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Introdução

A introdução do livro começa com a apresentação de um cenário acadêmico


ideal, no qual os alunos pertenciam a uma elite. Somente aqueles que os pais
possuíam um diploma podiam frequentar a faculdade. As classes tinham um número
de alunos reduzidos, com o intuito de o professor dar completa atenção a eles. Além
disso, os estudantes tinha tempo integral para realizar os estudos.

Esse cenário de antigamente não condiz com o atual. As universidades hoje são
de massa, ou seja, os alunos vêm de várias origens e condições sociais. Alguns
possuem a oportunidade de fazer intercâmbios, conhecer outros países e frequentar
lugares que disseminam a cultura. Já muitos outros trabalham ao mesmo tempo em
que estudam, são de origem humilde, encontram dificuldades para frequentar a
faculdade, e que muitas vezes nem tiveram nem tiveram um ensino médio adequado
nem sequer acesso a biblioteca. Portanto, são para esses alunos e os vestibulandos
que o autor decidiu escrever o livro “Como se faz uma tese”.

O livro não visa ser um guia de como fazer pesquisa científica nem como o que
deve ser exposto na tese (tema), mas sim como apresentar devidamente o trabalho
perante a banca. Não é realizar um trabalho que seja acumulo de informação, porém
de um conhecimento que foi adquirido a partir de um método e visão crítica. “Como se
faz uma tese” é sobre teses no campo de ciências humanas, abordando tanto as de
licenciatura quanto as de doutorado.

Capítulo 1

1.1

Uma tese é um trabalho escrito que contem aproximadamente 400 págias. O


tema tratado é relacionado a(s) matéria(s) no curso, e geralmente apresentado na
conclusão dos estudos. Em alguns países é obrigatório como na Itália. O trabalho é
apresentado para uma banca de examinadores, que irá avaliar debater, levantar
questões e dar nota a tese.

A formação universitária, aquela que nos instrui para o exercício da profissão,


geralmente não requer uma tese, portanto dando o título de licenciatura. Já o PhD, é
obtido pelo doutorado e é necessária a apresentação da tese. Enquanto o ensino
superior (universitário) prepara para exercer uma profissão, o PhD encaminha para
atividade acadêmica/ científica. Sendo assim, o doutorado, na área humana, consiste
em uma pesquisa detalhada e apresentação de uma nova teoria ou interpretação
sobre determinado assunto (tese de pesquisa).
As teses italianas não são tão elaboradas como as feitas em doutorado, pois são
de nível universitário e não tendem ao campo da pesquisa. A tese de compilação, que
geralmente é feita entre os alunos da faculdade, é a análise crítica sobre um
determinado tema, abordando de vários pontos de vista, para assim, demonstrar um
entendimento claro, para que aquele quem lê consiga entender o raciocínio/ ideia
exposta.

1.2

O autor diz que esse livro não é para aqueles que pretendem fazer uma tese
em um mês, somente para conseguir o diploma. Para eles, Eco sugere que o aluno
copie ou pague para alguém fazer o trabalho. Porém, é para aqueles que estão
dispostos a dedicar algumas do dia com os estudos, e que querem levar a sério o
trabalho, garantindo uma satisfação intelectual e que o conhecimento adquirido possa
ser usado após a formatura.

1.3

A tese é útil, segundo o autor, quando podemos inicia-la e ir pesquisando ao


longo do tempo, e/ou quando fazemos aplicações desse estudo. Umberto dá como
exemplo, a partir de uma tese, pode-se ajudar o diretor de uma organização do
turismo local.

A elaboração desse trabalho é metódica. Primeiro é preciso escolher um tema.


Depois reunir e organizar documentos, livros e escritos que possam auxiliar. Após isso,
analisar e entender o significado desses textos, para, por fim, escrever de maneira
clara e concisa, de modo que o leitor não encontre dificuldades.

Criar um tese é como exercitar a mente. As vezes nos exercitamos com coisas
úteis e inúteis. Do mesmo modo, é mais prazeroso estudar e escrever sobre algo que
nos agrade, porém nem sempre isso é possível. Portanto, é a experiência e o
conhecimento absorvido que vale nesse processo. Então, por mais que o tem seja
estúpido e absurdo, se bem elaborado, conclusões úteis serão tiradas.

1.4

É aconselhável que o candidato escolha o assunto da tese, não o professor.


Para fazer uma boa dissertação, é imprescindível que o aluno seja capaz de fazê-la .
Portanto o autor apresenta quatro regras para elaborar uma boa dissertação baseada
na escolha do tema.

1) O tema tem que ser do interesse do candidato.


2) As fontes de consulta tem que ser acessíveis.
3) As fontes tem que ser ao alcance intelectual do candidato.
4) Que o quadro metodológico seja sujeito a experiência.
Capítulo 2

2.1

Um grande erro que o estudante pode cometer é abordar um tema muito


amplo ou falar sobre muitas coisas. Isso leva o trabalho a ser muito extenso ou deixar
de tratar tópicos importantes. Quando algo assim acontece, geralmente o aluno culpa
a banca de não tê-lo compreendido.

Esse tipo de tese ampla é chamada de panorâmica, e ao apresenta-la, o


estudante fica sujeito a muitas questões feitas pela banca. Portanto, Umberto sugere
que o aluno foque em um tema, pois aí poderá especializar-se e assim, a apresentação
torna mais válida e deixa menos lacunas para contestações.

O autor aconselha, então, que seja feito um corte epistemológico. Por exemplo,
partir do tema Geologia e ir afunilando para “Monte Aparente do Piricutin”. Também,
é preciso que o título do trabalho não seja ambíguo, porque pode causar confusão
quanto conteúdo. Dessa maneira. Eco sugere que é melhor escrever “Conceito de
Símbolo em Pierce, Frey e Jung”, em vez de “ O Símbolo no Pensamento
Contemporâneo”.

Uma monografia aborda um único tema. Então, o conselho anteriormente dado


é válido também nessa situação. É preciso saber o que conservar e o que descartar.
Isso não significa que mesmo a tese sendo monográfica ela contenha uma panorâmica,
pois todo assunto é inserido em um contexto. “Em suma, recordemos este princípio
fundamental: quanto mais se restringe o campo, melhor e com mais segurança se
trabalha. Uma tese monográfica é preferível a uma tese panorâmica. É melhor que
uma tese se assemelhe a um ensaio do que a uma historia ou uma enciclopédia.”.

2.2

Existem dois tipos de tese quanto ao tempo: a teórica e a histórica. A primeira é


escrita sobre assuntos abstratos como liberdade ou papel social do individuo na
sociedade. Nesse caso, o aluno tem que estar atento a dois erros. O primeiro é de
tratar do tema brevemente e genericamente, em poucas paginas, e possuir carga forte
de opiniões e crenças pessoais, sem fundamentos ou citações de fontes confiáveis. Um
assunto para uma tese não surge do nada, uma tese passa a ter influencia de outros
autores ela deixa de ser teórica e passa a ser histórica, por exemplo, quando se trata
de liberdade sob o ponto de vista d vários autores ao longo da historia. Há também
casos que se pode fazer a tese teórica e histórica como uma disciplina de sociologia.
Porem, para disciplinas de matéria aplicada, o autor fala que teses experimentais o
aluno deve fazer pesquisas prévias sobre o assunto, para depois criar um método de
experiência que o auxiliará para chegar a uma conclusão.

