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1. INTRODUÇÃO
O arroz é uma gramínea anual adaptada ao ambiente aquático. Esta adaptação é devida à
presença de aerênquimas no colmo e nas raízes da planta, que possibilitam a passagem de oxigênio do
ar para a camada da rizosfera.
De acordo com os dados do IBGE (2004), a produtividade média de arroz no Brasil é de 3.556 kg/
ha. Um dos fatores responsáveis pela baixa produtividade é a inclusão das baixas produtividades
obtidas pelo arroz de sequeiro. Somamse a isso problemas de fertilidade natural dos solos, a
insuficiente ou desequilibrada adubação do solo, plantas daninhas, pragas, doenças e as condições
climáticas inadequadas.
Quadro 1. Produção, área cultivada e produtividade de arroz no Brasil, de acordo com as regiões
brasileiras.
Região Produção (t) Área (ha) (kg/ha) % da produção
Norte 608.766 1.439.274 2.364 16,31
Nordeste 766.745 1.174.559 1.531 20,52
Sudeste 137.054 343.178 2.503 3,67
Sul 1.263.023 7.531.817 5.963 33,84
Centro Oeste 957.558 2.788.013 2.911 25,66
BRASIL 3.733.146 13.276.841 3.556 100,00
Quadro 2: Produção, área cultivada, produtividade e percentagem da produção nacional de arroz, de
acordo com alguns Estados brasileiros. IBGE (2004):
Estado Produção (t) Área (ha) (kg/ha) % da produção
Rio Grande do Sul 1.044.124 6.338.139 6.070 27,97
Mato Grosso 738.165 2.177.125 2.949 19,77
Maranhão 516.740 733.484 1.419 13,84
Pará 297.065 636.645 2.143 7,96
Goiás 165.427 369.513 2.233 4,43
Tocantins 161.655 417.139 2.580 4,33
Santa Catarina 150.852 1.011.592 6.705 4,03
Piauí 150.279 169.485 1.127 4,03
Minas Gerais 93.964 214.192 2.279 2,52
Rondônia 83.047 186.214 2.242 2,22
Paraná 68.047 182.086 2.675 1,82
Mato Grosso do Sul 53.866 241.177 4.477 1,44
Ceará 38.263 86.311 2.255 1,02
São Paulo 35.780 106.120 2.965 0,96
BRASIL 3.733.146 13.276.841 3.556 100,00
2. CLIMA
Para a expressão do seu potencial produtivo, a cultura requer temperaturas ao redor de 24 a 300C
e radiação solar elevada, uma vez que a disponibilidade hídrica não é um fator limitante (no caso do
arroz irrigado).
A ocorrência de baixas temperaturas (abaixo de 17 oC de 15 dias antes a 5 dias após o início da
floração) e a pouca disponibilidade de radiação solar (cerca de 21 dias antes a 21 dias após o
florescimento) são dois elementos climáticos intimamente relacionados com a diminuição nos níveis de
produtividade.
3. FASES DE DESENVOLVIMENTO
O ciclo total da cultura do arroz está compreendido entre 90 a 210 dias, dependendo da cultivar e
da época da semeadura. No entanto, a maioria das cultivares recomendadas nos Estados do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina estão entre 100 a 140 dias.
O técnico e o produtor devem saber identificar as fases de desenvolvimento da cultura para fazer
as práticas culturais no momento certo. O ciclo da cultura é dividido nas seguintes fases:
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A duração da fase de maturação varia de 30 a 40 dias e vai do florescimento à maturação
fisiológica fase de grão leitoso inicia no momento em que a flor é fertilizada, indo até o ponto em que a
panícula se curva formando um ângulo de 90°, devido ao peso dos grãos do terço superior da panícula,
caracterizandose pelo conteúdo leitoso do grão.
O período de grão pastoso vai desde o momento em que a panícula forma um ângulo de 90° até
formar um ângulo de 180°. Compreende a fase final de grão leitoso até a fase final de enchimento do
grão, caracterizando um grão firme e amorfo.
A fase de grão maduro ou cristalino ocorre quando a umidade dos grãos está em torno de 22 a
26%. Neste momento deve ser iniciada a colheita.
A deficiência nutricional ou a ocorrência de pragas e/ou moléstias durante o período de formação
e enchimento de grãos refletese em menor peso de grãos. Condições de temperatura do ar elevada e
umidade do ar baixo, associado à ocorrência de ventos, aceleram o processo de perda de umidade dos
grãos. Após a maturação fisiológica (quando o grão atingiu o máximo de desenvolvimento) a planta
pode demorar de uma a duas semanas até atingir condições de ser colhida mecanicamente.
4. CULTIVARES RECOMENDADAS E DENSIDADE DE SEMEADURA
Na escolha da cultivar a ser semeada, devem ser considerados vários aspectos, entre eles
citamos: qualidade dos grãos, a produtividade, a resistência às doenças, ao acamamento e à toxidez de
ferro.
Quanto a precocidade, a classificação é a seguinte:
a) precoces: ciclo total menor do que 120 dias;
b) médios: ciclo total compreendido entre 121 a 135 dias;
c) semitardio: ciclo total compreendido entre 136 a 150 dias;
d) tardio: ciclo total superior a 150 dias.
