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Religião
Sociedade e Cultura
A cultura possui tanto aspectos tangíveis - objetos ou símbolos que fazem parte do seu
contexto - quanto intangíveis - ideias, normas que regulam o comportamento, formas de
religiosidade. Esses aspectos constroem a realidade social dividida por aqueles que a integram,
dando forma a relações e estabelecendo valores e normas.
As normas são um conjunto de regras formadas a partir dos valores de uma cultura, que
servem para regular o comportamento daqueles que dela fazem parte. O valor do princípio da
honestidade faz com que a desonestidade seja condenada dentro dos limites convencionados
pelos integrantes dessa cultura, compelindo os demais integrantes a agir dentro do que é
estipulado como “honesto”.
Cultura e diferença
As normas e os valores possuem grandes variações nas diferentes culturas que observamos.
Em algumas culturas, como no Japão, o valor da educação é tão forte que falhar em exames
escolares é visto como uma vergonha tremenda para a família do estudante. Existe, então, a
norma de que estudar e ter bom desempenho acadêmico é uma das mais importantes tarefas
de um jovem japonês e a pressão social que esse valor exerce sobre ele é tão forte que há um
grande número de suicídios relacionados a falhas escolares. Para nós, no entanto, a ideia do
suicídio motivado por uma falha escolar parece ser loucura.
Mesmo dentro de uma mesma sociedade podem existir divergências culturais. Alguns grupos,
ou pessoas, podem ter fortes valores baseados em crenças religiosas, enquanto outras
prefiram a lógica do progresso científico para compreender o mundo. A diversidade cultural é
um fato em nossa realidade globalizada, onde o contato entre o que consideramos familiar e o
que consideramos estranho é comum. Ideias diferentes, comportamento, contato com línguas
estrangeiras ou com a culinária de outras culturas tornou-se tão corriqueiro em nosso dia a dia
que mal paramos para pensar no impacto que sofremos diariamente, seja na adoção de
expressões de línguas estrangeiras ou na incorporação de alimentos exóticos em nossa rotina
alimentar.
Cultura em mudança
Uma cultura não é estática, ela está em constante mudança de acordo com os acontecimentos
vividos por seus integrantes. Valores que possuíam força no passado se enfraquecem no novo
contexto vivido pelas novas gerações, a depender das novas necessidades que surgem, já que
o mundo social também não é estático. Movimentos contraculturais, como o punk ou o rock,
são exemplos claros do processo de mudança de valores culturais que algumas sociedades
viveram de forma generalizada.
O contato com culturas diferentes também modifica alguns aspectos de nossa cultura. O
processo de aculturação, onde uma cultura absorve ou adota certos aspectos de outra a partir
do seu convívio, é comum em nossa realidade globalizada, onde temos contato quase
perpétuo com culturas de todas as formas e lugares possíveis.
A partilha desses elementos cria a identidade cultural e o organismo social. A sociedade une os
indivíduos ao mesmo nível de desenvolvimento cultural e tecnológico em espaços geográfico,
histórico e político comuns.
Realidade Social
Conceito de Sociologia
A partir do século XIX, o estudo da sociedade foi organizado como ciência, a sociologia. O
fundador da sociologia como ciência foi o filósofo francês August Comte (1798 - 1857), que
também estabeleceu as bases do positivismo.
Também são considerados precursores desse momento Max Weber (1854 - 1920) e Émile
Durkheim (1858 - 1917), que propuseram e elaboraram ferramentas para que as sociedades
pudessem ser compreendidas.
Já para Weber aponta que "somente o indivíduo é capaz de realizar as ações sociais. O
pensador definiu a existência de quatro modelos de ação social, que são: a ação social afetiva,
a ação social tradicional, a ação social racional quanto aos valores e ação social racional quanto
aos fins.
Conceito de Comunidade
História
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo
manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da
escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas
muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-
prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas
casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas)
etapas do processo produtivo.
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado
pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-
tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores.
Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-
1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por
novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Europa
produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos
e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira
Guerra Mundial (1914).
O pioneirismo britânico
O Reino Unido foi pioneiro no processo da Revolução Industrial por diversos fatores:
Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes
da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas
pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a
inovação tecnológica eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do
comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da
produtividade em um curto espaço de tempo.
O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução
Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os
investimentos e ampliar os lucros.
A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um
desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia
absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os
seus produtos no mercado português.
A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo,
principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão-de-obra em
abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os
trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas
manufaturas.
