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INSTITUCIONAL
O Curso Mege adota um modelo completamente inovador de ensino jurídico, em que procura individualizar sua
atuação para cada candidato, com atuações em fases e concursos específicos – com a mentalidade de personalizar o estudo
através de treinamentos, suporte, envio de materiais inéditos, videoconferências para aulas exposi vas cole vas,
videoconferências individuais (professor e aluno) para correções de a vidades, planejamento de estudo e desempenho de
a vidades voltadas para a realidade de cada desafio. Com essa dinâmica o Mege tornou-se um recordista de aprovações em
2015.
A Equipe é formada por Professores com experiência em preparatórios para carreiras jurídicas; Ex-examinadores de
concursos para Magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública; Juízes de Direito; Promotores de Jus ça; Defensores
Públicos; Autores de obras jurídicas; Doutores; Mestres; Especialistas; Pesquisadores; em uma verdadeira fusão de
experiências e conhecimentos em prol da especialização de ensino (notadamente, no fortalecimento do conteúdo jurídico).
As turmas apresentam metodologias próprias adaptadas para a realidade de cada concurso, em cada uma de suas
fases. O Mege u liza videoconferências individuais simuladas de prova oral (com banca formada por membros de seu corpo
docente ), envio de material para revisão, após a pesquisa de cada banca específica (com a u lização de ques onamentos
adotados em outros certames da mesma organizadora, além de outros inéditos propostos pelo curso como palpites de
novas abordagens); treinamentos de apresentações em provas de tribunas, com casos inéditos e outros já u lizadas por
bancas examinadoras; realização de provas discursivas manuscritas simuladas, simulados de peças prá cas, vídeo-aulas
gravadas sobre temas pontuais, simulados de provas obje vas, aulas de revisão, videoconferências individuais sobre peças
prá cas (professor e aluno) etc. Cada proposta especificada para aquilo que a Equipe Mege considera como o mais
apropriado para cada realidade.
Em termos de resultados, o Curso Mege aprovou (em defini vo) somente em 2015 (entre Fevereiro de 2015 e
Dezembro de 2015):
27 Juízes de Direito no TJ-PE (1º, 2º, 3º, 5º e 7º lugares na Prova Oral do concurso);
28 Promotores de Jus ça no MP-PA (100% de aprovação, 1º lugar na prova oral, 1º lugar na prova de tribuna);
19 Defensores Públicas na DPE-PA (100% de aprovação, 3º lugar prova oral, 3º e 5º na classificação geral).
Nesses dados não contabilizamos aprovações de nossos alunos em primeira e segunda fases (por não serem
defini vas). Embora o curso tenha se destacado com um número expressivo de resultados, como no úl mo TJ-PE (em sua
segunda fase), por exemplo, onde os alunos do Mege registraram as maiores notas do concurso tanto na sentença penal
(10,0), como na sentença cível (9,6).
Atuamos, nesse momento, com turmas de primeira fase (regular), segunda fase e provas orais específicas. É
importante ressaltar que a mentalidade de personalização de ensino, sempre com limitação de vagas, associada à pesquisa
aplicada para cada banca, cada fase e sempre com a intenção de anteciparmos questões e temas de prova, o que ocorre
com frequência, tem sido mo vo de obtenção, corriqueiramente, das primeiras colocações.
EQUIPE
A equipe Mege de atuação neste Simulado de Prova Obje va para primeira fase de Magistratura Estadual é
composta pelos seguintes professores:
COORDENADOR
RAFAEL MAIA TEIXEIRA. Defensor Público na Defensoria Pública do Estado do Ceará (banca FCC). Ex-Juiz de
Direito no Tribunal de Jus ça do Rio de Janeiro (aprovado no XLVI concurso, 2014, aos 25 anos de idade); aprovado
para Promotor de Jus ça do Ministério Público do Maranhão (banca MPPR, 2014); Defensor Público do Estado de
Goiás (banca UFG, 2014); graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará - UFC; especialista em Direito
Penal e Processual Penal.
PROFESSORES
ANA LUIZA MADEIRO CRUZ. Juíza de Direito do Tribunal de Jus ça do Estado de São Paulo (concurso 185). Ex-
Promotora de Jus ça no Estado do Pará (nomeada aos 25 anos de idade); Graduada em Direito pela Universidade
de Fortaleza; pós-graduada em Direito Cons tucional.