No Quadro 3, a seguir, estão descritas as principais cultivares recomendadas e algumas
características referentes a elas.
Quadro 3. Características agronômicas das principais cultivares recomendadas para SC. Fonte:
EPAGRI, 2006
Grau de resistência
Cultivar Ciclo
Acamamento Brusone Toxidez por ferro
BR IRGA 410 Médio R MR S
EPAGRI 106 Precoce MR MR MR
EPAGRI 108 Semitardio R MS R
EPAGRI 109 Semitardio R MR R
SCS BRS 111 Semitardio MR R R
SCS 112 Tardio R MR MS
SCS 114 Andosan Tardio R MR MR
SCS BRS Tio Taka Tardio R MR MS
Legenda: R (Resistente); MR (Moderadamente resistente); MS (Moderadamente suscetível; S (suscetível)
5. SOLOS
5.1. TIPOS DE SOLOS E SISTEMATIZAÇÃO DA LAVOURA
Os solos próprios para o cultivo do arroz irrigado caracterizamse pela topografia plana,
geralmente hidromórficos. A presença de camadas subsuperficiais argilosas torna o cultivo de arroz
adequado, facilitando a manutenção de uma lâmina de água sobre a superfície do solo e dificultando a
lixiviação de nutrientes. Para o cultivo do arroz não são recomendados solos arenosos e muito
profundos.
Para o aproveitamento eficiente e racional destes solos há a necessidade de condicionálos
anteriormente ao plantio, através do processo denominado de sistematização do terreno, que consiste
na criação de um sistema funcional de manejo que vai desde a remoção de detritos vegetais, abertura
de canais de drenagem e irrigação, construção de estradas internas, regularização da superfície do
terreno, em nível ou desnível e entaipamento.
Há duas modalidades de sistematização para as lavouras do arroz:
a) Sistematização do solo em desnível: Este sistema é feito normalmente com taipas em curvas
de nível, muito utilizado no Rio Grande do Sul. Visa uniformizar o solo transferindo das partes mais
elevadas para as depressões do terreno. No caso do arroz, a água de irrigação é retida sobre a
superfície do solo através de taipas em curvas de nível. A diferença de cotas de uma taipa para outra
depende da declividade do terreno e do sistema de plantio.
Este sistema possui como vantagens o menor movimento de terra, menor custo inicial e melhor
drenagem superficial. As desvantagens são o maior consumo de água, lâmina desuniforme causando
maiores dificuldades no controle de plantas daninhas e manejo de insumos agrícolas.
b) Sistematização do solo em nível: Neste sistema a área é dividida em quadros, muito utilizado
em Santa Catarina. O terreno compreendido em cada quadro é nivelado, utilizandose o solo das cotas
mais elevadas para aterrar os de cotas inferiores. É aconselhável que os mesmos possuam áreas
compatíveis com o tamanho das máquinas e que apresentem uma adequada relação entre
comprimento e largura. Recomendase uma largura entre 20 e 50 m e um comprimento não superior a
200 m. Os quadros devem ser cercados por taipas com altura mínima de 20 cm.
As vantagens deste sistema são: distribuição mais adequada da água, permitindo irrigação mais
uniforme e melhor controle de plantas daninhas; com maior uniformidade da lavoura, possibilita maior
eficiência nos tratos culturais e na colheita; há um melhor aproveitamento do solo com a redução da
área ocupada com taipas. Como desvantagens, na maioria dos casos, a alternância de cultivos com
outras culturas na entressafra é dificultada pela deficiente drenagem superficial, originada pelo
nivelamento do terreno. Ao mesmo tempo, o custo inicial da sistematização de quadros em nível é
normalmente mais elevado do que a sistematização em desnível.
5.2. PREPARO DO SOLO, SISTEMAS DE CULTIVO E SEMEADURA
O solo necessita ser muito bem preparado para receber as sementes.
Um bom preparo do solo proporciona condições ideais para o desenvolvimento das raízes da
planta, ao controle de pragas, ao controle de doenças e ao manejo da água de irrigação.
Segundo as informações de pesquisas disponíveis, 80% das raízes da planta do arroz
encontramse nos primeiros 20 cm do solo. Devido a este motivo devemos ter uma grande
preocupação com esta camada. A profundidade de preparo do solo não deve ser superior a 15 cm. Não
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se recomenda a subsolagem ou a lavração profunda. Essas práticas tendem a provocar maior consumo
de água, perda de nutrientes e o atolamento de máquinas.
O preparo não é uma prática que se aplica de forma igual para todas as propriedades. A seguir há
exemplos de alguns sistemas utilizados pelos orizicultores.
5.2.1. Sistema Convencional
No Rio Grande do Sul a maior parte da área cultivada com arroz utiliza este sistema. Em Santa
Catarina não chega a 5%.
As etapas de preparo do solo e semeadura neste Sistema são basicamente os seguintes:
1) Preparo primário do solo → normalmente é realizado com arados e visa principalmente o
rompimento de camadas compactadas e a eliminação e/ou o enterrio da cobertura vegetal. Esta prática
é normalmente feito a seco cerca de 2 meses antes do plantio.