A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir
matérias-primas e máquinas e contratar empregados.
Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a
taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde
praticamente não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.
Seu raciocínio era este: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é
beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você
saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou
porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final
do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será
benéfico para ela e para seu patrão.
E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes?
Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com
futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa carne. Do mesmo
jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário
e emprego.
Nesta perspectiva, portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros.
No entanto, como para lucrar precisariam vender produtos bons e baratos, no fim, acabaria
contribuindo com a sociedade.Como o individualismo seria bom para toda a sociedade, as
pessoas deveriam viver de modo que pudessem atender livremente a seus interesses
individuais.
Para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor
escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do
mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada
empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum
regulamento criado pelo governo.
ENSINO MÉDIO
Filosofia
Para poder responder a essas perguntas com precisão, devemos primeiramente abandonar o
sentido que a palavra mito assumiu nos dias do hoje, como sendo uma história inventada,
inverídica, uma mentira, para então podermos retomar o sentido original da palavra. Mito vem
da palavra grega mythos (μῦθος) que pode ser traduzido como discurso ou narrativa. O mito é
simplesmente então uma história narrada, indiferente do julgamento que façamos sobre ela
de verdadeira ou falsa (ainda mais dado a relatividade do significado de verdade,
principalmente quando falamos de grécia antiga).
Esse sentido original do mito está intimamente ligado a oralidade, vocalização, pois a grécia
antiga do período homérico possuía uma cultura estritamente oral. Isso quer dizer que as
histórias não eram escritas, mas eram passadas de geração a geração através do canto do
aedo (ἀοιδός), que pode ser encarado como o bardo helênico. Aliás, aedo vem do verbo aidô
(ᾄδω) que significa exatamente “cantar”. Homero, para algumas correntes históricas e
literárias, seria um desses vários aedos que existiam no século IX a.C.. No entanto, há outras
correntes que simplesmente descartam a existência de Homero, mas essa “questão homérica”
ficará como assunto de um outro post.
Mitologia é formado pelas palavras mythos e logos (λόγος). É interessante notar que nas
poesias homéricas as duas palavras são tratadas como sinônimos, mas conforme avançamos
para o período da grécia clássica no século V a.C., essa sinonímia vai se perdendo, ao ponto
das duas palavras passarem a adotar sentidos opostos. Enquanto mythos passou para o campo
semântico do “crer”, logos passou para o campo do “saber” e da “razão”. Mitologia então
nada mais é do que o logos aplicado sobre o mythos, ou seja, uma “racionalização” e
“sistematização” dos mitos. Então quando Hesíodo organizou em uma única obra, “Teogonia”,
os diversos mitos gregos de origens diferentes e esparsas, dando assim uma unidade lógica a
eles, estava exatamente criando uma mitologia grega.
Essa racionalização dos mitos gregos que começa com Hesíodo no século VIII a.C. irá
prosseguir com outros poetas, filósofos e pensadores pelos séculos seguintes, sendo que
alguns tentavam historicizar os mitos, e outros procuravam uma interpretação alegórica para
eles. O primeiro intérprete alegórico dos mitos gregos foi possivelmente Teógenes, de Régia,
no século VI a.C. Ele tentava buscar dois tipos de alegoria nos mitos: a alegoria física, que
interpretava as divindades como elementos da natureza, e a alegoria moral, que enxergava as
ações dessas divindades como disposições da alma. Outros dois grandes nomes da corrente
alegórica foram Plutarco, com seu “Ensaio sobre a Vida e a Poesia de Homero” eHeráclito, com
sua obra “Problemas Homéricos Relativos às Alegorias de Homero sobre os Deuses”, ambos do
século I d.C.
3º Ano – Pré-socráticos
Os pensadores pré-socráticos viveram no "mundo grego", mas nem todos antes de Sócrates.
Alguns sim, outros não. Eles viveram entre o século sete e o meio do século quarto A.C.
Sócrates nasceu em 470 e morreu em 399 A.C. (todas as datas, antes de Cristo, são, na sua
maioria, estimativas). Uma boa parte desses pensadores foram, antes de tudo, cosmólogos. E
vários deles trabalharam em um sentido reducionista, isto é, tentaram encontrar uma
substância única, ou força exclusiva, ou princípio básico capaz de ser apresentado como o
elemento efetivamente real e primordial do cosmos.
