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Análise do vídeo de Cortella - A

postura ideal do Professor

A postura ideal do professor


Cada professor deve obter um comportamento, uma postura que se enquadre dentro
da sala de aula a fim de ganhar o desenvolvimento de alunos com a didática organizada
e a aprendizagem bem sucedida. Esse é o alvo a ser alcançado pelo professor.
Ter uma postura ideal como professor pode ser complicado e difícil de ser atingida,
porém não é impossível. A forma de como obter uma postura que agrade aos alunos, vai
além do saber inicial do professor por teorias elaboradas, mas a vivência diária do querer
atingir uma postura que seja ideal, não totalmente perfeita porque não existe no âmbito
educacional a perfeição, porque varia a didática, a metodologia, o comportamento
avaliativo, até a convivência com alunos que são exigentes. Assim, o professor deve-se
ter ainda uma postura que possua a resolução dos conflitos existentes em cada sala, em
cada mente por parte dos alunos, até chegar a toda esfera educacional, também
denominada como a flexibilidade. Howard Gardner, psicólogo que foi bastante destacado
na área educacional por possuir pesquisas voltadas para a educação, na sua frase
(destacada na aula anterior), expressa a preocupação do ensino aos jovens dando
referência a flores cortadas para serem dadas, mas que ao invés de dar tudo pronto,
deveria ao certo ensina-los a cultivar as suas próprias flores, plantar, regar, cuidar para
depois eles mesmos cortá-las e tê-las em suas mãos com o próprio esforço, pois dessa
forma dariam valor pelo esforço praticado. Ainda na frase, diz outra preocupação de o
professor encher a mente deles com os produtos inovadores, mas que na realidade não
os ensina a inovar, e isso também é conflitante, pois ainda é considerável essas mentes
jovens como armazéns que são enchidas de informações, mas que na realidade deve
ser encarada essas mentes como instrumento que possa ser utilizada.
Quanto à linguagem referente ao vídeo de Mário Sérgio Cortella, ainda sobre a ideal
postura do professor, inicialmente Cortella deu ênfase na palavra “satisfação” que
prejudica o professor, dizendo que o professor satisfeito dorme, e o torna sem inovações
para o processo de ensino, levando a entender que a insatisfação leva o professor a
vontade de querer melhorar, de sempre trazer a sala de aula algo que chame atenção
dos alunos para o despertar da educação na vida deles. Assim, a primeira grande virtude
de um professor é a insatisfação.
Idosa é uma pessoa a partir dos 60 anos, mas a diferença entre pessoa idosa pra
velhice, vai muito além da questão de idade, diz Cortella, que o velho acha que ele está
pronto e sabe de tudo e não precisa aprender porque se observa sendo perfeito,
enquanto que o idoso sabe que independentemente de ter uma idade avançada sabe
que nunca é tarde para se aprender algo, e ainda continuar buscando a sabedoria se
permitindo. Para ser velho, não é necessário atingir a idade (idoso), basta fechar os
olhos para a aprendizagem e achar que somente seus ideais e conceitos estão corretos,
e isso, ser velho, não é a postura a ser buscada pelo professor. Ainstein diz que, “tolice é
fazer as coisas sempre do mesmo jeito e aguardar resultados diferentes”, e nessa frase,
explica que ser tolo é praticar toda vez as mesmas coisas e ainda possuir esperança e
expectativa que tenha resultados diferentes. Levando isso num contexto dentro de sala
de aula, pode-se ver o professor reclamando de todos os alunos que ele dá aula, por
observar uma falta de ânimo por parte deles, e ainda assim, querer insistir em sua
didática que sempre deu errado por ter esperança de que um dia terá resultado diferente,
e isso é com certeza, tolice. Assim, a postura ideal de um professor, visa trocar sua
didática quando se nota a necessidade de mudança.
O professor necessita ainda de outra virtude chamado humildade. A humildade não
significa nesse sentido subserviência, de submissão voluntária a alguém ou a alguma
coisa, mas que se apresenta como uma pessoa modesta que sabe que precisa aprender
mais e melhorar sua forma de comportamento mesmo sendo professor. Não se trata de
um autoritário ditador, mas sim humilde, porque a humildade atrai a humildade e
consequentemente a humanidade.
Cortella falou ainda de Paulo (Bíblia), que foi um antigo Saulo e mudado o nome para
aprender a ser pequeno e humilde. Assim também, Paulo Freire, um grande educador
que mais teve títulos de doutorado e 5 pós, 36 tipos de doutorado totalizando 41
doutorados, e apesar da coincidência no nome, Paulo Freire também foi um homem
humilde a ponto de dizer que a educação (no tempo de exilio por 15 anos) não é para se
domesticar e alienar os educandos, mas para oferecer a eles a autonomia e para os
libertar.
“Gente grande de verdade sabe que é pequena é por isso cresce. Gente muito
pequena acha que já é grande e o jeito que ela acha pra crescer é abaixar outra pessoa”.
Essa frase ainda sobre a humildade, relata que a postura para o professor é ser humilde
e se fazer de pequeno para ganhar os pequenos, e nunca querer rebaixar um aluno,
porque aí seria mais baixo que todos.
Ser um professor tradicional, relata que ele busca exercer a tradição que deu certo, e
aquilo que não deu certo considerado como arcaico, deve ser descartado e ficar apenas
na memória de uma didática ultrapassada. O professor deve ter a mente aberta e
aprender das mudanças. As ideias tradicionais devem ser preservadas de forma que
desperte o desejo de transformar as pessoas através da educação, enquanto que a
didática arcaica busca a arrogância de permanecer em conteúdos velhos que não
necessitam de serem lembrados. O professor deve aprender a negar, proteger e elevar.
Negar os conteúdos arcaicos, proteger a didática que renova e elevar seu conhecimento
para ensinar novos horizontes que sejam favoráveis e dignos de serem repassados na
esfera educacional.
“Você não fracassa quando erra, e sim quando desiste, porque o bom líder forma
outros para serem lideres”. Desistir de ser professor com medo de errar é se declarar
fracassado, pois o professor que mesmo se vendo errado, ele ainda é corajoso para
buscar onde cometeu o erro e tentar acertar novamente com a ambição de ser um bom
professor e ter o perfil ideal.
Há uma regra antiga que diz que é proibido resmungar, e quem resmungasse seria
condenado a morte, pois é apenas permitido discutir, debater, discordar, porque
resmungar é dizer o que deve ser feito e não fazer nada, enquanto que discutir é falar
dos pontos negativos e apresentar soluções assim como qualquer trabalho científico.
Portanto, no final do vídeo de Cortella, expressou a seguinte frase: “Conheço muitos que
não puderam quando deviam porque não quiseram quando podiam, agente quer, deve e
pode, e faz.” Assim, o professor que busca uma postura ideal sabe como deve buscar os
meios para sua melhoria, sabe que deve ser insatisfeito para não dormir na didática,
sabe que precisa mehorar e ser diferente a cada aula, sabe que precisa ser pequeno
para conquistar todos os pequenos ao redor dele, mesmo mantendo postura de
autoridade dentro de seu espaço, sabe que deve ser corajoso para enfrentar os desafios
na educação, sabe que deve ter a noção de pressa pra ensinar, porque sabe que um
aluno tem pressa para aprender a ter bom convívio na sociedade. Mas, a postura ideal
acima de tudo para garantir todas as boas qualidades que necessita para ser ideal, é o
amor para ensinar.
https://www.recantodasletras.com.br/analise-de-obras/5964056

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