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Ana

Laura Sanches Lima – T XVIII



PROBLEMA 2
INTERMEDIÁRIA II
Caminho das vias sensitivas a partir do córtex e sua percepção.

Mesencéfalo : áreas integrativas visuais ,auditivas e pupilares.


Núcleos : III e IV.
Ponte : áreas de integração visceral (mastigação ,movimentos oculares, expressão facial ,fixar os
olhos ,salivação e equilíbrio.
Núcleos: V, VI,VII.
Bulbo: áreas de integração visceral ( respiratório, vasomotor, vomito, tosse, movimentos linguais
etc.
Nucleos : VIII, IX, X e XI.

VISÃO
Quiasma óptico >> tratos ópticos com fibras >> fazem sinapse com neurônios de quarta ordem no
núcleo geniculado lateral (no mesencéfalo):
>> partem as fibras que formarão o trato geniculocalcarino >> vai até o córtex visual
primário , nos lábios do sulco calcarino do lobo occipital (área 17 de Brodmann).
>>Outra parte das fibras oriundas do corpo geniculado lateral também segue para o colículo
superior (no mesencéfalo) >> o controle dos movimentos direcionais rápidos dos dois olhos.

Fibras do Nervo óptico dentro da retina são amielínicas,

• Radiação Óptica: é constituída pelo Neurônio IV e é chamada de Tacto Geniculo - calcarino e


terminam na área visual. Área 17.

• Fibras superiores na retina > Ocupam posições mais altas nas radiações > Lábio Superior do
Sulco.
• Fibras inferiores da retina > Ocupam posições mais baixas nas radiações > Lábio Inferior do Sulco
• Fibras que levam impulsos da mácula > Ocupam posição intermediária > Parte posterior do Sulco.

Fibras Ópticas Retino - Hipotalâmicas: Saem do Quiasma e vão até o núcleo supraquiasmático do
Hipotálamo. São importantes para a regulação dos ritmos biológicos.

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i• Fibras Retino - Tectais : > Colículo Superior > reflexos de movimento dos olhos ou das pálpebras
desencadeados por impulsos visuais. Ex: Reflexo de Piscar.
• Fibras Retino - Prétectais : > área prétectal através do braço do colículo superior >> reflexos
fotomotor direito e consensual.
• Fibras Retino - Geniculadas : São as mais importantes, relacionadas com a visão em si.
Terminam fazendo sinapse com o neurônio IV da via ótica no corpo geniculado lateral.
• Campo Receptor : estimulação faz aumentar ou diminuir os potenciais sinápticos ou a frequência
dos potenciais de ação (quando se registra atividade elétrica).

1. Área 17, Lábios do Sulco Calcarino (superior e inferior): Corresponde a Área Primária da Visão,
V1, córtex visual primário. A ablação desta área leva à cegueira completa. É nesta região que
ocorre a formação da imagem. Processa a visão espacial de cor, movimento, profundidade,
distância.
2. Área Pré - tectal, núcleos subcorticais : Corresponde a área entre o Diencéfalo e Mesencéfalo.
É nesta região que a Tríade de Acomodação é controlada, sendo um reflexo visuomotor. Fibras da
retina são conectadas nesta área. A ativação de neurônios pré - tectais é levada aos nervos
oculomotor e abducente de cada lado, e regulam os músculos reto lateral e medial de cada lado,
para promover a vergência da imagem. Esses neurônios pré - tectais também controlam os
músculos lisos intraoculares para promover a constrição e relaxamento pupilar. Neurônios pré -
tectais Neurônios do núcleo de Edinger - Westphal, no mesenc. cujos axônios se incorporam ao
nervo oculomotor Gânglio Ciliar do SNA Músculos da íris .
3. Núcleo Supraquiasmático: Localiza - se logo depois e acima do quiasma, participa da
sincronização do nosso relógio biológico com o ciclo dia - noite. A informação visual é necessária
para que esta informação se faça
4. Colículo Superior: Participa dos reflexos de orientação dos olhos, da cabeça e do corpo em
relação a estímulos visuais. Os neurônios dessa região projetam vários neurônios para diversos
núcleos motores do tronco encefálico e também para a medula espinhal.
5. Áreas Extratriadas: São V2, V3, V4, V5, V6, V7 e V8. É o córtex visual secundário.
6. V2: Responsável pelo reconhecimento dos objetos, suas formas e cores. Via ventral . V1, sua
dor sal.
7. Córtex inferotemporal: Giro Temporal Inferior. Cerca de 10% dos neurônios são ativados por
figuras que representam mãos e faces, em posições bastante específicas. Esses neurônios são
unidades de reconhecimento de formas complexas. Pacientes com le são nessas regiões deixam
de reconhecer formas e desenhos (agnosias), mesmo aqueles mais comuns. Alguns perdem a
capacidade de reconhecer faces (prosopagnosia), até mesmo sua própria no espelho.
8. Via Dorsal: Vias corticais que ligam o canal M com a área V5 do córtex temporal através de V1,
V2 e V3. Responsável pela percepção espacial.
9. Via Ventral: Vias corticais que ligam o canal K e P com a área V4 do córtex temporal com V1, V2
e V3. Responsável pela percepção de formas e cores que permitem o reconh ecimento dos objetos
do mundo visual.