2) Preparo secundário → as operações são mais superficiais, utilizandose grades ou plainas para
nivelar, destorroar, destruir crostas superficiais, incorporar agroquímicos e eliminar plantas daninhas no
início de seu desenvolvimento. O preparo secundário é realizado logo antes do plantio;
3) Em seguida providenciase a semeadura, que é realizada a lanço ou em linha. Recomendase
uma densidade de 400 a 500 sementes aptas/m 2 para a semeadura em linhas e de 500 sementes
aptas/m2 para a semeadura a lanço. O objetivo é garantir uma população inicial de 200 a 300 plantas/
m2, uniformemente distribuídas. O espaçamento entre linhas varia de 13 a 20 cm. Espaçamentos
menores são mais adequados a semeaduras tardias de cultivares precoces. Espaçamentos maiores, ao
mesmo tempo em que favorecem um melhor perfilhamento, podem acarretar em desuniformidade na
floração.
4) Realizase a aplicação de herbicidas de préemergência, que é normalmente aplicada
5) Cerca de 20 a 25 dias após a semeadura fazse a inundação do terreno. A altura da lâmina de
água desejável deve permanecer entre 10 a 15 cm sobre o solo.
5.2.2. Plantio Direto
É o sistema de semeadura no qual a semente é colocada diretamente no solo não revolvido. O
plantio direto do arroz irrigado na várzea está mais relacionado ao controle do arroz vermelho e à
redução dos custos de produção, do que à conservação do solo.
As etapas de implantação deste Sistema são:
1) aplicação de herbicidas visando a eliminação de plantas daninhas presentes no terreno;
2) semeadura em plantio direto (sobre os vegetais dessecados), realizadas geralmente por
plantadeiras de tração mecanizada. Recomendase uma densidade de 400 a 500 sementes aptas/m2
para a semeadura em linhas. O espaçamento entre linhas recomendado é de 20 cm. Necessitase uma
quantidade de 3,5 sacos por hectare, a uma profundidade de semeadura média de 3 cm;
3) cerca de 20 a 25 dias após a semeadura fazse a inundação do terreno. A altura da lâmina de
água desejável deve permanecer entre 10 a 15 cm sobre o solo.
5.2.3. Sistema PréGerminado
Em Santa Catarina, cerca de 95% do arroz irrigado é cultivado neste sistema. No Rio Grande do
Sul a percentagem ainda é muito pequena.
Caracterizase pela semeadura de sementes prégerminadas em solo previamente inundado.
Entre as vantagens deste sistema podese citar o eficiente controle do arroz vermelho.
As etapas para a implantação deste Sistema são as seguintes:
1) para o êxito do sistema, é importante que o preparo do solo seja iniciado com antecedência de
1 a 2 meses da época prevista para a semeadura. Geralmente o preparo é iniciado com gradagens no
início da primavera, e o solo é mantido em condições de umidade (não saturado) adequada para a
germinação das sementes de plantas daninhas existentes no solo. As plantas emergidas podem ser
controladas com novas gradagens, pois em cada operação mais sementes serão expostas para
germinação.
2) cerca de 15 a 20 dias antes da semeadura a área deve ser inundada e mantida nesta
condição.
3) preparo do solo para receber as sementes. Tornase necessário a formação da lama, além do
nivelamento e alisamento, práticas também realizadas no plantio convencional. Nesta fase realizase,
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também, a adubação do terreno com fósforo e potássio. Uma alternativa para a formação da lama é a
utilização da roda de ferro tipo “gaiola”, que oferece maior sustentação e deixa menos rastro das rodas
do trator. A segunda fase compreende o renivelamento e o alisamento, após a formação da lama,
utilizandose pranchões de madeira, com o intuito de deixar a superfície lisa e nivelada, própria para
receber a semente;
4) realizase a prégerminação das sementes. Deixase as sementes imersas em água por
aproximadamente 36 horas. Igual tempo é dispendido para a incubação (descanso) das sementes à
sombra. Em dias quentes, hidratar as sementes por 24 horas;
5) semear as sementes prégerminadas na quadra totalmente inundada com uma lâmina de água
de aproximadamente 5 cm. A densidade de semeadura deve ser de 500 sementes aptas/m2. Manter o
solo nestas condições por um período compreendido entre 3 a 5 dias;
6) retirar a lâmina de água e manter a quadra seca por um período de 3 a 5 dias, objetivandose
impedir o “afogamento” da plântula e proporcionar um melhor crescimento inicial das mesmas;
7) elevar gradativamente a lâmina de água sobre o terreno, à medida que ocorre o crescimento
das plantas, mantendoa a uma altura de 10 a 15 cm.
Neste sistema, o processo de semeadura em solo inundado consiste basicamente na distribuição
da semente a lanço, de maneira uniforme, das sementes prégerminadas. A grande infestação com
arroz vermelho nas lavouras e a necessidade de redução de custos criam uma perspectiva de uma
utilização crescente deste Sistema.
