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Turismo

Brasil
Propostas e
Compromissos
2007-2010

Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados


Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal VIII Cbratur
Frente Parlamentar do Turismo Congresso Brasileiro da
Sistema Confederação Nacional do Comércio-Sesc-Senac Atividade Turística
VIII Cbratur

A presente publicação consolida as


principais propostas e
recomendações elencadas por
representantes dos empresários do
Turismo, em 27 encontros
estaduais realizados pelo Sistema
Fecomércio-Sesc-Senac e pela
Câmara Empresarial do
Turismo/CNC; dos gestores
públicos estaduais, reunidos no
Fórum Nacional dos Secretários e
Dirigentes Estaduais do Turismo;
dos trabalhadores, organizados na
Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e
Hospitalidade; e da Academia,
reunidos pelo Fórum Nacional dos
Cursos de Turismo e Hotelaria.
Essas proposições estarão em
debate no VIII Congresso Brasileiro
da Atividade Turística, a realizar-se
no dia 21 de junho, no Auditório
Nereu Ramos, na Câmara dos
Deputados, Brasília-DF. O evento
contará com a participação dos
candidatos à Presidência da
República.
Turismo
Brasil
Propostas e
Compromissos
2007-2010

Realização:

Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados


Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal
Frente Parlamentar do Turismo
Sistema Confederação Nacional do Comércio-Sesc-Senac

VIII Cbratur
Congresso Brasileiro da Atividade Turística

21 de junho de 2006
Auditório Nereu Ramos - Câmara dos Deputados
Brasília - DF
CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE TURÍSTICA, 8., 2006, Brasília. Turismo
Brasil : propostas e compromissos, 2007-2010. Brasília : CNC, 2006. Publicado
em parceria com Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados,
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, Frente
Parlamentar do Turismo.

ATIVIDADE TURÍSTICA; RECOMENDAÇÃO; BRASIL

Ficha elaborada de acordo com as normas do SICS – Sistema de Informação e Conhecimento do Senac
:: Sumário

1 : : Apresentação
Deputado Asdrubal Bentes
Presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados ............................. 7
Senador Tasso Jereissati
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal .............. 9
Deputado Alex Canziani
Presidente da Frente Parlamentar do Turismo ........................................................................... 11
Antonio Oliveira Santos
Presidente da Confederação Nacional do Comércio ................................................................. 13

2 : : Introdução:
Panorama do Turismo e da Hospitalidade no Brasil e no Mundo ........ 15

3 : : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007-2010


3.1 Dos Empresários do TTurismo
urismo
• Apresentação: Norton Luiz Lenhart - Presidente da Câmara Empresarial do Turismo/CNC........ 23
• Síntese das Prioridades ......................................................................................................... 24
3.2 Dos Gestores Públicos Estaduais
• Apresentação: Marcelo Safadi - Presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes
Estaduais de Turismo ............................................................................................................ 37
• Síntese das Prioridades ......................................................................................................... 38
3. 3 Dos TTrabalhadores
rabalhadores em TTurismourismo e Hospitalidade
• Apresentação: Moacyr Tesch Auersvald - Presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade ........................................................................... 41
• Síntese das Prioridades ......................................................................................................... 42
3.4 Dos Cursos de TTurismo
urismo e Hotelaria
• Apresentação: Jurema Márcia Dantas da Silva - Presidente do Fórum Nacional de Cursos de
Turismo e Hotelaria ................................................................................................................ 47
• Análise do Cenário Atual ....................................................................................................... 48
• Síntese das Prioridades ......................................................................................................... 50

4 : : Anexos
4.1 O Congresso Brasileiro da Atividade TTurística: urística: Histórico ..................................................... 58
4.2 Entidades e Empresas Participantes ...................................................................................... 61
4.3 Equipe Técnica ........................................................................................................................ 71
1
:: Apresentação
Deputado Asdrubal Bentes
Presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados

Num cenário controverso, onde reina a desconfiança e o descrédito nas instituições políticas do país, o Congresso Brasileiro da
Atividade Turística mostra que é possível realizar um diálogo franco e honesto entre o público e privado em prol do desenvolvimento
econômico e social do Brasil.

Por trás desse já tradicional fórum de discussão das políticas e regulamentações para o fomento do Turismo - o Cbratur, está uma
importante missão do Parlamento brasileiro: a de criar um fluxo permanente de informação e o conhecimento que permita aos
Poderes Legislativo e Executivo trabalharem de forma adequada às questões relativas ao Turismo.

Para nós, da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, é no fluir da informação e no confronto construtivo de
idéias que se faz um Turismo verdadeiramente "bom para todos". Bom para aquele que trabalha e serve ao sistema produtivo do
Turismo, bom para aquele que investe e lucra com a atividade e bom também para a sociedade que vê preservada e valorizada
suas tradições, seus patrimônios históricos, culturais e ambientais.

Agrega-se a esse compromisso do Cbratur - de diálogo e nivelamento de conhecimentos - um novo contexto: as eleições presiden-
ciais. Esta oitava edição do Congresso Brasileiro da Atividade Turística acontece em meio a disputa presidencial, na qual os
candidatos à governante desta nação continente necessitam se debruçar sobre programas, projetos e planos que ajudem o país a
crescer.

É hora de repensarmos as políticas públicas de fomento do Turismo; portanto, é hora de mais uma vez ouvirmos a voz de quem faz
a atividade florescer. É o momento de discutirmos a ação e reivindicações do Executivo nos estados e municípios. É tempo de
construirmos juntos uma nova proposta de desenvolvimento para o Turismo e, porque não dizer, para o Brasil.

Este documento sintetiza essas vozes e anseios. A partir de uma mobilização nacional, empresários, gestores públicos e trabalhado-
res identificaram suas angústias comuns e, de forma crítica, mas construtiva, elencaram suas propostas para a modernização e
crescimento da atividade em bases sustentáveis.

Assim, convido a todos a se debruçarem com atenção sobre este documento, que aponta um claro caminho para Brasil, um
democrático caminho de desenvolvimento e justiça social.

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Senador Tasso Jereissati
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal

Considerada a atividade econômica que mais cresce no mundo, o Turismo alcançou números espetaculares em 2005. Segundo
dados da Organização Mundial do Turismo - OMT, foram 808 milhões de chegadas somente no ano passado, representando um
crescimento da ordem de 5,5% em relação a 2004. E a expectativa da OMT é dobrar o número de chegadas até 2020, alcançando
a expressiva marca de 1,6 bilhão de turistas em todo o mundo.

Apesar de todo o esforço realizado na última década para o crescimento do Turismo no Brasil, ainda não ocupamos um lugar de
destaque no mercado internacional de destinos. Cerca de 5,4 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país em 2005, contra 133
milhões de turistas em todo o continente americano. Em outras palavras, o destino Brasil é responsável por 4,21% do total de
deslocamentos internacionais nas Américas e apenas 0,52% do fluxo global..

No âmbito interno, o Turismo doméstico também enfrenta gargalos ao seu crescimento, seja por problemas de infra-estrutura, seja
por questões de crédito, financiamento e até legislação. Há ainda questões de fundo como a política cambial, a desigualdade
social, a baixa qualificação de gestores e trabalhadores.

Tudo isso deixa claro que há muito a se fazer em prol do Turismo no Brasil.

Para a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, a oitava edição do Congresso Brasileiro da Atividade
Turística apresenta-se como uma excelente oportunidade para passarmos a limpo nossas dificuldades e encontramos caminhos
para a dinamização do Turismo, ao mesmo tempo em que se buscam soluções voltadas à diminuição do desequilíbrio econômico e
social entre as regiões brasileiras.

Longe de partidarismos e de questões ideológicas, Legislativo, Executivo e representantes da sociedade civil organizada se
lançaram numa ampla discussão sobre os múltiplos cenários que compõem o mosaico do Setor Turismo no Brasil, com vistas a
apresentar propostas que buscassem apontar um caminho duradouro de desenvolvimento para a atividade no Brasil.

Essa publicação consolida esse importante momento de convergência do setor que passamos aos candidatos à Presidência da
República, na certeza de que um grande e democrático trabalho começa a partir daqui.

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Deputado Alex Canziani
Presidente da Frente Parlamentar do Turismo

Este é um ano especial. Não só por ser um ano eleitoral, no qual todas as atenções se voltam para se pensar e repensar caminhos
para a melhoria das condições de vida no país, mas também por ser o Ano do Turismo. O Turismo é uma ferramenta poderosa para
democratização do acesso aos benefícios sociais do chamado "crescimento econômico". Na qualidade de grande geradora de
emprego e renda, a atividade turística ajuda a desenvolver pequenas localidades, fazendo circular riquezas e bem-estar.

Por outro lado, a Lei nº 11.260, de 30 de dezembro de 2005, que institui o ano de 2006 como Ano do Turismo, nos leva a uma
reflexão maior sobre para que Turismo trabalhamos, qual Turismo sonhamos ter em nosso Brasil. Um Turismo de muitos dólares
apenas ou um Turismo de respeito à cultura e ao meio ambiente?

O VIII Congresso Brasileiro da Atividade Turística, que reunirá parlamentares, gestores públicos, trabalhadores, empresários,
estudantes e professores do Turismo, abre às portas para essa discussão nacional e traz como guia, como fio condutor dos debates
o documento Turismo Brasil: Propostas e Compromissos 2007-2010.

Para nós, da Frente Parlamentar do Turismo, esta é uma oportunidade singular de estender a discussão, travada à oito edições com
a sociedade, com o futuro governante do Brasil e ver assim nascerem políticas públicas e regulamentações afinadas com os mais
puros anseios da sociedade e do Brasil.

11
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Antonio Oliveira Santos
Presidente da Confederação Nacional do Comércio

Gerar empregos, renda e divisas não é tudo quando se fala em Turismo. A atividade envolve muito mais. Envolve a preservação
ambiental, a manutenção/conservação de patrimônios históricos e culturais, e o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos,
sejam eles turistas ou residentes. O dinheiro do Turismo circula pelo comércio das cidades, aquecendo as economias locais e
regionais. Todo um sistema econômico e produtivo influencia e é influenciado pelo Turismo.

Isso faz da atividade turística uma atividade complexa cujas políticas de desenvolvimento não podem, nem devem ser concebidas
na frieza dos gabinetes governamentais. Legislativo, Executivo e sociedade precisam estar em sintonia na elaboração de políticas e
regulamentações.

Foi pautado nessa premissa de articulação e integração que o Sistema Confederação Nacional do Comércio-Sesc-Senac tem
procurado estreitar os laços com as diversas instâncias decisórias do país na busca de uma diretriz e políticas alinhadas com os
anseios da sociedade brasileira.

O Congresso Brasileiro da Atividade Turística - Cbratur é um exemplo desse esforço integrador que os empresários do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo têm procurado imprimir no Setor. Nossa parceria com as duas Casas Legislativas federais na realização
desses eventos, ano a ano, propicia significativas conquistas à atividade.

Este ano, novamente, concentramos nossas forças na realização de encontros preparatórios do VIII Cbratur, em que buscou-se
construir uma verdadeira agenda de prioridades para o fomento do Turismo. Uma agenda que, longe de defender interesses
particulares, quer colocar o desenvolvimento turístico dentro de uma ótica de longo prazo, calcado em contribuições não meramen-
te econômicas, mas também sociais.

Assim, convido a todos a ler este documento com os olhos de quem pretende descobrir um mundo de possibilidades para se fazer
deste um país bom de se viver, tanto quanto bom de ver e conhecer.

13
:: Introdução:

Panorama do Turismo e da

Hospitalidade no Brasil e no Mundo


: : Panorama do Turismo e da Hospitalidade no Brasil e no Mundo

É importante ensaiar uma definição introdutória ao fenômeno turístico dentro de uma concepção ampla que permita entender essa
atividade no seu verdadeiro valor transdisciplinar, no que respeita a sua abrangência como atividade humana e multifacético pelas
diversas formas com que ele se apresente e desenvolve.

O fenômeno da hospitalidade humana transcende não apenas os negócios ligados à hospedagem e à restauração, como o próprio
campo do Turismo, redimensionando o viés marcadamente econômico e empresarial a partir do qual, normalmente, se os focaliza,
sob a pressão exercida pelo mercado de negócios e de trabalho.

Nesse sentido, ademais dos estabelecimentos como hotéis, restaurantes, bares, shoppings, também praças e outros espaços
públicos, lugares de visitação, meios de transporte, a sociedade como um todo podem ser analisados e tratados tendo em conta
formas de “impregnação” de hospitalidade, relações que se estabelecem com freqüentadores e usuários e vínculos de identificação
e fidelidade que delas se originam.

A própria estrutura do Cbratur é uma demonstração desta pluralidade que o Turismo significa ao juntar a comunidade, trabalhado-
res, empresários e representantes políticos num processo de pensar e planejar o futuro dessa atividade no Brasil.

O Turismo no Mundo

O Turismo possui uma poderosa capacidade de recuperação, tal como demonstrou após situações adversas que se iniciaram em
2001 como os atentados terroristas de Nova Iorque, Madri, Londres, Bali, entre outros, após crises econômicas como a da Ásia,
Argentina e Venezuela e também após epidemias de aftosa, vacas loucas, Sars e Gripe Aviária, e ainda o “tsunami” que atingiu os
destinos do Oceano Índico.

Todas essas situações afetaram sensivelmente o desempenho da atividade turística que, nos anos 2001 a 2003, teve o pior
período de estagnação desde a crise do petróleo de 1982.

Em 2004, a OMT – Organização Mundial do Turismo registra um crescimento viagens internacionais de 11% respeito de 2003
chegando aos 763 milhões de turistas. Em 2005, se registram 808 milhões de viagens, representando 5,5% de incremento sobre
2004, o que representa uma aproximação a média anual de crescimento histórica da atividade turística (1950/2005), que é de
6,5% ao ano.

Considerando o Turismo como uma atividade de exportação, este se encontra entre as cinco primeiras atividades em 83% dos
países do mundo e representa a principal fonte de divisas para 38% desses países.