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Disfunções;
Agnosia ; geralmente causadas por lesões no córtex cerebral. Dependendo da região atingida
podem ser visuais, auditivas ou somestésicas. Menos comuns são as olfatórias e as gustatórias.
Prosopagnosia; incapacidade em reconhecer faces.
Amusia; incapacidade em reconhecer sons musicais.
Agnosia verbal ou afasia receptiva ; portador deixa de compreender a fala emitida por seus
interlocutores.
Assomatognosia ou síndrome da indiferença; indiv íduo não reconhece parte de seu corpo ou
mesmo regiões inteiras do espaço extra corporal .

Córtex Associativo; as lesões mencionadas acima se situam geralmente em áreas do córtex


parietal posterior e do córtex inferotemporal.

AUDIÇÃO

Vias Nervosas Auditivas

Após a despolarização das células ciliadas o potencial de ação gerado percorre as seguintes
estruturas: Gânglio espiral de Corti >>> Nervo Coclear >>> Nervo Vestíbulo Coclear >>>Núcleos
Cocleares Dorsal e Ventral (parte superior do Bulbo) >>> Núcleo Olivar Superior (certa percepção
da localização do som) (Ponte) >>> Núcleo do Leminisco Medial (Ponte) >>> Colículo Inferior
(Mesencéfalo) >>> Núcleo Geniculado Medial (Tálamo) >>>
CORTEX AUDITIVO.
área de percepção primária (A1) > superfície superior do lobo temporal no sulco lateral
área de associação secundária > ou área de Wernicke > situada posteriormente a área primária
ao fim do sulco lateral no hemisfério esquerdo, ocupa parte do giro temporal superior >
compreensão e o significado de cada palavra. (diversos aspectos)

3. LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DO SOM:


A. DE QUAL LADO O SOM VEM: >> intervalo de tempo da entrada do som nos dois ouvidos (“qual
som chega antes). E pela diferença de intensidade que chega nos dois ouvidos (“qual ouvido recebe
a maior intensidade”).
o não podem informar se o som vem da frente ou de trás , ou ainda de cima ou debaixo. Para
isso o pavilhão auditivo modula a qualidade da onda sonora de acordo com a sua origem
para a percepção dessa localização.
B. MECANISMOS NEURAIS PARA DETECTAR A DIREÇÃO DO SOM:
o Começa nos núcleos olivares superiores.


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o No núcleo olivar superior lateral ocorre a comparação de intensidade da onda sonora nos
diferentes lados
o Núcleo olivar superior medial detecta o intervalo de tempo dos sinais acústicos nos
diferentes lados.
o Após essa determinação espacial os sinais são transmitidos para o córtex e, dependendo
do lado, cada área é mais ativada que a outra.

