Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os Artificios de Satanas John Wesley
Os Artificios de Satanas John Wesley
John Wesley
1. Os artifícios, por meio dos quais o sutil deus do mundo trabalha para destruir
os filhos de Deus, – ou, pelo menos, atormentar a quem ele não pode destruir, com o
objetivo de causar perplexidade e impedi-los de correr a corrida que se coloca diante
deles – são numerosos como as estrelas do céu, ou a areia do mar. Mas é sobre um deles
apenas que eu agora me proponho a falar (embora exercitado de várias maneiras), por
meio do qual, ele se esforça para dividir o evangelho contra si mesmo, com uma parte
dele dominando a outra.
3. Nós esperamos ser “feitos parceiros no amor”, naquele amor que lança fora todo
temor doloroso, e todo desejo; a não ser aquele de glorificá-lo, de amar e servir a ele,
mais e mais. Nós buscamos por tal crescimento no conhecimento experimental e amor a
Deus, nosso Salvador, de maneira a nos capacitar sempre “a caminhar na luz, como ele
está na luz”. Nós acreditamos que toda a mente, “que estava também em Jesus Cristo”,
estará em nós; que poderemos amar todo homem, de maneira a darmos a vida por ele;
de maneira a, através do amor, estarmos livres da ira, e orgulho, e de todo tipo de
afeição indelicada. Nós esperamos sermos “limpos de todos os nossos ídolos”, “de todo
a sujidade”, quer “da carne ou do espírito”; sermos “salvos de toda impureza”,
interior e exterior; sermos “purificados, assim como Ele é puro”.
4. Nós confiamos nas promessas daquele que não pode mentir, de que
certamente virá o tempo, em que nós realizaremos sua abençoada vontade sobre a terra,
em toda a palavra e obra, como ela é feita no céu; quando em todo o nosso modo de
vida, seremos temperados com sal, completamente adequados para ministrarmos a graça
para os ouvintes; quando, quer comamos ou bebamos, ou o que quer que façamos, será
feito para a glória de Deus; quando todas as nossas obras e feitos serão “no nome do
Senhor Jesus, dando graças a Deus, até mesmo o Pai, através dele”.
5. Agora este é o grande conselho de Satanás, destruir a primeira obra de Deus
na alma, ou, pelo menos, impedir seu crescimento, através de nossa expectativa daquela
obra maior. É, portanto, meu presente objetivo:
I. Primeiro, apontar os diversos caminhos, por meio dos quais, ele empreende
isto.
2. Se ele pode prevalecer até ai; se ele pode diminuir nossa alegria, ele logo
atacará nossa paz também. Ele irá sugerir: “Você está adequado para ver a Deus? Ele
tem os olhos muito puros para observar a iniqüidade. Como você pode, então, se
vangloriar, de maneira a imaginar que ele observa você com aprovação?Deus é santo:
Você não. O que de comum tem a luz com a escuridão? Como é possível que você,
impuro como você é, esteja em um estado de aceitação com Deus? Você vê, de fato, a
marca, o prêmio, de seu alto chamado; mas você não vê que ele está tão distante?
Como você se atreve, então, a pensar que todos os seus pecados já estão apagados?
Como pode ser isto, até que você seja trazido para mais perto de Deus, até que você
tenha mais semelhança com Ele?”. Desta forma, ele se esforça, não apenas para abalar
sua paz, mas, até mesmo, para derrubar o próprio alicerce dela; trazer você de volta,
através de níveis inconscientes, ao ponto, de onde você partiu primeiro, até mesmo, na
busca pela justificação pelas obras, ou por sua própria retidão –para fazer, alguma coisa
em você, o alicerce para sua aceitação; ou, pelo menos, necessariamente prévia a ela.
5. Mas sua peça principal de sutileza ainda está por trás. Não contente em
golpear sua paz e alegria, ele irá levar seus esforços ainda mais além: Ele irá igualar seu
ataque contra sua retidão também. Ele irá se esforçar para abalá-la, sim, se for possível,
destruir a santidade que você já recebeu, através da sua própria expectativa de receber
mais, alcançar toda a imagem de Deus.