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), em 2002, estimou que o Turismo gerava 7,8% dos empregos no mundo e que
em 2012 essa cifra seria de 8,6%, o que significa 1 em cada 11,7 empregos.

17
: : Panorama do Turismo e da Hospitalidade no Brasil e no Mundo

O Turismo nas Américas

O Turismo internacional nas Américas em 2005, segundo a OMT, teve 133 milhões de chegadas, o que representa um incre-
mento de 6% respeito do ano anterior e uma diminuição da sua participação no Turismo mundial, passando de 19% em 2000
para 16% em 2005.

De acordo com dados da OMT, a chegada de turistas na América do Sul em 2003 representou 13,6 milhões de pessoas que
gastaram 8,5 bilhões de dólares; já a emissão de turistas desta região foi de 9,6 milhões de pessoas que gastaram 8,8 bilhões de
dólares. Isto significa que, em termos de balanço de pagamentos nas contas do Turismo, a América do Sul é deficitária.

Esse contraste representa dois grandes desafios para a região: um é o de incrementar o número de chegadas de turistas estrangei-
ros, e outro é fazer a gestão do valor do seu produto, melhorando a sua qualidade para incrementar o nível do gasto realizado por
esses turistas.

O Turismo no Brasil

Em abril de 2004, o Ministério do Turismo lançou o Plano Nacional do Turismo, com a intenção de, em três anos, chegar à marca de
9 milhões de turistas estrangeiros visitando o Brasil anualmente (ante 4,1 milhões em 2003), o que geraria 1,2 milhão de empregos.

Segundo dados da Embratur, em 2005, o número de turistas estrangeiros no país foi de 5,4 milhões (est.), o que representa um
crescimento de 13% respeito de 2004. O ingresso de divisas, estimado, foi de 3,86 bilhões de dólares, representando 8,52%
superior ao ano anterior.

Em 2004, o Brasil tinha recebido a visita de 4,4 milhões de turistas, segundo a Associação Brasileira de Turismo Receptivo. A
quantidade é 12% maior do que no ano anterior. Nos últimos 12 meses, os turistas estrangeiros gastaram 2,5 bilhões de dólares –
quase 7 bilhões de reais, representando 32% a mais do que em 2003.

Com o aquecimento do Turismo, mais pessoas devem viajar a negócios ou aproveitar seus períodos de férias. Segundo dados das
companhias aéreas, o setor teve um significativo aumento na demanda. De acordo com o Ministério do Turismo, os desembarques
em vôos internacionais em 2005, foram de 6,79 milhões de passageiros, número 10,52% superior ao ano de 2004.

Outra informação importante é que há 36 meses consecutivos vem aumentando a quantidade de desembarques internacionais.
Quanto ao número de desembarques nacionais de passageiros, este chegou a 43,1 milhões de passageiros, o que mostra um
crescimento de 17,75% em relação a 2004.

18
: : Panorama do Turismo e da Hospitalidade no Brasil e no Mundo

O Crescimento do Parque Hoteleiro


A edição 2005 do estudo A Indústria Hoteleira no Brasil – Análise Setorial do Segmento de Hospedagem traz dados que revelam
que o crescimento do parque hoteleiro nacional foi de 3,77% em 2004, um número considerado satisfatório se comparado a outros
segmentos da economia brasileira.

As redes hoteleiras representam minoria na formação do parque hoteleiro do país. Até o final do ano passado, 717 empreendimen-
tos de hospedagem eram operados por redes nacionais ou internacionais, enquanto 8.175 estabelecimentos eram administrados
por seus proprietários, também chamados de independentes.

Apesar de operarem os mais importantes hotéis do país, as redes internacionais têm uma participação de apenas 2,78% no
mercado, enquanto as redes com bandeiras nacionais representam 5,29%. Entre as 50 maiores bandeiras hoteleiras presentes nos
estabelecimentos em operação no Brasil, 31 representam marcas nacionais, enquanto 19 são marcas internacionais.

A geração de empregos formais1 pela atividade turística no triênio 2003/2005 foi de 262.914 (est.), representando um incre-
mento de 16% comparado a igual período anterior. Isto pode representar a geração estimada de 788.742 empregos informais
no mesmo período.

1
In Ministério do Turismo - Turismo Brasil 2007-2010, documento referencial - Brasília 2006.

19
3
: : Propostas e Recomendações

para o Brasil

2007 - 2010
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Nos debates e documentos produzidos pelos empresários, pelos gestores públicos estaduais, pelos trabalhadores e representantes
da Academia do Setor Turismo, observa-se importantes pontos de convergência, tanto na avaliação dos fatores impeditivos ao
desenvolvimento turístico nacional quanto na apresentação de propostas e recomendações para o seu fomento.

De forma uníssona, esses públicos estratégicos para a implementação de qualquer política pública voltada ao Turismo apontaram a
falta de qualificação técnica, a burocracia excessiva e a vigência de legislações e regulamentações inadequadas como os principais
gargalos enfrentados pelo Setor Turismo no Brasil.

Assim, apresentam ao futuro governante do país as seguintes proposições:

1. Ampliação dos mecanismos de integração e articulação intersetorial.

2. Fortalecimento dos fóruns, conselhos estaduais e municipais de Turismo, bem como o apoio a criação de agências regionais.

3. Desenvolvimento um programa de capacitação e qualificação para trabalhadores, empresários e gestores públicos e privados.

4. Criação de Lei de Incentivo ao Turismo.

5. Desburocratização do acesso a financiamentos e linhas de crédito.

6. Flexibilização da Lei que trata dos vistos de entrada para turistas estrangeiros no Brasil.

7. Articulação junto ao Congresso Nacional para a agilização da tramitação e aprovação da Lei Geral do Turismo.

8. Maior destinação de investimentos para as áreas de segurança pública e infra-estrutura turística e apoio às parcerias público-
privadas.

22
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

3.1 : : Dos Empresários do Turismo

APRESENTAÇÃ0:
Norton Luiz Lenhart
Presidente da Câmara Empresarial do Turismo

Em 2002, 27 encontros estaduais e após cinco fóruns regionais - no Sul se reuniram em Curitiba; no Sudeste, em Belo Horizonte; no
Centro-Oeste, em Brasília, no Nordeste, em Fortaleza; e no norte, em Macapá -, todos eles realizados com o apoio das Federações
Estaduais do Comércio, reuniram todos os setores, governamental e privado, ligados ao Turismo brasileiro com o objetivo de
elaborar o Programa Brasileiro da Atividade Turística - Emprego, Renda e Desenvolvimento, que foi entregue aos candidatos à
Presidência da República de então, e acabou por contribuir para darmos novos rumos ao Turismo. Esse trabalho apontava e sugeria
alternativas para os sete gargalos do Turismo nacional e que acabou servindo de alicerce para a criação do Ministério do Turismo e
a elaboração do nosso Plano Nacional do Turismo.

A experiência bem sucedida de 2002 é repetida agora com este documento. Mais uma vez com o apoio do Sistema Fecomércio e
das entidades integrantes da Câmara Empresarial do Turismo, realizamos 27 encontros estaduais, que contaram com a participação
direta de mais de 550 lideranças empresariais e empresários. Desses encontros, extraímos 27 documentos que, além de um
abrangente diagnóstico da atividade turística em cada estado, apontaram propostas objetivas para o fomento do Turismo no Brasil.

As duas experiências sinalizam que o diálogo é o caminho mais curto para elaboração de políticas públicas adequadas à realidade e
aos anseios nacionais. Este documento apresenta não apenas a agenda nacional de prioridades do setor, mas o compromisso da
unidade em favor do Turismo. O objetivo de todos que contribuíram para a elaboração deste documento é a vontade intransigente
de tornar o Turismo uma atividade pujante, capaz de assegurar ao Brasil novos patamares de desenvolvimento econômico e social,
de forma equilibrada e sustentável.

23
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Com o objetivo de contribuir para a superação das dificuldades e dos desafios que emperram o fomento da atividade turística no
país, o Sistema CNC, através da Câmara Empresarial do Turismo e das Federações Estaduais de Comércio, reuniu os empresários
do Setor para o levantamento das propostas e recomendações para o desenvolvimento do Turismo no Brasil.

Para a elaboração desse levantamento nacional, foram realizados, no período de 10 de abril a 11 de maio de 2006, nas 27 capitais
brasileiras, encontros preparatórios que mobilizaram mais de 500 lideranças empresariais e empresários de todos os segmentos
integrantes da cadeia produtiva do Turismo no país.

Empregando metodologia específica e com a mediação orientada por especialistas, esses encontros estaduais propiciaram ainda a
identificação das prioridades de cada região para o fomento e/ou modernização dos serviços turísticos nos próximos anos.

Síntese das Prioridades

I. Legislação e Regulamentação

Objetivo: adequar a legislação e a política tributária à realidade do Turismo como atividade geradora de emprego e renda, no
âmbito de um mercado competitivo.

Situação Atual: a atividade turística tem uma forte capacidade de gerar emprego e renda, e sua cadeia produtiva está formada por
uma estrutura fragmentada de muito pequenos operadores. Estes atuam em um ambiente sujeito a inúmeras influências internas e
externas, assim como a mudanças muito rápidas de cenários, o que define um setor muito frágil. Tanto a legislação como a política
tributária precisam ter sensibilidade e rapidez para se adequar a novas realidades que permitam a sobrevivência do setor.

Propostas e Recomendações:

1. Aprovar e sancionar a Lei Geral do Turismo para ordenar e normatizar a atividade.

2. Realizar uma reforma fiscal que atenda as necessidades do setor:

• respeito das necessidades de fomento à atividade turística;

• nas relações de trabalho;

• nas oportunidades de incentivo regional;

• na necessidade de manter a competitividade da oferta; e

• respeito da necessidade de normatizar os setores participantes da atividade.

3. Revisar o sistema de taxas que oneram desnecessariamente a atividade, reduzindo sua competitividade.

24
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

4. Ampliar e unificar um sistema de fiscalização.

5. Estimular a regularização das empresas.

6. Revisar e flexibilizar a cobrança pela emissão de vistos de turistas estrangeiros.

7. Flexibilizar a legislação para o trabalho temporário no Turismo.

8. Adequar a legislação trabalhista às características próprias da atividade turística.

II. Parceria Público-Privada

Objetivo: viabilizar projetos e atividades estratégicas.

Situação Atual: a escassez de recursos financeiros tem mantido a rede de transportes brasileira (rodovias, ferrovias e aviação
comercial) em estado bastante precário. Também decorrem dessa escassez de recursos os baixos e pontuais investimentos em
infra-estrutura turística. Diante desse cenário, as parcerias público-privadas surgem como alternativa para viabilização de projetos e
programas, sendo necessário, no entanto, fixar regras claras para atração dos parceiros, sejam eles nacionais ou internacionais.

Propostas e Recomendações:

1. Incentivar a adoção de PPPs para viabilização de projetos de manutenção, modernização e/ou ampliação de infra-estrutura de:

• saneamento básico;

• malha aeroviária;

• malha rodoviária;

• malha ferroviária;

• portos;

• sinalização e estrutura turística;

• eventos congressuais, desportivos e culturais;

• estacionamento e galerias comerciais subterrâneas; e

• unidades de conservação e áreas protegidas.

2. Estabelecer uma regulamentação específica para PPPs em infra-estrutura turística.

25
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

3. Facilitar o uso de PPP para investimentos de pequeno porte por meio de uma maior flexibilização da legislação que trata do
assunto (Lei nº 11.079, de 30/12/2004).

4. Criar incentivos tributários para estímulo ao estabelecimento de PPP, como, por exemplo, a desoneração do imposto predial para
empreendimentos turísticos.

5. Planejar, executar e monitorar as PPPs de forma participativa e democrática.

6. Ampliar a divulgação de práticas bem sucedidas de PPPs por meio de:

• material informativo a ser distribuído junto ao trade;

• evento nacional de debate com a participação do Ministério Público; e

• criação de um fundo de divulgação e promoção das PPPs.

7. Estabelecer canais permanentes de interlocução entre a iniciativa privada e o Poder Público (Legislativo/Executivo) nos níveis
federal, estadual e municipal, objetivando a criação e implementação de políticas públicas integradas.

8. Capacitar os gestores públicos e privados para a identificação de oportunidades de adoção das PPPs e para a elaboração de
projetos viáveis econômica e ambientalmente.

III. Efetividade, Qualidade e Competitividade dos Serviços Turísticos

Objetivo: disponibilizar serviços turísticos com elevado padrão de efetividade, qualidade e competitividade.

Situação Atual: a qualidade e a competitividade dos serviços turísticos nacionais têm ficado aquém dos padrões internacionais em
virtude da escassez de mão-de-obra qualificada, da baixa informatização dos processos/sistemas e a falta de incentivos à moderni-
zação ou ao aparelhamento dos empreendimentos turísticos.

Propostas e Recomendações:

1. Facilitar o acesso das empresas turísticas à informatização de processos e modernização dos serviços, por meio de:

• criação de programas de incentivos e subsídios à compra de máquinas, equipamentos e sistemas mais modernos;

• criação de banco de dados de domínio público com informações do trade;

• sistematização de um programa de formação profissional em serviços de base tecnológica; e

• ajuste nas regras de financiamento de equipamentos e sistemas informatizados.

26
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

2. Estabelecer uma política de educação e reciclagem profissional para o Turismo que permita:

• ampliar a oferta de cursos de qualificação de níveis operacional e gerencial;

• disponibilizar linhas de crédito para o profissional que deseje se requalificar ou se atualizar;

• aumentar a oferta de vagas para estágio nas empresas do trade;

• estabelecer processos de avaliação da qualidade para instituições de ensino que atuem na formação profissional para
o mercado turístico;

• estabelecer um calendário anual de treinamento para os setores público e privado;

• promover a ética profissional no setor;

• rever, com a participação do trade turístico, as grades curriculares tanto em nível superior quanto da educação profissional; e

• qualificar e sensibilizar aqueles que trabalham no atendimento ao turista para o respeito às diferenças étnicas e religiosas.