BEATRIZ FONTELES GOMES PINHEIRO. Defensora Pública na Defensoria Pública do Estado do Ceará (3º lugar até a
fase de tulos). Aprovada para Juíza de Direito subs tuta do Tribunal de Jus ça do Estado do Ceará (aprovada em
6º lugar - FCC, 2015); aprovada para Defensora Pública do Distrito Federal (CESPE/UNB 2013); aprovada para
Analista do Ministério Público do Estado do Ceará (aprovada em 2º lugar - FCC, 2013); aprovada para Analista do
Ministério Público da União (CESPE/UNB 2013); graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC);
especialista em Direito e Processo do Trabalho.
EDISON PONTE BURLAMAQUI. Juiz de Direito no Tribunal de Jus ça do Rio de Janeiro (aprovado no XLVI
concurso, 2014); aprovado para Analista do Ministério Público da União (2013); aprovado para Analista Judiciário
do TRF da 5ª Região (2013); aprovado para Analista do Ministério Público do Estado do Ceará (2013); graduado
em Direito pela Fundação Getúlio Vargas – EDESP; especialista em Direito Público.
FLAVIO OLIVEIRA LAUANDE. Aprovado para Juiz de Direito subs tuto do Tribunal de Jus ça do Estado do Pará
(2014); Aprovado para a fase oral do atual concurso do TJRN, CESPE/UNB (aguarda resultado da prova oral até
esta data); aprovado para Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará (2012); aprovado para advogado do Banco
do Estado do Pará (2013); aprovado para Analista do Ministério Público da União (2010 e 2013); aprovado para
Analista Judiciário do TRF da 1ª Região (2011); aprovado para Analista Judiciário e para Oficial de Jus ça Avaliador
do TRT da 8ª Região (2011 e 2013, respec vamente); aprovado para Auxiliar Judiciário do Tribunal de Jus ça do
Estado do Pará (2011); graduado pela Universidade Federal do Pará.
PRISCILLA SILVA HOLANDA. Aprovada para Defensora Pública do Distrito Federal (CESPE/UNB, 2013); aprovada
para Defensora Pública do Estado de Goiás (UFG, 2014); aprovada para Defensora Pública do Estado do Ceará
(FCC, 2015); aprovada nas provas obje va, discursiva e de sentenças, aos 25 anos de idade, do concurso de Juiz de
Direito subs tuto do Tribunal de Jus ça do Estado do Ceará - não fez a prova oral por não possuir os três anos de
a vidade jurídica (FCC, 2015); aprovada para Analista do Ministério Público do Estado do Ceará (FCC, 2013);
aprovada para Analista do Ministério Público da União (CESPE/UNB 2013); aprovada para Analista Judiciário do
Tribunal de Jus ça do Estado do Ceará (FCC, 2014); graduada pela Universidade Federal do Ceará - UFC;
especialista em Direito Penal e Processual Penal.
RAFAEL ALMEIDA SOUZA. Juiz de Direito do Tribunal de Jus ça do Estado de São Paulo (concurso 185). Aprovado
nos Concursos Públicos para Ingresso na Magistratura do Estado do Ceará (2º lugar na prova oral) e Promotor de
Jus ça no Ministério Público do Estado da Bahia. Bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador. Pós-
Graduado em Direito do Estado pela Universidade Federal da Bahia.
TIAGO GRIGORINI. Juiz de Direito do Tribunal de Jus ça do Estado de São Paulo (concurso 185). Ex-Analista do
Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Pós-graduado lato sensu em Direito Cons tucional.
GABARITO COMENTADO
Direito Civil
1. Segundo dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:
(A) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país noventa dias depois de oficialmente
publicada.
(B) Uma vez publicada sem expressa menção, a lei brasileira passa a vigorar no país e no exterior, quando admi da
em território estrangeiro, quarenta e cinco dias após a efe va publicação.
(C) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei
anterior.
(D) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, des nada a correção, o prazo deste
ar go e dos parágrafos anteriores começará a correr da publicação anterior.
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RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Questão simples tratando sobre disposi vos da LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro), sendo essa uma tradição em provas de Direito Civil da Vunesp, ora trazendo textos de lei,
ora trazendo casos interpreta vos.