7. O mesmo efeito irá suceder, se ele puder, por quaisquer meios, tanto destruir
quanto abalar nossa paz. Porque a paz de Deus é outro meio precioso de promover a
imagem de Deus em nós. Dificilmente existe uma ajuda maior para a santidade do que
esta, uma tranqüilidade contínua do espírito, a serenidade de uma mente junto a Deus,
um descanso calmo no sangue de Jesus. E sem isto, dificilmente é possível “crescer na
graça”, e no “conhecimento” vital “de nosso Senhor Jesus Cristo”. Porque todo temor
(exceto o temor terno e filial) congela e entorpece a alma. Ele impede toda a fonte da
vida espiritual, e interrompe todo o movimento do coração em direção a Deus. E, sem
dúvida, por assim dizer, atola a alma, de modo que ela se enterra rapidamente no barro
profundo. Portanto, na mesma proporção que qualquer um desses prevalece, nosso
crescimento na santidade é obstruído.
8. Ao mesmo tempo em que nosso sábio adversário se esforça para tornar nossa
convicção da necessidade do amor perfeito, uma oportunidade de estremecer nossa paz,
através das dúvidas e medos, ele se esforça para enfraquecer, se não, destruir nossa fé.
Na verdade, esses estão inseparavelmente ligados, de maneira que eles devem
permanecer ou caírem juntos. Por quanto tempo a fé subsiste, nós permanecemos em
paz; nossos corações mantêm- se firmes, enquanto acreditam no Senhor. Mas, se nós
abandonamos nossa fé, nossa confiança filial, no Deus amoroso e redentor, nossa paz
chega ao fim; com o próprio alicerce onde ela permaneceu, sendo destruído. E este é o
único alicerce da santidade, assim como da paz; conseqüentemente, o que quer que o
golpeie, golpeia a própria raiz de toda a santidade: Porque sem esta fé, sem a
consciência interior de que Cristo nos amou, e deu a si mesmo por mim, sem a
convicção contínua de que Deus, por causa de Cristo, é misericordioso para comigo, um
pecador, seria impossível que eu pudesse amar a Deus: “Nós O amamos, porque ele
primeiro nos amou”; e na proporção para a força e evidência de nossa convicção de que
ele nos amou, e nos aceitou em seu Filho. E, exceto se amarmos a Deus, é possível que
amemos nosso próximo como a nós mesmos; nem, conseqüentemente, que tenhamos
quaisquer afeições corretas, quer em direção a Deus, ou em direção ao homem.
Evidentemente se segue que, o que quer que enfraqueça nossa fé, deve, no mesmo grau,
obstruir nossa santidade: E este não é apenas o mais eficaz, mas também o mais conciso
meio de destruir toda a santidade; uma vez que não afeta apenas um temperamento
cristão, uma simples graça ou fruto do Espírito, mas, até onde ela tem sucesso, destrói a
própria raiz de toda a obra de Deus.
10. E, se eles “mantiverem firme a confiança imutável deles, do começo até o fim”,
indubitavelmente receberão a promessa de Deus, no tempo e na eternidade. Mas aqui
existe outra armadilha colocada para nossos pés: enquanto sinceramente desejamos
aquela parte da promessa que deve ser cumprida aqui, “pela gloriosa liberdade dos
filhos de Deus”, podemos ser levados, de maneira insensata, da consideração da glória
que deverá ser revelada dali em diante. Nossos olhos podem ser insensivelmente
desviados daquela coroa que o justo Juiz prometeu dar naquele dia “a todos que amam
sua vinda”; e podemos nos afastar da visão daquela herança incorruptível que está
reservada no céu para nós. Mas isto também seria uma perda para nossas almas, e uma
obstrução à nossa santidade. Porque caminhar na visão contínua de nosso objetivo é
uma ajuda necessária para corrermos a corrida que se coloca diante de nós. Foi a
“consideração pela recompensa do premio”, que, no passado, encorajou Moisés
preferivelmente a“sofrer aflição com o povo de Deus, do que desfrutar os prazeres do
pecado por uma tempo; considerando a reprovação de Cristo uma riqueza maior do
que os tesouros do Egito. Mais do que isto, é dito expressamente de alguém maior do
que ele, que “por causa da alegria, colocada diante dele, ele suportou a cruz e
desprezou a vergonha”, até que “se sentou à direita do trono de Deus”. De onde
podemos facilmente concluir, o quanto é mais necessário para nós a visão daquela
alegria diante de nós, para que possamos suportar qualquer que seja a cruz que a
sabedoria de Deus coloca sobre nós, e nos pressionarmos, através da santidade para a
glória.
