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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO - I
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competências, atua de forma centralizada na prestação da atividade
administrativa.
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leis e a regras impostas pelo ente central 1. Nada impede que ocorram, ao mesmo tempo, a
descentralização política e a administrativa.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
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incapazes.O primeiro problema dessa teoria é que a representação pressupõe duas
figuras perfeitamente independentes, com suas vontades, o que, na verdade, não
acontece nesse caso, considerando que a vontade do Estado e a do agente se
confundem.E ainda, segundo essa teoria, a pessoa jurídica fica equiparada a um
incapaz, não tendo como explicar a absurda ideia de que esse incapaz confere
representante a si mesmo.
teoria do órgão: a pessoa jurídica opera por si mesma, sendo o órgão parte dela e
não ente autônomo, apresenta-se como uma unidade no mundo jurídico,
significando que o órgão é parte do corpo da entidade e por isso as suas
manifestações de vontade são consideradas como sendo da respectiva
entidade3.Portanto, a vontade do agente público, manifestada nessa qualidade, e a
vontade do Estado se confundem, formam um todo único, e esse “poder” dado à
pessoa física decorre de determinação da lei, de imputação legal, por isso é
denominada teoria do órgão ou teoria da imputação.Teoria acolhida no
ordenamento brasileiro.
o Características:
3 a
ARAÚJO, Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo, 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2005, p. 136.
4 a
Curso de Direito Administrativo, 26 ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2009, p. 140.
5 a
Direito Administrativo Brasileiro, 28 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2003, p. 66.
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os atos por eles praticados são imputados à entidade estatal a que
pertencem. Também não podem celebrar contrato, cabendo à pessoa
jurídica fazê-lo por intermédio dos agentes que a compõem6.
6 o o
Reconhece-se a existência do desastroso contrato de gestão previsto no art. 37, § 8 , da CF que foi introduzido pela EC n 19/98. O
dispositivo admite a possibilidade de celebração de contrato de gestão entre órgãos públicos (além de outros), o que represen ta um grande
absurdo, regra inexequível segundo a doutrina brasileira, considerando que os órgãos são só repartições internas de competências do
próprio Estado, são parcelas deles dissolvidas em sua intimidade, tal como as partes de um dado indivíduo. Os órgãos do Estad o são o próprio
Estado. Para completar eles são entes despersonalizados, não têm aptidão para serem sujeitos de direitos e obrigações. O artigo refere-se
ainda ao contrato de gestão com o objetivo de ampliar a autonomia, o que é inaplicável, pois os órgãos não têm essa dita auto nomia.
7 o
O Código de Processo Civil estabelece, em seu art. 7 , que “toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para
estar em juízo”. Considerando que o órgão público é ente despersonalizado, como regra, ele não conta com essa capacidade.
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ROTEIRO DE AULA – BLOCO II
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO - II
Características:
para a criação dessas pessoas jurídicas, exige-se previsão legal, pois o art. 37, XIX,
define que: “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.
Deve-se grifar, ainda, que a lei cria as autarquias e autoriza a criação das demais
pessoas jurídicas. Na hipótese em que a lei cria – caso das autarquias – basta a
edição da lei e a pessoa jurídica já estará pronta para existir, o que não acontece no
segundo caso. Quando a lei autoriza a criação de uma pessoa jurídica – caso das
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista – ela só passará a
existir juridicamente com o registro dos seus atos constitutivos no órgão
competente, seja no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, se ela tiver
natureza civil, ou na Junta Comercial, quando possuir natureza comercial. Convém
realçar ainda, que, se há dependência de lei para criar, por paralelismo de forma,
para extinguir, de idêntica maneira, exige-se a previsão legal, seja para extinguir
efetivamente ou autorizar a sua extinção, não se admitindo a possibilidade de fazê-
lo via ato administrativo, porque se trata de ato de hierarquia inferior (o que a lei
faz não poderá o ato administrativo desfazer).