3. Desenvolver campanhas de sensibilização dos empresários para a importância da contratação de mão-de-obra qualificada.

4. Desenvolver campanhas de sensibilização nas comunidades sobre os benefícios do Turismo para a economia local.

5. Promover, em parceria com o trade, com o Sistema S e com as prefeituras, projetos de qualificação de vendedores ambulantes
para sua inserção na economia formal.

6. Incentivar a produção associada ao Turismo, através de:

• estímulo à produção e à comercialização de artesanato e de produtos típicos regionais;

• mapeamento da culinária regional e realização de feiras/festivais gastronômicos; e

• apoio à criação de lei ou regulamentação que reconheça a culinária como patrimônio cultural imaterial.

7. Estabelecer critérios de aferição e certificação da qualidade dos serviços turísticos.

8. Atualização do inventário turístico nacional, a partir da análise de cada região.

9. Adotar medidas de estímulo à redução das tarifas aéreas para rotas regionais.

10. Identificar e divulgar, junto ao trade, as fontes de financiamento disponíveis.

11. Investir na construção de centros de convenções em capitais que não possuem essa estrutura.

12. Promover estudo sobre o seguro para as atividades ecoturísticas e de Turismo de aventura.

27
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

IV. Financiamentos

Objetivo: implementar política de financiamento para o Turismo.

Situação Atual: enfrenta-se no país dificuldades de acesso dos empresários do Turismo às linhas de crédito em função da burocra-
cia no processo de financiamento, das altas taxas de juros, do excesso de garantias exigidas e do prazo curto da carência. Além
disso, a atividade turística sofre com a inadequação dos financiamentos às características e necessidades do setor turístico; a
insuficiente quantidade de fontes de financiamento voltadas ao fomento da atividade turística, seja para ações de investimento e
manutenção dos empreendimentos ou para turistas; a baixa qualificação dos empresários e das equipes dos agentes de crédito em
relação às especificidades do setor; e a restrita divulgação das linhas de crédito existentes. Estes fatores são inibidores dos
investimentos, principalmente, dos micro e pequenos empreendimentos turísticos.

Propostas e Recomendações:

1. Facilitar e agilizar os processos de financiamentos com redução das exigências de garantia, do período de carência, das taxas de
juros e da documentação exigida, e com prazos maiores, considerando as seguintes ações:

• criar nova legislação que flexibilize e desburocratize a obtenção de financiamentos para empreendimentos turísticos;

• criar incentivos e subsídios que reduzam as taxas de juros;

• adequar os prazos de financiamento, considerando a maturação do empreendimento;

• realizar as ações de crédito de forma direta com o credor;

• aumentar o período de carência para, no mínimo, cinco anos;

• ampliar os prazos de financiamentos de investimentos para, no mínimo 25 anos;

• adotar como garantia o próprio bem financiado;

• criar seguro para facilitar a obtenção de crédito e de responsabilidade civil para os produtos turísticos; e

• criar canais de acesso ao crédito via parcerias entre as instituições financeiras e as associações (ABIH, Abav e outras).

2. Diversificar e adequar as linhas de crédito às especificidades da atividade turística, considerando perfil dos empreendedores, a
sazonalidade, o histórico do negócio, entre outros.

3. Criar linhas de financiamentos específicas, tais como:

• linha de crédito para turista, em especial para os de baixa e média renda;

• linhas de crédito para os micro e pequenos empreendedores para investimento, manutenção e modernização de
pousadas, hotéis-fazenda e outros serviços e equipamentos turísticos;

28
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• lnhas de financiamento direto para participantes e expositores de eventos; e

• programa de crédito educativo para cursos técnicos, graduação e pós-graduação.

4. Criar fundo de aval específico para o Turismo.

5. Elaborar estratégia de direcionamento ou priorização de investimento, considerando:

• mecanismos diferenciados para desenvolvimento de novos destinos turísticos;

• limite de acesso ao crédito para regiões ou destinos turísticos onde existe oferta excessiva de empreendimentos e uma
baixa ocupação ou utilização;

• maior divulgação das fontes de financiamentos existentes em estados e regiões que necessitem ampliar a oferta de
empreendimentos turísticos;

• ajuste das prioridades estaduais e nacional; e

• definição de pólos.

6. Qualificar empresários e/ou profissionais na elaboração de projetos e captação de recursos.

7. Adotar no corpo técnico das instituições financeiras profissionais de Turismo.

8. Ampliar a divulgação das fontes de financiamentos existentes.

9. Criar banco popular de incentivo ao Turismo e banco nacional de desenvolvimento do Turismo.

V. Marketing Turístico

Objetivo: promover, de forma efetiva, o desenvolvimento de produtos turísticos brasileiros e sua divulgação e comercialização no
país e no exterior.

Situação Atual: o trade turístico brasileiro se ressente da falta de pesquisas e estudos mercadológicos que apóiem a elaboração de
produtos turísticos nacionais, bem como de critérios técnicos para o planejamento de estratégias e ações de promoção e
comercialização desses produtos. Nota-se, ainda, deficiências na formatação de roteiros integrados e na sua divulgação/promoção
interna e externa.

Propostas e Recomendações:

1. Implantar em todo o país uma política de marketing turístico, que respeite as particularidades regionais e envolva toda a cadeia
produtiva do Turismo desde a concepção dessa política até o seu acompanhamento.

29
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

2. Implementar ações de capacitação em marketing turístico, voltadas aos seguintes públicos:

• gestores públicos e privados do Turismo; e

• profissionais de marketing e comunicação interessados em se especializar no Setor Turismo.

3. Planejar, monitorar e avaliar a implementação do marketing turístico, de forma integrada, no país e internacionalmente.

4. Criar um fundo de promoção do Turismo, com gestão e capitação compartilhada.

5. Otimizar a aplicação dos recursos públicos e privados em ações integradas de marketing turístico.

6. Fomentar o desenvolvimento e investimento do setor privado em campanhas de marketing turístico e comunicação.

7. Identificar, mapear e formatar produtos turísticos, a partir da parceria entre os governos federal, estaduais e municipais, e o trade
local, tendo como estratégias:

• orientar municípios para formatação de produto/gestão de destino;

• criar roteiros integrados com outros estados;

• regulamentar a operacionalização de produtos turísticos;

• garantir transparência, ética e conhecimento na formação e oferta dos produtos ; e

• desenvolver ações de divulgação da culinária regional, através dos chefs da alta gastronomia.

8. Investir na segmentação dos produtos turísticos, a partir de:

• estímulo ao Turismo social;

• organização de roteiros de acordo com a idade;

• estruturação e capacitação de receptivo para o Turismo de estudo/educacional; e

• formatação de produtos turísticos com base nos recursos naturais de cada destino turístico.

9. Otimizar os processos de comercialização dos produtos turísticos, segundo as seguintes estratégias e ações:

• incentivar operadoras nacionais a se internacionalizarem;

• realizar Famtours para operadoras nos roteiros e destinos brasileiros;

• priorizar a vendas do produto turístico brasileiro para o mercado sul-americano; e

• trabalhar estratégias de preço específico para o Turismo doméstico.

10. Melhorar a divulgação dos destinos turísticos a partir de:

• destinação maior de verbas específicas para divulgação;

30
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• revisão conceitual das campanhas publicitárias do Turismo brasileiro, dando maior enfoque aos produtos turísticos e
aos valores culturais e ambientais;

• sensibilização dos editores da mídia especializada do Turismo;

• subsídio à publicidade de pequenas operadoras de Turismo;

• incentivo à elaboração de filmes e documentários que possam promover o Brasil;

• criação de emissora de TV a cabo especializada em documentários turísticos e Turismo em geral;

• elaboração de plano de mídia dirigido aos veículos não especializados;

• utilização das companhias aéreas como parceiros na divulgação de destinos;

• inserção das comunidades nos projetos desenvolvidos para divulgação de destinos, auxiliando assim na sensibilização/
conscientização desses públicos para o respeito à preservação do patrimônio cultural material e imaterial; e

• criação de campanhas específicas voltadas à fidelização do turista.

11. Incentivar e promover a realização de pesquisas e estudos mercadológicos sobre o Setor Turismo, das seguintes naturezas:

• levantamento do potencial turístico estadual;

• pesquisa sobre o perfil do turista e os destinos preferidos;

• estudos para criar uma identidade e estabelecer diretrizes de marketing para atividades ecoturísticas; e

• pesquisa de segmentação por demanda.

12. Estimular o uso da Marca Brasil nas ações de comunicação/divulgação dentro e fora do país.

13. Ampliar e concentrar os recursos na promoção externa do Brasil como destino mediante:

• reposicionamento mercadológico dos destinos Brasil para mercado externo;

• inclusão do Turismo nas políticas de relações exteriores;

• formulação de uma política de promoção externa e interna de longo prazo;

• intensificação da presença dos destinos brasileiros em feiras, exposições e outros encontros nacionais e internacionais,
a partir da elaboração e divulgação de uma agenda de eventos;

• estabelecimento de incentivos financeiros para participação da iniciativa privada em feiras e eventos de promoção
turística do país;

• criação de um bureau para captação de eventos internacionais;

• realização de workshops e festivais gastronômicos que destaquem a gastronomia regional como patrimônio cultural;

31
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• estímulo à consorciação e associação dos empreendedores para realização de ações de promoção; e

• fomento ao Turismo interno, com o incentivo ao Turismo de curta distância ou de curta duração (fim de semana).

14. Implantar programa "Turismo nas Escolas", que coloca o Turismo como tema transversal a ser abordado em diversas disciplinas
da grade curricular da rede pública de ensino.

15. Investir na realização no Brasil das Olimpíadas e da Copa do Mundo de Futebol (2012 e 2014).

VI. Integração da Cadeia Produtiva do Turismo

Objetivo: otimizar o processo integrado de produção e oferta de serviços e produtos turísticos.

Situação Atual: percebe-se o desconhecimento do conceito, da importância e de metodologias de planejamento e operação da


cadeia produtiva do Turismo, além da necessidade de integração entre as entidades que compõem o trade turístico em âmbito
federal, estadual e local. Tais aspectos resultam, na ótica do setor empresarial, numa oferta restrita de projetos e propostas
efetivos de fortalecimento dos arranjos produtivos locais.

Propostas e Recomendações:

1. Promover a organização e fortalecimento da cadeia produtiva do Turismo, considerando as seguintes ações:

• envolver os atores da cadeia produtiva do Turismo numa gestão compartilhada dos produtos turísticos;

• sensibilizar os empresários do setor para uma maior participação na gestão do Turismo nos municípios e nos estados;

• implantar e fortalecer os fóruns existentes para integrar a cadeia produtiva do Turismo;

• criar Câmara Temática de Turismo nas Federações do Comércio - Fecomércio; e

• promover a organização e o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais.

3. Realizar estudos sobre a cadeia produtiva e divulgá-los.

4. Realizar ações de integração, capacitação e sensibilização dos elos da cadeia produtiva, mediante:

• sensibilização da sociedade, do poder público e da iniciativa privada, por meio de campanhas nacionais sobre os conceitos
e a importância da integração da cadeia produtiva do Turismo para alavancar o desenvolvimento econômico e social do país;

• realização de treinamentos específicos envolvendo os componentes dos vários elos da cadeia produtiva do Turismo;

• promoção anual de um encontro nacional para troca de informações e apresentação de cases de sucesso em cada segmento; e

• realização de reuniões e eventos para aproximar as instituições representativas e os empresários do setor.

32
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

5. Incentivar a produção associada ao Turismo, agregando valor ao produto turístico, considerando as seguintes ações:

• priorizar a compra dos insumos na própria região/comunidade;

• inserir os pequenos produtores como fornecedores na cadeia do Turismo; e

• fortalecer e divulgar o Programa de Turismo Rural na Agricultura Familiar.

VII. Gestão Pública do Turismo

Objetivo: promover a articulação e a participação de todos os segmentos da cadeia produtiva do Turismo na gestão pública.

Situação Atual: entre os entraves ao Turismo, do ponto de vista da gestão pública, está a descontinuidade dos programas para
desenvolvimento do Turismo e das políticas públicas pelos novos gestores. Em alguns estados, o setor se ressente também da
ausência de planos de desenvolvimento turístico consistentes ou mesmo da sua correta implementação. A desarticulação entre os
setores público e privado na formulação e na execução das estratégias estaduais de desenvolvimento do Turismo é outro
impeditivo que, aliado aos parcos investimentos públicos em infra-estrutura turística, à qualificação deficiente de alguns gestores
públicos e à grande rotatividade de profissionais nos cargos gerenciais, inibem o crescimento do setor.

Propostas e Recomendações:

1. Fomentar políticas públicas (federais, estaduais e municipais) para o setor, considerando as seguintes ações:

• dar continuidade as políticas públicas e ao Plano Nacional de Turismo;

• definir conjuntamente as prioridades de políticas públicas nos conselhos/fóruns de Turismo;

• compatibilizar as políticas públicas (federais, estaduais e municipais), fiscalizar e controlar efetivamente;

• implementar políticas efetivas para preservação ambiental e promover a adequação da gestão socioambiental, com
realização de atividades educativas para o Turismo;

• fortalecer o Turismo interno; e

• intensificar, por meio das entidades de classe e do Fórum Estadual de Turismo, a ampliação da participação dos
empresários na elaboração das políticas públicas.

2. Fortalecer a estrutura pública do Turismo, considerando as seguintes ações:

• manter o Ministério dedicado exclusivamente ao Turismo e a Embratur;

• promover maior integração do Ministério do Turismo com os demais ministérios;

33
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• criar e/ou fortalecer órgãos estaduais e municipais de Turismo;

• despolitizar e profissionalizar a gestão pública do Turismo;

• ter no quadro do Ministério e dos órgãos estaduais e municipais de Turismo profissionais com formação ou experiência na área;

• promover concursos públicos direcionados aos profissionais de Turismo e a reciclagem do quadro atual de funcionários; e

• realizar uma revisão sistemática em todo o processo de interação do setor público com o setor privado, agilizando
procedimentos, eliminando a burocracia excessiva e outras práticas, prejudiciais a maior eficiência e eficácia das
políticas públicas.