11. Mas, enquanto estamos tentando alcançar isto, e também aquela gloriosa
liberdade que é prévia a ela, podemos correr o risco de cair em outra armadilha do
diabo, na qual ele trabalha para confundir os filhos de Deus. O nos preocuparmos em
demasia com o amanhã, de maneira a negligenciarmos o aprimoramento do hoje. O
esperarmos, de tal forma, pelo amor perfeito, de modo a não usarmos o que já temos
espalhado em nossos corações. Não existe falta de exemplos daqueles que têm sofrido
grandemente por conta disto. Eles se preocuparam tanto pelo que receberiam dali em
diante, que negligenciarem extremamente o que eles já receberam. Na expectativa de ter
cinco talentos mais, eles enterraram o único talento deles na terra. Pelo menos, não o
melhoraram como deveriam ter feito, para a glória de Deus, e o bem de suas próprias
almas.
12. Desta forma, o sutil adversário de Deus e do homem se esforça para tornar nulo o
conselho de Deus, dividindo o Evangelho contra si mesmo, e fazendo com que uma
parte dele destrua a outra; enquanto a primeira obra de Deus na alma é destruída, pela
expectativa de sua obra perfeita. Nós temos visto diversas maneiras em que ele tenta
isto, removendo, por assim dizer, as fontes de santidade. Mas isto ele igualmente faz
mais diretamente, fazendo daquela abençoada esperança, uma oportunidade de
temperamentos pecaminosos.
13. Assim, quando quer que nosso coração esteja avidamente sedento por todas
as grandes e preciosas promessas; quando ansiamos pela plenitude de Deus, como o
cervo em busca do riacho; quando nossa alma irrompe em desejo ardente: “Por que sua
carruagem está demorando a vir?” -- ele não negligenciará a oportunidade de nos
instigar a murmurar contra Deus. Ele usará de toda sua sabedoria, e toda sua força, se
por acaso, em uma hora descuidada, possamos ser influenciados a nos queixarmos de
nosso Senhor pela demora de sua vinda. Pelo menos, ele trabalhará para estimular
alguns graus de irritação ou impaciência; e, talvez, de inveja daqueles a quem
acreditamos já ter alcançado o prêmio de nosso alto chamado. Ele bem sabe que, dando
oportunidade a alguns desses temperamentos, nós demolimos a própria coisa que
construímos. Seguindo em busca da santidade perfeita, tornamo-nos mais pecaminosos
do que antes. Sim, existe um grande perigo de nosso último estado seja pior do que o
primeiro; como aqueles dos quais o Apóstolo fala nestas terríveis palavras: “Teria sido
melhor que eles nunca tivessem conhecido o caminho da retidão, do que, depois de a
conhecerem, voltarem atrás do mandamento santo, entregue a eles”.
14. E disto, ele espera alcançar outra vantagem, até mesmo produzir um relato
prejudicial do bom caminho. Ele está consciente, de quão poucos são capazes de
distinguir (e de quantos não estão dispostos a assim fazer), entre o uso impróprio, e a
tendência natural de uma doutrina. Esses, portanto, ele continuamente irá misturar, com
respeito à doutrina da Perfeição Cristã, com o objetivo de causar danos às mentes dos
homens descuidados, contra as gloriosas promessas de Deus. E quão freqüentemente;
quão geralmente; eu poderia dizer, quão universalmente, ele tem prevalecido nisto!
Porque, quem existe, que ao observar alguns desses efeitos danosos acidentais desta
doutrina, não conclui imediatamente que esta é sua tendência natural; e não prontamente
clama: “Veja, são esses os frutos (significando os frutos naturais, necessários) de tal
doutrina?”. Não exatamente. Eles são frutos que podem acidentalmente brotar do uso
impróprio de uma grande e preciosa verdade: Mas o uso impróprio desta ou de alguma
outra doutrina bíblica, de modo algum destrói sua utilidade. Nem pode a deslealdade do
homem perverter sua maneira correta, tornar a promessa de Deus sem nenhum efeito.
Não: Que Deus seja verdadeiro, e todo homem um mentiroso. A palavra do Senhor,
deve permanecer. “Fiel é aquele que prometeu: Ele também irá cumprir”. Que nós,
então, não sejamos “removidos da esperança do Evangelho”. Antes, vamos observar,
qual foi a segunda coisa proposta: Como nós podemos repelir esses dados afiados do
diabo: como podemos subir mais e mais alto do que ele pretende para a ocasião de
nossa queda.
