrumento ou no
teclado do piano.
• Tente ‘tirar de ouvido’ melodias conhecidas.
IMPROVISAR:
COMPOR:
• Escreva da maneira que você quiser alguma melodia, alternando notas consecutivas da escala e
arpejos. Toque ou cante para o seu professor ou colega!!!!
6.1.2 – Claves
Do latim: chave. É um sinal colocado no início da pauta que indica uma nota
referencial. Desta maneira, a clave dá seu nome às notas escritas em sua linha nomeando
também as demais notas. O uso das claves tem como objetivo principal situar as várias
tessituras instrumentais o mais possível dentro do pentagrama, evitando o uso excessivo de
linhas suplementares.
A pauta musical tem mais de cinco linhas, tem quantas for preciso. Cinco ficam
aparentes, por isso o nome pentagrama, mas outras podem ser usadas. São chamadas
linhas suplementares, o mesmo se aplicando aos espaços suplementares.
e A clave de Sol é própria para grafar as notas agudas (violino, flauta, oboé etc.)
e A clave de Dó na terceira linha é chamada de Clave de viola e encontra-se em
partituras para viola, trombone alto e oboé da Caccia etc. A clave de Dó na 4ª linha é
atualmente usada para grafar as notas médio-agudas do violoncelo, fagote, trombone e
ocasionalmente as notas agudas do contrabaixo.
e A clave de Fá é indicada para as notas graves (violoncelo, contrabaixo, fagote,
trombone etc.)
C D E F G A B C D E F G A B C
dó2 ré mi fá sol lá si dó3 ré mi fá sol lá si dó4
Como você observou acima as notas musicais podem ser indicadas através dos
monossílabos dó, ré, mi, fá, sol, lá, si ou através de letras correspondentes C, D, E, F, G,
A, B, sendo mais usadas essas letras para indicações de acordes, como verão mais adiante
no seu curso de música. Esta sequência de notas forma uma escala que do latim (scala)
significa escada.
C
B B
A A
G G
F F
E
E
D D
C C
a) pentatônica – 5 notas
b) hexacordal – 6 notas
c) heptatônica – 7 notas
d) artificial ou cromática – 12 notas
OBS
- A escala pentatônica é uma das escalas mais antigas (± 2000 a.C) e é também conhecida
por escala Chinesa. Encontra-se frequentemente em músicas folclóricas chinesas,
japonesas, escocesas, irlandesas etc.
Pergunta:
colchete
haste (bandeirola)
cabeça
Cabeça da nota:
Clave
As claves de sol e de fá têm formato único. Por isso deve-se tomar cuidado em
situá-las corretamente no pentagrama, iniciando o desenho da clave de sol na 2ª linha
(onde se encontra a nota sol3) e da clave de fá na 4ª linha (onde se encontra a nota fá2)
Clave de sol
Clave de fá
O músico escolhe ou interpreta a duração das notas e produz a parada do som através
da parada das vibrações no corpo sonoro, gerando silêncio ou atacando novamente a
mesma nota ou outra. Ao escrever sua música, utiliza figuras para indicar as proporções de
tempo que quer que cada nota soe. O pulso, que aprendemos no início, é a referência
básica sobre a qual todas as proporções de tempo são calculadas. Portanto, é muito
importante que o músico tenha facilidade na percepção dos pulsos das músicas, o que não é
tão difícil. Quanto tiver dificuldade, imagine-se dançando e batendo palmas e seu corpo te
dará a resposta. Ele sabe! É bom nisso!
8.1 Ritmo
Você percebeu nos exercícios anteriores que as músicas têm métricas diferentes.
Assim, dependendo do pulso, da métrica e do ritmo, teremos diferentes fórmulas de
compasso. Compasso é a divisão de um trecho musical em séries regulares de tempos, ou
seja, baseado na Métrica. Os compassos são separados por barras verticais. A barra dupla
indica final de seção, trecho ou final da música. Observe os seguintes padrões:
É importante destacar que estas fórmulas não são fixas. O compositor pode alterar a
acentuação da sua música quando necessário.
Observe nos exemplos acima que logo após a clave há dois números. Estes dois
números sobrepostos são a fórmula de compasso. O número superior indica a Métrica, ou
seja, o número de tempos por compasso, e o número inferior indica a Unidade de Tempo
(UT), ou seja a figura escolhida para representar cada tempo do compasso. A Unidade de
Compasso (UC) é a figura que preenche um compasso inteiro.
QUADRO DE VALORES
certo errado
haste:
certo errado
certo errado
certo errado
Direção da haste:
Quando se sucedem notas com número igual de bandeirolas, estas são substituídas por um
ou mais traços que unem as hastes
2ª quando as notas têm alturas diferentes, o traço segue a direção geral das notas
pausa:
barra de compasso:
certo errado
Uma barra dupla, com a segunda mais grossa, mostra o fim da música.