Circuito Neuronal Do Equilíbrio : Nervo Vestibular>>>Nervo Vestibulococlear: do nervo


Vestibulococlear pode ir:
o Córtex do Cerebelo (lóbulo floculo nodular) ou
o Núcleos vestibulares do bulbo, desses núcleos os impulsos nervosos podem ir para três
caminhos: (1) córtex cerebelar, (2) neurônios motores somáticos relacionados com o
movimento dos olhos e (3) formação reticular, que encaminhará o impulso para o tálamo e
depois para o córtex cerebral.

OLFATO

O olfato é um dos sentidos mais antigos.


>neurônios olfatórios primários (células receptoras olfatórias) >> axônios >> nervo olfatório (I
nervo craniano) >> sinapse >> neurônios sensoriais secundários (no bulbo olfatório) >>processa
a informação de entrada.
Neurônios de 2ª e 3ª ordem >> do bulbo olfatório (fica no ponto onde as fibras primarias
atravessam a placa crivosa) >> base do encéfalo >> trato olfatório (não passa pelo tálamo) >>
córtex olfatório.

Neurônio 1ª > neurônio de 2ª ordem (células mitrais e células tufosas ativadas) >> O dendrito e as
Sinapses formam os glomérulos olfatórios
>> Os axônios das células olfatórias, com a mesma proteína receptora, formam glomérulos com
um ou poucas células mitrais.
>> Os axônios das células mitrais, situados na superfície basal, formam o trato olfatório.
Os axônios que se projetam nessa área continuam – se:
Ø Para o córtex olfatório, mas, também, atingem outros núcleos no SNC.

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Ø Ramos colaterais dos axônios das células mitrais estendem - se até as células
granulosas
Ø Tanto as células granulosas quanto as células periglomerulares inibem a atividade
das células mitrais >> menos sensações são enviadas para o SNC. Esses processos
inibitórios aumentam a criação de um contraste, servindo, dessa maneira, à
percepção olfatória exata.

Trato olfatório >> se divide em uma estria olfatória lateral e uma medial; no ponto de bifurcação
localiza - se o trígono olfatório.
• Uma primeira parte dos axônios >> estria olfatória lateral >> centros olfatórios: o corpo
amigdaloide , o giro semilunar e o giro ambiente .
• A área pré - piriforme (área 28 de Brodmann) é considerada como córtex olfatório primário
, no sentido estrito. Aqui se situam os neurônios de terceira ordem do córtex olfatório
primário.
• Uma segunda parte dos axônios >> estria olfatória medial >> núcleos na área septal
(subcalosa) >> representa porção do sistema límbico >> tubérculo olfatório
• Uma terceira parte dos axônios >> termina no núcleo olfatório anterior , onde as fibras
cruzam para o lado oposto. A partir daí, estabelecem sinapses e sofrem ramificações. Este núcleo
localiza - se no trígono olfatório, situado entre os dois pilares das estrias olfatórias e anteriormente
à substância perfurada anterior.
OBSERVAÇÃO: Nenhum desses tratos passa pelo tálamo , portanto, o sistema olfatório é o
único sistema sensitivo que não estabelece sinapses no tálamo, antes de chegar ao córtex.
Entretanto, através do tálamo existe um caminho indireto: >> neocórtex >> córtex olfatório primário
>> tálamo >> prosencéfalo basal (processadas as análises da impressão olfatória).

Conexões com outras áreas cerebrais


Cheiros desagradáveis >> reflexo do vômito , cheiros apetitosos "deixam água na boca" e
comumente afirmamos que " não aguentamos o cheiro de certas pessoas".
O processamento dessas sensações ocorre provavelmente no hipotálamo , no tálamo e no
sistema límbico . Aqui, o fascículo medial do telencéfalo e as estrias medulares do tálamo fazem
as conexões principais. O fascículo medial do telencéfalo envia axônios até as seguintes estruturas:
• Núcleos hipotalâmicos;
• Formação reticular;
• Núcleos salivatórios;
• Núcleo dorsal do nervo vago.