2.3

Nessa parte do livro o autor debate a questão de fazer uma tese sobre
questões antigas ou contemporâneas. Ele dá o exemplo da literatura, e diz que (no
gera) é mais fácil escrever sobre um tema antigo. Isso porque, apesar de ter mais fácil
acesso aos mais recentes, os antigos já possuem uma biografia definida, críticas
fundamentadas, e trabalhos sobre eles que podem servir de apoio. O trabalho sobre
um autor antigo é mais cansativo devido a extensão da obra e a pesquisa deve ser mais
atenta, a fim de fazê-la de maneira séria e aprender alguma coisa com ela. Além disso,
Eco diz que se o estudante decide escrever sobre algo recente, ele pode cair na
tentação de ficar comparando o presente com o passado.

2.4

Umberto Eco diz que o tempo mínimo para fazer uma tese é de seis meses e o
máximo de três anos. A pesquisa que dura mais que esse período é porque a pessoa se
frustrou com ela, quer abordar tudo possível sobre o tema ou escolheu a tese errada.
Por outro lado, todo o processo de elaborar uma tese não dura menos que um
semestre. Esse tempo estimado compreende-se desde a ideia da tese a apresentação.

O autor aconselha definir o tema após um ano de estudos e pesquisas, pois aí


tem um tempo necessário par começar a redigir ou mudar de ideia. Também não é
bom escolher de ultima hora, pois aí o orientador não pode avaliar devidamente. A
tese de seis meses pode ser feita se o assunto for devidamente escolhido, atual,
circunscrito, e de fácil acesso.

2.5

Essa porção do capítulo não é só para aqueles que tratarão de uma tese na
língua estrangeira. Muitas vezes o que pesquisamos pode ser encontrado em outras
línguas, então o autor diz que essa é uma ótima oportunidade para aprender uma
língua. Caso contrário é melhor fazer uma tese que não requeira que se aprenda uma
língua e para evitar maiores dificuldades. Dessa maneira, é necessário que o aluno
verifique antes as obras a serem usadas.

É recomendável que saibamos outras línguas pelos seguintes motivos:


- Nem todas as obras dos outros autores são traduzidas em nossa língua

- Às vezes a tradução não faz jus a obra, ou não consegue transmitir o raciocínio
por completo.

-Algumas análises ou interpretações são feitas na língua original.

Por exemplo, se formos pesquisar sobre filosofia grega, requer-se um conhecimento


sobre essa língua, porque é nela que estão escritos os mais importantes assuntos
sobre essa matéria.

2.6

Há uma ambiguidade entre tese “cientifica” e tese política. Todo movimento


cultural possui um caráter social e político, porém nas faculdades são elaboradas
pesquisas científicas. O autor propõe esclarecer isso.

2.6.1

O termo científico é empregado erroneamente na faculdade, pois


definem que aquele que utiliza um método, com fórmulas e diagramas. Porém, uma
pesquisa sobre moral segundo Aristóteles não segue esse conceito. Então a proposta
do autor é apresentar os requisitos que compõe o estudo cientifico que possa ser
aplicado nas ciências naturais:

1) O estudo precisa ter um “objeto reconhecível e definido de tal maneira


que seja reconhecível pelos outros”. Esse objeto não necessariamente pertence ao
plano físico, já que um objeto de estudo permite que seja abstrato, como os números.
No que tange que o objeto seja reconhecível, é preciso que ele seja abordado de forma
clara e lógica.

2) Não é valido escrever algo que já foi abordado várias vezes o até
mesmo uma única vez. É preciso que o objeto seja revelador, inédito, ou que seja
analisado sobre um novo ponto de vista.

3) A tese tem que ser útil a sociedade, ou seja, que poderá trazer contribuições
para futuros trabalhos e possuir valor científico.

4) Como a tese segue um método, é preciso apresentar todos os passos que


foram utilizados para formular a hipótese e chegar a uma conclusão. Esses passos
possibilitam a banca verificar ou contestar o que foi apresentado, e também possibilita
que outros estudiosos possam seguir essa linha de raciocino como modelo para
formular a própria tese.

Portando, é possível fazer uma tese política a partir desses requisitos. Além
disso, toda tese bem fundamentada, é uma contribuição para a construção do
conhecimento geral. Sendo assim, ela possui um caráter político. Por outro lado toda
empresa política séria segue um fundamento científico.

2.6.2

Esta parte do capítulo começa com a indagação se é melhor tratar de temas


mais abstratos ou os que possam afetar diretamente a realidade tanto de maneira
prática ou teórica. Porém o autor diz que não cabe a ele dizer, é a escolha do aluno. É
aconselhável que o estudante escreva sobre algo que já esteja familiarizado, tenha
mais facilidade ou aptidão. Contudo, nos temas que temos conhecimento, deve-se
tomar cuidado para não ficar relatando somente experiências próprias, já que a tese é
um trabalho que aprendemos coisas novas e sistemas de documentação. Além disso,
não problema nenhum em escrever sobre algo que lhe interesse, mas que não tem
muito conhecimento sobre isso.

Nas teses de caráter político, além da atenção que se deve tomar para não ficar
contando os próprios acontecimentos, também é preciso fazer pesquisa de maneira
correta. Não basta entrevistar as pessoas e fazer perguntas superficiais para
comprovar uma opinião própria, pois aí a enquete perderá todo o objetivo. O risco de
superficialidade também é preocupante por dois motivos em teses desse caráter. O
primeiro é que para analisar os fenômenos e evolução social muitas vezes é preciso
criar o próprio método. O outro é que o método de pesquisa “americano” é muito
amplo, não abordado afundo esses acontecimentos, levando a uma compreensão
limitada da situação.

2.6.3

Ao escolhermos um assunto para tratar em nossa tese, especialmente aqueles


que nunca foram abordados, precisamos de um critério para a seleção da amostra que
utilizaremos como base de nossos estudo. O exemplo dado por Eco é o surgimento
crescente de estações de rádio. Quando nos propomos a escrever sobre algo,
precisamos limitar nosso campo de estudos, mas de uma maneira que não afete a
visão geral de um todo.

Por exemplo, ao analisar as estações, não é viável escolher uma amostra de 30


rádios no qual 10 são comercias, 20 são políticas sendo que dessas 18 são de esquerda
e 2 de direita. Precisa haver uma proporcionalidade. Por outro lado, se decidirmos
fazer um trabalho sobre uma emissora livre ideal, não podemos deixar de lado os
fatores realista que permitem o funcionamento concreto dessa rádio. Portando, temos
que levar em conta os equipamentos necessários, que tipo de emissora ela será
(comercial; política de esquerda ou direita; musical; etc...), se é uma rádio livre, o tipo
de ouvinte... Também a estrutura organizacional, os aspectos legais, e os funcionários
que atuam nessa área.

Para facilitar o manuseio de tantas informações para a análise de uma rádio, o


autor sugere a elaboração de uma tabela, com os aspectos principais (citados
previamente). Atribuindo sinal positivo para as características que a rádio possui, e
negativo para aqueles que não têm. Assim também facilita a comparação entre cada
estação.