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sua finalidade não será lucrativa, inclusive quando exploradoras da atividade
econômica. Isso não significa que elas não possam obter lucro, mas que não foram
criadas com esse objetivo, não sendo o lucro o grande mote de sua criação .
não sofrem relação de subordinação, mas estão sujeitas a controle, que pode ser
interno ou externo, pela própria entidade a que se vinculam (ex. supervisão
ministerial) e controle externo pelo Poder Judiciário e Legislativo (ex. Tribunal de
Contas e as diversas ações judiciais);
o Regime Jurídico:
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a regra quanto a prescrição é a prevista no Decreto nº 20.910/328 –
prescrição quinquenal9
8
Vide o texto: Decreto 20.910/32 – Art. 1o As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato
do qual se originarem.
9 o o
Conferir também o Decreto-Lei nº 4.597/42- Art. 2 O Decreto n 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição quinquenal,
abrange as dívidas passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos mediante impostos, taxas ou
quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem como a todo e qualquer direito e ação contra os
mesmos.
10
Prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. Também terá prazo em dobro no procedimento sumário, ressalva prevista
no art. 277 do Código de Processo Civil de 1973. No Novo Código de Processo Civil, todos os prazos de manifestação do poder público
serão em dobro (art. 183), salvo se a lei dispuser de forma expressa outro prazo.
11
O Novo Código de Processo Civil trouxe novas regras para a remessa necessária no art. 496, sugiro a leitura.
12
O STF, em sede de medida cautelar, na ADI 2135-4, retomou o regime jurídico único.
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de contabilidade pública e a controle pelo Tribunal de Contas, além da
exigência do concurso público para admissão de pessoal (ponto muito
divergente). Nesse contexto, tem-se a exceção da a Ordem dos
Advogados do Brasil que segundo a jurisprudência do STF, não compõe a
Administração Pública, como conseqüência: a anuidade não é tributária,
não cabe execução fiscal (cobrança via execução do Código de Processo
Civil), não se submete a contabilidade pública e ao Tribunal de Contas e
está dispensada de fazer concurso público, além de não compor a
Administração Direta ou Indireta13 . Autarquias Territoriais são os
territórios, não se confundem com as autarquias administrativas e não
compõem a Administração Indireta.
13
Conferir a ADI 3026
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o AGÊNCIAS EXECUTIVAS - são autarquias ou fundações que por
iniciativa da Administração Direta, recebem o status de Agência, em razão da
celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior eficiência e redução de
custos - Lei 9.649/98.
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Fundação Pública de Direito Privado - Frente à divergência
doutrinária, reconhecida a possibilidade de fundação instituída e mantida pelo Poder
Público, mas com personalidade jurídica de direito privado, utiliza-se a terminologia
“fundação governamental” para distingui-la das fundações públicas de direito público. A
doutrina utiliza como respaldo legal o Decreto-Lei no 200/67, alterado pela Lei no
7.596/87. Para essas pessoas jurídicas, apesar da personalidade privada, o regime não é
inteiramente privado, obedecendo às regras de direito público, quanto à fiscalização
financeira e orçamentária, estando sujeita a controle externo e interno, além de outras
regras públicas. Nesse diapasão, a doutrina reconhece para essas pessoas o tratamento
igual ao da empresa pública e da sociedade de economia mista, ou seja, um regime
híbrido, que será visto a seguir.
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ROTEIRO DE AULA – BLOCO III
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social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios. Art. 3º da Lei 13.303/2016
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QUESTÕES PARA TREINAMENTO
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01.Direito Administrativo Disciplina - Assunto Organização da administração pública
Considere que a União pretenda instituir uma entidade autônoma, com personalidade
jurídica própria, para executar obras de infraestrutura necessárias à realização dos Jogos
Olímpicos. Tendo em vista as características e o regime jurídico aplicável, referida
entidade poderá ser
a) autarquia, criada por lei, com autonomia administrativa e sujeita a regime de direito
privado parcialmente derrogado pelos princípios aplicáveis à Administração pública.
b) empresa pública, cuja criação é autorizada por lei, sujeita ao mesmo regime jurídico do
ente instituidor.
De acordo com a legislação que rege a matéria, as denominadas agências executivas são
a) entidades que não integram a Administração pública, mas com esta se relacionam por
vínculo de colaboração.
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c) órgãos colegiados instituídos no âmbito da Administração direta para atividades de
coordenação de ações estratégicas.
d) pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação
mediante celebração de contrato de gestão.