5.2.4. Transplante de mudas
O transplante das mudas é feito quando as mudas alcançam 10 a 12 cm de altura (12 a 18 dias
após a semeadura). No momento do transplante as caixas de mudas devem estar com umidade
adequada, para facilitar o desempenho da transplantadeira. Esta operação deve ser feita com a área
previamente drenada. São necessárias de 110 a 130 caixas de mudas/ha.
A inundação permanente do solo deve ser evitada por uns 2 a 3 dias até o pegamento das
mudas.
O preparo do solo, o manejo da água, o controle de plantas daninhas, de pragas e de doenças é
idêntico ao recomendado para o sistema prégerminado. Como vantagens deste sistema podemos citar
o excelente controle do arroz vermelho e um melhor perfilhamento das plantas.
6. ADUBAÇÃO E CALAGEM
Os principais nutrientes minerais extraídos pelo arroz irrigado são: Nitrogênio (N), Fósforo (P),
Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S).
6.1. Calagem
Em solos ácidos, cultivados sob condições de sequeiro, o crescimento das plantas é limitado
devido aos baixos valores de pH, à presença de alumínio e manganês trocáveis em níveis tóxicos, à
baixa atividade microbiana, diminuindo a taxa de mineralização da matéria orgânica e, como
conseqüência de tudo isso, à baixa disponibilidade e ao menor aproveitamento de alguns nutrientes
essenciais, dentre eles, o nitrogênio, o fósforo, o enxofre e o molibdênio.
Recomendações de calagem:
a) Em Sistema Prégerminado → Devido ao contínuo alagamento, há a ocorrência da auto
calagem, não necessitandose a aplicação de calcário dolomítico para elevar o pH do solo.
OBS: Tornase conveniente o uso de calagem (1 ton/ha) somente para elevar níveis de Ca + Mg,
quando estes encontramse abaixo de 5,0 cmolc/L, de acordo com a análise do solo.
b) No Sistema Convencional → Elevar o pH do solo para 5,5. Isto é realizado através da
aplicação de calcário dolomítico, cerca de 3 a 6 meses antes da semeadura. Esta prática tornase
necessária porque a autocalagem só é atingida a partir de 30 dias após a semeadura.
6.2. Adubação
A adubação do solo deve ser baseada na análise prévia do solo. Abaixo seguem as
recomendações de adubação válidas para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
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a) Fósforo:
Kg de P2O5/ha
Interpretação de P no solo
Sistema prégerminado Semeadura em solo seco
≤ 3,0 40 60
3,0 – 6,0 30 40
6,1 – 12,0 20 20
> 12,0 < 20 < 20
Quando aplicar:
No cultivo de arroz com préinundação do solo, algumas formas de fosfatos do solo (fosfatos de
alumínio, ferro e cálcio) liberam P mesmo antes da semeadura. Isto não acontece tão rapidamente no
sistema tradicional de semeadura em solo seco. Por este motivo, a recomendação máxima de 40 kg de
P2O5/ha para o sistema prégerminado é inferior àquela para sistemas com semeadura em solo seco
(60 kg de P2O5/ha). Para solos com baixos teores de fósforo (< 3 mg/dm 3) recomendase dar
preferência ao uso de fontes de fósforo solúveis. Para solos com teores maiores que 3 mg/dm3 é viável
a utilização de outros fosfatos, isoladamente ou em misturas.
A aplicação de fósforo é recomendada logo antes da semeadura, no período de formação do
lodo.
b) Potássio:
Kg de K2O/ha
Interpretação de K no solo
Sistema prégerminado Semeadura em solo seco
Baixo 80 60
Médio 60 40
Alto 40 20
Muito Alto < 40 < 20
Quando aplicar:
No sistema prégerminado, os adubos potássicos podem ser aplicados e incorporados com
enxada rotativa ou com grade por ocasião da formação da lama ou após o nivelamento da área, antes
da semeadura. No sistema de semeadura em solo seco, os fertilizantes devem ser aplicados e
incorporados por ocasião da semeadura.
c) Nitrogênio
Kg de N/ha
M.O do solo Sistema pré Semeadura em solo seco (p/ tipo de cultivar)
germinado Porte Baixo Porte médio
< 2,5 90120 90 60
2,6 – 5,5 6090 80 45
> 5,5 ≤ 60 ≤ 70 ≤ 30
Quando aplicar:
Em sistema de semeadura em solo seco (inclui o sistema convencional, cultivo mínimo e plantio
direto) recomendase aplicar 10 kg de N/ha na semeadura e o restante em cobertura, dependendo do
teor de matéria orgânica do solo e do tipo de cultivar. Eventualmente, ao ser constatado um
desenvolvimento vegetativo acima do esperado, podese reduzir ou até evitar aplicações adicionais de
nitrogênio, face aos riscos de acamamento e de problemas associados ao excesso de nitrogênio.
Quando a dose a aplicar em cobertura for inferior a 50 kg N/ha, podese proceder a aplicação única no
início da diferenciação da panícula (ponto de algodão). Para os demais casos é mais eficiente aplicar
50% da dose de cobertura no início do perfilhamento (a partir da emissão quarta folha, que ocorre em
torno de 2030 dias após a emergência das plântulas) e o restante no início da diferenciação da
panícula.