Nesse exemplo dado pelo autor, podemos retirar essas informações das
seguintes fontes: dados oficiais, declaração dos interessados, e boletins de escuta. A
primeira é aquela que é proveniente de fontes confiáveis e seguras, geralmente são
órgãos públicos ou do próprio objeto estudado. No caso da rádio poderia ser a faixa de
transmissão e os horários das atividades. A segunda fonte consiste no relato e na
entrevista das pessoas que fazem parte ou trabalham diretamente com o tema da
tese. Contudo é preciso que o estudante faça perguntas pertinentes e importantes que
irão cobrir as questões abordadas na tese e registra-las. No exemplo dado por Eco as
fontes confiáveis seriam os responsáveis pela rádio. Por fim, o boletim de escuta não
significa ouvir a rádio e transcrever a programação da semana. É a comparação entre
as emissoras à referente aos seus programas, a proporcionalidade entre música e
conversa (se no caso for uma rádio de música pop) e a questão das propagandas,
referente ao financiamento da empresa. Portando, é importante não fazer deduções
para não elaborar uma tese sem fundamento científico e nem baseada no senso
comum.

Mesmo trabalhando com um tema atual e carente em literatura crítica e


trabalho científico, Umberto dá diversos exemplos e tópicos que podem ser utilizados,
se bem feitos, para realizar uma tese. Ele conclui essa parte do capítulo dizendo que dá
para escrever uma tese científica com caráter político e vise e versa.

2.7

Referente a escolha do tema, tanto o aluno pode escolher quanto o professor


sugerir. Nesse segundo caso, o professor pode orientar o aluno sobre um tema que
domina, ou então sobre um tema completamente novo. Quando o mestre não domina
o tema, a tese beneficia tanto o aluno quanto o orientador, pois ambos irão aprender
coisas novas e ampliar os horizontes. Outra situação é quando o professor está
fazendo uma grande pesquisa ou quer saber detalhadamente sobre um assunto, e aí,
divide o tema, em partes específicas,entre os candidatos para que cada um pesquise
detalhadamente, fazendo deste a tese.

No entanto, é preciso tomar cuidado para que o orientador não abuse do


estudante. O autor apresenta dois casos que isso pode ocorrer. O primeiro é quando o
professor está entusiasmado com a tese, já dá um tema definido e auxilia o aluno de
maneira que não consegue enxergar que o trabalho é do aluno e o papel incumbido a
ele é orientar. Então o estudante muitas vezes trabalha desmotivado. O segundo é
quando o mestre acaba apropriando parte do trabalho e não cita a autoria do pupilo.
Em certas circunstancias isso não é feito propositalmente, porque, devido ao
entusiasmo do orientador em ajudar, ele não consegue distinguir quais ideias foram do
estudante e quais foram as deles.

Para evitar isso, Umberto Eco sugere que conheça o professor antes. Pergunte
para colegas como ele é, conheça e leias as obras dele, e pesquise o histórico
acadêmico.

Capítulo 3

3.1.1

A tese aborda um objeto, e para escrever sobre ele utilizamos instrumentos. O


autor dá como exemplo um trabalho com o título “O Pensamento Econômico de Adam
Smith”. Sendo assim, o objeto de estudo seria os livros que Adam escreveu, e os
instrumentos seriam livros sobre Adam Smith. Também, há certos casos que o objeto
de estudo é um fato real. O exemplo dado por Eco é os movimentos migratórios
dentro da Itália. Nesse caso, não há textos ou livros escritos sobre isso. Será trabalho
da pessoa que está fazendo a tese colocar no papel os dados, os fatos, e as estatísticas
estudados e fotos tiradas.É importante fazer a distinção entre as fontes e a literatura
crítica, pois o primeiro trata do que o autor escreveu, e a segunda é referente o que
outros autores escreveram sobre o trabalho daquele determinado autor.

O autor frisa que é importante definir o tema da tese para saber, procurar e ter
acesso as fontes que tratam o assunto escolhido. Caso contrário, podemos escolher
um tema que as fontes estão em lugares muito longe, em línguas que não
conhecemos, ou encontrar problemas que nos impeçam ou dificultem na elaboração
do trabalho. O mesmo acontece com a literatura crítica.

3.1.2

Esta parte do capítulo visa explicar o que são fontes de primeira mão e o que
são as de segunda. Os livros, edições e documentos originais e edições críticas são
fontes de primeira mão. Nesta, não estão incluídas as traduções, antologias e resenhas
feitas por outros autores. Para exemplificar, Eco dá como exemplo, se alguém quer
estudar a independências dos Estados Unidos, a única fonte primária é o documento
original que contem a declaração.

Se o indivíduo decide trabalhar somente com fontes de primeira mão, em


alguns casos não tem problema de usar outros livros, como breve referência, que
tratam do mesmo assunto. No entanto, o autor não aconselha colocar no trabalho
citação de uma citação, ou usar uma citação que foi retirada de fonte secundária como
se tivesse sido obtida na fonte primária. Por outro lado, não há problema se usarmos
fontes de segunda mão. Umberto avisa,porém, que é necessário averiguar os fatos e
as citações devido a grande gama de obras sobre esse determinado assunto. Ele cita
uma frase que a autoria é atribuída a São Tomás de Aquino, porém a verdadeira
citação possui algumas alterações que mudam o sentido. Tudo isso, porque um
filósofo, ao estudar as obras de Aquino interpretou a frase de maneira equivocada, e
dessa maneira ela passou a ser circulada.

3.2.1

Esta parte do capítulo três fala sobre as pesquisas bibliográficas e como usar
uma biblioteca para montar a bibliografia e os materiais que irão ser usados como
recursos para elaborar a tese. Na grande maioria das vezes, quando vamos começar a
elaborar uma tese vamos primeiro a biblioteca para fazer a lista de livros que
utilizaremos.

Quando não sabemos que assunto abordar, podemos conferir o catálogo por
assuntos, que facilitará muito na escolha. Se a pessoa já tem em mente o que
pesquisar e qual autor irá trabalhar pode usar o catálogo por ordem alfabética de
autores. No caso de usarmos o catálogo por assuntos, é preciso saber pesquisar
corretamente. Então, como o exemplo dado por Eco, dificilmente o estudante
encontrará no catalogo “a queda do Império Romano”, mas pode pesquisar sobre esse
assunto procurando palavras relacionadas como “Império Romano” e “história
Romana”. Além disso, é preciso saber como funciona o catálogo, pois de biblioteca
para biblioteca isso pode variar.

Umberto Eco diz que é mais seguro utilizar o catálogo por autores, pois esses
são certos sobre as obras escritas por um determinado autor. Já o sobre assuntos
depende muito da interpretação do bibliotecário sobre o livro e como ele determinará
como o livro encaixará em um ou vários assuntos.

Os catálogos bibliográficos são muito úteis para quem já sabe o tema que vai
utilizar na tese. Eles proporcionam a maior parte das informações bibliográfica que a
pessoa usará no trabalho (se for constantemente atualizado), informando as últimas
atualizações sobre a matéria. Para escolhermos este tipo de listagem podemos
recorrer à ajuda tanto do professor quanto ao do bibliotecário. Esse segundo nos
orienta onde podemos encontrar os livros e sugerir aqueles que podem ser úteis,
economizando, assim, tempo. Por outro lado, não podemos usar o bibliotecário como
o único suporte para utilizar a biblioteca, pois ele desconhece o enfoque que
queremos dar a nossa pesquisa, e, apesar de trabalhar lá, não possui um catalogo
mental na cabeça. Alguns livros que ele pode nos indicar nem sempre tem aquele
importância fundamental para nosso trabalho. Ainda , existe bibliotecas que possuem
esses catálogos informatizados e sistemas de empréstimo entre as bibliotecas.