3. Articular a integração, o aprimoramento e a continuidade dos diferentes fóruns (Conselho Nacional de Turismo, fóruns/conselhos
das macrorregiões, estaduais, regionais e municipais), considerando as seguintes ações:

• estimular a participação da iniciativa privada nos conselhos/fóruns, fazendo com que as suas contribuições e
reivindicações sejam colocadas no orçamento e planejamento público;

• regulamentar aplicação dos recursos das emendas parlamentares pelos conselhos/fóruns estaduais do Turismo;

• capacitar os conselhos/fóruns para a gestão compartilhada do Turismo;

• fortalecer os conselhos/fóruns de Turismo para que os planos tenham continuidade, independente das mudanças nas
administrações públicas;

• criar mecanismos para fortalecer o relacionamento entre o setor público e as instituições representativas do Turismo; e

• incentivar a participação de técnicos das instituições nas reuniões e eventos dos conselhos/fóruns.

4. Implantar e/ou adequar infra-estrutura básica e turística, considerando as seguintes ações:

• priorizar o cumprimento de ações governamentais relativas à infra-estrutura;

• ampliar e garantir a manutenção da malha rodoviária;

• incentivar e apoiar a ampliação e operação do transporte aéreo;

• recuperar e modernizar portos, aeroportos e rodoviárias, adequando-os as exigências do Turismo;

• implantar sinalização de trânsito e turística;

• incentivar e apoiar a melhoria nos transportes públicos (ônibus, balsas, barcos etc.);

• fomentar o transporte ferroviário;

• implantar centros de atendimento ao turista; e

• apoiar a construção de centros de convenções.

34
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

5. Ampliar significativamente os recursos públicos direcionados ao desenvolvimento do Turismo, por meio de:

• priorização do orçamento estadual, municipal e federal para desenvolvimento do Turismo;

• participação efetiva dos empresários e entidades de classe na elaboração do orçamento governamental;

• implantação de políticas de incentivos à consignação de maiores recursos pelos governos – federal, estadual e
municipal – para o Turismo;

• distribuição e aplicação de recursos adotando critérios técnicos e de acordo com as diretrizes nacionais e estaduais do
desenvolvimento do Turismo;

• municipalização do orçamento/recursos para o Turismo; e

• destinação de investimentos públicos para preservação do patrimônio artístico cultural.

6. Elaborar, implementar e manter planos, programas e projetos para o desenvolvimento da atividade turística nos âmbitos federal,
estadual e municipal, considerando as seguintes ações:

• continuidade do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil;

• criação de plano nacional para definição de área de interesse ambiental e regulamentação de uso para fins turísticos,
com a participação efetiva do trade turístico, do Executivo e Legislativo;

• desenvolvimento da cultura do planejamento intersetorial, priorizando as atividades que fortalecem o Turismo;

• estabelecimento de mecanismos e incentivos para uma maior participação das comunidades na elaboração dos planos
estaduais e municipais de Turismo; e

• implementação da gestão participativa nos planos de Turismo.

7. Implantar a política nacional de segurança pública, que compreenda:

• formação da polícia cidadã, atuante junto à comunidade e ao turista;

• aumento do contingente e da atuação nas áreas turísticas; e

• desenvolvimento de estudos focados na relação entre Turismo e segurança.

8. Promover a produção e difusão de informações sobre o Turismo, considerando as seguintes ações:

• implantar e difundir os resultados da Conta Satélite do Turismo2;

• desenvolver um trabalho de cunho educativo visando sensibilizar os gestores públicos para que priorizem a atividade

2
A Conta Satélite de Turismo (CST), apurada em conformidade com o Sistema de Contas Nacionais de um país, consiste numa metodologia criada pela Organização Mundial do
Turismo (OMT) para medir o desempenho econômico do setor de Turismo.

35
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

turística como alavancadora do desenvolvimento econômico;

• promover eventos visando sensibilizar o poder público sobre a importância e o potencial do Turismo no desenvolvimento; e

• conscientizar o empresário da importância do repasse de informações aos órgãos públicos sobre a atividade turística.

9. Melhorar a ação de órgãos ambientais junto à iniciativa privada, buscando mais orientação e menos burocracia.

36
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

3.2 : : Dos Gestores Públicos Estaduais

APRESENTAÇÃO:
Marcelo Safadi
Presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo

Hoje está mais estimulante atuar no Turismo brasileiro graças à interação, ao profissionalismo e à organização do setor, expressas
nas relações entre os gestores públicos e privados nos diversos conselhos, comissões e fóruns que tratam da atividade.

Para quem gerencia o Turismo em suas relações e resultados, duas ferramentas são fundamentais: descentralização e parceria. O
fenômeno turístico não é um fenômeno isolado. Ele está inserido no contexto social, cultural e político de cada localidade, de cada
estado, do próprio país.

À frente de mais um ano eleitoral, é hora de reforçarmos essa característica fundamental do Turismo e, descontaminados da política
partidária, nos lançarmos unidos para um novo salto qualitativo na atividade turística a partir da conciliação dos interesses públicos
e privados na gestão do Turismo.

Para nós, secretários e dirigentes estaduais de Turismo, este é o momento de avançarmos na gestão estratégica da atividade,
apoiados na implantação de uma política de descentralização que a reforce.

Estamos convencidos de que só com a articulação e a integração dos vários atores que interagem no mundo do Turismo - sejam
eles das instâncias estaduais, municipais ou federal, públicas e privadas - alcançaremos legitimidade para desenvolver a atividade
turística em base social, ambiental e politicamente corretas.

Apostamos hoje na união de todos os agentes e, por isso mesmo, temos a certeza que este é o momento para fortalecermos as
parcerias, para consolidarmos a gestão descentralizada, para a qualificação e a promoção do Turismo brasileiro.

Por tudo isso, vemos este VIII Congresso Brasileiro da Atividade Turística como um momento importantíssimo para o futuro do
Turismo brasileiro, pois teremos a oportunidade de debater nossas idéias e propostas de uma forma livre e corajosa, buscando
avançar sempre na direção do desenvolvimento sustentável do país.

37
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Síntese das Prioridades

Análise do Cenário Atual

- O Ministério do Turismo, criado em 2003, fomentou, quando da elaboração do Plano Nacional do Turismo 2003/2007, um processo
de contribuições das entidades públicas e privadas ligadas ao setor, e da sociedade em geral.

- O mesmo processo participativo deverá ser adotado quando da revisão do Plano Nacional do Turismo, já proposto pelo Conselho
Nacional do Turismo.

- O Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, integrante do Núcleo Estratégico do Turismo Brasileiro, tem
tido uma participação efetiva no processo de prospecção dos novos cenários e metas para o Turismo nacional.

- Incremento das relações do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais do Turismo com a Comissão de Turismo e
Desporto da Câmara dos Deputados, com a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal e com a Frente
Parlamentar do Turismo.

Prioridades e Compromissos Considerados Importantes

Tema: "Planejamento e gestão pública do Turismo nacional".

A) Gestão / Descentralização:

• manter o Ministério do Turismo como uma prioridade de Governo, com orçamento adequado para realizar as
competências necessárias às atividades propostas para o permanente desenvolvimento do Turismo;

• garantir uma qualificação técnica, experiência e excelência profissional quando da formação da equipe dirigente do
Ministério do Turismo e da Embratur (se possível, ouvindo o Conselho Nacional do Turismo);

• considerar a revisão do Plano Nacional do Turismo, proposto pelo Conselho Nacional do Turismo, como uma base do
planejamento do setor;

• promover a atualização do Plano Nacional de Turismo / PNT, com definição de cenários e metas para o próximo período
de gestão (2008-2011);

• manter os vetores do Plano Nacional de Turismo que norteiam a redução das desigualdades regionais e sociais, a
geração e distribuição de renda, a geração de emprego e ocupação, bem como no debate sobre modelos de
desenvolvimento sustentável do Turismo;

38
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• fortalecer os instrumentos de descentralização do Turismo, com a revitalização dos fóruns e conselhos estaduais e
apoio à criação de agências regionais;

• promover a integração interministerial, particularmente com os Ministérios das Cidades (saneamento ambiental),
Transportes (sistema viário), Cultura (eventos), Meio Ambiente, Integração Nacional e Defesa;

• promover a integração intersetorial para a gestão do Turismo interno nos estados e municípios;

• estabelecer um modelo de gestão estratégica do Turismo, formando um núcleo a ser composto por entidades,
federações e/ou institutos que atuariam junto as Câmaras Temáticas do Conselho Nacional do Turismo; e

• criar, no âmbito do Conselho Nacional de Turismo, um Núcleo Nacional de Turismo e Inteligência Competitiva, incluindo
recursos e esforços de organizações nacionais e internacionais.

B) Descentralização de Recursos:

• intensificar a articulação e a integração dos agentes públicos e privados nos âmbitos federal, estadual e municipal, com
o Ministério do Turismo, para o fortalecimento do processo de descentralização de recursos, otimizando recursos e
dando eficiência às ações; e

• ampliar e modernizar a descentralização de recursos aos estados, contemplando as áreas de promoção (nacional e
internacional), infra-estrutura e capacitação.

C) Ações Delegadas / Parcerias:

• fortalecer as parcerias público-privadas no desenvolvimento do Turismo, primordialmente nas áreas de gestão,


qualificação e a promoção;

• intensificar a articulação e a integração entre os agentes públicos e privados nos âmbitos federal, estadual e municipal,
com o Ministério do Turismo, para o fortalecimento do processo de descentralização das decisões, dando eficiência às ações;

• dar prosseguimento na inserção ativa do Brasil dentro dos Fóruns do Mercosul, da Organização Mundial de Turismo e
de Fronteiras;

• participação ativa do Ministério do Turismo nas negociações de liberalização de serviços turísticos na Organização
Mundial do Comércio;

• articular, junto à Anac, maior flexibilização para novos vôos (regulares ou de fretamento) nacionais, regionais e
internacionais, com destino aos locais de interesse turístico; e

• intensificar as relações entre o setor ambiental e o setor empresarial de Turismo, enquadrando o Turismo como fator
de recuperação, conservação ambiental e de desenvolvimento sustentável.

39
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

D) Capacitação dos Gestores Públicos:

• promover um programa de capacitação para gestores públicos do Turismo, em níveis nacional, estadual e municipal,
que atuem em localidades inseridas nos roteiros turísticos, ilustrando a abrangência institucional da gestão do Turismo.

E) Investimentos (nacionais e internacionais) / Legislação:

• promover um mapeamento geográfico referencial das ações da Política Nacional de Turismo, integrando as realizações,
investimentos públicos e privados e os resultados nos municípios e regiões turísticas;

• articular, junto ao Congresso Nacional, por meio das Comissões de Turismo, a aprovação da Lei Geral do Turismo;

• articular, junto ao Congresso Nacional, por meio das Comissões de Turismo, o encaminhamento, adequação e
regulamentação de legislação de interesse da atividade turística;

• fomentar a criação de uma Lei de Incentivos ao Turismo;

• apoiar o incremento dos investimentos institucionais em segurança pública voltada para o atendimento ao turista;

• adequar a legislação de transporte de cabotagem, atendendo às especificidades do transporte de passageiros, e


promovendo maior isonomia competitiva; e

• flexibilizar a Lei de Reciprocidade na concessão de vistos de entrada a turistas estrangeiros no Brasil.

40
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

3.3 : : Dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade

APRESENTAÇÃO:
Moacyr Roberto Tesch Auersvald
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade

Foi com grande entusiasmo que recebemos o convite dos organizadores do VIII Cbratur para desenvolver um rico trabalho de
consulta às nossas bases sobre as propostas e os compromissos para o fomento do Turismo no Brasil. O setor contribui, de forma
inquestionável, para o desenvolvimento econômico e social de diversas regiões do país. É uma ferramenta poderosa para que o
Brasil planeje e execute uma melhor política de crescimento e uma melhor distribuição de renda.

Em sintonia com diferentes segmentos da sociedade, os trabalhadores entendem que não haverá melhoria nos indicadores sociais
do nosso país sem uma vinculação direta entre as políticas econômicas setoriais e as políticas socioambientais. Pois políticas
positivas podem sofrer entraves diante de uma legislação retrógrada ou de uma burocracia oficial excessiva.

Por tudo isso, nós, trabalhadores, buscamos agregar à discussão nacional sobre o desenvolvimento do Turismo no Brasil a ótica da
experiência laboral, onde os resultados financeiros resultam do investimento na valorização e na formação do homem.

Ética, probidade administrativa, gestão compartilhada, valorização do trabalho e qualificação profissional são os pilares fundamen-
tais da proposta dos trabalhadores para o novo governo brasileiro. Com essas bandeiras, temos a certeza que construiremos um
Turismo forte e um país melhor.

41
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Síntese das Prioridades

I . Legislação e Regulamentação

Objetivo: rever a legislação e os ordenamentos normativos em vigor.

Situação Atual: para os trabalhadores do ramo de Turismo e Hospitalidade, o setor sofre com a vigência de políticas obsoletas ou
pouco claras que dificultam o desenvolvimento da atividade e a conseqüente ampliação dos postos de trabalho. É o caso da
proibição dos cassinos e a regulamentação relativa aos bingos.

Propostas e Recomendações:

• criar leis específicas para o desenvolvimento do Turismo;

• aprovar nova regulamentação autorizando a abertura e a operação de cassinos e bingos no Brasil;

• regulamentar a cobrança da taxa de serviços;

• revogar o parágrafo único do artigo 442 da CLT, em virtude da violação das leis trabalhistas, por parte das cooperativas
de trabalho; e

• criar órgãos de certificação profissional em Turismo.

II. Parceria Público-Privada

Objetivo: estabelecer parcerias público-privadas no Setor Turismo.