No sistema prégerminado, a adubação com N na base não é recomendada face os riscos de
perdas por desnitrificação decorrentes da drenagem do solo posterior à semeadura. Para as cultivares
de ciclo curto (< 120 dias) e médio (< 135 dias) recomendase aplicar 50% do N no início do
perfilhamento (2530 dias após a semeadura) e o restante no início da diferenciação da panícula (5065
e 6065 dias após a semeadura para cultivares de ciclo curto e médio, respectivamente). Para cultivares
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de ciclo longo (> 135 dias), a cobertura pode ser fracionada em 3 aplicações: 1/3 no início do
perfilhamento (2530 dias após a semeadura), 1/3 no perfilhamento pleno (5060 dias após a
semeadura) e, se necessário, completada com 1/3 no início da diferenciação da panícula (7580 dias
após a semeadura).
6.3. FUNÇÕES DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES:
6.3.1. Nitrogênio (N)
Na planta, o nitrogênio estimula o crescimento das raízes, caule e folhas, o crescimento
vegetativo, aumentando o número de perfilhos, o tamanho da panícula, o número e o peso dos grãos.
O excesso de N causa desequilíbrio na nutrição da planta e prejudica seu desenvolvimento. Nesta
situação causa o aborto de flores, falhas na panícula, acamamento de plantas e maior suscetibilidade a
doenças, diminuindo a produtividade da lavoura.
6.3.2. Fósforo (P)
Na planta, estimula o desenvolvimento das raízes, aumenta o perfilhamento e melhora o valor
nutritivo dos grãos. O eventual excesso de adubação fosfatada não prejudica a planta, pois ela absorve
somente a quantidade de P necessária ao seu desenvolvimento.
6.3.3. Potássio (K)
É um elemento de grande responsabilidade pelo espessamento do colmo, conferindo maior
resistência da planta ao acamamento e resistência contra pragas e doenças.
6.3.4. Cálcio (Ca)
Faz parte da parede celular das plantas. É um elemento essencial para o crescimento das raízes.
Tem influência na floração, polinização, fertilização e na formação de grãos.
6.3.5. Magnésio (Mg)
É um elemento participante da clorofila, responsável pela fotossíntese. Auxilia na absorção de
fósforo pelas plantas. O calcário dolomítico é uma fonte rica e barata em Ca e Mg.
OBS: Em algumas lavouras pode ocorrer a toxidez de ferro. Tratase de um elemento
freqüente no solo, mas que em teores muito altos impede a absorção de outros nutrientes pela
planta de arroz. Dependendo da intensidade do problema, pode acarretar em efeitos negativos na
produção da lavoura.
Este efeito é notado nas lavouras com os seguintes sintomas:
As folhas ficam com suas pontas avermelhadas;
As raízes adquirem cor de ferrugem.
A correção deste problema pode ser feita pelas seguintes práticas: aplicação antecipada de uréia,
aplicação de calcário (caso não tenha sido feita) e uso de variedades tolerantes.
7. PLANTAS DANINHAS DO ARROZ
As plantas daninhas são denominadas como as espécies vegetais que nascem e se desenvolvem
em local não desejado, vindo a competir por luz, água e nutrientes com a planta cultivada. Podem ser,
ainda, hospedeiras de pragas e doenças e desvalorizam o produto para consumo e para semente, além
de aumentar o custo de produção e de beneficiamento. Há plantas daninhas especializadas em se
desenvolver em solo seco, outras em solo úmido, outras na água.
Na cultura do arroz irrigado temos essas três condições. Por este motivo, no arroz irrigado há
uma grande quantidade de plantas invasoras e que precisam ser controladas.
7.1. CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS
7.1.1. FOLHAS LARGAS: São plantas com folhas normalmente com nervuras não paralelas (em
forma de espinha de peixe) e caule cheio, não oco.
Dentre elas destacamos o aguapé, angiquinho, chapéudecouro, corda de viola (corriola),
calipinho, ervadebicho, trapoeraba, entre outras.
7.1.2. FOLHAS ESTREITAS: São plantas que possuem folhas com nervuras longitudinais nas
folhas. O caule possui nó e entrenó e é normalmente oco. As raízes são do tipo cabeleira.
Dentre elas podemos destacar o capimarroz (canevão), arroz vermelho, arroz preto, capim
mimoso, capimcapivara, etc...
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7.1.3.TIRIRICAS OU CIPERÁCEAS: São plantas com caule quase sempre triangulares e cheios,
suas folhas têm três direções com bainhas quase sempre fechadas. Ex: cuminho, junquinho, tiririca
preta e cebolinha.
7.2. CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS DO ARROZ
É importante lembrar que para um controle econômico e eficiente poderão ser utilizados todos os
meios disponíveis e que passaremos a descrever.