A alterna va correta (“c”) traz a literalidade do ar go 2ª, § 2º, da LINDB, ao passo que os demais foram
ligeiramente modificados, a fim de confundir o aluno.
Vamos às demais alterna vas:
ITEM A - Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada..
o
ITEM B – Art. 1º (...) § 1 Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admi da, se inicia três meses depois de oficialmente publicada
ITEM D – Art. 1º (...) § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, des nada a
correção, o prazo deste ar go e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
COMENTÁRIOS
O tema ausência não foi cobrado nos úl mos concursos do TJRJ, razão pela qual apostamos que poderá
ser tratado nesse certame. O tema, em si, não tem maiores dificuldades doutrinárias, sendo que suas
minúcias se encontram nos diferentes prazos e na proximidade que existe entre a sucessão defini va e
a provisória. Recomenda-se uma leitura atenta sobre todos os ar gos. A alterna va correta (“b”) trata
da literalidade do ar go 28 do Código Civil.
Vamos aos ar gos objetos da presente questão:
item A - Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar
mandatário que não queira ou não possa exercer ou con nuar o mandato, ou se os seus poderes forem
insuficientes.
Item C - Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou
representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se
declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Item D - Art. 30. Os herdeiros, para se imi rem na posse dos bens do ausente, darão garan as da
res tuição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respec vos.
3. A empresa “A” emi u notas promissórias em favor da empresa “B” em um contrato empresarial. Os tulos de
crédito venceram e a devedora não pagou o débito, razão pela qual a empresa “B” ajuizou execução de tulo
extrajudicial. Tentou-se a citação da empresa “A” em sua sede (um ponto alugado), mas ficou constatado que ela
havia encerrado suas a vidades, já que o local estava abandonado. Diante disso, e tendo apenas essas
informações, a exequente pediu ao juiz o redirecionamento da execução para os sócios da empresa “A” (Tício e
(D) Nas relações jurídicas regidas pelo Código Civil, o encerramento irregular das a vidades da empresa autoriza,
por si só, a desconsideração da pessoa jurídica e o consequente direcionamento da execução para a pessoa do
sócio.
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RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
COMENTÁRIOS
A presente questão busca chamar a atenção do aluno para a necessária atualização jurisprudencial. O
tema tratado na questão fora decidido pelo STJ no REsp 1.334.005-GO, Rel. originário Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallo , julgado em 8/4/2015 e veiculado no
Informa vo 564 daquele Tribunal. O entendimento trazido pelo julgado, encontra-se estampado na
alterna va “d”, sendo que as demais correspondem a enunciados de súmulas e de Jornadas que foram
superados pela decisão (A - Súmula 105 STF; B - Súmula 61 STJ; C - Enunciado 187 da Jornada de Direito
Civil).
É que os enunciados acima foram aprovados ainda sob a égide do CC-1916. Atualmente, com a redação
do art. 798 do CC 2002 e com o novo entendimento do STJ manifestado no REsp 1.334.005-GO, o que
podemos concluir é que as duas súmulas encontram-se SUPERADAS. Isso porque o critério adotado
pelo Código Civil atual é meramente temporal (menos ou mais de 2 anos). O CC 2002 abandonou o
critério da premeditação. A premeditação do suicídio não serve para nada e não deve nem sequer ser
trazida para a discussão.
A redação do art. 798 do CC é muito clara e direta: se o suicídio ocorrer dentro dos dois primeiros anos
do contrato, a seguradora não está obrigada a indenizar o beneficiário. Em outras palavras, durante os
dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, o suicídio é risco não coberto por força
de lei. Perceba que o legislador estabeleceu um critério obje vo para regular a matéria, sendo,
COMENTÁRIOS
Trata-se de uma questão elaborada a fim de que sejam fixados os conceitos dos diferentes pos de
defeitos do negócio jurídico. Como são temas parecidos e de fácil confusão, trata-se de um “prato
cheio” para questões de múl pla escolha, devendo o aluno ter bem fixado as diferenças e as
par cularidades de cada ins tuto. In casu, os temas foram propositadamente trocados, sendo que
apenas a alterna va “c” expressa a realidade do respec vo ins tuto, reproduzindo o ar go 147 do
COMENTÁRIOS
Seguindo tradição das provas VUNESP, trabalhamos os temas prescrição e decadência dentro do
Código Civil, que quase sempre podem ser observados nas provas. Nessa questão, mesclamos aquilo
de mais di cil sobre o tema (interrupção em obrigações com mais de credor ou devedor), com questões
mais tranquilas como prazo e reconhecimento de o cio.