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GUSTAÇÃO

Nos calículos gustatórios são estimulados os processos periféricos das células


ganglionares pseudo - unipolares -1º NEURONIO AFERENTE DA VIA(correspondem
às células espinais pseudo - unipolares) >>> Os neurotransmissores ( ATP e
serotonina ) liberados pelas células gustatórias ativam os neurônios primários >>
cujos axônios seguem pelos pares:
Ø VII (facial) : dois terços anteriores da língua >> parte rostral do núcleo do trato
solitário >> RESPONDE MELHOR A DOCE, SALGADO OU AZEDO
Ø IX (glossofaríngeo) : terço posterior da língua e das papilas circunvaladas >>
parte intermediaria >>> AZEDO E AMARGO
Ø X (vago) : epiglote e esôfago superior >> area mais caudal do núcleo >>
AZEDO E AGUA

>> para o bulbo >> núcleo do trato solitário >> informação passa pelo tálamo (núcleo
ventral posterior medial) >> córtex (região dentro do sulco lateral do encéfalo) >>
chamado CORTEX INSULAR >> A DISCRIMINAÇÃO DOS SABORE É
TOTALMENTE HIPOTÉTICA >> depende de combinação neural dos neurônios
mobilizados?? >> combinação percebida por níveis superiores >> córtex?
>> padrão de atividade neural de uma certa população de quimiorreceptores >>
memória desse padrão >> reconhecimento do sabor

Existe um fenômeno cerebral conhecido por fome especifica , que é o desejo por
determinada substância quando o seu organismo percebe sua falta, como quando
está faltando ferro e o indivíduo sente o desejo de comer feijão.


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SOMESTESIA
Na histologia:
• Fibras mielínicas (tipo A): são de dois tipos e diferenciadas pela espessura do
axônio – quanto mais espesso, mais rápido ele é. A implicação funcional é a
transmissão mais rápida em relação à fibra tipo C e a condução do impulso é
saltatória.
• Fibra tipo A - alfa;
• Fibra tipo A - beta ou I: grande e mielinizada. Velocidade de transmissão de 80 -
120m/s.. Associada com proprioceptor es do músculo esquelético.
Fibra tipo A - beta ou II: grande e mielinizada. Velocidade de transmissão de 35 -
75m/s.. Associada com mecanoceptores da pele.
• Fibra tipo A - delta ou III: pequena e mielinizada. Velocidade de transmissão de 5 -
30 m/s.. Associada co m temperatura e dor rápida.
• Fibra amielínica (tipo C ou IV): fina e tem uma única camada de mielina. A
implicação funcional é que transmite a informação de maneira lenta (0,5 - 2 m/s); a
condução do impulso é contínua. Associ ada com dor lenta, calor, frio, prurido e
estímulos mecânicos.

Classificação das fibras nervosas: numérica para aferentes musculares e alfabética


para nervos cutâneos. Por exemplo “I” então é uma fibra mielínica vinda do músculo,
e se este mesmo axônio estiver identificado por “A” significa que a fibra está vindo
da pele.

ORGANIZAÇÃO NA MEDULA

Substância Cinzenta da Medula Espinal



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Ocupa o centro da medula espinal e forma uma estrutura que lembra uma borboleta
ou a letra H, com regiões denominadas: substância cinzenta intermédia e cornos
(colunas) anterior, lateral e posterior.
• O corno posterior é ocupado pelos axônios dos neurônios sensoriais, neurônios
de associação e células gliais, e, funcionalmente, relaciona - se à sensibilidade
somática e visceral.
• O corno anterior é ocupado por corpos celulares de neurônios motores
somáticos, neurônios de associação e células gliais; funcionalmente, relaciona - se à
motricidade somática.
• O corno lateral , presente apenas nas regiões torácica e parte da lombar (até o
segundo segmento lombar), apresenta corpos de neurônios motores autonômicos
que se destinam à musculatura lisa, estriada cardíaca e glândulas e, dessa fo rma,
está funcionalmente relacionado à motricidade visceral.