Situação Atual: visões de curto prazo para retorno de investimento e ausência de levantamentos e de indicadores que avaliem os
impactos sociais e ambientais nas parcerias público-privadas impedem hoje a sua intensificação em todo o país, com reflexos na
geração de empregos e distribuição de renda nos estados e municípios.

Propostas e Recomendações:

• criar incentivos para fomentar parcerias público-privadas;

• adotar critérios sociais na indicação e/ou aprovação de financiamentos públicos, a saber: números de empregos
existentes; média dos salários pagos; número de empregos a serem gerados; e evolução salarial;

• garantir o acompanhamento pelo trade turístico dos projetos baseados em PPPs; e

42
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

• sensibilizar os gestores públicos e privados para a importância de se assegurar o desenvolvimento do Turismo em bases
sustentáveis e com responsabilidade social, objetivando uma melhor distribuição de renda.

III. Qualidade, Efetividade e Competitividade dos Serviços Turísticos

Objetivo: ampliar a qualidade, a efetividade e a competitividade dos serviços turísticos em todo o Brasil.

Situação Atual: o Brasil ainda sofre com o analfabetismo e a baixa escolaridade. Como grande gerador de emprego e renda, o
Setor Turismo tem um importante papel na melhoria da qualificação e da capacitação do trabalhador brasileiro. Além de parcos
investimentos em qualificação, o mercado conta hoje com uma oferta de cursos profissionalizantes insuficiente para atender a
crescente demanda do setor por trabalhadores mais qualificados.

Propostas e Recomendações:

• rever os processos de liberação de recursos do Codefat;

• conscientizar e qualificar o empresário sobre a importância do desenvolvimento do Turismo sustentável com


responsabilidade social;

• ampliar o número de escolas técnicas públicas, visando a formação e capacitação profissional para o setor de Turismo;

• incentivar o poder privado para investir em escolas técnicas públicas, visando a formação e capacitação profissional
para o setor de Turismo; e

• conscientizar o poder público e os empresários sobre a imprescindível necessidade de qualificar e requalificar os


profissionais do setor de Turismo.

IV. Financiamentos

Objetivo: estabelecer linhas de financiamentos diversificadas e ampliadas para o fomento do Turismo.

Situação Atual: a burocracia e a escassez de recursos dificultam os investimentos em novos empreendimentos turísticos. O acesso
a fontes de financiamento é crítico não apenas para o empresariado do setor. Mesmo as entidades laborais e os trabalhadores
enfrentam dificuldades para obter recursos para uma melhor qualificação profissional.

Propostas e Recomendações:

• desburocratizar o acesso a novos investimentos que comprovem ser importantes geradores de postos de serviços;

43
: : Propostas e recomendações para oBrasil 2007 - 2010

• priorizar recursos para a qualificação dos trabalhadores e reduzir a burocracia para o acesso a esses recursos;

• concentrar os investimentos públicos na infra-estrutura de pólos turísticos; e

• criar incentivos fiscais aos empresários que investirem em novos pólos turísticos e na geração de emprego e
distribuição de renda.

V. Marketing Turístico

Objetivo: estabelecer estratégias e ações de marketing de produtos turísticos brasileiros de forma efetiva no país e no exterior.

Situação Atual: tem se mostrado insuficientes os recursos aplicados em marketing dos produtos turísticos nacionais. O Turismo
nacional é pouco divulgado interna e externamente.

Propostas e Recomendações:

• garantir dotação orçamentária suficiente para a divulgação dos produtos turísticos brasileiros no país e no exterior; e

• garantir verbas para intensificação da campanha de combate ao Turismo sexual.

VI. Integração da Cadeia Produtiva do Turismo

Objetivo: promover atuação articulada e integrada dos agentes da cadeia produtiva do Turismo.

Situação Atual: o Turismo no Brasil é visto de forma setorizada, o que gera, entre seus agentes produtivos, relações não-
participativas e, por vezes, concorrenciais. Essa falta de integração entre os elos da cadeia produtiva do Turismo acaba por produzir
empreendimentos dissociados da economia local e distorções salariais.

Propostas e Recomendações:

• incentivar a adoção pelas empresas de Turismo de programas de participação dos trabalhadores nos lucros e resultados; e

• fortalecer os conselhos locais com a ampla participação dos trabalhadores.

44
: : Propostas e recomendações para oBrasil 2007 - 2010

VII. Gestão Pública do Turismo

Objetivo: aperfeiçoar a gestão pública do Turismo em todo o Brasil.

Situação Atual: infra-estrutura deficiente, altos índices de exclusão social, má distribuição de renda, carga tributária e juros
elevados são os ingredientes que, para os trabalhadores do Setor, emperram o desenvolvimento do Turismo nacional. Além de
atentar para esses pontos, as políticas públicas para o fomento turístico precisam estar centradas no atendimento a demandas
sociais, na moralidade e na continuidade administrativas.

Propostas e Recomendações:

• dar continuidade à política de desenvolvimento do Turismo, resguardando a moralidade pública;

• incentivar aos governos estaduais e municipais a equipar e estruturar seus pontos turísticos;

• facilitar a participação dos trabalhadores nos conselhos de Turismo;

• ampliar os investimentos em infra-estrutura rodoviária:

- melhoria das condições das estradas;

- sinalização turística nas estradas;

- redução dos custos de transportes;

- criação de 0800 para atendimento ao turista na estrada.

• criar um sistema de informação para demonstrar o crescimento do emprego e a melhor distribuição de renda com a
execução de projetos turísticos;

• criar delegacias e batalhões especializados no atendimento ao turista;

• investir em equipamentos urbanos que facilitem a circulação de turistas portadores de necessidades especiais;

• criar mecanismos de redução da carga tributária como incentivo aos investimentos no setor;

• desenvolver programas voltados à inclusão social e ao desenvolvimento do Turismo;

• elaborar políticas públicas para incremento do Turismo social;

• evitar a degradação ambiental a partir de uma fiscalização e penalização mais rígidas;

• reduzir impostos na área da aviação comercial para desonerar os custos das empresas e os preços da passagem; e

• manter, em caráter permanente, campanhas contra o Turismo sexual, principalmente contra a exploração sexual infantil.

45
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

VIII. Outros Temas

Propostas e Recomendações:

• realizar um combate rigoroso à pratica do Turismo sexual, a discriminação racial e trabalho infantil; e

• sensibilizar a sociedade para erradicação da exploração sexual infantil.

46
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

3.4 : : Dos Cursos de Turismo e Hotelaria

APRESENTAÇÃO:
Jurema Márcia Dantas da Silva
Presidente do Fórum Nacional de Cursos de Turismo e Hotelaria

Ao analisarmos as responsabilidades da Academia na busca pelo real desenvolvimento do Turismo durante XVI CBTur – Congresso
Brasileiro de Turismo, realizado em Fortaleza/CE, em maio de 2006, e a partir das várias contribuições recebidas pelo Fórum
Nacional de Cursos de Turismo e Hotelaria para VIII Cbratur, atentamos para dois campos de reflexões e ações: o fenômeno
turístico e a atividade turística.

O atual Ministério do Turismo e a política de Turismo delineada para o Brasil, fruto do anseio e pleito de todos os pares da área, vem
trabalhando bem e exaustivamente no âmbito da atividade turística. Entretanto deixou em aberto iniciativas mais profundas,
envolvendo a caracterização do fenômeno turístico brasileiro.

Uma próxima etapa e projeção da política de Turismo para o país deve manter a atuação nas solicitações do mercado, dando
estímulo à organização e melhorias dos padrões do setor e de seus componentes privados e públicos. Contudo, será essencial
dedicar maior espaço para a identificação, análise e valoração à evolução do fenômeno turístico brasileiro, a partir da ótica das
localidades e das comunidades residentes.

Essa distância entre a composição das ações para fortalecer a atividade turística e o envolvimento com a interpretação mais focada
no fenômeno turístico talvez explique a pouca presença, aplicação e obtenção de facilitações para utilizar e estimular a força e o
trabalho da Academia nas ações do Ministério do Turismo.

A sugestão do aprofundamento da política, de modo a obter mais consistência e respaldo para decisões e implementações, precisa
considerar a capilaridade, potencializar a força e a percepção da Academia, aplicando mais no investimento já efetivado em recursos
de diversas ordens, presentes em instituições de ensino e projetos por elas implementados.

Assim, apresentamos neste documento a ótica da Academia para a construção de uma nova política pública do Turismo mais
adequada à realidade nacional e ao fenômeno turístico brasileiro.

47
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Análise do Cenário Atual


Atual*

No início dos anos 70, a criação dos cursos de graduação em Turismo no Brasil representou algo de inédito: nascia no país uma
forma de se entender aquele deslocamento visto basicamente e apenas a partir dos seus efeitos: as grandes massas de turistas
que se movimentavam no mundo, entre locais e atrações turísticas tradicionais e famosas.

Sob a ótica da Academia que se constituía, foi prevista uma verdadeira revolução das populações flutuantes a partir de espaços
diferentes que se tornavam atrativos para visitantes e causavam, mais ou menos positivamente, fortes efeitos locais. Se observaria
então um certo fenômeno espacial de deslocamento de pessoas que resultariam em um novo ciclo social e econômico.

A questão do fenômeno turístico – a partir do locus e a existência de uma atividade produtiva e rentável; fortemente redistribuidora
e com capacidade de geração de renda expressiva; potencializadora de consumo e provocadora de variadas formas de empregos;
propiciadora de novo e maior consumo do habitante local fez crescer a necessidade de estudos, bem mais além da simples
operacionalização de viagens de turistas, detentores de recursos e recebidos como senhores dos espaços visitados.

No Brasil, a discussão sobre as motivações, influências e efeitos locais provocados por esse fenômeno assume, para os estudiosos,
o centro das reflexões, preocupados com a nova questão que veio evoluindo da “indústria sem chaminés” da fase da industrializa-
ção, passando pela “indústria da paz” na época da Guerra Fria e desembocando no fato de que a sustentabilidade tão aludida nos
momentos iniciais da globalização deveria efetivamente referenciar no “Local” a existência desse fenômeno, tão perigosa e
simplesmente considerado como uma atividade salvadora das economias.

A própria sustentabilidade vai indicando que só se sustentará a partir a focalização do homem como centro dos processos produti-
vos e, que atingir a possibilidade de desenvolvimento através do Turismo depende mais da organização, qualidade e equilíbrio das
comunidades do que do desejo de consumidores curiosos e sedentos por “ver” os diferenciais garantindo seus prazeres.

A Academia no Brasil, questionadora e por vezes anunciante dos contrapontos com um mercado de operações turísticas específicas
e exclusivamente comerciais, assume um papel que virá a lhe custar caro tanto na sua aceitação e diálogos no conjunto nacional e
trade como na ocupação de uma posição de mais destaque na estrutura de poder e de organização administrativa e mercadológica
que vai se delineando no país.

Flutuando em suas várias fases econômicas e políticas, vai o Turismo se inserindo no dia-a-dia dos brasileiros, não tanto como
viajantes, mas principalmente solicitados como hospitaleiros receptores, atores de uma cadeia de produção capaz de fazer das
visitações turísticas formas de vida e manutenção da sociedade, meio de proteção ambiental e cultural de comunidades, mas
também em situações de pobreza e desequilíbrios sociais, forma de expor interesses negativos e de exploração de várias ordens.

Para fazer frente e acompanhar todos esses processos do Turismo no Brasil, o desenvolvimento institucional se realiza a partir da
Embratur até chegar a um Ministério, com estofo legal legítimo e institucionalmente estabelecido, capaz de reunir e aproveitar as
experiências que lhes antecederam em mais de 30 anos, para estruturar uma política consistente, orientadora e alinhada, objetiva
e fortalecida pelo status do Executivo federal.

48
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Respaldado em uma base deixada pelo PNMT - Programa Nacional de Municipalização do Turismo, com o país reconhecido e
pronto para absorver ações mais efetivas, desenvolve-se um Ministério criado dos anseios do setor turístico, com propostas e
ponderações que, somadas à capacidade de pessoas competentes, permite o traçado de uma política de Turismo que não era
nova nem inédita, mas ordenada e assentada na vontade política de se realizar um trabalho conjunto e conseqüente.

Hoje, passados poucos anos da primeira fase de vida do Ministério do Turismo, pode a Academia, sempre comprometida com um
senso crítico e com a análise reflexiva sobre o hoje, com base no passado e com vistas ao futuro, considerar que houve expressiva
evolução, comprometimento e investimento real de recursos financeiros, com motivação, orquestração pró-ativa e empenho real
para fazer acontecer.

Na análise da Academia, as bases de mobilização institucional estão postas. As comunidades estão mais preparadas para se
pensarem e se mobilizarem opinando, escolhendo e compartilhando das decisões que, para o melhor desenvolvimento do
Turismo, devem ser coletivas. Há mais clara consciência da necessidade de políticas públicas concretas, e qualquer empenho
para a evolução real das localidades só virá se estas precederem os processos produtivos. O Turismo vem sendo entendido
como um motivador e alavancador do esforço coletivo de produção local, coerente com as características, talentos e anseios de
cada comunidade.

A necessidade futura para o desenvolvimento de uma política de Turismo conseqüente e justa deverá abranger, a partir de uma
nova etapa de envolvimento do “Lugar”: a melhoria de condições com vistas ao residente, objetivando motivar cada comunidade a
se identificar e reconhecer – se conscientizar quanto aos seus direitos à qualidade de vida, absorvendo os conceitos amplos do
Turismo, usufruindo do Turismo também como clientes e fortalecendo as relações produtivas. Mais educação, mais saúde, ordena-
ção urbana, representarão qualidade de vida coletiva para residentes e visitantes.

A integração interministerial, o alinhamento político das três esferas governamentais, a coerência e efetivação da legislação que
direta e indiretamente ordena o setor, será de extrema importância nessa fase de evolução da política de Turismo.