Ano: 2015Banca: TRT 21R (RN)Órgão: TRT - 21ª Região (RN)Prova: Juiz do trabalho
II – As agências reguladoras são criadas por decretos ou medida provisória com o objetivo
de regulamentar, controlar e fiscalizar a execuções dos serviços públicos pelo setor
privado.
III – Compete à Justiça Federal processar e julgar as causas em que as empresas públicas
federais forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto
as de falência, acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
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IV – São penhoráveis os bens integrantes do patrimônio da Empresa Brasileira de Correio
e Telégrafos uma vez que se trata de empresa pública e, como tal, possui personalidade
jurídica de direito privado.
V – Os serviços sociais autônomos (SSA) são pessoas jurídicas de direito privado que
atuam em cooperação com o governo. Por tal motivo, o STF tem entendido que a
obrigatoriedade de realização de concurso público prévio à contratação de pessoal não se
aplica aos mesmos.
Ano: 2015Banca: TRT 16RÓrgão: TRT - 16ª REGIÃO (MA)Prova: Juiz do trabalho
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III. As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, criadas com a finalidade
de disciplinar e controlar certas atividades. Essa competência regulatória deve se cingir a
aspectos técnicos da atividade, a fim de evitar-se a invasão da esfera legislativa.
IV. As sociedades de economia mista têm sua criação autorizada por lei, sendo dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, havendo conjugação de recursos públicos e
privados na sua constituição, que deve se dar na forma de sociedade anônima. Já as
empresas públicas são constituídas com capital exclusivamente público, podendo adotar
qualquer forma societária admitida pelo Direito brasileiro.
b) serem criadas por lei, instrumento que contém o escopo e finalidades institucionais de
sua atuação, bem como as autorizações e limites de suas atividades, possibilitando o
exercício do poder de controle e do poder de tutela.
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c) o controle societário privado, embora seja obrigatória a composição de capital público
e a submissão a concurso público para contratação de seus servidores, porque estão
sujeitos ao regime jurídico de direito público.
e) seus bens estarem protegidos pelo regime jurídico de direito público, o que lhes
predica impenhorabilidade e imprescritibilidade e derroga a lógica do regime jurídico
privado a que estão submetidas essas pessoas jurídicas.
b) ter a sua autonomia ampliada mediante a edição de lei específica, que altere sua
natureza para agência reguladora ou agência executiva.
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d) ser alçada à categoria de agência reguladora, mediante a adequação de seus estatutos
para refletir o grau de autonomia compatível com tal categorização.
a) os serviços sociais (Sistema “S”), visto que são custeados com contribuições parafiscais
compulsórias, são obrigados a realizar concurso público para admissão de seus
empregados, nos moldes do art. 37, II, da Constituição Federal.
b) as chamadas fundações de apoio são entidades de direito público, criadas por lei, para
prestar suporte ao desenvolvimento de atividades administrativas pelos órgãos públicos
e seus funcionários estão sujeitos ao regime jurídico único.
c) os consórcios públicos são arranjos por meio dos quais as empresas privadas podem
atuar conjuntamente na prestação de um serviço público delegado.
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Ano: 2014Banca: FCCÓrgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ)Prova: Juiz do trabalho
c) criação, por lei específica, de organizações sociais, para gestão descentralizada e mais
flexível de serviços públicos não exclusivos.
Ano: 2014Banca: TRT 23R (MT)Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT)Prova: Juiz do trabalho
a) Empresa pública é pessoa jurídica criada por autorização legal como instrumento de
ação do Estado, detendo personalidade jurídica de Direito Privado, cujo capital é formado
exclusivamente por recursos de pessoas de Direito Público interno ou de pessoas de suas
Administrações indiretas, com predominância acionária na Administração direta;
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b) Sociedade de economia mista é pessoa jurídica criada por autorização legal, com
personalidade de Direito Privado, cujas ações com direito a voto pertencem em sua
maioria à administração direta ou indireta, com remanescente acionário de propriedade
particular;
Ao criar uma entidade da Administração indireta, o ente político pode optar por constituí-
la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podem ser instituídas sob tal
regime, estão
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10:
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