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História Geral da Civilização Brasileira, volume 7.

CAPÍTULO I – Crise do Regime. – p. 14

“A data de 1868 encerra o período do esplendor e abre o das crises que levarão à sua ruína.” –
p. 13

O próprio Imperador conhecia os riscos que corria com a recomposição de forças políticas em
torno do gabinete conservador, que ascende em 16 de julho de 1868. Ascende um gabinete
conservador, ainda que a Câmara fosse, então, de maioria liberal. O Chefe do gabinete será o
Visconde de Itaboraí.

“Um político liberal, já em vésperas de tornar-se republicano, Joaquim Saldanha Marinho,


falou a propósito em ‘estelionato político’.” – p. 14.

“De estável, só mesmo, em todo esse sistema, é a figura do Imperador, cuja ingerência no
governo ia ser, cada vez mais, contestada” – p. 16. Anota, nesta passagem, que o governo
Imperial era bastante instável, ao contrário do que normalmente se diz das Monarquias, e que
a inconstância política e a remoção rotineira dos gabinetes causavam demissões em massa e
mudanças gerenciais constantes.

CAPÍTULO II – Um General na Política – p. 20

De 61 a 62 – Gabinete do Marquês de Caxias.

24 de Maio de 1962 – Gabinete Zacarias: gabinete dos três dias.

“Certas afinidades de temperamento estariam entre os fatores da mútua confiança que


marcou quase sempre as relações entre D. Pedro II e seu General. Se ao último faltou a
curiosidade erudita e dispersiva que foi um dos distintivos do primeiro, teve, de sobre, a
mesma prudência, a mesma paciência, a mesma moderação a mesma capacidade de afetar
imparcialidade de ânimo, até a mesma morosidade nas reações.” – p. 22

“Pretendia, como Chefe do Executivo, ser mesmo o supremo inspetor da coisa pública, e
depois de ler as memórias de Guizot, continuou a guardar de cor as palavras que aprovou
muito, onde o ministro de Luís Filipe dizia do papel de um rei constitucional que não pode ser
o de simples ocupante de um lugar.” – p. 22

D. Pedro II cultivou o hábito de chamar a si mesmo alguns de seus maiores detratores, como
Sales Tôrres Homem (Senador, Visconde e Conselheiro de Estado), Lafayette Rodrigues Pereira
(signatário do manifesto republicano, veio a se tornar Conselheiro e Chefe de Governo), e
também Ferreira Viana, ocupando lugar nos Conselhos da Coroa. – p. 25.

“Queria ver suprimidos os abusos no sistema eleitora, mas recuava ante a necessidade de uma
decisão drástica. Empenhava-se pela extinção do trabalho escravo, mas achava que toda
prudência era pouca nessa matéria. Gostaria que o Brasil tivesse em boa ordem as finanças e a
moeda bem sólida, ainda quando esse desejo pudesse perturbar a promoção do progresso
material, da educação popular, da imigração, que também desejava. Ora, a meticulosa
prudência deixa de ser virtude no momento em que passa a ser estorvo: lastro demais e pouca
vela.” – p. 27
Capítulo III – A Letra e o Espírito do Regime – p. 28

Dom Pedro II não abria mão da prerrogativa de nomear e demitir livremente os Ministros de
Estado. Esse poder estava previsto no artigo 101, VI, da Constituição Imperial – p. 28

“Dificilmente se podem compreender os traços dominantes da política imperial sem ter em


conta a presença de uma Constituição ‘não escrita’ que, com a complacência dos dois partidos,
se sobrepõe em geral à Carta de 24 e ao mesmo tempo vai solapá-la” – p. 29

Bloco dos “emperrados”, também chamado de “Consistório”, relativamente homogêneo na


ideologia conservadora e resistente a mudanças abruptas. Eram relativamente organizados,
ainda que diversos em facções. – p. 31

“Comparados aos conservadores ortodoxos, os da Liga formavam uma organização mal


articulada.” – p. 31. Diversos líderes, embora não tivessem chefe. Teófilo Otoni era o vulto
mais conhecido e popular. Autor do folheto “A Estátua Eqüestre”.

“Ao nome de ‘ligueiros’ que no começo se deu aos conservadores dissidentes e liberais, unidos
contra o predomínio dos puritanos ou ‘emperrados’, substituiu-se o de ‘progressistas’.” – p.
32.