Substância Branca da Medula Espinal

Ao redor da substância cinzenta, está a substância branca, representada


principalmente por axônios de neurônios envolvidos por bainha de mielina e células
g liais. Distinguem - se três regiões : funículo anterior, lateral e posterior , em toda
a extensão da medula. Os axônios dos funículos são agrupados em feixes
denominados fascículos ou tratos e constituem grandes vias que conduzem
estímulos em direção ao encéfa lo ( vias ascendentes ) e do encéfalo para a medula
( vias descendentes ), além de vias de associação , que integram diferentes níveis
da medula espinal.
• Os tratos ascendentes denominado fascículo grácil e fascículo cuneiforme, tratos
espinocerebelar anterior, espinotalâmico lateral, espinolivar, espinotalâmico anterior.
• Os tratos descendentes são: corticospinal lateral e anterior (piramidal),
rubrospinal, reticulospinal, olivo e spinal, vestibulo e spinal medial e tecto e spinal.
Os tratos ascendentes , de nominados também vias somatossensoriais ,
geralmente apresentam três neurônios sucessivos chamados neurônios de
primeira, de segunda e de terceira ordem .
O neurônio de primeira ordem é o neurônio sensitivo cujo receptor capta a
sensação e cujo corpo celular está fora do SNC e o axônio forma a raiz posterior do
nervo espinal dirigindo - se para a medula espinal ou centros superiores. O neurônio
de segunda ordem apresenta o corpo celular na medula espinal, ou no tronco
encefálico, e transmite a informação do neurônio de primeira ordem para o de
terceira ordem , que, por sua vez, apresenta o corpo localizado no diencéfalo
(tálamo) e seu axônio dirige - se para áreas corticais do telencéfalo onde os impulsos
se tornam conscientes.


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VIAS NERVOSAS

As vias sensitiva s compreendem as vias aferentes, ascendentes e de associação


e recebem nomenclaturas relacionadas ao local onde se originam e terminam ou de
acordo com suas funções.

Vias Sensitivas Somáticas (Somatossensorial)

1. Via de propriocepção consciente, tato discriminativo (epicrítico) e


sensibilidade vibratória.


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Os receptores do tato (pele), da propriocepção (músculos e articulações) e da
sensibilidade vibratória (pele) geram impulsos que vão para a medula espinal através
dos neurônios sensitivos (primeira ordem) , cujos prolongamentos periféricos são
longos e formam os nervos, que se dirigem para os gânglios sensitivos e, destes,
para o prolongamento central que alcança a medula espinal e dirige - se para os
fascículos grácil e cuneiforme . Nesses fascículos, os axônios alcançam o tronco
encefálico e terminam fazendo sinapse com neurônios do núcleo grácil e núcleo
cuneiforme , localizados no tronco encefálico. Os neurônios desses núcleos são os
neurônios de segunda ordem , cujos axônios passam para o lado oposto do bulbo
e originam um trato denominado lemnisco medial , que termina no tálamo
(diencéfalo), no qual já se tornam conscientes. Nesse local, os axônios desses
neurônios constituem as radiações talâmicas (neurônios de terceira ordem) que p
assam pela cápsula interna e, em seguida, constituem a coroa radiada que
ascendem para o córtex cerebral (giro pós - central – telencéfalo), onde se inicia o
processo de interpretação. Esta via tem função de dar consciência à sensação
somestésicas . No caso de lesão nesta via, a perda de função é no mesmo lado da
lesão.