7.2.1. Controle cultural
O controle cultural de plantas daninhas no arroz pode ser realizado por diversas práticas, a saber:
Bom preparo do solo. É um fator fundamental para um bom controle das plantas daninhas com
inundação;
Uso de sementes de alta qualidade e livres de invasoras;
Correta escolha da época de semeadura → a semeadura fora de época aumenta os riscos de
frustração;
Manejo correto da água → não se deve deixar o solo secar. O contato com o ar provoca
germinação de novas sementes;
Quantidade correta de sementes/ha → o uso de pouca semente provocará maior população de
plantas daninhas, enquanto que o excesso de sementes provocará concorrência entre as próprias
plantas de arroz, diminuindo a produtividade;
Criação de peixes ou de marrecos de Pequim nos tabuleiros durante a entressafra → é uma
prática que em muitos casos poderá dar excelentes resultados no controle de plantas daninhas;
7.2.2. Controle mecânico
Capinas → Feita com enxadas ou carpideiras manuais, tracionadas por animais ou tratores.
Esta prática é utilizada nos sistemas de plantio no seco, em linha.
Com o uso de gradagens ou rotativas → muito utilizada também no sistema de plantio pré
germinado, no período de entressafra e préplantio. É uma prática muito eficiente e recomendável.
Arranquio manual ou corte com cegueta → Prática muito eficiente e de baixo custo,
especialmente quando se tratar de uma lavoura com baixa infestação, quando do aparecimento de uma
nova espécie, ou quando se desejar colher arroz para semente.
Queima → usada especialmente para as plantas daninhas arrancadas, já sementadas.
Inundação → a maioria das folhas estreitas e tiriricas não crescem em níveis de água de 5 a 10
cm. Algumas folhas largas também são controladas com lâmina d’água. As sementes de muitas plantas
daninhas não germinam na água, portanto, este é um recurso que o produtor de arroz pode e deve
usar, pois em muitos casos, quando bem utilizado, dispensa o uso de herbicidas.
7.2.3. Controle químico
Este método pode ser utilizado pelo produtor quando os demais métodos de controle se
mostrarem ineficientes. É realizado com a utilização de herbicidas.
A aplicação de herbicidas pode provocar alguns prejuízos à planta, ao homem e ao meio
ambiente. Alguns cuidados, portanto, devem ser tomados:
Deve se ter o cuidado para não utilizar herbicidas não recomendados à cultura do arroz, uso de
super dosagens do herbicida, uso do herbicida na época errada e uso de misturas não recomendadas.
O manuseio do herbicida não deve ser realizado sem a devida proteção. Cuidado redobrado
deve ser dado quando se aplicam herbicidas muito tóxicos.
A aplicação do herbicida deve ser feita de maneira correta; deve se evitar a troca de água antes
do tempo recomendado; as embalagens vazias devem ser depositadas em local apropriado. Devese,
ainda, proceder a tríplice lavagem dos recipientes.
Muitos cuidados devem ser tomados em relação à correta escolha do herbicida, ao momento de
aplicação do produto (referentes à hora de aplicação e ao tamanho das plantas a serem controladas),
ao uso de dosagens corretas, à forma de aplicação e utilização de equipamentos adequados.
7.3. Classificação dos herbicidas quanto à época de aplicação:
PRÉPLANTIO: aplicado antes do plantio da cultura.
PRÉEMERGENTE: aplicado após o plantio da cultura mas antes da germinação.
PÓSEMERGENTE: aplicado após a germinação da cultura e das plantas daninhas.
7.4. Tipos de herbicidas segundo o modo de ação:
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a) CONTATO: só age na parte pulverizada.
b) SISTÊMICO (translocado): pulverizado nas folhas e ataca todas as partes da planta.
8. DOENÇAS DA CULTURA DO ARROZ
8.1.1. BRUSONE (Pyricularia grisea)
Causada por um fungo com a capacidade de atacar o caule, folhas, panículas e os grãos.
Sintomas: nas folhas aparecem como manchas marrons, com centro cinza esverdeado. No
caule aparecem como manchas escuras nos nós. À medida em que se distanciam do nó, as manchas
tornamse mais claras. Na panícula e grãos aparecem como manchas marrons.
Danos: quando ocorre na fase vegetativa do arroz (até o perfilhamento) e se as condições
climáticas não forem favoráveis, a doença poderá desaparecer sem trazer grandes prejuízos. Quando o
ataque ocorre no emborrachamento do arroz ou floração, os prejuízos normalmente são muito grandes,
podendo ser totais.
As condições favoráveis à doença são:
Temperaturas entre 20 a 30ºC. O ideal é de 26 a 28ºC.
Umidade relativa maior que 90%. Orvalho, neblina e chuvas fracas indicam essa condição.
Poucas horas diárias de sol, isto é, muita nebulosidade.
Solos com baixa fertilidade ou muito ricos em matéria orgânica.
Adubação desequilibrada → aplicação de níveis elevados de N (uréia). Excesso de calcário e
fósforo.
Deficiência de irrigação → se a planta permanecer muito tempo no seco, mais sujeita está à
brusone.
Cultivares suscetíveis.
Época de semeadura → se feita fora da época recomendada aumenta o risco de ataque de
brusone.
Densidade de semeadura → o excesso de sementes provoca aumento no risco de brusone.