Observações:
1. Tente descobrir em que padrões dos quais você aprendeu (binário, ternário ou
quaternário) se encaixam o samba e a valsa que você ouviu no cd. Volte se
precisar... Ouça os outros trechos na faixa 6 e tente descobrir o padrão referente a
cada um.
1_____________________________________________________
2_____________________________________________________
3_____________________________________________________
4_____________________________________________________
5_____________________________________________________
2. Cante as melodias abaixo e sinta a pulsação. Indique as Métricas que você acha que
correspondem a cada uma:
4. Complete corretamente
A____________é metade da
A____________é o dobro da
A____________é a metade da
A____________é o dobro da
A____________é a metade da
A____________é é o dobro
A____________é metade da
B)
Samba_________________________________________________________
Pagode________________________________________________________
Rock__________________________________________________________
Baião _________________________________________________________
Xote__________________________________________________________
Jazz __________________________________________________________
Blues__________________________________________________________
Bossa Nova_____________________________________________________
Chorinho_______________________________________________________
Frevo _________________________________________________________
Maracatu ______________________________________________________
Tango ________________________________________________________
Valsa _________________________________________________________
Reggae________________________________________________________
Funk__________________________________________________________
Pop___________________________________________________________
Intervalos são relações entre as alturas. Como você viu existe diferenças nas
“distâncias” entre as notas. Esta distância entre os sons é chamada de intervalo.
Na música ocidental, o menor intervalo entre dois sons é conhecido como semitom
(st). Tom (t) é a soma de dois semitons.
9.1. Alterações
Observe no exemplo acima que as notas que você já conhece podem vir acrescidas
de alguns sinais. Tais sinais têm a função de representar uma alteração na frequência ou
altura da nota, elevando-a ou abaixando-a, conforme o sinal colocado. Se, por exemplo,
entre as notas dó e ré nós temos uma “distância” de dois semitons, podemos ter uma outra
nota entre as duas, que se distancia de um semitom de cada uma. Para representar essas
notas utilizam-se as alterações ou acidentes, conforme descrito a seguir.
Alterações ascendentes:
Alterações descendentes:
Alteração variável:
BEQUADRO - anula o efeito dos demais acidentes, tornando a nota natural.
Dependendo do acidente anterior, o bequadro pode elevar ou abaixar a nota
OBS: os acidentes devem ser escritos com muita precisão, sempre na mesma linha ou no
mesmo espaço da cabeça da nota (BOHUMIL, 1996)
certo errado
Quanto a nota pontuada está num espaço do pentagrama, o ponto é escrito nesse espaço.
Quando a nota pontuada está numa linha, o ponto é escrito no espaço acima:
1 _______________________________________________
2_______________________________________________
3_______________________________________________
2.7 - Circule na melodia as notas consecutivas (conjuntas) que guardam entre si intervalos
de semitom.
b) Qual é a métrica?_____________________________________________
d) E a unidade de compasso?_____________________________________
1. Som... pulsação
2. Maurice Ravel: Bolero
3. Tambores Áfricanos
4. Odete e Jaime Ernest Dias
5. Arnold Schoenberg: Pierrot Llunaire
6. Penny Lane (Beatles)
2. Som...Propagação
7. Giovanni Legrenzi : Trio Sonata La Responsa
8. Paul Horn : Mantra Meditation
9. Tambores
10. Beethoven : Clair de Lune
11. Franz Schubert : Lied Gretchen am Spinnrade Elly Ameling
12. Egberto Gismonte: Palhaço
13. Jean Ferris : Sioux Flute
14. Andreas Vollenweider : Caverna Mágica
3. Som… musical…ruído…altura
4. Timbre
5. Intensidade
RITMO
6. Unidade Métrica
25. T. Jobim e N. Mendonça: Samba de Uma Nota Sói (João Gilberto)
26. Bela Bartók : Music for Strings, Percussion and Celesta – third mov.
27. Pauliho da Viola : Guardei Minha Viola
28. Chico Buarque de Holanda : Valsinha
29. Luciano Gomes : Swing da Cor
30. Mendelson : Marcha Nupcial
31. Tchaikovsky: Valsa de O Lago dos Cisnes
32. Earth, Wind and Fire : Got To Get Into My Life
33. Jorge Ben Jor : A Banda do Zé Pretinho
34. Hermeto Pascoal : Chorinho
35. Peuls da região de Kouande (norte do Daomé) ; Canto de Flagelação (Extraído de Miguel Wisnick – O
Som e o Sentido)
7. Combinando Vozes
HISTÓRIA
8. Música Elementar
SOUZA, Jusamara. Sobre as múltiplas formas de ler e escrever música. In Ler e escrever compromisso de
todas as áreas. 5.ed. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2003.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. São Paulo: Moderna, 2003.
______________. A Basis for music education. Londres: University of London, Institute of Education, 1998.
WISNIK, José Miguel. O Som e o sentido. Companhia das Letras, 1989.
ZENATTI, Arlette. Le dévelopmente génètique de la perception musicale. Paris:Centre National de la
Recherche Scientifique , 1969.