Pedro de Araújo Lima, Marquês de Olinda, se torna Presidente do Conselho de Ministros em


30 de Maio de 62.

“Ao ser chamado para formar um Gabinete que, inaugurado cinco anos antes, a 4 de maio de
57, tivera a missão de levar adiante a política de conciliação, o mesmo Olinda, que tanto se
opusera a essa política, tratou de ajuntar elementos dos antigos partidos. Era a sua, pois,
aparentemente, uma posição equidistante dos dois agrupamentos, capaz, por isso, de impedir
ou adiar a deflagração da crise.” – p. 33

1964: vitória dos ligueiros nas eleições parlamentares, por ampla maioria.

Zacarias Góis, mais afeito aos moderados, será substituído em 1864, por Francisco José
Furtado, mais ligado aos liberais históricos. – p. 36

Escolha de Furtado como Presidente do Conselho de Ministros foi ditada pelo desejo de
atender aos liberais históricos, que se queixavam de serem deixados de lado pelos cristãos
novos do liberalismo. P . 48

Novo Gabinete do Marquês de Olinda: marcado pelos progressistas, não mais gerontocrático. -
p. 48. Divergências entre os próprios ministros farão ruir o governo e assumirá Zacarias pela
terceira vez em 1866.

Capítulo IV – Política e Guerra – pular

Livro Segundo – O Pássaro e a Sombra

Capítulo I – O Poder Pessoal

Conciliação de 1853 inaugura a época da transação. “Resultava, do meio dessa política


sonolenta, sobressair-se a Coroa que, dispensada de atendar ao jogo das facções, era
convertida em fator decisório por excelência.” – p. 74
“Todavia a vantagem que tirava aparentemente a Coroa da eliminação das contendas
partidárias tinha seu reverso necessário. Uma vez que os sucessivos governos não surgiam
naturalmente delas, era fácil à oposição dirigir suas baterias contra o poder que, já agora
ostensivamente, fazia e desfazia Governos.” – p. 74

Justamente nessa época começam as representações satíricas contra o Imperador e o Trono.


Um destaque é o liberal Landulfo Medrado, que publica corrosiva crítica no Diário do Rio de
Janeiro, então dirigido por Saldanha Marinho. Critica a “política austríaca” de Dom Pedro II.

Também nessa época se populariza o uso da expressão “imperialismo”, com o crítica ao poder
pessoal do Imperador. Sousa Carvalho, por exemplo, publica O Imperialismo e a Reforma.

Outro panfleto, “A Revolução e o Imperialismo”, trazia a mesma ideia, mas louvava o


imperialismo como m ode de melhor conduzir a nação, o poder pessoal do Rei contra o poder
excessivamente diluído das fórmulas liberais.

“É também no ocaso do Império que vão aparecer mais nitidamente as contradições de um


sistema pretensamente parlamentarista, mas onde a decisão última cabia ao Chefe de Estado,
que em algumas oportunidades a tomou de forma ostensiva.” – p. 80

IMPORTANTE: “Nem os conservadores mais intemeratos pensavam, entre nós, de outra forma,
e deles, tanto quanto dos liberais, procedem muitas das recriminações crescentes contra o
chamado poder pessoal do Monarca. Quando em 1844, o conservador Ferreira Viana
apostrofou com violência inusitada o “príncipe conspirador”, “Cesar Caricato”, seu principal
alvo era a constância com o que o Imperador se valia, sem razões plausíveis, do recurso
extremo das dissoluções da Câmara.” – p. 81.

“É nas duas décadas anteriores à proclamação da República que mais claramente sobem à
tona numerosas contradições íntimas do sistema político do Império: contradição entre um
sistema nominalmente representativa e a carência da verdadeira representação; entre um
regime de natureza aristocrática e a inexistência de aristocracias tradicionais; entre um
liberalismo formal e a falta de autêntica democracia; finalmente entre uma Carta outorgada,
de cunho acentuadamente monárquico, e uma Constituição não escrita que pende para o
parlamentarismo. A presença de alguns desses contrastes não constituiria uma novidade, pois
não faltam na história das nações modernas exemplos de como eles podem por algum tempo
coabitar, a novidade está em terem conseguido equilibrar-se tão longamente, quase três
quartos de século, e em tamanha profusão, em terra onde tudo pareceu conspirar, desde o
começo, contra sua sobrevivência.” – p. 82.