Eliminação de plantas daninhas hospedeiras do fungo e que podem ajudar a criar condições
favoráveis à doença.
Controle: Usar cultivares resistentes; não semear a mesma cultivar por mais de três anos no
mesmo local; semear na época recomendada; fazer um bom preparo do solo; irrigar corretamente; fazer
adubação segundo a análise de solo; usar densidade de semeadura adequada; controlar plantas
daninhas; fazer controle químico nas áreas mais sujeitas à brusone. Neste último caso, o tratamento
com fungicidas deverá ser realizado durante os estádios de emborrachamento e/ou floração.
9. PRAGAS DO ARROZ IRRIGADO
O ataque de pragas no arroz irrigado pode ser responsável por grandes perdas no sistema pré
germinado. No sistema de plantio convencional, as perdas podem ser ainda maiores. Portanto, é
necessário que o agricultor reconheça algumas pragas e as providências que devem ser tomadas
para evitar o ataque.
9.1. PRAGAS DE SEMENTES E RAÍZES
9.1.1. Bicheira da raiz (Oryzophagus oryzae)
Reconhecimento → Os adultos são pequenos besouros (semelhantes ao gorgulho) que
possuem o corpo acinzentado com manchas brancas de 2,6 a 3,5 mm de comprimento. As larvas
completamente desenvolvidas medem 8,5 mm de comprimento, são brancas, com pequena cabeça
amarelada e pêlos rasos sobre o corpo, sendo conhecida como “bicheira da raiz do arroz”.
Danos → As larvas danificam as raízes do arroz. As plantas atacadas apresentam crescimento
reduzido, coloração amarelada e secamento do ápice das folhas.
Controle → Correto aplainamento do solo, limpeza dos canais de irrigação e adubação
nitrogenada complementar (30 kg/ha), somente até a fase de ponto de algodão. Uso de inseticidas,
no tratamento de sementes, como o Premier 700 PM (Classe IV 300 g/100 kg de sementes).
Pulverização de inseticidas a campo, como o Furadan 350 SC (Classe I – 400 ml/ha), aplicado em
caráter curativo, somente nas reboleiras.
9.1.2. Pulgão da raiz (Rhopalosiphum rufiabdominale)
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Reconhecimento: Possui aproximadamente 2 mm de comprimento e apresenta abdômen de
coloração verdeescuro, meio avermelhado.
Danos: Sugam a seiva das raízes. As plantas podem apresentar colmos com folhas
amarelecidas ou parcialmente secas, em virtude do desenvolvimento das colônias nas raízes.
Controle: Aplicação de inseticidas fosforados sistêmicos.
9.2. PRAGAS DA PARTE AÉREA
9.2.1. Percevejo do grão (Oebalus poecilus)
Reconhecimento: Apresentam coloração marrom clara e medem de 8 a 10 mm de
comprimento. A postura é feita nas folhas, mas quando a população é grande, pode ocorrer também
nos colmos e panículas. Os ovos são depositados em fileiras, sendo que a primeira postura é
geralmente feita na panícula do capim arroz. Os percevejos migram para o arrozal, geralmente
quando aparecem os primeiros grãos leitosos.
Danos: Sugam a seiva dos grãos. A natureza e a extensão do dano dependem do estado de
desenvolvimento do grão. Espiguetas com endosperma leitoso podem ficar totalmente vazias pela
alimentação dos percevejos ou, então, originarem grãos atrofiados, caracterizados por inúmeros
pontos escuros nas glumas, nos locais onde os insetos introduziram os estiletes. Quando o ataque
ocorre durante a fase final de desenvolvimento dos grãos, formamse manchas escuras na casca e
brancas no endosperma, em volta dos pontos perfurados. Os grãos ficam estruturalmente
enfraquecidos nas regiões danificadas e geralmente quebram durante seu beneficiamento. A
qualidade dos grãos pode ser afetada quando 8 percevejos forem encontrados em 1.000 panículas.
Controle: Evitar, quando possível, o plantio escalonado de arroz na mesma área ou em áreas
próximas; utilizar variedades de ciclo mais curto; inseticidas, pulverizados sobre as folhas, como o
Malathion (classe III, com intervalo de segurança de 7 dias), Bulldock 125 SC (Classe II – 50 ml/ha),
Sumithion 500 CE (Classe II – 1 a 2 l/ha), etc...
9.2.2. Cigarrinha do arroz (Sogatodes orizicola)
Reconhecimento: Os adultos têm de 2,7 a 4,0 mm de comprimento. O corpo é de coloração
amarelada na fêmea e, marrom escura no macho. Os ovos são colocados em grupos ao longo das
nervuras das folhas.
Danos: Os adultos e ninfas sugam a seiva das folhas, de colmos e de panículas em
formação. Os insetos excretam uma substância adocicada que favorece o desenvolvimento de
fungos nas folhas e colmos, formando manchas escuras (fumagina). As populações do inseto
atingem o pico durante o período de florescimento e formação dos grãos.