A filosofia dos Pré-socráticos (Filósofos da Natureza) voltava o seu pensamento para a origem
(racional) do mundo, do cosmos. Ou seja, estes filósofos dedicavam-se às incosmológicas,
buscando a arché (o princípio fundamental de todas as coisas). De seus escritos quase tudo se
perdeu, restando apenas poucos fragmentos. Cosmologia: estudo, teoria ou descrição dos
cosmos, do universo.
Pré-socráticos - Definição
Termo que designa, na história da filosofia, os primeiros filósofos gregos anteriores a Sócrates,
também denominados fisiólogos por se ocuparem com o conhecimento do mundo natural
(physis). Tales de Mileto (640-c. 548 a.C.) é considerado, já por Aristóteles, como o "primeiro
filósofo", devido à sua busca de um primeiro princípio natural que explicasse a origem de
todas as coisas.
Escola Jônica: desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus
principais representantes são: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto
e Heráclito de Éfeso.
Escola Pitagórica: também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e
recebe esse nome posto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos.
Escola Eleática: desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: Xenófanes
de Colofão, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia.
Alguns filósofos
Tales de Mileto (640-548 a.C.) – É considerado filosofia grega”. Para ele a água seria o
elemento primordial (a arché) de tudo o que existe. Atribui Tales a demonstração do primeiro
teorema de geometria (embora o estudo sistemático desta ciência tenha começado na escola
de Pitágoras, no séc. VI a.C.).
Anaxímenes de Mileto (588524 a.C.) – Segundo este pensador, o elemento gerador de tudo é o
ar. Através da rarefação e da condensação, o ar forma tudo o que existe. “Da mesma maneira
que a nossa alma, que é ar, nos mantém vivos, também o sopro e o ar mantém o mundo
inteiro”.
Heráclito de Éfeso (séc. VI- V a.C.) - É conhecido como o filósofo do devir, da mudança. De
acordo com Heráclito, o logos (razão/inteligência /discurso / pensamento) governa todas as
coisas, e está associado ao Fogo, gerador do processo cósmico. Tudo está em incessante
transformação “panta rei” (tudo flui). As coisas estão, pois, em constante movimento, nada
permanece o mesmo (“não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”). Todavia, não se deve
deduzir dessa afirmação que Heráclito defendeu uma teoria da mudança contínua desregrada.
Ao contrário, ele entendia que havia uma lógica - o logos – governando tal mudança contínua.
Parmênides de Eléia (544-524 a.C.)- Para Parmênides, o ser é uno, imóvel, eterno, imutável
mudança, seria ilusão e simples aparência; o movimento é assim, engano dos nossos sentidos.
“O ser é, o não-ser nãoé”. Ou seja: o ser imutável, eterno, permanente das coisas, é o único
que existe, enquanto o não-ser, que seria a mudança, não existe.
História
Você já deve ter tido a curiosidade de saber como surgiu a espécie humana no planeta em que
vivemos, não é mesmo? Essa curiosidade não é só sua. Muitos pesquisadores e cientistas têm
estudado para descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.
Quanto mais a ciência se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses
pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar
a origem humana. Assim, como um quebra-cabeça, cada nova descoberta vai completando o
nosso conhecimento sobre o tema.
Entre as diversas explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, duas se destacam
pelo amplo debate que provocaram: o criacionismo, defendido por judeus e cristãos, e a teoria
da evolução.
A criação
Durante muito tempo, os sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre
o homem e os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por
Deus, que o teria feito “à sua imagem e semelhança”.
A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e
ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida
humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos
diferenciam do restante dos animais.
A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu.
Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro.
Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à
raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu
Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua
semelhança.
O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a
narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a
partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas
narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que
algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.
Pintura feita por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em 1510, que
representa a criação do homem por Deus, à sua imagem e semelhança.
Evolução humana
Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin,
tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas.
Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se
às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma
expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.
No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e
pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de
pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa
característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do que o
resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao
meio ambiente. […]
A idéia seleção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais
como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou
grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o
ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo,
porém surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores descobriam
esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.
Hominoides: São primatas que viveram entre aproximadamente 22 e 14 milhões de anos atrás.
O procônsul, que tinha o tamanho de um pequeno gorila, habitava em árvores, mas também
descia ao solo; era quadrúpede, isto é, locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente do
procônsul, o kenyapiteco às vezes endireitava o corpo e se locomovia sobre as patas traseiras.
Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo. Viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4
milhões de anos atrás. Fabricava instrumentos simples de pedra, construía cabanas e,
provável,ente, desenvolveu, uma linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados
na África.