Carta de 1824 atribui poderes ativos ao Imperador como chefe do executivo, mas não prevê
instituição de responsabilidade. Também não prevê a exigência da confiança da maioria
parlamentar para que se mantivesse um Ministério.

“No Brasil, a prática do Governo das maiorias, que não vem da Constituição, principia a ser
tentada por volta de 1837, dado margem às mesmas incertezas, que persistirão sem mudança
sensível através de meio século a mais. Ainda existiu aqui, além dos três poderes clássicos, um
quarto, inspirado, como se sabe, por Benjamin Constant, que o declarara implícito em todas as
Constituições verdadeiramente liberais e a que deu o nome de poder neutro ou real. Pela
Constituição imperial brasileira ele se torna explícito, e passa a chamar-se Moderador.” – p.
84.
“O Segundo Imperador do Brasil jamais quis renunciar totalmente aos direitos e prerrogativas
que a lei lhe conferia como Chefe de Estado, ainda quando fizesse muitas vezes o possível para
adoçá-las na prática. Renunciou, isto sim, a privilégios e títulos, que não pertenciam à essência
da realeza constitucional, mas eram atributos por assim dizer ornamentais, exteriores a ela.
Concordou, desde cedo, com o não ser chamado soberano, porque a soberania pertencia
teoricamente ao povo. Depois de visitar a Europa pela primeira vez, fez questão de ver extinto
o velho costume português do beija-mão que, depois de parecer desterrado desde 1831 com
D. Pedro I, fora restabelecido antes da Maioridade pelo regente Araújo Lima. Ao lado disso, a
imprensa pôde ter imunidades de que no Brasil nunca mais desfrutaria no mesmo grau. Com
tudo isso, soube resistir sempre às constantes pressões dos que, na crítica ao regime, se
deixavam guiar por uma Constituição ideal, atenta à prática parlamentarista.” – p. 86.

“Entretanto, não ousaria Sua Majestade rasgar a teia de um parlamentarismo fraudulento, que
se impôs apesar da Constituição, para não merecer a pecha de arbitrário. Que outro nome
poderia merecer entretanto o poder que se escorava numa trama de embustes e que, exercido
embora com moleza, viria a ser por força caprichoso? – p. 86

“Por onde mais se distanciava a ficção parlamentar brasileira do modelo britânico era pelo fato
de a subida ou de a queda de um Ministério depender só idealmente, entre nós, de uma
eventual maioria na Câmara popular. De fato dependia só, em última análise de uma opção
mais ou menos caprichosa da Coroa.” – p. 87

“Por essa força dificultava-se – mas a que preço! - a tranquila consolidação de oligarquias
uniformes e todo-poderosas, pois haveria sempre quem disputasse o domínio aos poderosos
do momento.” – p. 87

“A onda de críticas ao Ministros e à Coroa, que se avoluma na esteira da tentativa conciliatória


e culmina em 1862 a propósito da inauguração da estátua do primeiro Imperador, podia ser
uma advertência de que o pior estaria por vir, e D. Pedro não se mostrou indiferente a esse
clamor. No mesmo de ano de 62 manifestou por mais de uma vez o desejo de ver
reorganizados os partidos, com base em pleitos, limpos, onde quer que os houvesse.” – p. 88

“A singularidade da Monarquia brasileira está nisto sobretudo, que procura ser um regime
liberal – apesar de comportar o trabalho servil e impor algumas restrições políticas aos que
não sigam a religião do Estado -, mas é destituído de base democrática. Por esse lado é mal
escolhido o paralelo com o sistema de Napoleão III, pois a ditadura exercida pelo segundo
imperador dos franceses é quase até os seus últimos anos de teor nitidamente antiliberal, sem
que isso lhe impeça de assumir os traços democráticos: um deles está no sufrágio universal, e
não é o único.” – p. 90

CAPÍTULO II – A Democracia Improvisada – p. 94

Organização política e classes sociais: escravos completamente alijados do processo político;


mesmo “a gente livre das camadas pobres só foi afetada superficialmente pela transformação”
– p. 94.

Burguesia europeia (portugueses): era liberal em sua terra, mas recolonizador e absolutista no
Brasil.