2. Via de pressão e tato grosseiro (protopático)

Os receptores do tato e da pressão (pele) geram impulsos que vão para a medula
espinal através dos neurônios sensitivos (primeira ordem), cujos prolongamentos
periféricos são longos e formam os nervos que dirigem para os gânglios sensitivos
e, deste, para o prolongamento central que alcança o corno posterior da medula
espinal . Desse local saem axônios (neurônios de segunda ordem) que formam o
trato espinotalâmico anterior que termina no tálamo. Nesse local, os neurônios
constituem as radiações talâmicas (neurônios de terceira ordem) e passam pela
cápsula interna, em seguida, constituem a coroa radiada que ascendem para o
córtex cerebral (gir o pós - central – telencéfalo), onde se inicia o processo de
interpretação.

3. Via de dor e temperatura

Parece que existem duas vias para conduzir informações de dor e temperatura para
o córtex cerebral. A via paleoespinotalâmica reticular (trato espinorreticular e fibras
reticulotalâmicas) e
a via neoespinotalâmica (trato espinotalamico lateral). Aqui será descrita esta
última.

Via Neoespinotalâmica – Anterolateral

Os receptores (terminações nervosas livres) captam o estímulo e geram impulso que


vai para a medula espinal por meio dos neurônios sensitivos (primeira ordem),
cujos prolongamentos periféricos são longos e formam os nervos que se dirigem para
os gânglios sensitivos e, deste, para o prolongamento central que termina no corno

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posterior da medula espinal . Neste corno os neurônios (segunda ordem) cruzam
para o lado oposto para constituir o trato espinotalâmico lateral , que ascende na
medula espinal e, em nível da ponte, suas fibras se unem com as do trato
espinotalâmico anterior para const ituir o lemnisco espinal que termina fazendo
sinapse com os neurônios do tálamo (terceira ordem). Do tálamo os axônios
formam as radiações talâmicas que, por meio da cápsula interna e coroa radiata,
terminam no córtex cerebral (giro pós - central), onde se i nicia o processo de
interpretação de forma discriminativa e mais elaborada.

4. Via muscular/sentido da postura (propriocepção inconsciente)

Os receptores (fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos) captam o estímulo


e geram impulsos que vão para a medula espinal por meio dos neurônios sensitivos
(primeira ordem), cujos prolongamentos periféricos são longos e formam os nervos,
que se dirigem para os gânglios sensitivos e, deste, para prolongamento central
que termina no corno posterior da medula espinal ou no núcleo cuneiforme
(bulbo). Os neurônios (segunda ordem) formam o trato espinocerebelar originando
três vias diferentes com o mesmo destino, o cerebelo. As fibras dessas
vias não fazem sinapse com neurônios superiores que chegam ao tálamo ou ao
córtex cerebral . Desta forma, não atingem o nível consciente .

As fibras dos tratos espinocerebelar informam ao cerebelo quando os impulsos


motores chegam à medula e qual sua intensidade. Essa informação é usada pelo
cerebelo p ara o controle da motricidade somática . Todas as sensações
somestésicas chegam ao giro pós - central S1 (somatossensorial primário), áreas
1, 2 e 3 , de associação primária. Além disso, o homúnculo formado neste local é o
mesmo que ocorre no tálamo (porção ve ntro - postero - lateral) e na medula, está
manutenção topográfica da organização é chamada de citoarquitetura – refere - se
aos tipos de célula.


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SENSIBILIDADE TÁTIL
Receptor específico neurônio primário específico via específica local do tálamo
específico porção específica do córtex neurônio terciário específico.
Este neurônio terciário só sente aquela sensação, daquele local e daquele
receptor , o que permite um alto grau de especificidade em sua função. Os neurônios
terciários formam as colunas corticais, que nos respondem a classes específicas de
receptores. Uma modalidade, representada em uma única coluna, pode ser
conectada a diferentes regiões do encéfalo por meio de projeções. Projeções das
áreas somestésicas para o córtex parietal posterior e córtex motor primário são
importantes na integração das sensações e na organização motora,
respectivamente.