Homo erectus: Descente do Homo habilis, viveu entre 6 milhões de anos e 150 mil anos atrás.
Saiu da África, alcançando a Europa, a Ásia e a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais
complexos e cobria o corpo com peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros
e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.
Homem de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30
mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de
animais. Enterrava os mortos nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros
homens modernos e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.
Homo sapiens: Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-
se do homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de
pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura.
É preciso lembrar, porém, que esse painel não está completo. Ele apenas resume o que foi
possível concluir a partir dos fósseis estudados até hoje. Ainda faltam muitas peças no quebra
cabeça da evolução humana, por exemplo, o tão procurado “elo perdido”, aquele espécime
com características de primatas e de humanos, que explicaria um importante passo da
humanidade em sua fascinante aventura sobre a Terra.
Origem do Renascimento
Cultura Renascentista
Racionalismo - os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para
se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência.
O Humanismo Renascentista
O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu
na Itália em meados do século XIV.
O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até
dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das
universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia.
O estudo dos textos antigos despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento
das línguas clássicas como o latim e o grego.
A partir do século XIV, ao mesmo tempo que os renascentistas se dedicavam ao estudo das
línguas clássicas, diferentes dialetos davam origem às línguas nacionais.
Gestado nessa época, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos
seguintes, inclusive para os filósofos iluministas do século XVIII.
Renascimento Literário
Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá
conselhos aos governadores da época.
Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da
cavalaria medieval.
Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande
poema épico "Os Lusíadas".
Renascimento Científico
O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar
que "a terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do
Sol".
Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter.
Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e
descobertas.
A vitória da tríplice aliança na Guerra do Paraguai levou o exército brasileiro a ganhar força
política, mas o imperador, que se referia aos militares como “assassinos legais”, os proibiu de
realizar um desfile de vitória no Rio de Janeiro. A propaganda republicana fez o exército crer
que o império pretendia extingui-lo, o que provocou a reação do exército, e culminou na
proclamação da república, seguida do exílio e do banimento da família imperial.
A herdeira do trono brasileiro era a princesa Isabel, com a abolição da escravidão em 1888, a
partir da Lei Áurea assinada pela princesa, reforçou as ideias republicanas, uma vez que
contrariava os interesses econômicos dos agricultores, que formavam uma base política de
grande influência.
Durante a transição do regime político, vários grupos, com interesses diversos, divergiam
quanto à concepção e quanto à forma de governo a ser instaurada. Minas Gerais, São Paulo e
Rio Grande do Sul, as principais lideranças regionais, defendiam a ideia de uma república
federativa, com alto grau de autonomia aos estados. Entretanto, os mineiros e os membros do
Partido Republicano Paulista defendiam um modelo mais liberal, enquanto os gaúchos, sob
influência de Júlio de Castilhos, defendiam um modelo positivista. Estas seriam as duas
principais influências do primeiro período da República.
Estas ideias ganharam força entre os oficiais do exército na década de 1870, como uma forma
de afirmação da instituição. A maioria dos oficiais se dizia positivista, tendo ou não estudado
as principais bases da doutrina. Entretanto, havia diferenças de concepção entre os partidários
de Deodoro e de Floriano. Os primeiros consistiam em veteranos da Guerra do Paraguai, os
chamados "tarimbeiros".
Muitos não frequentaram a escola militar e sua motivação era a defesa da honra do exército,
sem ter um grande projeto de desenvolvimento nacional. Embora Floriano não fosse
positivista e também tivesse participado da Guerra do Paraguai, à sua volta reuniram-se jovens
egressos da escola militar, com forte influência positivista, que se viam como responsáveis
pelo progresso do país, em conjunto com a manutenção da ordem.
Mas ambos os grupos tinham um adversário comum, o liberalismo, e isso manteve a união na
instituição. Na visão do exército, a república precisava de um poder executivo forte, ou até
mesmo de uma fase ditatorial. A autonomia das províncias era vista com cautela, por trazer o
risco de fragmentação do país e por favorecer os interesses dos fazendeiros. Essa ideia foi
expressa no discurso do capitão tenente Nelson de Almeida, em nome da Marinha do Brasil:
“E nós agora fazemos os mais ardentes votos a fim de que todo o poder político nas mãos de
um só homem de Estado e diretamente responsável pelo país. (...) Para termos uma república
estável, feliz e próspera é necessário que o governo seja ditatorial e não parlamentar.”
