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Revista de Direito
Empresarial, Curitiba, v. 9, n. 3, p. 45-67, set./dez., 2012.
Para introduzir o texto, cita-se as evoluções do tributo e suas relações nos séculos
XIX e XX, como se ele andasse lado a lado com os acontecimentos relacionados na
época, modificando e evoluindo o seu entendimento na sociedade com o passar do
tempo.
No primeiro tópico, compreende-se que para que tudo exista, necessita-se do Estado
e do mercado, onde um justificaria o outro. Tendo em vista que o mercado apresenta
inúmeras falhas em suas relações que causam desequilíbrios macroeconômicos
advindos da má distribuição da riqueza ou da alocação de recursos, e quando o
mercado falha, apenas o Estado terá a capacidade para a correção. O mercado
apresenta interesses egoísticos por meio do tributo, sendo assim, a intervenção
estatal serve para instaurar uma sociedade solidária, assegurando a paz social e o
desenvolvimento econômico. Tais ideias, foram impulsionados, também, pelo
momento pós Revolução Industrial, onde os trabalhadores deixaram de serem
tratados como escravo e passaram a ser considerados inevitáveis cidadãos com
direitos e deveres, e não só deveres.
No tópico 2, o autor traz a contribuição de Musgrave com seus ideais sobre as funções
clássicas do Estado nas relações tributaristas. A primeira seria a função alocativa, a
qual tem como objetivo o fornecimento de bens públicos com o propósito de remediar
às falhas do mercado por meio da correção das externalidades. A segunda, é a função
de redistribuição que tem a intenção de promover a igualdade pelo tributo e diante do
tributo, concretizando os ideais da grande sociedade solidária. Vale ressaltar um
importante ponto dessa função, onde a noção do Estado predador está voltada para
os interesses do mercado onde muitos o utilizam como forma de acumular riquezas.
Já a terceira função, seria a função de estabilização, a qual está relacionada às
intervenções destinadas a correção dos desequilíbrios macroeconômicos com a
aplicação de estabilizadores automáticos, influenciando dessa maneira, o
comportamento dos agentes econômicos.