3.2.2

Ao fazer a bibliografia inicial, listamos muitos livros. No entanto, as bibliotecas


liberam poucos livros por vez, e a renovação deles tem um número limite. Então, não
vale a pena tentar ler todos os livros da lista de uma vez só. É interessante dar uma
analisada por cima, comparar obras e tomar obras para estabelecer uma hierarquia
entre os livros listados. Fica mais fácil ver dentre os livros, quais são de mais
importância e os de menos.
Em certas situações, listamos muitos livros. Para facilitar o manuseio de tantos
materiais, o autor sugere fazer um sistema de fichas referente a cada livro com as
informações básicas, por exemplo: localização na biblioteca, autor, o assunto, a
relevância do livro, etc. Dessa maneira, as fichas proporcionam um melhor manuseio,
tornando o trabalho menos árduo.

Existem duas formas de arquivamento das fichas. A primeira é o arquivo de


leitura, ou seja, aquelas livros que já leu. Assim, elas contem opiniões, notas, citações
sobre o livro lido e pode der muito útil na redação final. A segunda é o arquivamento
bibliográfico, que é aquele que possui o registro de livros que serão procurados.
Nestas fichas além de possuir os elementos básicos sobre o livro, contem anotações
como “muito importante segundo o autor x”.

Estes arquivos de fichas constituem um fichário que pode ser utilizado na


redação final, emprestado, e se bem feito, até vendido. Para isso, precisamos saber
fazer corretamente as citações, sendo imprescindível utilizar as normas de citações
bibliográficas. Elas podem ser utilizadas nas fichas bibliográficas, as de leitura, as
citações dos livros em notas de rodapé e a redação da bibliografia final.

3.2.3

Esta parte do capítulo trata das citações bibliográficas.

 Os livros
Primeiramente, ele dá o exemplo de uma citação que já foi escrita de maneira
errada.

Wilson, J., “Philosophy and religion”, Oxford, 1961

Ela está errada por tais motivos:


1) É preciso escrever o nome do autor por completo (nome e sobrenome).
2) Não é necessário colocar aspas no título do livro, somente em títulos de
capítulos ou artigos de revistas.
3) Apenas citar o local sem a editora fica vaga. Por exemplo, existem duas cidades
chamadas Cambridge, uma na Inglaterra e outra nos Estados Unidos.
4) Uma citação correta consta a editora.
5) Colocar a data da primeira edição.

Logo em seguida apresenta cinco maneiras para fazer uma citação de livro
correta. Sendo um dos exemplos: “Searle, John R., Speech Acts- Na Essay in the
Philosophy of Language. 1ª. ed., Cambridge, Cambridge University Press, 1969 (5ª. ed.
1974), pp. VIII-204”.

 As revistas
O autor apresenta variações de citações de diferentes artigos de revista, como
“ANCESCHI, Luciano. Orizzonte della poesia, in “Il Veri”, fevereiro 1962, pp. 6-21”.

 Vários autores e Organizado por


Após, mostra como fazer esse tipo de citação, e como não fazer uma citação
vaga e confusa: “MORPUGO-TAGLIABUE, Guido. “Aristotelismo e Barroco”. In VVAA,
Retorica e Barroco. Atti del II Congresso Internazionale di Studi Umanistici, Venezia, 15-
18, junho 1954, organizado por Enrico Castelli, Roma, Bocca, pp. 119-196”.

 Muitos autores e nenhum organizador


O primeiro exemplo dado é um livro que possui diversos ensaios de autores
diferentes, mas que não foi organizado por ninguém. Nesse caso só se escreve o nome
do primeiro autor. Depois, explica como escrever uma citação cujo artigo está inserido
em uma obra coletiva e que cada volume possui o próprio título. No caso de citar um
ensaio de um autor contido no mesmo volume de autoria dele, não é preciso colocar o
nome dele antes do livro.

 A série
Se a citação conter o nome do autor, título, editora e ano de publicação já o
suficiente. Caso queira fazer de maneira mais completa, pode informar também a
coleção.

 Anônimos, pseudônimos etc.


Quando não se sabe quem escreveu, coloca-se “Anônimo” no lugar do nome do
autor. Se for um pseudônimo quem escreveu a obra, o nome do autor é colocado em
parênteses logo após no nome do pseudônimo. Em enciclopédias o nome do autor
geralmente vem abreviado. Então no caso de “M.Pr”, na citação se escreve “ M(ario)
Pr(az)”.
 Agora in
Agora o autor exemplifica o caso de citar obras que estão contidas em um volume
de ensaios do mesmo autor, mas que está presente pela primeira vez em uma revista.

 Citações de jornais
As citações de jornais são feitas de maneira parecida com as de revistas, porém, é
conveniente colocar a data antes do número. Se o jornal é de circulação local, vale
colocar a cidade também.

 Citações de documentos oficiais ou de obras monumentais


Dependendo de cada disciplina possui uma abreviação específica.

 Citação de clássicos
Existem modelos quase que padrão para citar estas obras como: título-livro-
capitulo, parte-paragrafo, ou canto-verso.

 Citação de obras inéditas e documentos privados


Inclui nessa categoria teses, manuscritos, cartas, entre outros. Como por exemplo:
“LA PORTA, Andrea. Aspetti di uma teoria dell’ esecuzione nel linguaggio naturale. Tese
apresentada à Faculdade de Letras e Filosofia, Bolonha, A.A. 1975-76.”

 Originais e tradução
O autor dá a opinião que é sempre bom consultar o livro na edição original,
mas não somos familiarizados com todas as línguas, geralmente nosso vocabulário de
línguas estrangeiras não é muito amplo (apenas aquelas mais comuns). Então o autor
sugere fazer dupla citação, uma da versão lida e a outra da original. Porém, não há
problema em escrever o título traduzido quando a obra original é em uma língua que
poucos conhecem, pois a maioria não terá interesse em procura-la.
Se fizermos uma tese sobre um autor cuja obras tiveram várias edições em
diferentes línguas, sendo que o título foi levemente alterado uma vez, cabe o aluno
citar todas. Agora se o livro do autor for usado como apoio, basta citar a edição na
língua que foi lida.

Por fim, depois de explicar todos esses tipos de citações, Umberto apresenta
duas tabelas com breve resumo delas.

3.2.4

Umberto Eco imagina uma situação em que um estudante possui um ano para
elaborar a teses, trabalha, não tem muito dinheiro para gastar com livros caros,
conversou poucas vezes com o professor para orienta-lo e a cidade em que mora não
tem biblioteca.