Aristocracia rural, constituída geralmente de naturais da terra, era permeável ao clima política
da emancipação. – p. 95
Havia uma notável lacuna para o processo de formação de um Estado liberal brasileiro: uma
classe média numerosa, que pudesse dar base a um sistema representativo. (p. 95)

“A teoria, agora consagrada, dos “direitos próprios”, que vai ser fielmente seguida pela maioria
dos Governos, tornara-se quase inevitável, com a implantação de partidos ou facções rivais,
sobre a estrutura de nossa sociedade política. Justamente devido à falta de correspondência
no país para as classes médias da Europa ou dos Estados Unidos, os fundadores do Império se
tinham visto na necessidade de multiplicar os interesses de setores aproveitáveis para os fins a
que se propunham, congregando-os em torno da ideia de afirmação do novo Estado. Como
fossem escassos, então, os recursos particulares, consistiu seu primeiro passo em criar
condições para que bom número de pessoas pudesse participar ativamente dos pleitos
eleitorais. O resultado foi que justamente as classes desprovidas de meios para uma
subsistência decorosa segundo os padrões dominantes, e que normalmente poderiam pesar
sobre o Tesouro, viram convertidas suas próprias necessidades em prerrogativa.” – p. 98

“Um financista belga, que pôde fazer suas observações numa ocasião em que eram ainda
visíveis as marcas de origem das camadas dirigentes do Império, chamou atenção para a
anomalia dessas circunstâncias. A situação que delas decorre, diz, é de todo alheia ao princípio
que rege o sistema representativo, em que a exigência de eleições se prende, entre outras, à
exigência de fiscalização do emprego dos dinheiros públicos. O que se dá no Brasil é que tanto
o direito de votar e ser votado, quanto a fiscalização do orçamento, vão caber curiosamente
aos beneficiários do orçamento e, a bem dizer, unicamente a estes. Pode-se dizer, acrescenta
ainda o Conde de Straten-Ponthos, que o grande Império sul-americano inventou, para uso
próprio, uma doutrina absolutamente nova, Mas uma doutrina que, incrustando-se em
instituições que se pretendem representativas, irá subverter as bases em que deveriam estas
assentar.” – p. 98/99

O patronato – p. 100

Patronato aconteceu também em outros países, diz SBH.

Crítica que pode ser feita ao que está escrito na página 103: os Estados Unidos, acostumados a
trabalho livres??

“A efervescência geral que, no Segundo Reinado, se seguia a cada uma das frequentes
mudanças de Governo, acarretando não raro demissões maciças de aderentes ou protegidos
de situação anterior tem, pois, antecedentes remotos. É quando a luta pelo poder entre
diferentes facções parece simplificar-se pela formação de dois blocos antagônicos, que tal
situação tende a institucionalizar-se em definitivo.” – p. 105.

“Entre as consequências funestas da guerra do López não se pode deixar de incluir o mau
efeito que ela terá sobre a riqueza pública e privada. E neste caso não se hão de contar apenas
as consequências mais imediatas e diretas, mas outras remotas, entre elas o hábito de
dissipação e imprevidência que não seriam de fácil extirpação. Um estudioso que analisou
minuciosamente a situação das finanças brasileiras no final do Império pôde escrever, em livro
impresso em 1896, que a partir do período de 1865-1869, por ele considerado o mais
desastroso de toda a história financeira do país, nunca mais o Brasil se restabelecerá por
completo nesse particular. Por isso, e sem embargo de uma recuperação judicial que se
verificou por pouco tempo durantes os anos que se seguiram ao final da guerra e também da
prosperidade aparente do triênio imediatamente anterior ao 15 de novembro, a situação do
descalabro que se prende à Guerra do Paraguai exige atenta consideração para se ter uma boa
inteligência da história do Império nas duas décadas que antecedem o advento da República.”
– p. 109.

Ministério de 3 de agosto tinha situação precária (1867). Havia tensão entre os liberais
históricos e os liberais convertidos, ditos progressistas.

O Ministro Zacarias de Góis traz a questão do abolicionismo em dois discursos, um em 1867 e


outro em 1868 (Fala do Trono). Sua posição foi vista como docilidade ao Imperador que era,
ele mesmo, visto como um partidário da reforma do sistema servil. Essa suposta docilidade
trouxe azedume de conservadores e liberais tanto em relação ao Presidente do Conselho
quanto ao próprio Imperador. – p. 114/115

Também era tido como dócil às vontades imperiais nos rumos tomados pelas operações de
guerra. – p 115.