II
1. Em Primeiro Lugar, satanás não se esforça para diminuir sua alegria no Senhor,
através da consideração de sua pecaminosidade; acrescido a isto, que sem a santidade
completa e universal, nenhum homem poderá ver ao Senhor? Você pode lançar de volta
este dardo sobre a própria cabeça dele, enquanto, através da graça de Deus, quanto mais
você sente a sua própria vileza, mais você se regozija na esperança certa de que tudo
isto acabará. Enquanto você segura firme esta esperança, todo temperamento
pecaminoso que você sente, embora você o odeie com um ódio perfeito, pode ser um
meio, não de diminuir sua alegria humilde, mas, antes de aumentá-la. “Isto e isto”, você
pode dizer, “deverá igualmente perecer na presença do Senhor. Como cera derretida
no fogo, assim, isto deverá derreter-se diante da face Dele”. Desta forma, quanto maior
é a mudança daquilo que permanece para ser forjado em sua alma, mais você pode
triunfar no Senhor, e regozijar-se no Deus de sua salvação, que já tem feito tão grandes
coisas por você, e irá fazer coisas muito maiores do que essas.
2. Em Segundo Lugar. Quanto mais veementemente ele assalta sua paz com esta
sugestão: “Deus é santo; você não é; você está imensamente distante daquela
santidade, sem a qual você não verá a Deus: Como, então, você pode estar no favor de
Deus? Como você pode fantasiar que você está justificado?”. – toma o mais sincero
cuidado de se segurar nisto: “Não pelas obras de retidão que eu tiver feito, que eu me
encontro Nele; eu sou aceito no Amado; não tendo minha própria retidão (quando o
caso, quer no todo, ou em parte, de nossa justificação diante de Deus), a não ser aquela
que é pela fé em Cristo, a retidão que é de Deus pela fé”. Ó, ata isto em volta de teu
pescoço: Escreve isto, na tábua do teu coração. Usa isto como um bracelete em teu
braço, como adorno da testa, entre teus olhos: “Eu sou justificado livremente pela sua
graça, através da redenção que está em Jesus Cristo”. Valorize e estime, mais e mais,
esta preciosa verdade: “pela graça somos salvos, através da fé”. Admire, mais e mais, a
livre graça de Deus, no amar o mundo de maneira a dar “seu único Filho, para que todo
aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Assim, a consciência da
iniqüidade que você tem, por um lado, e a santidade que você espera, por outro, ambas
contribuem para estabelecer sua paz, e fazê-la fluir como um rio. Assim esta paz deverá
fluir como uma correnteza, a despeito de todas aquelas montanhas de incredulidade, que
deverá se tornar uma planície, quando o Senhor viver para tomar posse completa de seu
coração. Nem a doença, dor, ou aproximação da morte, ocasionará qualquer dúvida ou
medo. Você sabe que um dia, uma hora, um momento com Deus, significa milhares de
anos. Ele não pode ser restringido pelo tempo, em que opera o que quer que permaneça
para ser feito em sua alma. E o tempo de Deus é sempre o melhor tempo. Portanto, não
te preocupes com coisa alguma: Apenas faze teu pedido conhecido junto a Ele, e isto,
não com dúvida e temor, mas com ação de graças; como que previamente seguro, de
que Ele não pode reter de ti o que quer que seja bom.
3. Em Terceiro Lugar: Quanto mais você é tentado a desistir de seu escudo, e lançar
fora sua fé, sua confiança no amor de Deus, mais cuide de segurar firme o que você já
obteve; quanto mais trabalhe para encorajar o dom de Deus que está em você. Nunca
diga esta frase, de maneira descuidada: “Eu tenho „um Advogado com o Pai, Jesus
Cristo, o justo‟; e „ a vida que eu agora vivo, eu vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e deu a si mesmo por mim‟”. Seja esta tua glória e coroa de regozijo. E cuida que
ninguém tire tua coroa. Segura isto firme: “Eu sei que meu Redentor vive, e deverá
estar no último dia sobre a terra”; e “Eu agora „tenho redenção em seu sangue, até
mesmo o perdão dos pecados‟”. Assim, estando preenchido com toda a paz e alegria em
crer, prossiga, na paz e alegria da fé para a renovação de toda a tua alma, na imagem
Dele que criou a ti! Entretanto, clame continuamente a Deus para que possas ver aquele
prêmio de teu alto chamado, não como satanás o representa, de uma forma terrível, mas
em sua beleza nativa genuína; não como alguma coisa que deve ser, do contrário, tu
deverás ir para o inferno, mas como o que pode ser, para conduzir-te ao céu. Observa
isto como o mais desejável dom que está em todos os depósitos das ricas misericórdias
de Deus. Contemplando-o neste verdadeiro ponto de luz, mais e mais terás fome dele;
toda tua alma estará sedenta de Deus, e desta gloriosa conformidade com seu semblante;
e tendo recebido a boa esperança disto, e a forte consolação, através da graça, não mais
estarás fraco e cansado em tua mente, mas seguirás em frente, até que o obtenhas.