Então ele se coloca nessa situação, com um tema que não possui muito
conhecimento (tratadística barroca italiana). Dispõe de 9 horas para fazer as pesquisas
iniciais, começando pela analise dos catálogos. Depois procura o assunto nas
enciclopédias, e historias da literatura. Ainda recorre à ajuda do bibliotecário, porém
como já o conhecia, Umberto recusa as facilidades que o bibliotecário oferece.
Encontra o livro de Giuseppe Conte, Metafora Barroca- Saggio Sulle Poetiche del
Seicento, que contem grande parte do conteúdo da tese, mas decide não usa-lo, pois
achou isso era muita sorte. Continua a pesquisa e acha na Enciclopédia Treccani o
verbete “seiscentista”, e também várias citações que lhe serão útil. Decide fichar o
verbete e procura outros como “poética”, “ retórica” , e “ estética”. Depois olha no
Grande Dizionario Enciclopedico Utet os termos “metáfora” e “barroco”. Com o fim de
ser mais produtivo, decide fazer uma leitura superficial usando o livro Storia dela
Letteratura Italiana. Todo esse trabalho por enquanto visam fichamento de referências
bibliográficas. Em seguida apresenta três tabelas relacionadas ao fichamento.

Umberto faz uma longa lista de livros, pois há muita coisa escrita sobre esse
assunto. No entanto, teme que a tese fique muito ampla. Portanto decide condensar o
que realmente será utilizado para tratar especificamente sobre o tema. O autor
continua com o fichamento das obras que julga importantes para elaboração da tese,
que no final resultou em uma bibliografia de no mínimo 300 títulos, dos quais
encontrou 30 na biblioteca de Alessandria. Questiona se isso será suficiente para uma
boa tese. Eco acha que seria aceitável se fosse para um trabalho feito em três meses
com materiais de segunda mão, ou se quiser colocar na bibliografia que leu um livro
que não leu, trapaceando assim.

Nos primeiros três meses o aluno pode limitar-se a ler os livros de consulta, as
obras mais antigas, e aos anais de revistas que não podem sair da biblioteca. Depois,
temos que escolher quais livros ler, e se não estiverem disponíveis na biblioteca local,
fazer um pedido para que ela empreste de outra.

3.2.5

O capítulo encerra com uma pergunta se a tese é feita sobre livros com livros.
No caso se uma tese científica, no qual são feitas experiências, geralmente a pessoa
que a escreve está inserida no contexto de um laboratório, mas mesmo assim precisa
de livros científicos para auxilia-lo. O mesmo acontece nas teses sociológicas, mesmo
que a pessoa esteja em contato com a situação em questão, ela precisará de livros que
vão auxiliar a fazer a pesquisa e mostrar como pesquisas semelhantes foram feitas.
Independente do tipo de teses, sempre será necessário uma leitura.
Dentre os livros que lemos, precisamos distinguir quais são o objeto de leitura
(o livro que a tese irá abordar) e a literatura crítica (livro que discute sobre a obra da
tese). Se devermos começar pela literatura crítica ou pelo objeto de leitura depende
de cada situação. Então dá uma sugestão de como proceder a leitura do material.
Porém diz que essa sugestão é muito teórica, pois existem pessoas monocrônicas e
policrônicas.

Capítulo 4

4.1

Quando começamos uma tese, segundo Eco, ela precisa conter um título, uma
introdução, e um índice final (que muitas vezes está no começo do livro). É estranho
começar pelo fim, principalmente já que o índice pode ser mudado várias vezes ao
longo da elaboração do trabalho. No entanto, é melhor mudar algo que já está
preestabelecido do que montar um índice do nada.

É importante montar um plano de trabalho (título, índice, e introdução),


começando então por um índice provisório. Assim, ficará mais fácil propor o tema do
trabalho para o supervisor e as ideias ficarão mais claras, pois muitas vezes no plano
do pensamento as ideias são claras, mas quando colocamos em papel não fica bem
como imaginávamos. Para contemplarmos se o título ficou claro e aborda de uma
maneira geral o tema da tese, devemos elaborar uma pergunta. Se o título responder á
essas perguntas, então ele está de acordo para ser usado na tese. Depois é preciso
formar o índice provisório da maneira que ele de o enfoque no que queremos abordar.
Após disso, devemos fazer a introdução da tese, que não passa de um breve sumário
analítico sobre o tema escolhido, as problemáticas abordadas, o método utilizado, o
que pretende se provas e a conclusão. Uma introdução feita logo no início do processo
de elaboração do trabalho é de muita utilidade, pois mostra ao orientador o que se
pretende fazer e as ideias estabelecidas.

Até a edição final da tese, o índice e a introdução serão reescritas várias vezes.
Porém não pode afirmar que a tese é sua se não tiver elaborado esses dois
componentes do trabalho. A última introdução será bem mais sucinta e direta ao
ponto, mostrando somente aquilo que está contido na tese. Também apresentará o
núcleo e a periferia do problema. Sendo que o primeiro é o foco principal da tese, e o
segundo assuntos de apoio, mas que constituem com a elaboração na tese em um
total. Portanto, antes de elaborar esses três elementos, é imprescindível que seja feito
a pesquisa bibliográfica.

A lógica do índice depende do tipo de tese. Existe o índice cronológico, causa e


efeito, espacial, e comparativo-contrastante. Ele pode possuir divisões e subdivisões
como capítulo, parágrafos e subparágrafos (como ilustrado na página 85). As siglas de
cada subdivisão devem corresponder àquelas escritas nas fichas de trabalho, para que
assim, seja mais fácil a colocação do conteúdo no trabalho. Isso também serve de
referência interna, ou seja, elas servem apara evitar repetições sobre a mesma coisa,
mas dá um sentido de coesão à tese. É importante que as divisões no índice sejam
feitas de forma correta, pois aí facilitará a leitura do leitor, sabendo onde cada tópico
se encontra no livro, além de ajudar na compreensão da obra.

4.2

Quanto mais livros lemos para nossa tese, maior ficar a bibliografia. Para o
autor, não importa se começamos a ler um livro contido na bibliografia inicial ou se
começamos pelo livro e depois o adicionamos à bibliografia. O ideal seria possui todo o
material disponível em casa, porém isso é muito raro.

O autor aconselha que é melhor já ter preparado o índice provisório e possuir


as fichas bibliográficas. Assim na medida que vai lendo os livros, anota na margem em
qual capítulo do trabalho a citação ou ideia será inserido, e também anotar no índice
provisório o nome do livro e a página, ajudando assim na hora da redação. Então, de
acordo pelo exemplo dado no livro:

- Anotação no livro: “T. (4.5.6) inversão do tempo”. Sendo que o “T.” é abreviatura de
tese (4.5.6) a divisão do parágrafo na tese, e “inversão do tempo” o assunto.

- Anotação no plano de trabalho: cf. Sheckly, Mindswap, 137.

Essas anotações só são possíveis se o livro for próprio e se já tivermos um plano


de trabalho. Também, quanto mais aprofundamos o estudo, mais anotações fazemos e
menos espaço sobra tanto nas margens como no índice hipotético. Então, para
resolver esse problema Umberto sugere um fazer um fichário de ideias. Cada ficha
temática possui um título com a ideia/assunto a ser trabalhado e desenvolvido. Já
quando organizamos por retratos é quando decidimos fazer um capítulo introdutório e
reservar um capítulo para cada autor, sendo, assim, necessário um fichário por
autores. Se quisermos usar várias citações, é recomendável elaborar um fichário de
citações. No caso de não termos disponível o livro por tempo necessário, Eco diz para
fazer um fichário de leitura com os dados bibliográficos, o resumo geral, anotações
necessárias e citações significativas. Também têm as fichas de trabalho, que são
aquelas que dizem como o tema deve ser abordado, ligam ideias e contem sugestões
sobre o desenvolvimento do tema.