É importante observar: modalidade do estímulo (pressão, ondulação, vibração,


textura); profundidade (leve ou profunda) e tempo de resposta/adaptação (lenta
ou rápida).
• Campo receptivo: área que um único neurônio percebe. Quando mais profundo,
mais impreciso e maior o campo receptivo.
• Convergência: diferença de discriminação de estímulo de dois pontos. Diminui a
capacidade de localização.
• Di vergência: amplifica o sinal.
• Inibição lateral: ajuda a perceber exatamente onde foi o estímulo.
• Intensidade: depende de número de receptores e de número de potenciais de
ação.
• Dermátomo: Área que uma raiz nervosa consegue perceber o estímulo. Serve
para teste de sensibilidade. São usados para detectar a área de lesão, seja ela de
nervos periféricos ou centrais, os dermátomos devem ser testados para que seja
analisado o nível em que houve lesão. Quanto ao número de receptores, depende

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da região de pel e. Existem locais com mais receptores e outros com menos. Por
exemplo, receptores de frio e tato estão em quantidade diferente em lábio superior e
inferior. Quanto ao número de potenciais de ação, depende do tempo de adaptação.
Onde chegam todas estas info rmações de sensibilidade? Na área
somatossensorial primária . Representação pelo homúnculo, que não reflete a área
de pele que temos, mas as áreas que são mais utilizadas/sensíveis. Por ser depende
de estímulo o homúnculo de cada pessoa é diferente e tem al ta plasticidade na
localização de neurônios. Cada indivíduo possui áreas “mais somestésicas” do que
outras.

SENSIBILIDADE TÉRMICA

• Receptores: Os receptores de frio funcionam numa faixa de 10°C a 40°C e sua


ativação máxima ocorre em 25°C. Os receptores de calor funcionam numa faixa de
30°C a 45°C e sua ativação máxima ocorre em 40°C. Os receptores são do tipo “
receptores de potencial transiente ” (família TRP). Os termo - TRPs são ativados
por diferentes graus de temperatura além de serem ativados também por
substâncias como, capsaicina, piperina, mentol e eucaliptol. Estes receptores são,
geralmente, mais responsivos a variações rápidas de T°C. Rece ptores no
hipotálamo e medula espinal estão associados à interocepção.
• Intensidade: É tanto maior a intensidade quanto maior a atividade conjunta dos
receptores frio e de calor. Existe resposta paradoxal quando a intensidade do
estímulo é muito intensa. Os receptores de frio são ativados acima de 40°C e há co
- ativação com receptores de dor quando a temperatura está abaixo de 15°C e acima
de 43°C.
• Localização: É imprecisa e aumenta com ativação de mecanoreceptores.
• Sensação: reflete principalmente a te mperatura do ambiente.

Propriocepção – Sensibilidade Muscular

Para que a sensibilidade muscular seja compreendida, duas estruturas serão


estudadas:
• Fusos neuromusculares: responsáveis pela detecção do comprimento de um
músculo e suas respectivas variações no tempo;
• Órgãos tendíneos de Golgi: envolvidos na sinalização da força de contração
realizada pelo músculo.

Propriocepção consciente

Tato epicritico : O tato epicrítico é preciso, rápido, discriminativo.


Esterognosia : descrição de objetos pelo tato.
Palestesia :
Grafestesia :
Mecanorreceptores

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Fusos neuromuscular : musculo
Órgãos tendíneos : tendões .
Mecanismo: receptor – núcleo sensitivo – 1 N – ascende pelo ate tronco encefálico
– fascículo grácil e fascículo cuneiforme – núcleo grácil e cuneiforme – 2N- trato bulbo
talâmico + trigêmeo – lemnisco medial – tálamo – 3N- VPL – S1/2/3 – amigdala –
pré frontal

Propriocepção inconsciente
São as vias que levam ao cerebelo os impulsos originados na musculatura e
nos tendões.
Trato espinocerebelar posterior :Penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar
inf., avalia o grau de contração, a posição e a velocidade dos movimentos
musculares, da tensão nas cápsulas articulares e nos tendões.
Trato espinocerebelar anterior: Penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar
sup., avalia a atividade do trato córtico-espinhal.


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