O Brasil deve ser “vendido” para si mesmo, o negócio turístico deve se tornar mais profissional, a geração de empregos naturalmen-
te estimulada nas capacidades e competências será menos assistencialista, e assim se proporcionará a conquista da dignidade,
para quem respeita e admira sua própria cultura e origem.

A evolução da legislação e a prática do “de direito” propiciará o “negócio turístico” ao setor privado, impondo os limites de uso e
respeito aos espaços brasileiros que se tornarão verdadeiros destinos turísticos.

(*) XVI CBTur – Congresso Brasileiro de TTurismo.


CBTur urismo.

Fortaleza, maio de 2006.

49
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Síntese das Prioridades

I. Legislação e Regulamentação

Objetivo: legislação de direito e de fato vigente e respeitada, monitorando sua implementação.

Situação Atual: um dos aspectos de maior relevância no sentido de organizar o Turismo brasileiro teve expressivo tratamento e
sucesso nessa fase de abertura do Ministério do Turismo. Este cumpriu bem seu papel e levou o produto do trabalho da Câmara de
Legislação em tempo e dentro da gestão apropriada ao status de um Ministério. Porém algumas ações legais ainda se fazem
necessárias.

Propostas e Recomendações:

1. Elaborar um plano de divulgação e amplo conhecimento público.

2. Produzir uma brochura com a Lei Geral do Turismo, para ampla distribuição, inclusive junto aos eventos das categorias, segmen-
tos e público consumidor.

3. Preparar uma oficina para as assessorias jurídicas das entidades.

4. Dvulgar junto aos cursos de Turismo e direito do país.

5. Divulgar junto as seccionais da OAB.

6. Reunir os principais autores das bibliografias relacionadas para um trabalho de revisão e atualização.

7. Reunir setores respectivos dos órgãos estaduais (delegados) para um trabalho de revisão e atualização.

II. Parceria Público-Privada

Objetivo: desenvolver uma nova cultura das parcerias produtivas junto ao setor turístico e gerar uma nova compreensão sobre o
Turismo na sociedade, a partir do reconhecimento do fenômeno turístico.

Situação Atual: acostumados aos cooperados e patrocínios, quando da realização de eventos e ações de marketing, carece o
setor turístico de um conhecimento mais profundo do que seja a parceria público-privada. Por outro lado, os demais setores
produtivos e sociais têm visão destorcida sobre o Turismo, sob a ótica apenas da atividade, relacionando-o a viagem, geração de
emprego e renda e presença de turistas. A consciência de fenômeno turístico é absolutamente necessária neste tópico.

50
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Propostas e Recomendações:

1. Estimular setores da sociedade para a efetivação de trabalhos fundamentais para o desenvolvimento do setor, a saber:

• banco de dados e do sistema de informações;

• pesquisas;

• aplicação da metodologia do inventário do espaço nacional e o trabalho do inventário pelos municípios brasileiros;

• Planos Diretores de Turismo por municípios e regiões; e

• banco de publicações, teses e monografias, produções.

2. Trabalhar nas infra-estruturas, integrando os diversos órgãos e prestadores de serviços urbanos prioritariamente nas localidades
turísticas e estimular a absorção de egressos dos cursos superiores de Turismo para trabalhar nessas ações.

3. Desenvolver programas especiais voltados a:

• atualização técnica e operacional para os egressos de cursos na educação formal para o Turismo;

• educação continuada a partir das instituições locais;

• publicação técnica e científica;

• apoio às editoras que publicam Turismo e incentivem a pesquisa;

• apoio aos docentes e especialistas em Turismo;

• viagens de incentivo para e dentro da Academia;

• melhoria tecnológica para as instituições de ensino; e

• ampliação de bibliotecas de caráter técnico-científico junto às instituições.

III. Efetividade, Qualidade e Competividade dos Serviços Turísticos

Objetivo: padrões de atuação, procedimentos e busca da qualidade desde a produção dos serviços e nos bens turísticos, a partir
das realidades locais, devidamente reconhecidas e trabalhadas.

Situação Atual: a improvisação e a busca de lucros fáceis, oportunistas ou compensatórios levam destinos potenciais e outros até
já consolidados e tradicionais a perderem seus fluxos por desleixo, acomodação e falta de posturas éticas e profissionais. A omissão
e falta da ação e integração mais efetiva de muitos dos órgãos de Turismo desses destinos acabam por prejudicar a manutenção
da vida útil e produtiva dessas localidades dentro do ciclo de desenvolvimento provocado pelo Turismo.

51
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

Propostas e Recomendações:

1. Desenvolver campanhas de conscientização sobre o consumo de produtos turísticos para as populações locais residentes e
consumidores de Turismo.

2. Fortalecer programas de padrões de qualidade e desenvolver programas pontuais com base na legislação e nos planos de
marketing e comercialização traçados.

3. Promover programas de qualificação para:

•empresariado;

•secretários de Turismo; e

•funcionários de órgãos de Turismo.

4. Contemplar os níveis de formação de mão-de-obra e RH para o Turismo desenvolvidos no ensino formal e originários dos cursos
técnicos e de graduações.

5. Estabelecer a definição dos perfis de formação e qualificação dentro das diretrizes educacionais vigentes no país, evitando
confundir o que é missão da educação formal e o que é certificação. Tais confusões nada semânticas, mas efetivas, vêm prejudi-
cando o contingente de egressos dos diversos graus formais que deveriam ser priorizados nas qualificações específicas.

6. Envolver as IES em ações junto aos segmentos da atividade turística e na pesquisa contínuas e sistematizadas para as deman-
das usuárias e para colaboradores das empresas do setor.

IV. Financiamentos

Objetivo: soluções para as problemáticas de crédito e investimentos para empreendimentos e programas de todos os portes,
prioritariamente para pequenos e médios.

Situação Atual: as dificuldades impostas pela política econômica geram dúvidas em relação aos procedimentos e devidos cumpri-
mentos de compromissos assumidos e assustam a aquisição de apoios financeiros. O atual oferecimento de crédito aos
consumidores ainda não deu respostas positivas.

Propostas e Recomendações :

1. Trabalhar em âmbitos políticos para as alterações econômico-financeiras atuais.

2. Estabelecer planos de informação para a população e para os funcionários das entidades de crédito.

3. Implementar planos de capacitação de egressos de cursos de graduação para orientar os interessados ao crédito.

52
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

4. Lançar um programa orientador de atendimento ao crédito via telefone 0800.

V. Marketing Turístico e Integração da Cadeia Produtiva do Turismo

Objetivo: marketing como instrumento mais amplo, de modo a aplicá-lo nas diversas ações de conscientização geral e
pontual, amplas ou segmentadas, para comercialização e para implementação de ações coletivas, dentro do país.

Situação Atual: outro aspecto de relevância para organizar e estimular o Turismo brasileiro teve expressivo tratamento e
sucesso nessa fase de abertura do Ministério. Cumpriu bem seu papel e levou o Brasil à obtenção de resultados excepcio-
nais, mobilizando o empresariado e oxigenando o mercado dentro da gestão apropriada ao status de um Ministério.
Carece, contudo, do olhar para dentro do país e para segmentos, estruturas e infra-estruturas pouco ou sequer citados
na atual política de Turismo. Caso bastante evidente diz respeito aos transportes rodoviários e modais e itens relaciona-
dos com seus terminais e serviços relacionados.

Propostas e Recomendações :

1. Elaborar os planos de divulgação e amplo conhecimento público para os diversos assuntos que envolvem a
conscientização para o Turismo e o domínio de informações mais críticas que permitam o reconhecimento do fenômeno
turístico e a operacionalização da atividade turística.

2. Preparar oficinas para assessorias das entidades, jornalistas, empresariado, secretários de Turismo e funcionários de
órgãos de Turismo.

3. Reunir setores respectivos dos órgãos estaduais (delegados) para um trabalho de revisão e atualização.

4. Desenvolver campanhas de conscientização sobre o consumo de produtos turísticos para as populações locais residen-
tes e consumidores de Turismo, fortalecendo programas de qualidade, e desenvolver programas pontuais com base na
legislação e nos planos de marketing e comercialização traçados.

VI. Gestão Pública do Turismo

Objetivo: cumprimento do papel público, garantindo os interesses comuns, eqüidade e ética em função de viabilizar o
Turismo brasileiro dentro de preceitos de benefícios locais e sustentabilidade, preservação da identidade nacional e
respeito ao homem cidadão do mundo.

Situação Atual: o Ministério do Turismo atingiu seus objetivos e traçou um perfil claro do que deve representar esse
órgão no contexto político e administrativo. À uma próxima gestão caberá ao Ministério aprofundar inúmeras das atuais

53
: : Propostas e Recomendações para o Brasil 2007 - 2010

ações e retomar conceitos e metodologias que foram utilizadas com a finalidade de desenhar um Ministério que atendes-
se às expectativas emergentes do setor, além de lançar um olhar maior para o território nacional e real intervenção nas
questões territoriais e ambientais, protegendo as comunidades e seus patrimônios, com a finalidade de atender mais às
comunidades e na medida correta ao mercado.

Propostas e Recomendações:

1. Dar apoio à manutenção do Sistema de Turismo desenvolvido pelo atual Ministério, garantindo a continuidade e os
ganhos da política atual.

2. Integrar políticas entre órgãos de atuação direta e indiretas aos âmbitos de envolvimento com o Turismo, envolvendo
questões que vão da saúde aos transportes, meio ambiente e às demais.

3. Efetuar concursos públicos para ocupação de cargos na área do Ministério do Turismo e em órgãos relacionados com o
Turismo.

4. Buscar o envolvimento das IES do Brasil na Política Nacional de Turismo, em ações amplas porém localizadas em suas
aplicações; maior participação nos programas de pesquisa, de capacitação e qualificação, hoje concentrados em determi-
nadas entidades de acesso governamental.

5. Fortalecimento dos eventos de segmentos.

6. Apoio para a realização dos níveis de pós-graduação para o Turismo.

7. Apoio à produção de pesquisas.

8. Apoio para publicações e periódicos.

9. Apoio à implantação da conscientização e iniciação turística no ensino fundamental nas localidades turísticas.

10. Apoio à implantação do ensino técnico para o Turismo no país.

11. Apoio ao intercâmbios entre IES nacionais e internacionais.

54
55
: : Anexos
: : Anexos

4.1 : : Congresso Brasileiro da Atividade Turística: Histórico

O Congresso Brasileiro da Atividade Turística – Cbratur, foi criado em 1999 como um fórum de debate nacional sobre a
potencialidade do Turismo no Brasil. O evento reúne os setores governamentais (Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário) e a
sociedade civil, buscando uma ampla e democrática reflexão sobre as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da
atividade turística.

Realizado de forma conjunta pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, com a Comissão de Desenvolvimen-
to Regional e Turismo do Senado Federal e a Frente Parlamentar do Turismo - contando com o apoio do Sistema Confederação
Nacional do Comércio-Sesc-Senac -, tem como público-alvo os parlamentares, os gestores públicos, os empresários, os trabalhado-
res e os acadêmicos ligados ao Setor Turismo.

O objetivo principal do Cbratur é sensibilizar as diferentes instâncias dos poderes públicos e os vários setores organizados da
sociedade para a importância do Turismo enquanto instrumento promotor do desenvolvimento econômico e social do país.

Como conseqüência, o Cbratur transforma-se em um instrumento que promove a elaboração de políticas públicas, sempre em
sintonia com os anseios e as potencialidades da cadeia produtiva do Turismo brasileiro.

Processo Histórico do Cbratur

O I Congresso Brasileiro da Atividade Turística realizou-se em Caldas Novas-GO, em 1999, quando parlamentares, empresários e a
comunidade científica elaboraram uma agenda única para o Turismo. Conhecida como a "Carta de Goiás", o documento afirmava a
importância da elaboração de uma Lei Nacional do Turismo; a oferta de linhas de financiamento para o Turismo pelo BNDES; a
criação do Ministério do Turismo, da Agência Nacional de Aviação Civil - Anac e de corredores de desenvolvimento turístico.

No ano 2000, o II Cbratur foi realizado na cidade de Blumenau-SC. Uma nova agenda única foi construída, tomando-se como base
cinco eixos temáticos: competitividade, financiamento, infra-estrutura, transportes e legislação. Dentre as propostas apresentadas
então estavam: a implementação de fóruns regionais e nacional de Turismo, visando conscientizar, fortalecer e planejar uma
sustentabilidade ao Setor Turismo; e a implementação de uma Política Nacional de Turismo.

Ocorrido em Brasília-DF, em 2001, paralelamente ao 7º Encontro do Programa Nacional de Municipalização do Turismo, o III Cbratur
teve como tema central O Legislativo abre as portas para o Turismo. O evento contou com a realização de sete oficinas setoriais
sobre capacitação profissional; gastronomia e hospitalidade; eventos; operadores, agências de viagens e transportadores turísticos;
projetos em tramitação no Congresso Nacional; ações de integração efetiva entre o Legislativo e o setor turístico; e facilitação para
os cruzeiros marítimos.

Ratificando proposições de edições anteriores, enfocou-se: o incentivo à capacitação profissional para o Turismo; à adoção, na
esfera estadual, de fóruns legislativos voltados ao desenvolvimento do Turismo; apoio à aprovação de leis que tratem da profissão
do bacharel em Turismo, da inclusão das agências de viagens no Simples (Sistema de Tributação para Micro, Pequena e Média
Empresas) e a transformação da Subcomissão de Turismo da Câmara dos Deputados em uma Comissão Permanente do Turismo e
Desporto.

58
: : Anexos

Durante o IV Cbratur, realizado em Brasília-DF, em 2002, que contou com a participação dos então candidatos à Presidência da
Republica José Serra e Anthony Garotinho, foi apresentado o Programa Brasileiro da Atividade Turística – Emprego, Renda e
Desenvolvimento, que sintetizou os anseios e as expectativas do setor empresarial turístico nacional, tornando-se um documento
referencial para os presidenciáveis quando da elaboração de seus programas de governo.

