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Comportamento(s) Agressivo(s)

Comportamento agressivo é queixa frequente de pais, mães, professores e até dos


profissionais de saúde. Estas queixas também estão relacionadas aos resultados negativos,
impacto ou consequências que este tipo de comportamento provoca no ambiente, bem com o
facto de que a agressividade infantil poder-se manter ou agravar-se na adolescência e vida
adulta.

Mas o que é a agressividade? A agressividade é um comportamento caracterizado por uma


alta ativação, tanto fisiológica como emocional, que uma pessoa pode experimentar perante
uma situação que considera adversa. O que quer dizer que, as respostas da agressividade
entendidas como ira, cólera ou irritação são adaptativas na medida em que nos ajudam a
enfrentar uma situação, mas são inadequadas quando nos prejudicam. Portanto, a
agressividade é um instinto próprio do ser humano

As crianças têm manifestações de agressividade desde muito cedo. Ora vejamos, os bebés
pequenos têm comportamentos agressivos, não como impacto físico mas sim como impacto
psicológico. Ou seja, recorrem ao choro e gritos (por vezes com persistência) e expressões
faciais para exprimir o seu descontentamento ou frustração. Podemos considerar as
manifestações vocais e faciais de zanga como os primeiros sinais de agressividade nos bebés.
Antes do primeiro ano são capazes de morder, beliscar, dar pontapés ou bater, tendo
coordenação motora suficiente para isso. Por volta dos três anos são capazes de desenvolver
um comportamento agressivo mais elaborado, tendo em conta o desenvolvimento motor e a
consolidação da marcha. A agressividade vai diminuindo de intensidade à medida que o
cérebro vai amadurecendo e desde que a criança seja educada e ensinada, logo nos primeiros
anos, a reprimir e controlar os impulsos agressivos para que depois o consiga lidar com a
frustração.

As causas para estas crises de agressividade das crianças são várias e as fúrias tornam-se
menos preocupantes caso os pais as consigam antecipar e compreender, de forma a ajudar os
filhos a contorná-las. Portanto, a adolescência não é a fase em que as crianças são mais
agressivas. É uma fase de desenvolvimento em que a agressividade é até uma forma de a
criança estabelecer a sua independência. Os pais têm de compreender que as crianças
exprimem as emoções de forma não organizadas através de comportamentos menos corretos.
A situação tende a fugir ao controlo dos pais quando a agressividade começa a ser uma
constante. Para que estas situações sejam minimizadas, enumero algumas soluções que
permitirão actuar de forma adequada na maior parte das situações. Assim, devemos:

- Observar a conduta da criança para o premiar quando actua correctamente;

- Ignorar, se possível, as condutas inadequadas;

- Ter normas de comportamento muito claras;

- Favorecer sempre o diálogo e a possibilidade de estabelecer acordos com a criança;

- Estar convencido de que a criança está sempre a aprender e portanto, pode mudar.

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