O Presidente do Conselho parecia não dissentir do Imperador no apoio que dava à estratégia
moderada de Caxias. Isso deu azo a novas críticas da oposição ao governo. Assim, “A Opinião
Liberal de 3 de março de 1868 reflete bem esse modo de ver, quando inverte a fórmula
célebre de Thiers a propósito do terceiro Ministério Zacarias de Góis, dizendo que o poder
irresponsável era, de fato, o que governava, ao passo que o Ministro reinava.” – p. 116.

O Ministério presidido por Zacarias de Góis era “refém” do General Caxias. O General fizera
pedido de demissão; o Conselho de Estado, no entanto, entendera que não poderia demitir o
Ministério para conservar um General: seria deixar a política à mercê da espada.

Capítulo III – Fim do Segundo “Quinquênio Liberal” – p. 124

Em 1968, havendo desacordo entre Dom Pedro II e o Ministério, plantada, em parte, pela
desavença causada pelo pedido de demissão de Caxias, D. Pedro não apenas desfaz o
gabinete, como também dissolve o Parlamento:

“Com efeito, o que surge agora sem ornatos ou disfarces é a inanidade dos freios que, no
Brasil, pareciam restringir a ação do Monarca. Em outros países, e não só naqueles que
adotaram o parlamentarismo, costumava esbarrar o poder do Chefe de Estado em uma série
de dispositivos legais e regulamentos, escritos ou não, que ajudavam a tornar menos
arbitrários os seus atos. No Brasil a barreira estava apenas na cordura, no bom-senso, até nas
hesitações do Monarca. É um poder, o seu, que se autolimita, mas não se torna por isso menos
caprichoso. O Imperador, embora nada execute, é Chefe do Executivo. Encarna o poder
chamado Moderador, ainda que os atos desse poder passem necessariamente para a órbita do
executivo quando devam ser executados. E é ainda o primeiro representante da nação.
Teoricamente inativo ou agindo pelas mãos – pela cabeça? – dos que se acham capacitados
para fazê-lo, e sobre os quais recai uma responsabilidade que lhe falece, marca, no entanto,
com sua presença, todos os grandes atos públicos do Segundo Reinado.” – p. 125

Dom Pedro escolhe Itaboraí para suceder Zacarias. Itaboraí era saquarema e emperrado, mas
não escolhido para dar fim ao abolicionismo, mas sim para dar fim honroso à guerra. (16 de
julho) – p. 126/127

Guerra termina sob o ministério Itaboraí.


Para SBH, a queda do Gabinete liberal de Zacarias e a ascensão do gabinete saquarema de
Itaboraí não se explica pela questão da abolição – ao menos não somente; também havia a
vontade (e necessidade) de Dom Pedro II em compor um ministério que se conectasse
politicamente ao Caxias, bem como desse resolução ao problema financeiro do pais, criado
mesmo pelos custos de guerra. – p. 132.

“O engano dos que julgam possível um movimento de opinião, favorável ou refratário a


reformas, impor-se por suas forças, prende-se de algum modo à ideia de que, no Brasil, o
sistema representativo era realidade. Ainda quando o desejo de mudança se refletisse em
amplos setores da opinião nacional e exercesse pressão decisiva sobre o Poder Público, sua
realização dependia, em derradeira instância, de Governos dispostos a ceder a essa pressão e
capazes de formar, através de manipulação eleitoral, a maioria necessária para promovê-la
com bom êxito.” – p. 132.

Cresce insatisfação com novo gabinete conservador, em especial por tomar as mesmas
medicas econômicas do gabinete anterior. Situação financeira radicaliza as críticas da oposição
na imprensa. Há descontentamento generalizado com os rumos do governo. – p. 136 e 137

Conservadores passam a fazer campanha por “reformas”, para que se evitasse a revolução. –
p. 137

Os elementos mais radicalizados de oposição não se juntaram ao bloco luzia (Partido Liberal).
Destaca-se nesse grupo os editores da Opinião Liberal, desde 1866. Rangel Pestana, Henrique
Limpo de Abreu, JL Monteiro – p. 137

Novembro de 1869: fundação do jornal Correio Nacional, ainda mais radical, por Pestana e
Limpo de Abreu. Organizaram conferências no Teatro Fênix Dramático do Rio de Janeiro.
Alguns conferencistas: Liberato Barroso; Silveira da Mota; Gaspar da Silveira Martins.

Radicais querem reforma, não revolução, dizem os agitadores.

20 de novembro de 1870: centro liberal.

Divergência entre Dom Pedro II e o gabinete Itaboraí a respeito da abolição – p. 141.

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