Não é preciso fazer todos esses fichários. A quantidade e que tipo eles serão irá
depender to tipo da tese. Se possuirmos livros a nossa disposição a qualquer hora, o
autor aconselha mesmo assim fazer fichas, porém menos detalhadas. De qualquer
modo, é sempre bom fazer um fichário, principalmente se decidirmos mudar o plano
de trabalho, e também porque é mais cômodo o manuseio e mais fácil para
transportar. Em seguida, dá exemplos de fichas de citações e de rememoração.

4.2.2

O autor ressalta que é seria ideal se possuíssemos as fontes primárias conosco.


Quando somos donos de um livro, podemos sublinhá-lo, mostrando, assim, as partes
que nos chamaram a atenção e que nos interessa. Desse modo, podemos diferenciar
os traços de acordo com cada assunto, com a relevância, ou a parte que será inserida
na tese. As dicas que Umberto dá são:

- Use lápis de cor;


- Associe uma sigla às cores;
- Use siglas para sublinhar a relevância das informações;
- Coloque siglas nos pontos a retomar.

Não se dever sublinhar ou grifar quando o livro não é seu, tem uma valor
econômico alto ou é raro. Nesse caso é melhor tirar Xerox ou escrever as partes
importantes em um caderno. O autor ainda aconselha que se faça uma legenda em
um marca páginas com as siglas e o significado das cores. Também alerta a questão
das fotos cópias, que se for tira-las, tomar cuidado para não ficar acumulando sem ter
lido os textos.

4.2.3

Nesta subdivisão do capítulo 4, o autor continua falando das fichas, porém, em


específico, a ficha de leitura. Esta ficha é uma das mais importantes para elaboração da
tese, porque contem as informações imprescindíveis sobre o artigo ou livro, e são
indicadas para literatura crítica. Existem seis etapas no processo de fichamento:

1) Indicações bibliográficas precisas: esta parte contem o número de páginas


do livro, edições , dados da editora, onde encontrar as citações e como
deve ser citado da bibliografia final.
2) Informações sobre o autor: no caso de não ser um autor famoso.
3) Breve ou longo resumo do livro ou artigo
4) Citações extensas: devem ser feitas entre aspas e com indicações das
páginas
5) Comentários pessoais: estes comentários podem ser feitos ao longo do
resumo, porém em colchetes para não misturar os textos.
6) Colocar siglas no canto superior das fichas para saber a parte referente no
plano de trabalho.
O autor então prossegue com exemplos de fichas que usou na tese de
licenciatura com o tema Problema Estético de São Tomás de Aquino, citando diversos
autores. Após apresentar as fichas, seguimos para a última parte desse capítulo.

4.2.4

Para encerrar o capítulo, Umberto Eco fala da humildade científica, algo que é
necessário quando elaborarmos uma tese. A humildade científica é sempre estar com
a mente aberta para aprender algo novo, pois nenhuma fonte pode ser desperdiçada.
Ele conta história do livro que leu de Abade Vallet, que inicialmente só estava lendo o
livro para valer o dinheiro que pagou, mas que depois encontrou um ponto chave que
estava faltando na tese dele. Diz que se tivesse lido talvez um ano atrás o livro, não lhe
faria muita serventia, mas que naquele momento em que estava lendo encontrou a
solução para o problema dele. Então é necessário ter humildade quando estiver
pesquisando, pois sempre pode ter algo que é útil.

Capítulo 5

5.1

Antes de começarmos a escrever, sempre temos que ter em mente para quem
estamos escrevemos. No caso da tese, é o examinador o leitor principal, mas o
trabalho em si é destinado qualquer outra pessoa que esteja interessada em ler. É
equivoco afirmar que os textos mais complexos, que possuem fórmulas são aqueles de
autores experientes e que os outros que não fazem o mesmo são inseguros.

Não é preciso começar por uma obviedade, por exemplo, se escrevemos uma
tese sobre vulcanologia, não é necessário escrever o que é um vulcão. No entanto tudo
que segue, além disso, dever ser explicado, começando com os termos que serão
utilizados (a não ser que seja um termo comum e consagrado no tema abordado).
Portanto, como o autor diz: “definir todos os termos técnicos usados como categorias-
chaves em nosso discurso”.

Sempre é bom ter em mente que os leitores não realizaram o trabalho, então
cabe a nós explicarmos sobre o que e quem estamos escrevendo sobre. Se
abordarmos um autor notório, não é necessário descrever cada detalhe sobre ele. Por
outro lado, se o autor for desconhecido é bom fazer uma introdução, tornando-o
familiar para a banca. De qualquer modo, sempre é aconselhável fazer uma
apresentação do autor, dando assim, nexo com o conteúdo abordado.

5.2

Depois de decidir para quem escrever, temos que determinar como escrever.
Se existisse uma regra universal para como escrever, todos seriam escritores
profissionais. Escrever bem é questão de treino, no entanto o autor propõe dar
algumas dicas gerais.

- Não escreva períodos longos, e evite o abuso de pronomes e orações


subordinadas.
-Não falar sobre vários sujeitos em poucas frases. Isso se torna confuso e não se
sabe de quem está falando.
- Não introduzir um autor por meio das obras dele.
- Não escrever como autor do livro que a tese aborda.
- Utilize o recurso dos parágrafos.
- Use os rascunhos para escrever o que vem na cabeça, para depois ir
aprimorando o texto.
- Recorra ao orientador ou a um amigo para ler os primeiros capítulos e o texto
final antes de apresentar e entregar a tese para banca de examinadores.
- Não utilizar pontos de exclamação, reticências (somente no caso de citações
para assinalar um trecho omitido ou no final de uma frase, mostrando que ainda havia
algo para ser dito) e ironias.
- Usar linguagem figurada ou referencial.
- Quando for usar um termo pela primeira vez, defina-o. Se não souber a
definição, evite usa-lo.
- Não explique uma coisa que é óbvia, e deixar de explicar algo que não é.
- Despersonalizar o texto (evitar o “eu”).
- Não usar artigo antes de pronome próprio.
- Aportuguesar nomes próprios somente em caso de tradição consagrada (
como São Tomás de Aquino), caso contrario, jamais faça isso.

