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Ver SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o século XXI – No loop da Montanha
Russa, editora Cia das Letras. A palavra “loop”, da língua inglesa,
significa “aro”, “laço”, “circuito” ou “sequência” na tradução para a língua portuguesa, dependendo
do contexto, o loop pode significar diferentes ações relacionadas a repetição. Um loop infinito é o
mesmo que uma “repetição infinita”. O looping é como estar numa Montanha Russa ao ato de
fazer loops, como os movimentos que os pilotos de aviões fazem ao traçar rotas circulares num plano
vertical, por exemplo. A partir de um sentido figurado, a palavra loop ainda pode significar a condição
de incompreensão sobre algo, ou seja, quando a pessoa revir todos os passos, dicas e instruções sobre
determinada coisa, mas continua sem entender a sua essência ou natureza.
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Consequência
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A DOR E O SOFRIMENTO DE
NÃO SER MAIS O QUE É... OU QUE ERA?
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CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, pg. 207, ano 2004.
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AGAMBEN, Homo Sacer e o Poder Soberano da Vida. Editora Boitempo.2008
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Nem todos os corpos dos seres humanos vivem os corpos de uma forma homogênea. O corpo vive (e
sobrevive) em tempos e espaços heterogêneos, históricos determinados. O sofrimento do corpo, por
exemplo, pode ser percebido de muitas formas. Como compreender a sobrevivência das pessoas e seus
sofrimentos na era do nazismo, uma tragédia que afetou milhões de pessoas na Europa no século XX,
como nos revela um sobrevivente dessa era chamado Primo Levi, no seu famoso livro “É isto é um
homem?”, ao narrar a sua experiência nos campos de concentração. (Ver Levi, Primo, É isto um homem?
Editora Rocco, 1988).
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Recomendo a leitura do livro do filósofo e ensaísta chamado Peter Pál Pelbart, “Vida Capital (ensaios de
Biopolítica”, publicado pela Editora Iluminuras, publicado em 2003 no Brasil, onde ele nos interroga:
“Nunca se falou tanto em vida, nunca interferiu-se tanto na vida, nunca se defendeu tanto a vida. Mas
afinal, o que significa esta palavra tão velha e gasta no contexto do capitalismo contemporâneo? Por que
em torno dela, mas em domínios os mais concretos, travam-se batalhas tão decisivas, onde está em jogo
o corpo de cada um, mas também a forma de vida e dos todos nós? Vida Capital propõe um diálogo com
o pensamento da atualidade que ousaram enfrentar tais questões, para além das categorias políticas
consagradas. Michel Foucault chamava atenção para o seguinte paradoxo: quando o poder investe a vida,
a resistência se apoia nessa mesma vida. Daí a dificuldade de separar o joio do trigo, nas atuais relações
entre poder e subjetividade, criar, amar, sonhar, ou mesmo resistir, apenas alimentando uma máquina
social vampiresca, ou o contrário, forjamos as condições para tomar posse da vitalidade individual e
coletiva. Este ensaio que o autor nos oferece, tratam da filosofia ou de política, de teatro ou de loucura,
de modo (o de suínos), obedecem assim a uma dupla exigência. Ao mesmo tempo em que evocam as
novas modalidades de dominação sobre a vida e a subjetividade (biopolítica maior), pergunta-se sobre as
formas de resistência, de associação e de comunidade que se anunciam (biopolítica menor).
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NASIO, J. D. O Livro da Dor e do Amor. Editora Jorge Zahar Editora (1997). Tradução de Lucy Magalhaes,
São Paulo
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MINKOWSKI, Eugene. El Tiempo Vivido. Trad. De Angel Saiz Sáez. Méico, Fondo de Cultura Econômica,
1973. Citado por Berlink;
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Berlink observa:
“Entre a analgesia – doença rara em que o corpo
não acusa a existência de dor e que solicita do doente um
complexo e delicado aprendizado para viver – e a dor crônica,
a sensação sempre presente no corpo, habita o ser humano.”
A analgesia é a perda, ou ausência de
sensibilidade à dor, que pode ser induzida por substâncias
químicas, devido a lesões neurológicas, vasculares ou, ainda, a
problemas psicológicos ou vasculares ou, ainda, ainda a
problemas psicológicos.
Na sociedade contemporânea, que fenômenos são
possíveis de perceber quando os homens e mulheres querem
livrar da dor?
Afirma o autor:
“Há, no homem, uma intimidade com a dor
fazendo com que ela se torne particularmente difícil de ser
precisamente conceituada e que só a sua completa ausência, na
analgesia, é capaz de revelar. Essa intimidade é atestada, por
exemplo, pelo amplo e crescente consumo de analgésicos.”
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Berlink adverte:
“Assim, de acordo com Laboratório Bayer, só nos
Estados Unidos, consome-se 50 bilhões de tabletes de aspirina
por dia, ou mais de 15 bilhões de tabletes por ano, não devendo
ser esquecido que este produto é, hoje, um dos múltiplos
analgésicos consumidos pelo mundo afora. A dor é, assim, um
fenômeno de tão ampla extensão que é possível afirmar que a
humanidade é uma espécie dolorida. Entretanto, esta intimidade
ligado com a dor e é acompanhada de um proporcional
desconhecimento a seu respeito.” (pg.7)
Como nominar a dor?
Como nos mostra Berlink, “as pesquisas sobre a
dor enfrenta grandes problemas. Em primeiro lugar, descobre
rapidamente que a dor possuí um número muito grande de
denominações específicas, como artrite, artrose enxaqueca,
fibromialgia, gota, dor muscular crônica, reumatismo.” Ou seja,
“cada uma dessas dores é acompanhada por enigma e
obscuridade, como a Dor Muscular Crônica, que significa, “dor
nos músculos e nos tecidos fibroso (ligamentos, tendões) e que
é implacável, espalhando-se por todo o corpo e possuí uma
grande intimidade com a depressão e a angústia, com as dores
de cabeça e a enxaqueca, “que sempre solicita novas drogas”
Com observa em seguida:
“A dor, depressão e a angústia são fenômenos
próprios do psiquismo pode se manifestar no psiquismo
humano e a psicanálise “pode contribuir para sua compreensão”
(p.8)
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A dor e o desamparo
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Trabalho e sofrimento
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