Por outro lado, inspirada na constituição dos Estados Unidos da América, a primeira
constituição republicana garantia alguns poderes aos estados, como o de contrair
empréstimos no exterior e o de organizar forças públicas estaduais, ainda que mantendo o
direito de intervenção federal para garantir a ordem. Também estabeleceu a divisão tripartite
de poder, com a volta do Parlamento.
O Encilhamento foi o nome (apelido) dado para a política econômica fracassada do ministro
das finanças Rui Barbosa, durante o governo do marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891). Os
efeitos negativos desta crise foram sentidos no Brasil até o ano de 1892.
Significado do termo
O termo encilhamento era usado em corridas de cavalo, muito comuns no final do século XIX.
Havia um momento, poucos instantes antes da largada, em que os cavalos eram preparados
para correr. A comparação entre o hipismo e a política econômica de Rui Barbosa, tinha como
objetivo fazer uma analogia com a especulação e a chance de enriquecer rapidamente
(envolvendo muito risco).
Resultados (consequências):
Forte crise econômica e financeira no Brasil, que teve seu auge nos anos de 1890 e
1891.]
Aumento da especulação financeira, na Bolsa de Valores, com ações de empresas
emitidas sem lastro.
Aumento das fraudes com a criação de empresas fantasmas, cujo objetivo era pegar
dinheiro emprestado (crédito) sem investimento produtivo.
Desvalorização monetária acentuada.
Aumento da Inflação e da dívida pública.
Floriano Peixoto
Com a renúncia de Deodoro, Floriano assume o poder como seu vice. Pressões pela
convocação de eleições incluíram a publicação, em 6 de abril de 1892, de um manifesto de
militares de outras forças, que ficou conhecido como Manifesto dos 13 generais. Floriano
recusou-se e ainda afastou os militares, provocando grande repúdio e instabilidade política até
o fim de seu governo.
Ficou conhecido como "Marechal de Ferro", em virtude da veemência com que combateu os
opositores, especialmente durante a Revolução Federalista, iniciada em fevereiro de 1893, e a
segunda revolta da Armada, em setembro de 1893. Neste mesmo mês, finalmente é realizada
uma eleição presidencial, e Floriano falha em apontar o sucessor. O vencedor foi Prudente de
Morais, líder da causa republicana e indicado pelo Partido Republicano Paulista.
Repressão à Oposição
Uma das marcas do governo de Floriano foi a perseguição a opositores e monarquistas, sendo
muitos deles exilados ou até mesmo fuzilados. Outra coisa que marcou o governo de Floriano
foi a mudança de nome da capital de Santa Catarina, mudando de Nossa Senhora do Desterro
para Florianópolis (Cidade Floriana), a mudança do nome da capital é para muitos, um ato de
Floriano para demonstrar superioridade no estado que havia se rebelado contra o seu
governo.
A Revolução Federalista foi um conflito de caráter político, ocorrido no Rio Grande do Sul
entre os anos de 1893 e 1895, que desencadeou uma revolta armada. A revolta atingiu
também o Paraná e Santa Catarina.
- Insatisfação dos federalistas com o domínio político de Júlio de Castilhos (presidente do RS)
do Partido Republicano Rio-grandense.
- Disputa política entre dois grupos políticos gaúchos: Os chimangos (pica-paus) eram
defensores do governo de Júlio de Castilhos, da centralização política, do presidencialismo, do
positivismo e do governo federal. Já os maragatos (federalistas) queriam tirar Júlio de Castilhos
do poder do RS, implantar um sistema descentralizado, baseado no parlamentarismo. Os
federalistas eram também contrários à política implantada pelo governo federal após a
Proclamação da República e exigiam uma revisão da constituição.
Conclusão
A Revolução Federalista, embora não tenha conquistado seus objetivos, nos mostra que a
Proclamação da República e seu sistema político não foram aceitos de forma unânime no
Brasil. Alguns grupos políticos contestaram, inclusive de forma armada, o regime republicano,
o positivismo, a centralização de poder e a presença das oligarquias nos governos estaduais.
Portanto, a Revolução Federalista pode ser compreendida dentro deste contexto histórico de
insatisfação com o regime republicano, recém-instalado no país após o 15 de novembro de
1889.
Legado
Tal acordo político só viria a ser quebrado na eleição presidencial de 1930, quando o
presidente em exercício Washington Luis impôs que o candidato à presidência apoiado pelo
seu governo quebrasse a regra da alternância, o que acabou por resultar na Revolução de
1930.