5.3

5.3.1

Em uma tese, são feitas várias citações para sustentar os argumentos e os


textos. Textos ou períodos podem ser citados para depois serem interpretados ou
serve de apoio para o que escrevemos. Portanto, Eco escreve dez regras sobre citação.
1) Os textos-obejetos de análise são citados com bastante frequente
2) Os textos de literatura crítica só são citados quando colaboram ou
confirmam o que estamos dizendo. O autor diz que é melhor evitar trechos
muito longos, e caso isso ocorra, aconselha transcrevê-lo no apêndice.
Também evitar fazer citações desnecessárias, que não irão acrescentar
nada ao texto ou que dizem coisas óbvias.
3) A citação tem que estar relacionada com o texto, e deve possuir literatura
crítica anterior ou posterior a ela.
4) É indispensável que fique claro o autor e a fonte da citação transcrita. Isso
pode ser feito com uma nota de roda pé (no caso do autor ser mencionado
pela primeira vez), colocado em parênteses logo após a citação ou colocar
em parênteses a página se a tese trata de um só livro.
5) Para citações de fonte primárias, é melhor recorrer aos livros críticos ou
edições mais conceituadas sobre o assunto.
6) Em caso de transcrever textos que visam a análise do estilo literário ou que
querem abranger o estilo literário, é melhor utilizar a citação na língua
original, colocando a tradução em parênteses ou em uma nota de roda pé.
Por outro lado, se queremos somente tirar uma informação, conteúdo,
dados estatísticos ou históricos é melhor recorrer a uma boa tradução.
7) Se estamos citando dois autores em um curto espaço de tempo, garanta
que fique distinto de qual autor a citação é.
8) Se as citações passarem de três linhas, em vez de coloca-las em aspas, é
melhor inseri-las com entrada (separada por um espaço entre parágrafo–
citação) em letras menores para melhor visualização.
9) As citações devem ser originais, ou seja, tem que ser escrita na tese do jeito
que estava na obra original, sem omissões, ou cortar parte da citação para
que mude o sentido ou dê o sentido que o escritor da tese queira. Não pode
intercalar a citação com comentários, a não ser se for feito por colchetes.
Também não pode sublinhar sem sinalizar que o sublinhado foi feito pelo
estudante
10) A citação tem que ser exata, precisa e averiguável.

5.3.2

Quando elaboramos as fichas, escrevemos o que compreendemos (paráfrase)


copiamos algumas citações. Ao elaborar a tese, a maioria dos textos não estará a nossa
disposição, tendo que recorrer às fichas. Devemos tomar cuidado ao copiar as citações
para realmente colocar as aspas no lugar correto. Caso contrário, se esquecermos e
colocarmos no trabalho, estaremos cometendo plágio.
O autor diz que se evita o plágio quando parafraseamos de maneira sucinta
uma obra comprida, tornando-a mais condensada e menor. Já, se algo importante, ou
um conteúdo é escrito em períodos curtos ou em poucas linhas, muitas vezes nossa
paráfrase fica maior do que o texto original. Nem sempre é preciso mudar certos
termos, pois eles especificam e explicam melhor do que seus sinônimos. O melhor é
quando lemos, e escrevemos o que entendemos sem olhar no texto, garantindo que
estamos escrevendo com as nossas próprias palavras.
O autor encerra esta fração do capítulo dando três exemplos. O primeiro é uma
paráfrase feita corretamente, o segundo um plágio, o terceiro é um plágio evitado pelo
uso adequado de aspas.

5.4

5.4.1

As notas podem muitas vezes atrapalhar e distrair o entendimento do leitor, ser


usada com o intuito de tornar o trabalho mais sério ou erudito. No entanto, quando
usado da maneira certa, ela pode ser muito útil e enriquecer a tese. Sendo assim, ele
apresenta diversas maneiras em que as notas podem ser aplicadas corretamente.
 Acrescentar conteúdo bibliográfico relacionado ao assunto discutido no
texto.
 Apontar a fonte das citações.
 As notas servem para indicar referências à textos tanto dentro da obra
como fora.
 Apresentar citações extras, que no meio da leitura atrapalharia, mas
como nota fica como complemento.
 Confirmar as afirmações que foram feitas no texto.
 Servem para corrigir afirmações do texto que estão meio incertas.
 A nota pode ser tanto para apresentar a tradução de uma citação de
tinha que ser feita na língua original, ou então mostrar a citação original.

5.4.2

Se comentamos sobre algum autor, ou citamos algumas partes de sua obra, é


aconselhável fazer uma pequena nota de roda pé com a referência bibliográfica, pois,
desse modo, o leitor fica ciente de que obra estamos falando. Porém ao fazer essa
referência na nota de roda pé, não podemos nos esquecer de coloca-la também na
bibliografia final. Esta é que dá a visão geral do conteúdo utilizado na tese. Além disso,
a documentação final apresenta mais detalhes referente a obra, artigo, ou texto
utilizado. O autor
apresenta duas tabelas nessa parte final da subdivisão do capítulo. O primeiro é uma
tabela exemplo de página com sistema citação-nota e o segundo bibliografia padrão
correspondente. Umberto diz que a Tabela 17 pode sofrer algumas variações como
usar letras minúsculas para o nome do autor. No geral esse tipo de nota é menor
completa que a bibliografia final.

5.4.3

Para evitar as notas de referências bibliográficas ( a não ser para discussão e


remissão) , foi criado o sistema autor – data. Este sistema registra o autor e a data da
publicação ou edição do livro ou artigo. Dessa maneira o leitor dirige-se para a
bibliografia final e vê de que livro o estudante que elaborou a tese está falando. Esse
método facilita a leitura, elimina muitas rodas de roda pé e otimiza tempo, pois
escreves de uma vez só as referencias bibliográficas. Ele é muito útil se citamos o livro
repetidamente durante a tese ou quando se faz um resumo da obra referente ao
tema. Porém esse sistema funciona sob as seguintes condições:

 Se trata de uma bibliografia especializada, em que os leitores já sabem


das obras que serão abordas.
 Se a tese usar livros como referência de no máximo os últimos dois
séculos.
 Se a bibliografia for científico erudita.

O autor prossegue com outro exemplo da Tabela de 16 na Tabela 18, aplicando


o sistema autor - data. Além de tudo isso citado, esse sistema informa a data da
primeira publicação/edição mesmo sabendo as posteriores. Também evita problemas
com a numeração das notas de roda pé, caso nos esqueçamos de escrever uma, não é
preciso renumerar as outras que seguem.

5.5

Ao elaborarmos uma tese, podemos cometer alguns erros e cair em armadilhas


que podem nos prejudicar depois. Então, com o intuito que nos não caiamos nessas
emboscadas, o autor apresenta estas advertências.
 Não escrever coisas óbvias de conhecimento geral
 Não atribuir uma ideia a um autor que na verdade é de outro, mas que
foi comentado na obra do primeiro.
 Não acrescentar ou retirar notas por questão de numeração.
 Ser cauteloso ao citar fontes secundárias, e ao citar, seguir as regras de
correção científica.
 Sempre dar informações exatas sobre o material usado, como as
revisões, edições críticas e outros.
 Cuidado ao citar nome de autores antigos de fontes estrangeiras.
Muitos nomes são desconhecidos, pois eles não foram traduzidos, e um nome
pode ter várias grafias diferentes.
 Estabelecer um padrão para a formação de adjetivos a partir dos nomes
dos pensadores.
 Cuidado ao escrever números em inglês. Nos Estados Unidos para
separa os números, as vírgulas deles são os nossos pontos e nossos pontos são
as vírgulas deles.
 Os italianos escrevem diferente os séculos (Settecento = séc. XVIII).
 Agradecer aqueles que ajudaram na elaboração da tese, mas com bom
senso.