O gabarito da questão, alterna va “b”, traz a literalidade do art. 204, § 1º do CC.
Vamos às demais alterna vas:
Item A – Art. 204: A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos
demais coobrigados.
Item C - Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Item D – Art. 210. Deve o juiz, de o cio, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
COMENTÁRIOS
Questão que sempre vêm à tona e que sempre aparece em diversos concursos.
A simplicidade do rol esconde uma dificuldade temá ca sobre quais são, de fato, os direitos reais. Uma
confusão que sempre ocorre nas provas paira sobre a relação de posse e propriedade. Propriedade é
direito real, posse não! Recomenda-se uma leitura atenta acerca dos incisos do ar go 1.225 do CC, a
fim de garan r pontos preciosos em uma questão, aparentemente, simples, mas que por vezes
confunde o aluno.
Ressalte-se, por fim, que a maioria da doutrina entende ser o rol taxa vo, embora não exaus vo. Ou
seja, apenas aqueles direitos posi vados podem ser considerados direitos reais, entretanto, a
legislação pode incluir outros direitos.
Veja o disposi vo:
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a super cie;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a an crese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso; e
XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à
União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas en dades
delegadas e respec va cessão e promessa de cessão.
COMENTÁRIOS
Questão adaptada de outro concurso da mesma banca que, por ser extremamente didá ca e abordar
mais de um tema, demandando a combinação de vários ar gos, nos chamou a atenção e merece ser
compar lhada.
De plano, merece ser lembrado que os “pombinhos” da questão já se encontram na idade núbil,
porquanto possuem 16 anos, e já poderiam, desde que autorizado pelos pais ou responsáveis,
proceder o matrimônio. Não se olvide que, em razão da nega va de um dos cônjuges, solução não resta
senão a supressão do consen mento via judicial, tal como ocorrera.
Esse o teor do ar go 1517, c/c ar go 1631, do CC.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se
autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não
a ngida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no
parágrafo único do art. 1.631.”
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar
aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com
exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é
assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Entretanto, a legislação, embora autorize o casamento, limita a liberdade da escolha do regime
enquanto perdurar a menoridade. Segundo explica a doutrina, por circunstâncias de ordem pública,
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prá ca de todos os atos da vida civil.
II - pelo casamento;
A presente questão trata tema eminentemente legisla vo, que vem sendo cobrado em diversos
certames para a Magistratura. Não obstante esteja afastado das úl mas provas, deve-se ter uma
atenção especial a ele.
O gabarito da questão, alterna va “d”, trata da literalidade do ar go 1815 do Código Civil.
Vamos às demais alterna vas:
Item A: ERRADO.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa sica;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas que enumeradas no art. 1.814, autorizam a
deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa sica;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com
o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
*Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, coautores ou par cipes de homicídio doloso, ou
tenta va deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da
herança de dispor livremente de seus bens por ato de úl ma vontade.
Item B: ERRADO.
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser
ordenada em testamento.
Item C: ERRADO.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro
excluído sucedem, como ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
11. João impetrou um Mandado de Segurança em desfavor de ato da autoridade impetrada, tendo indicado na
pe ção inicial igualmente a pessoa jurídica que essa integra. No ficada a autoridade coatora e no ficado o órgão
de representação judicial da pessoa jurídica interessada, aquela prestou informações e esta ingressou no feito,
apresentando manifestação. Após a prolação da sentença concessiva da segurança, João desis u do writ.
Considerando a situação hipoté ca acima e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a alterna va
correta:
(A) João não poderia desis r do Mandado de Segurança após a prolação de decisão de mérito.
(B) A desistência somente poderá ser homologada se houver o consen mento da autoridade coatora e da pessoa
jurídica que integra, pois já houve no ficação das mesmas nos autos.