A publicação consolida as principais proposições obtidas a partir da realização de cinco fóruns regionais - promovidos em Brasília,
Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Macapá, que reuniram mais de 180 entidades e estabeleceram sete linhas de ação capazes de
garantir oportunidades de crescimento para a atividade turística nacional, assegurando, ainda, o desenvolvimento sustentável e a
responsabilidade social.

Além da ampliação e democratização das linhas de financiamento para o fomento das atividades do setor e a revisão da legislação
setorial vigente, o evento reforçou o apoio à criação do Ministério do Turismo, para que o setor pudesse contar com uma estrutura
orgânica, que permitisse dar uma prioridade orçamentária ao setor e garantir maior articulação entre outros segmentos do Turismo
e outros ministérios.

Em sua quinta edição, no ano de 2003, o Cbratur ganhou uma proposta inovadora que aliou a temática nacional às experiências do
mercado turístico mundial.

Tendo como tema O transporte aéreo como vetor de desenvolvimento do Turismo - cenários, experiências e políticas, o congresso
brasileiro realizou-se na cidade de Brasília-DF, simultaneamente ao I Seminário Internacional de Turismo e Desenvolvimento. O
evento colocou em discussão a importância de se modernizar o setor de transporte aéreo e apresentou, através de palestras de
especialistas estrangeiros, as experiências desenvolvidas no Chile, Austrália, EUA, Inglaterra, Espanha e Portugal.

Desse debate resultaram propostas para o desenvolvimento do binômio Turismo-transporte aéreo, tais como: a redução das tarifas
aeroportuárias para vôos regionais; liberação dos vôos durante a madrugada com tarifas aeroportuárias especiais; abertura para
investidores estrangeiros; formação de um mercado comum da aviação na América do Sul; e a criação da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac).

No ano de 2004, lideranças empresariais, comunidade científica, trabalhadores e legisladores de todo o país estiveram reunidos,
mais uma vez, na cidade de Brasília-DF, para o VI Cbratur - que ocorreu no formato de videoconferência interativa.

Além dos mais de 200 convidados presentes no auditório da Interlegis, no Senado Federal, os debates sobre o anteprojeto da Lei
Geral do Turismo, elaborado pela Câmara de Legislação do Ministério do Turismo, foram acompanhados por milhares de participan-
tes reunidos em salas de conferência e auditórios de 23 Assembléias Legislativas Estaduais.

Previamente foi realizada, na cidade de Gramado-RS, uma oficina preparatória, com lideranças empresariais e parlamentares, para
nivelar as suas posições sobre aquela proposta de um novo marco regulador do setor.

Ao final, foram levantados os pontos críticos e sugeridas mudanças na redação e/ou supressão de 54 artigos no anteprojeto (de
um total de 70 artigos). Essas recomendações, aprovadas no VI Cbratur, foram encaminhadas ao Ministério do Turismo, gerando
uma nova versão do anteprojeto de Lei Geral do Turismo.

59
: : Anexos

Na sétima versão do Cbratur, as discussões concentraram-se no papel dos municípios como vetor básico do desenvolvimento
turístico nacional. Em painéis e oficinas, procurou-se nivelar conhecimentos sobre três eixos temáticos: a gestão pública do Turismo,
os produtos turísticos e o orçamento da União - em especial, as emendas parlamentares.

Ao avaliarem os entraves/dificuldades enfrentados pelos municípios no fomento da atividade turística, prefeitos, parlamentares,
secretários estaduais e municipais de Turismo, empresários, consultores e professores acabaram por identificar quatro grupos de
deficiências. São elas: a falta de sensibilização dos gestores e das comunidades para a importância do Turismo; a fraca articulação
institucional existente entre as principais instâncias de governo; a baixa capacitação técnica para planejamento e gestão do
Turismo; e o escasso conhecimento sobre os processos de liberação e capitação de recursos financeiros para o Turismo.

Dentre as recomendações feitas pelos participantes destacou-se a proposta de incentivo à aprendizagem para o desenvolvimento
de competências técnico-gerenciais capazes de aprimorar a qualificação dos gestores para o exercício das políticas públicas do setor
e o engajamento das comunidades nas instâncias deliberativas do Turismo (fóruns e conselhos estaduais e municipais).

60
: : Anexos

4.2 : : Entidades e Empresas Participantes

Abav – Associação Brasileira de Abeoc/GO Abla/GO


Agências de Viagens
Abeoc/MG Abla/SP
Abav/AP
Abeoc/PR ABOTTC – Associação Brasileira
Abav/BA das Operadoras de Trens Turísticos
Abeoc/RJ
Culturais
Abav/CE
Abeoc/SE
ABR – Associação Brasileira de
Abav/DF
Abeta – Associação Brasileira das Resorts
Abav/MA Empresas de Turismo de Aventura
Abraccef – Associação Brasileira
Abav/MS Abeta/MG de Centros de Convenções e Feiras

Abav/MT Abetar – Associação Brasileira das Abraccef/PB


Empresas Aéreo Regional
Abav/PA Abrajet – Associação Brasileira de
Abgtur/PR Jornalistas de Turismo
Abav/RJ
ABIH – Associação Brasileira da Abrajet/AL
Abav/RN
Indústria Hoteleira
Abrajet/MG
Abav/SE
ABIH/AM
Abrajet/PA
Abav/TO
ABIH/BA
Abrajet/PE
Abbtur – Associação Brasileira de
ABIH/CE
Bacharéis em Turismo Abrajet/PR
ABIH/DF
Abbtur Nacional Abrasel – Associação Brasileira de
ABIH/ES Restaurantes e Empresas de
Abbtur/AM Entretenimento
ABIH/MS
Abbtur/CE Abrasel/AL
ABIH/PE
Abbtur/MA Abrasel/BA
ABIH/PR
Abbtur/MG Abrasel/MA
ABIH/RN
Abbtur/MG Abrasel/MT
ABIH/RS
Abbtur/PR Abrasel/PR
ABIH/SC
ABCMI/MT Abrasel/SC
ABIH/SE
ABCMI/TO Abrasel/TO
ABIH/TO
ABEML/MA Abraser/RS
Abla – Associação Brasileira das
Abeoc – Associação Brasileira de Abrastur – Associação Brasileira
Locadoras de Automóveis
Empresas de Eventos de Cooperativas e Clubes de
Abla/ES Turismo Social

61
: : Anexos

Abraturr – Associação Brasileira AMHT/CE C&VB – João Pessoa/PB


de Turismo Rural
Ampefort/CE Cachaçaria Água Doce/AL
Abresi – Associação Brasileira das
Entidades de Gastronomia, Hospita- Ampliar Eventos/MG Caderno de Turismo/PB
lidade e Turismo Angel Turismo e Eventos/PA Café do Teatro/AC
AC&OB/SE Arca – FIC/CE Caixa Econômica Federal/PA
Accor/Parthenon/MA Ariaú Towers – Hotelaria/AM Câmara de Turismo/RS
Acic/PE Assarte – Associação Acreana de Câmara de Vereadores de
Adetur/MG Artesãos Salvador/BA

ADMRS/SC Assembléia Legislativa/PA Caribenha Viagens e Turismo/PA

Adtur/TO Assembléia Legislativa/PB Cathedral/RR

Afa Hotéis e Turismo/AC Associação Comercial de CBCVB/RS


Abaetetuba/PA
Agência de Desenvolvimento Cefet – Marechal Deodoro/AL
Turístico do Estado de Tocantins Associação Comercial do Pará/PA
Cefet/CE
Agência Onça Pintada – Agência Associação de Turismo/PA
Cefet/RR
de Viagens/AM Avatar – Consultoria/AL
CEmp/Ulbra/TO
Agetur – Agência Goiana de Avelino Eventos/PA
Turismo Central de Pesquisa – Centro
Bahiatursa Universitário Newton Paiva/MG
Ageturb/PA
Bananal Ecotour/TO Centro Universitário Augusto
Agotur – Associação Goiana do Motta – Unisuam/RJ
Turismo Rural Banco Central do Brasil/PA
Centro Universitário Barão de
Ahita/PE Banco da Amazônia/PA Mauá – Unimauá/SP
AL Turismo/MS Banco da Amazônia/TO Centro Universitário do Triângulo –
Alpen Park/RS Belotur – Estácio de Sá/MG Unitri/MG

Amam – Associação de Belotur – Tropa Serrana/MG Centro Universitário Ibero–


Municípios/PA Americano/SP
BHCVB/MG
Amazonastur – Empresa Estadual Centro Universitário Metodista –
Bito – Brazilian Incoming Travel IPA/RS
de Turismo do Estado do Amazonas Organizations
Ambat – Associação de Municí- Centro Universitário Monte Serrat
BNB S/A/CE – Unimonte/SP
pios/PA
Brisa Mar Hotel/MA Centro Universitário Newton
Ametur/MG
Paiva/MG

62
: : Anexos

Centro Universitário Nove de Convention & Visitors Bureau/DF Faculdade Cambory/GO


Julho – Uninove/SP
Convention Bureau de Ilhéus/BA Faculdade Cathedral/RR
Centro Universitário Plínio Leite –
Unipli/RJ Convention Bureau/BA Faculdade da Amazônia Ocidental/AC

Centro Universitário Salesiano de Coohotur – Cooperativa de Faculdade da Fundação Educacio-


São Paulo – Unisal/SP Desenvolvimento da Atividade nal Araçatuba/SP
Hoteleira e Turística/RN
Centro Universitário Sant’Anna – Faculdade de Ciências Humanas
Unisant’Anna/SP Cooperar/TO de Garça/SP

Cetur/CE Corporate Assessoria e Faculdade de Ciências, Cultura e


Consultoria/MG Extensão do Rio Grande do Norte –
Ceulp/ULBRA Facex
Cruiser/MT
Chalé do Trigo/AC Faculdade de Natal – FAL/RN
Curiaú Turismo/AP
Chalés da Dona Branca/AL Faculdade de Sergipe – Fase/ES
Curitiba Convention & Visitors
Chevrolet Hall/MG Bureau/PR Faculdade Diadema – FAD/SP
Clip Turismo/PI CVB – Balneário Camboriú/SC Faculdade do Sul da Bahia –
Fasb/BA
Clube dos Lojistas do Shopping Detur/RR
Iguatemi/SP Faculdade do Sul de Mato
Diretriz/PR Grosso/MG
Cluster de Entreterimento/BA
ELT – Consultoria/PE Faculdade Editora Nacional –
CNC – Confederação Nacional do Faenac/SP
Comércio Empetur – Empresa de Turismo de
Pernambuco S/A Faculdade Idepe/SP
Colombo Drumond Assessoria e
Consultoria/MG Emtursa/BA Faculdade Integrada do Ceará
Colombo Turismo/PA Esamaz/PA Faculdade Latino Americana –
Executive Travel – Agência de FLA/GO
Companhia de Turismo–Ciptur/PA
Turismo/AL Faculdade Machado de Assis –
Comtur/MS Fama/RJ
Êxitus/MG
Consulado da Venezuela/RR Faculdade Natalense de Ensino e
Fabel – Faculdade de Belém/PA
Contratuh – Confederação Cultura/RN
Nacional dos Trabalhadores em Facinter/PR
Faculdade Santa Rita – Fasar/MG
Turismo e Hospitalidade Faculdade Triângulo Mineiro/MG
Faculdade São Lucas/RO
Convention & Exhibition Center – Faculdade Anchieta/SP
Expotrade/PR Faculdade Taboão da Serra/SP
Faculdade Câmara Cascudo/RN
Faculdade Unime de Ciências

63
: : Anexos

Sociais – Lauro de Freitas/BA Turismo e Hospitalidade do Estado tes Estaduais de Turismo


do Rio de Janeiro
Faculdades Fafit/SP Fórum Empresarial de Turismo/MT
Federação dos Empregados em
Faculdades Integradas de Coxim/MS Turismo e Hospitalidade dos Estados Fórum Estadual de Turismo/BA
Faculdades Integradas Hélio de Goiás e Tocantins Fórum Estadual Turismo/GO
Alonso – Facha/RJ Federação dos Empregados em Fórum Municipal de Turismo/MT
Faculdades Integradas Pitágoras– Turismo e Hospitalidade dos Estados
FIP/MG de Bahia, Sergipe e Alagoas. Fórum para o Turismo Sustentável
no Paraná
Faculdades Integradas Teresa Federação dos Empregados em
Martin – Fatema/SP Turismo e Hospitalidade do Estado Fundação Comunitária de Ensino
de Minas Gerais Superior de Itabira – Funcesi/MG
Faculdades Nordeste/CE
Federação dos Empregados em Fundação de Cultura Carnavales-
Faculdades Piratininga – FAPI/SP Turismo e Hospitalidade do Estado ca/PE
Fametro/AM do Paraná Fundação de Cultura de Caruaru/PE
Fapan/PA Federação dos Empregados em Fundação de Turismo do Mato
Turismo e Hospitalidade do Estado Grosso do Sul
Fazenda Araruna/PA de Santa Catarina
Fundação Garibaldi/AC
Fazenda Wind – Peixe Boi/PA Fellini Turismo/RS
Fundação Getúlio Vargas/SP
FBAJ – Federação Brasileira de Fenagtur – Federação Nacional
Albergues da Juventude dos Guias de Turismo Fundação Pantanal Convention
Visitors Bureau/MT
FBC&VB – Federação Brasileira de Fetec/RR
Convention & Visitors Bureau Fundação SOS Mata Atlântica/SP
Fetrato – Federação dos Trabalhado-
FBCVB/RS res na Área do Turismo/MT Gazeta do Turismo/BA
FCDL/PA Fiep/PR GCVB – Goiânia Convention &
Visitors Bureau
FCVB/CE FIR/PE
Giltur/MA
FCVB/SC FNHRBS – Federação Nacional de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Gonçalves Advogados Associados/PA
Federação dos Empregados em Similares
Comércio Hoteleiro, Bares e Simila- Grupo Ponto/AC
res do Estado do Rio Grande do Sul FNHRGS/RS
Guaraná Mania/RR
Federação dos Empregados em FOHB – Fórum de Operadores
Turismo e Hospitalidade do Estado Hoteleiros no Brasil. Hidro–Rondônia
de São Paulo Hikari/PA
Fórum de Turismo de Cuiabá/MT
Federação dos Empregados em Hotéis Canariu’s/PE
Fórum dos Secretários e Dirigen-