5.6

A humildade científica foi mencionada no capítulo anterior, já nesse é o orgulho


científico. Precisamos ter confiança do que estamos falando e apresentamos, já que
passamos meses e até anos preparando uma tese. Precisamos ter cautela e modéstia
antes de falar, mas no momento que começamos apresentar a tese, é de se esperar
que sejamos autoridade nesse assunto. Portanto devemos falar com propriedade e
convicção.

Capítulo 6

VI

VI.1

VI.1.1

Este capítulo tem como objetivo apresentar um exemplo de redação definitiva


e como fazê-la (formatação, sinais, pontuação, acentuação, abreviação, bibliografia
final, apêndice e índice).

Ele começa a primeira parte do capítulo falando sobre as margens e


espaçamentos. Devemos dar pelo menos dois espaços para indicar o inicio de um novo
parágrafo. Isso torna o texto mais legível e melhor apresentado.

VI.1.2

Essa parte aborda quando é necessário sublinhar um trecho do texto e utilizar


letras maiúsculas.
Casos que devem ser sublinhados:
 Palavras estrangeiras que não são comuns.
 Nomes científicos devem ser escritos em itálico.
 Frases inteiras que são importantes, como apresentar uma conclusão ou
o enunciado da tese.
 Títulos de livros, poesias, obras de arte, jornais, seminários, esculturas,
músicas, ópera, e filmes.

Já usar letras maiúsculas é permitido para destacar palavras chaves, títulos ou


palavras estrangeiras.

VI.1.3

Um parágrafo pode ter subparágrafos. Podemos distinguir um do outro quando


sublinhamos o título e não o subtítulo. Quando a numeração, no exemplo dado pelo
livro, VI. 1.3, VI é o capítulo seis, 1 é o primeiro parágrafo e 3 é o terceiro
subparágrafo. Os parágrafos podem possuir títulos ou não, no último caso se eles não
possuírem, o texto deve ser escrito logo após a numeração do parágrafo/subparágrafo.

VI. 1.4

As aspas duplas podem ser usadas nos seguintes casos:

- Quando citar frases eu período que não são extensos no corpo do texto.
- Palavras isoladas que são de autoria de outro autor.
- Dar uma conotação especial para a palavra.
- Quando utilizar falas teatrais no texto.

Se uma citação estiver contida em outra, o período que está dentro da citação
é marcado pelas aspas simples, por exemplo “A célebre fala ‘Ser ou não ser’ tornou-se
o cavalo de batalha de todos os interpretes shakespearianos.” Também existem as
angulares, que são menos comuns. Essas são usadas para citações dentro de uma
citação que está contida em outra citação. Então, como citei uma frase do livro de Eco,
o correto seria ter escrito “ ‘A célebre fala <<Ser ou não ser>> tornou-se o cavalo de
batalha de todos os interpretes shakespearianos’”.
Também existe os casos em que precisamos escrever fórmulas, então o autor
apresenta uma variedade de expressões que podem ser usadas e escritas de maneira
mais simples.
VI.1.5

A transliteração é quando usamos outro alfabeto para o mesmo texto, sem


mudar o sentindo do que está escrito. As palavras são as mesmas, mas em signos
diferentes. Isso ocorre com frequência com nomes históricos ou geográficos ou
quando vamos traduzir algo mas não possuímos a palavra igual a da língua em que
está sendo feita a tradução.
O autor chama atenção para respeitar a pontuação nas línguas estrangeiras,
pois um acento pode mudar o significado de uma palavra. Também nem sempre é
aceitável mudar a acentuação. Por exemplo, podemos escrever “Lodz” em vez de
“Łodz”, pois na Polônia isso é aceito. No entanto trocar “Führer” por “Fuehrer” não é
gramaticamente aceito em alemão. Para isso, é preciso ter um pouco de conhecimento
sobre as línguas que estamos trabalhando. Para isso, Eco apresenta a Tabela 20 com as
transliterações dos alfabetos russos e grego antigo.
VI. 1.6

É aconselhável que o estudante esteja informado com as convenções de


pontuação, e aplica-las. Quando uma citação possui um sentido completo, as
pontuações ficam dentro das aspas, caso o contrário não. Quando a citação é somente
um trecho de um período, o ponto ou a vírgula são colocados fora das aspas. Vale
lembrar que não é usado vírgula antes de parênteses. Já as chamas de notas (¹) são
inseridas no texto antes de uma pontuação. Termina essa parte do capítulo com alguns
lembretes de acentuação e com uma tabela (Tabela 21) de abreviaturas mais usadas
para utilizar em nota ou no texto.

VI.1.7

Como esta porção do capítulo visa dar alguns conselhos, de maneira resumida,
que já foram dados durante o livro.

- Maiúsculas/ Minúsculas: Elas têm que ser usadas com parcimônia e nos
lugares adequados. Quando tratamos de um termo específico como “Estado” sob a
visão do Direito, a palavra é escrita em letra maiúscula. Os substantivos em alemão
também são escritos com maiúsculas. Use as minúsculas de acordo com a norma culta
da língua em que a tese está sendo escrita e que não prejudique o entendimento da
leitura.
- Aspas: Não esqueça de fechar as aspas após abri-las.
- Número e algarismos arábicos: Evite usa-los com frequência, em vez disso
escreva-os por extenso.
- Escolha um método coerente para usar as siglas e siga-o.
- Prestar atenção a forma de escrever o título de livros ou jornais (se estão
citados corretamente).
- Sublinhe o que for necessário, pois se não a função de sublinhar, que é
destacar perde o sentido.
- Alternar os usos de números ordinais, cardinais, e algarismo arábicos e
romanos.
- Releia o trabalho para corrigir os erros de datilografia/digitação, mas também
para verificar a numeração da s páginas, remissões internas e citações, como também
as notas.
- Verificar, também, a bibliografia.

VI.2

A bibliografia final já foi abordada em 3.2.3, 5.4.2, e 5.4.3. Porém, vale lembrar
que a bibliografia é um item indispensável de acordo com o tipo de tese que está
fazendo. Mesmo elaborando as notas de referências, a bibliografia facilita a leitura,
pois toda informação sobre as referências estão em um único lugar. A bibliografia
deve conter somente o que foi lido, possuir um título adequado, e ser feita em ordem
alfabética.

VI.3 e VI.4

Estes últimos dois tópicos tratam de como fazer corretamente apêndice e


índice, respectivamente. Sendo que o primeiro deve conter documentos, tabelas,
quadros, diagramas, dados e estatísticas. Dessa forma, a leitura fica mais leve, pois o
apêndice permite remissões rápidas. Já o índice possui o nome dos capítulos,
subcapítulos e parágrafos, seguindo sempre uma numeração lógica e continua. O
índice é indispensável, pois apresenta o conteúdo da tese. Ele pode estar localizado
tanto no fim quanto no início da tese.

Capítulo 7

Para concluir o livro, Umberto Eco deixa uma mensagem positiva, incentivando
o leitor que irá realizar a tese. A tese deve ser feita de maneira prazerosa, já que
escolhemos algo de nosso interesse. Também deve ser encarada como um desafio
impostos a nós mesmo, mas que ao mesmo tempo temos que nos divertir com ele.
Sendo assim, a finalidade da tese é aprender algo com ela “... a tese é como um porco:
nada se desperdiça.”
Bibliografia

1. Eco, Umberto. Como se faz uma tese. Editora Perspectiva S.A (24ª
edição, 2012) .

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