5. E, se você assim “testar da boa palavra, e dos poderes do mundo vindouro”; você
não murmurará contra Deus, pelo fato de ainda não estar “apropriado para a herança
dos santos na luz”. Em vez de lamentar por não estar totalmente livre, você deverá orar
a Deus para livrá-lo. Você deverá dar glórias a Deus, pelo que Ele tem feito, e ter isto
como uma garantia do que ele irá fazer. Você não deverá se voltar contra ele, porque
você ainda não está renovado, mas dar-lhe-á graças, pelo que você deverá ser; e porque
“agora a sua salvação,” de todo o pecado, “está mais perto, do que quando você
acreditou”, pela primeira vez. Em vez de atormentar-se desnecessariamente, porque o
tempo não chegou completamente, você calmamente e silenciosamente, esperará por
ele, sabendo que ele “virá, e sem demora”. Você pode, portanto, mais alegremente
suportar, até o momento, o fardo do pecado que ainda permanece em você, porque ele
não permanecerá sempre. Mais algum tempo, e ele será retirado. Apenas “espera, tu, no
tempo do Senhor”: É forte e coloca tua confiança no Senhor, e “Ele confortará teu
coração!”.
6. E se alguém lhe parecer (até onde o homem pode julgar, mas Deus apenas sonda os
corações) partícipe da esperança deles, já “feito perfeito no amor”; longe de ter inveja
da graça de Deus nele, regozije-se e conforte seu coração. Glorifique a Deus por causa
dele! “Se algum membro for honrado, todos os membros não deverão se regozijar com
ele?”. Antes de sentir ciúme ou pensar mal a respeito dele, louve a Deus pela
consolação! Regozije-se em ter uma prova renovada da fidelidade de Deus, no
cumprimento de suas promessas; e encoraje-se mais para “compreender aquilo pelo
qual você também é compreendido por Jesus Cristo!”.
7. Com esse objetivo, redima o tempo. Aprimore o presente momento. Aproveite cada
oportunidade de crescer na graça, ou fazer o bem. Não permita que o pensamento de
receber mais graça amanhã, torne você negligente hoje. Você tem um talento agora: se
você esperar cinco mais, tanto melhor é aperfeiçoar o que você tem. E quanto mais você
espera receber para o futuro, mais trabalhe para Deus agora. Suficiente para o dia é a
graça dele. Deus está agora derramando seus benefícios sobre você. Agora, confirme-se
como um fiel mordomo da presente graça de Deus. O que quer que aconteça amanhã, dê
toda diligência hoje, para “acrescentar à sua fé, coragem, temperança, paciência, amor
fraternal”, e o temor a Deus, até que você obtenha aquele amor puro e perfeito! Que
essas coisas estejam agora “em você e abundem!”. Não seja indolente ou infrutífero:
“Assim uma entrada será ministrada no reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo!”.
8. Por fim: Se no passado, você usou de maneira imprópria esta abençoada esperança
de ser santo, como Ele é santo, ainda assim, não a jogue fora. Que o abuso cesse, e o
uso permaneça. Use-a agora para a mais abundante glória de Deus, e proveito de sua
própria alma. Na fé constante, na calma tranqüilidade de espírito, na completa
segurança da esperança, regozijando-se, mais e mais, pelo que Deus tem feito, siga em
direção à perfeição! Diariamente, crescendo no conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo, e seguindo em frente, de força em força, em resignação, em paciência, em
gratidão humilde pelo que você já obteve, e pelo que você deverá correr a corrida que se
coloca diante de você, “olhando para Jesus”, até que, através do perfeito amor, você
entre em sua glória!
[Editado por Dave Giles, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]
___