64
: : Anexos

Hotéis Vila Rica/SP Instituto de Hospitalidade/BA MT Eventos/MT


Hotel 3 Nações/RR Instituto do Grande ABC de Mundial Turismo/PA
Ensino/SP
Hotel Araguaia–ABIH/Cooperar/TO Neatus–UFT/TO
Instituto Municipal de Turismo/PR
Hotel Farol/PA Ocidental Agência de Viagens e
Instituto Superior de Ciências Turismo/AC
Hotel Hilton Belém/PA Aplicadas–Isca/SP
PMFG/AP
Hotel Ideal/RR Instituto Vale do Cricaré/ES
Paramazônia Turismo/PA
Hotel Monte Líbano/RR Ipeturis – Instituto de Pesquisas e
Capacitação em Turismo/SP Paraná Turismo
Hotel P. Colônia/MA
Itarget/CE Paratur – Companhia Paraense de
Hotel Paraíso das Águas/AL Turismo
Hotel Ponta D’Areia/MA Joandre Ferraz Advogados
Associados/SP Parayba Convention/PB
Hotel Regente/PA Pátria Turismo/MG
José Ferreira de Lemos ME/PA
Hotel Rio Vermelho/GO PBTUR – Empresa Paraibana de
Kanindé/RO
Hotel Solar da Águia Turismo Turismo
Rural/DF Lamazone Turismo/AP
Piemtur – Empresa de Turismo do
Hotel Trevo/RR Lanches 15/RO Piauí

Hotel Tropical Tambaú/PB Lecytur Viagens e Turismo/PA PMPB Amaparí/AP

Hotel Ver–o–Peso/PA Localiza Rent a Car/TO PMPBA/AP

Hotel Vila Rica/PA Lusotur/PA PMSN/AP

Iesan/PA M. Zero Turismo/AP Pontifícia Universidade Católica –


PUC Campinas/SP
IFPD/RR Maceió Convention Bureau/AL
Pontifícia Universidade Católica –
Incaper/ES Maceió Mar Hotel/AL PUC São Paulo
Infraero – Aeroportos Brasileiros Manary Hotel/RN Posseidon Tur/MA
Instituto Acá/MS Manaustur/AM Pousada Campo Lourdes/MS
Instituto Anhaguera de Ciência e MEA Nascimento/PA Pousada Cupuaçu/AP
Tecnologia – FAJ/SP Meta Linhas Aéreas/RR Pousada das Acácias/AL
Instituto de Educação Superior de Microlins/PA
Brasília – Iesb/DF Pousada Fazenda Ribeirão das
Minasplan/MG Flores/PR
Instituto de Estudos Superiores
da Amazônia – Iesam/PA Modulares/MT Pousada Talismã/RR

65
: : Anexos

Pratica Eventos/CE Sebrae/AC Secretaria de Estado de Turismo


de Minas Gerais
Prefeitura de Manaquiri/AM Sebrae/AM
Secretaria de Estado do Turismo
Prefeitura de Vitória/ES Sebrae/BA do Paraná
Prefeitura do Moju/PA Sebrae/CE Secretaria de Estado do Turismo
Prefeitura Municipal de Brejo da Sebrae/ES do Rio Grande do Norte
Madre de Deus/PE Secretaria de Estado do Turismo,
Sebrae/MS
Prefeitura Municipal de Maragogi/AL Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul
Sebrae/MT
Prefeitura Municipal de Moreno/PE Secretaria de Planejamento do
Sebrae/PA Estado do Pará
Princes Jóias/RR
Sebrae/PB Secretaria de Turismo de Nativi-
Projeto Calypso –Transportes/AL dades/TO
Sebrae/PE
Puma Air/PA Secretaria de Turismo de Coseara/TO
Sebrae/PR
RBM Turismo/PE Secretaria de Turismo de João
Sebrae/RR
Redecard/SP Pessoa/PB
Sebrae/RS
Restaurante Big Lanche/AC Secretaria de Turismo de Recife/PE
Secovi/RO
Restaurante China Norte/AC Secretaria de Turismo de
Secretaria da Cultura e Turismo Rondônia
Restaurante Cleovan/AC do Estado da Bahia
Secretaria de Turismo de Soure/PA
Restaurante Dona Maria/PI Secretaria da Produção e do
Turismo do Mato Grosso do Sul Secretaria de Turismo do Distrito
Restaurante Master/TO Federal
Secretaria de Desenvolvimento do
Restaurante O Amarelinho/AC Turismo do Estado do Mato Grosso Secretaria de Turismo do Estado
de Alagoas
Restaurante Sabor à Lenha/PI Secretaria de Desenvolvimento
Econômico de Roraima Secretaria de Turismo do Estado
Restaurante Senac/MA de São Paulo
RioTur Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Turismo e Esportes de Secretaria de Turismo do Estado
Rodnell – Agência de Turismo/CE Pernambuco de Sergipe

Roraima Adventures/RR Secretaria de Estado da Organiza- Secretaria de Turismo do Estado


ção do Lazer de Santa Catarina do Acre
Santur – Santa Catarina Turismo S/A
Secretaria de Estado de Desen- Secretaria de Turismo do Estado
Santur – SOL/SC do Paraná
volvimento Econômico e Turismo do
São Paulo Turismo/SP Espírito Santo Secretaria de Turismo do Rio de
Janeiro/Turisrio

66
: : Anexos

Secretaria do Município de Senac/MA Sesc/BA


Bezerros/PE
Senac/MS Sesc/ES
Secretaria do Turismo da Paraíba
Senac/MT Sesc/GO
Secretaria do Turismo do Amapá
Senac/PA Sesc/MA
Secretaria do Turismo do Estado
do Ceará Senac/PB Sesc/MG

Secretaria e Coordenadoria de Senac/PE Sesc/MT


Desenvolvimento Econômico de Senac/PI Sesc/PA
Maringá/PR
Senac/PR Sesc/PE
Secretaria Especial de Estado e
Promoção Social/PA Senac/RJ Sesc/PI

Secretaria Estadual de Cultura e Senac/RO Sesc/PR


Turismo/BA Sesc/RR
Senac/RR
Secretaria Extraordinária para o Sesc/RS
Senac/RS
Desenvolvimento do Turismo do
Maranhão Senac/SC Sesc/RS
Secretaria Indígena/AP Senac/SE Sesc/SE
Secretaria Municipal de Turismo Senac/SP Sesc – Casa Amarela/PE
de Porto Seguro/BA
Senac/TO Sesc – Turismo Social/PE
Secult/CE
Senat/PB Setfor / Fanor–CE
Sedetur/ES
Sepi/AP Setfor/CE
Sedtur/MT
Seplan/TO Setur – Secretaria de Turismo/AP
Selvaterra Turismo/RO
Sepof/PA Setur – Secretaria de Turismo/CE
Semdec – PMT/PI
Seprod/PA SHRBS/PE
Senac/AC
Serconsul/BA SHRGS/RS
Senac/AM
Sesc Caldas Novas/GO SICMT/MT
Senac/AP
Sesc Santo Amaro/PE Simaco/PR
Senac/BA
Sesc/AC SIMS/AP
Senac/ES
Sesc/AL Sindbar/AP
Senac/GO
Sesc/AP Sindbares/ES

67
: : Anexos

Sindecombares – Sindicato dos Sindicato dos Garçons/RO Sinteac – Sindicato dos Trabalha-
Empregados no Comércio de Bares, dores em Educação do Acre
Restaurantes, Pizzarias, Churrasca- Sindicato dos Guias de Turismo/PB
rias, Boates e Similares do Estado Sintrahotéis/ES
Sindicato dos Hotéis e Restauran-
do MT tes da Baixada e Sul Fluminense/RJ Sircom/RO
Sindegtur/PR Sindicato dos Hotéis e Restauran- Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindercon/DF tes de Barra Mansa e Região/RJ Senac/AC

Sindetur/AM Sindicato dos Hotéis, Bares e Sistema Fecomércio–Sesc–


Restaurantes/RN Senac/AM
Sindetur/AP
Sindicato dos Hotéis, Restauran- Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindetur/MG tes, Bares e Similiares – Campina Senac/AP
Grande/PB
Sindetur/MT Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindicato HRBS/PA Senac/AL
Sindetur/PA
Sindicato Rural/DF Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindetur/PR Senac/BA
Sindieventos/CE
Sindetur/RN Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindiex/ES Senac /CE
Sindeventos/DF
Sindihoteis/CE Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindhobar/DF
Sindiloc – Sindicato Locadoras de Senac /DF
Sindhorbs/MA Veículos, Bens e Móveis do Paraná Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindhotel/RO Sindloc/ES Senac /ES
Sindhotel/TO Sindotel – Sindicato dos Hotéis, Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindicato de Hotéis de Várzea Restaurantes, Bares e Similares de Senac /MA
Grande/MT Curitiba/PR Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindicato de Turismo e Hospitali- Sindpeças/RO Senac/MG
dade de Goiás SindRio/RJ Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindicato do Comércio de Cornélio Senac/MT
Singetur/PB
Procópio/PR Sistema Fecomércio–Sesc–
Singtur/AL Senac/MS
Sindicato do Comércio Ponta
Grossa/PR Singtur/AP Sistema Fecomércio–Sesc–
Sindicato dos Contabilistas do Senac/PA
Singtur/MT
Estado do Pará Sistema Fecomércio–Sesc–
Singtur/SE
Sindicato dos Contadores/PA Senac/PE
Sinhores/PI

68
: : Anexos

Sistema Fecomércio–Sesc– Tropical Hotel/AM Universidade do Vale do Itajaí –


Senac/PB Univali/SP
TurisRio/RJ
Sistema Fecomércio–Sesc– Universidade Estácio de Sá –
Senac/PI UEA/AM Ourinhos/SP
Sistema Fecomércio–Sesc– UFRJ Universidade Estadual Mato
Senac/PR Ulbra/TO Grosso do Sul/MS
Sistema Fecomércio–Sesc– Unama – Rádio/PA Universidade Federal de Juiz de
Senac/RN Fora/MG
UNB/CET – Universidade de
Sistema Fecomércio–Sesc– Brasília – Centro de Excelência em Universidade Federal de
Senac/RO Turismo/DF Pernambuco – UFPR
Sistema Fecomércio–Sesc– UNB/PE Universidade Federal do Estado do
Senac/RR Rio de Janeiro – UniRio/RJ
Unicap/PE
Sistema Fecomércio–Sesc– Universidade Federal do Mato
Senac/RS Unicenp/PR Grosso do Sul/MS
Sistema Fecomércio–Sesc– Unidas Rent a Car/TO Universidade Federal do Paraná/PR
Senac/RJ
Uniderp/MS Universidade Federal do Rio
Sistema Fecomércio–Sesc– Grande do Norte – UFRN
Uninorte/AM
Senac/SE
Unitur Turismo/PR Universidade Federal Rural do Rio
Sistema Fecomércio–Sesc– de Janeiro
Senac/SP Universidade Anhembi Morumbi/SP
Universidade Fumec/MG
Sistema Fecomércio–Sesc– Universidade Católica Dom Bosco/MS
Senac/SC Universidade Metodista de
Universidade Cruzeiro do Sul – Piracicaba – Unimep/SP
Sistema Fecomércio–Sesc– Unicsul/SP
Senac/TO Universidade Norte do Paraná –
Universidade de Fortaleza – Unopar/PR
Spei/PR Unifor/CE
Universidade Paulista – Unip/SP
Taca/PA Universidade de São Paulo – USP/SP
Universidade Potiguar – UNP/RN
Taj Mahal Hotel/AM Universidade de Sorocaba –
Universidade São Judas Tadeu/SP
Uniso/SP
TAM/MT
Universidade do Estado do Rio Universidade São Marcos – USM/SP
Terranobre Operadora de Turismo/SP Grande do Norte – Facem/RN Universidade Tuiuti/PR
Tocatur/RR Universidade do Estado do Rio Universidade Veiga de Almeida –
Top Solution/PR Grande do Norte – UERN/RN UVA/RJ
Tradetur – Brejo/PB

69
: : Anexos

Universo/MG
Varanda das Bromélias/RS
Vila do Mar/RN
WR3 Festas & Eventos/AP
Yes Rent a Car/RR

70
: : Anexos

4.3 : : Equipe Técnica do VIII Cbratur

Coordenação Executiva Moderadores Equipe Técnica Responsável

Roberto Velloso Álvaro Negrão do Espírito Santo Interpretação e Consolidação do


Arthur Bosisio Andréa Zimmermann Resultado das Propostas e
Antonio Henrique Borges Paula Celso Roberto Crocomo Recomendações:
Edith Afonseca Eduardo Rombauer Antonio Henrique Borges Paula
Elieser Souza Humberto Figueiredo
Eliete Gomes Luis Gustavo Patrucco
Fábio Zimmermann Márcia Leitão
Coordenação Técnica Francisco de Assis Mesquita Almeida Roberto Rezende
Isabel Castro Tatiana Espíndola
Arthur Bosisio Jayth Filho
Antonio Henrique Borges Paula Jefferson Gazoni
Iracema Candida Coelho Marques José Gabriel Pesce Júnior
Luiz Otávio Caldeira Paiva Maiza Santana Neville Ribeiro Editoração
Roberto Rezende Mardônio Botelho Filho
Tatiana Espíndola Margarida M. M. Ramos Senac Nacional
Meraldo Rocha
Neusa Zimmermann
Nirval Queiroz
Rafael Cordiolli
Ricardo José Senna
Roberto Rezende Confederação Nacional do Comércio
Tânia Mara SBN Quadra 1 - Bloco B - nº 14
Tatiana Espíndola 15º ao 18º andares
CEP 70041-902
Brasília - DF
Tel.: (61) 3329-9500
www.cnc.com.br

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