Controle: Evitar excesso de adubação nitrogenada; utilizar variedades de ciclo muito curto;
inseticidas sistêmicos (fosforados)
9.3. PRAGAS DOS GRÃOS ARMAZENADOS
8.3.1. Gorgulhos: atacam toda massa de grãos armazenados.
8.3.2. Traças: atacam os grãos da superfície da massa de grãos armazenados
10. COLHEITA
O ponto de colheita é dependente de vários fatores, entre eles da cultivar, do clima e do solo. A
seguir seguem alguns critérios que devem ser observados para determinar o início da colheita:
a) Para produção de sementes: a colheita deve ser iniciada quando 80% da lavoura apresentar
umidade dos grãos entre 25 e 28%.
b) Para consumo (grãos): colher quando 80% da lavoura apresentar grãos com umidade entre 23
e 28%.
Em termos práticos, a colheita de grãos deve ser feita observandose os seguintes fatores:
a) Para semente:
Colher o arroz quando este apresentar 50% da panícula bem madura e metade da panícula com
alguns grãos ainda apresentando casca de cor de esverdeada;
Ou colher o arroz quando apresentar em torno de 26 a 27% de umidade.
b) Para grãos:
Colher o arroz quando apresentar duas partes da panícula bem madura e uma parte da panícula
com alguns grãos ainda apresentando casca de cor esverdeada;
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Ou colher o arroz quando este apresentar em torno de 24 a 25% de umidade.
OBS: Recomendase o uso de determinadores de umidade precisos.
10.1. CONSEQUÊNCIAS DOS ATRASOS NA COLHEITA:
Quebra de grãos (arroz trincado pelo sol).
Perda de qualidade (baixa a quantidade de grãos inteiros).
Perda de quantidade (baixa o rendimento de engenho e perda de peso do arroz na lavoura).
10.2. CONSEQUÊNCIAS DA COLHEITA ANTECIPADA
Perda de qualidade (muitos grãos imaturos e gessados).
Perda de quantidade (muitos grãos ainda estão na fase de massa e fase gessada, por isso
ocorre redução na produtividade e no rendimento de engenho).
Muita quebra de grãos (em razão de muitos grãos estarem gessados e fracos).
Muito gesso (muitos grãos na fase gessada por falta de tempo de ocorrer a gelatinização do
grão).
ANEXOS:
Tabela 01 – Fases da cultura do Arroz Irrigado e temperatura ideal para a mesma.
Temperatura ótima Temperatura Crítica
Fase da Planta (ºC) (em (ºC)
Germinação 18 a 40 < 16 e > 45 Redução de crescimento
Crescimento e desenvolvimento 25 a 31 < 9 e > 33 Redução de crescimento
Diferenciação do primórdio floral, 25 a 30 < 15 e > 36 Esterilidade
antese e polinização.
Tabela 03 – Principais Inseticidas utilizados na cultura do arroz irrigado do município, para o controle
da Bicheiradaraiz (Oryzophagus oryzae).
Forma de Natureza Indicação
Produto Dose
Aplicação Física
Standak 250 FS 1 litro/15 sc Imunização Líquido Tratamento de sementes, visando
semente o controle da bicheiradaraiz
Furadam líquido 500ml/ha Benzedura Líquido BicheiradaRaiz
Furadam granulado 5kg/ha Espalhado Grânulos BicheiradaRaiz
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Tabela 04 – Principais Inseticidas utilizados na cultura do arroz irrigado do município para o controle
do percevejo do colmo (Tibraca limbativentris) e do percevejo do grão (Oebalus porcilus).
Forma de Natureza Indicação
Produto Dose
Aplicação Física
Tamaron 500ml/ha Pulverizado Líquido Percevejo do colmo e do grão
Azodrim 500ml/ha Pulverizado Líquido Percevejo do colmo
Simithion Pulverizado Líquido Percevejo do colmo e do grão
Figura 01 – Ponto de Algodão do Arroz.
Figura 02 – Desenvolvimento da Panícula do Arroz.
Figura 03 – Floração do Arroz.
Figura 04 – Fase Leitosa do Arroz.
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Figura 05 – Fase pastosa dos Grãos de Arroz.
Figura 06 – Fase de Maturação dos Grãos de Arroz.
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Ervas Daninhas
Foto 07 – Aguapé (Heteranthera reniformis)
Figura 08 Angiquinho (Aeschynomene rudis).
Figura 09 – Sagitária (Sagittaria montevidensis)
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Figura 11 Figura 12: Capim Arroz
Erva de Bicho (Poligunum spp) (Echinochloacruzgalli).
Figura 13: Grama Boiadeira (Luziola peruviana). Fig. 14: Capim macho (Ischaemum rugosum)
Figura 15: Cuminho (Frimbistylis miliacea) Figura 16: Junquinho(Cyperius difformis)
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Foto 17 – Cyperus esculentus Foto 18 – Cyperus ferax. Foto 19 – Cyperus iria
Foto 20 – Adulto da Bicheira da Raiz Foto 21–Larvas da Bicheira da Raiz
Foto 22 – Broca do colo Foto 23 – Coração morto
(Elasmopalpus lignosellus) Dano causado pela Broca do colo.
Foto 24–Percevejo do Colmo Foto 25 – Percevejo do Grão
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