(C) O juiz deverá homologar a desistência, pois o impetrante pode desis r da impetração independentemente da
aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da en dade estatal interessada, mesmo após prolação de
decisão de mérito.
(D) João poderá pedir desistência independente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da
en dade estatal interessada, mas deverá ser condenado ao pagamento de honorários advoca cios em favor das
en dades de representação judicial destas.
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RESPOSTA: C
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DICA: De acordo com a análise de provas pretéritas da VUNESP, referente a concurso para ingresso na
magistratura do Rio de Janeiro (TJ/RJ), observa-se tendência de ser cobrada, em todas as provas,
questão envolvendo o tema “Mandado de Segurança”, razão pela qual recomendamos o estudo da Lei
n. 12.016/2009, dos verbetes de súmulas aplicáveis e da jurisprudência dos Tribunais Superiores.
A questão acima aborda uma virada jurisprudencial ocorrida no seio do STF no ano de 2013. É um
assunto que já foi e ainda deve ser bastante cobrado em provas.
No bojo do RE 669.367/RJ, com repercussão geral reconhecida, o Plenário do STF (alterando seu
entendimento predominante anterior), firmou o posicionamento de que a desistência do Mandado de
Segurança é uma prerroga va de quem o propõe, que pode exercê-la a qualquer tempo, sem anuência
da parte contrária e independentemente de já ter havido decisão de mérito, ainda que favorável ao
impetrante.
Segundo explicitado pelo site “Dizer o Direito”, “Para o STF, o MS é uma ação conferida em bene cio do
cidadão contra o Estado e, portanto, não gera direito à autoridade pública coatora de ver o mérito da
questão resolvido”.
Confira-se a ementa do julgado do Pretório Excelso mencionado acima:
EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA.
PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE DESISTÊNCIA
12. Quanto à oposição, como forma de intervenção de terceiros, é correto dizer que:
(A) Trata-se de modalidade de intervenção de terceiros provocada.
(B) A oposição somente pode ser oferecida até a prolação da sentença.
(C) A oposição será sempre autuada em apenso e deverá ser julgada em conjunto com a ação principal, na mesma
sentença.
(D) Oferecida a oposição depois de iniciada a audiência, seguirá o rito sumário, sendo julgada de forma prejudicial
à ação principal.
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RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ITEM A - ERRADO
A oposição, ao lado da assistência, é modalidade de intervenção voluntária de terceiros,
“considerando-se que o terceiro ingressa com a oposição como fruto exclusivo da sua vontade. É
indiscu vel que o terceiro poderá aguardar a solução do processo já existente, optando pela definição
judicial do vencedor para só então demandar contra o vitorioso” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção.
Manual de direito processual civil: volume único. 5. ed. Rev. e atual. São Paulo: Método, 2013, p.
233/234).
ITEM B - CORRETO
A limitação no tempo procedimental para oferecimento de oposição está prevista no art. 56 do CPC:
“Art. 56.Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que
controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer
oposição contra ambos.
A limitação tem razão de ser. Ora, a oposição traz ao autos uma nova demanda, um novo elemento, que
é a alegação do opoente de que o direito controver do nos autos, em verdade, não é nem do autor
nem do réu, mas seu. Essa demanda também necessita passar por escorreito procedimento, para as
partes envolvidas possam sobre ela se manifestar e produzir as provas que entenderem per nentes.
Por outro lado, o fato de já ter sido proferida sentença não afasta o eventual direito do opoente,
13. Proposta determinada ação, o magistrado indeferiu a pe ção inicial e ex nguiu o feito sem resolução de
mérito. A parte autora interpôs apelação, admi da pelo juízo a quo, sem que tenha havido retratação, e
encaminhada ao Tribunal. Nesse caso, assinale a alterna va CORRETA:
(A) O CPC prevê, tão somente para os casos de indeferimento da pe ção inicial, a possibilidade de o juiz prolator
da decisão exercer juízo de retratação.
(B) No caso apresentado, se a causa versar questão exclusivamente de direito e es ver em condições de imediato
julgamento, o Tribunal pode julgar desde logo a lide, em razão da aplicação da Teoria da Causa Madura.
(C) Para o CPC/73, também no caso de ex nção do processo com resolução de mérito em razão do
reconhecimento de prescrição ou decadência é cabível o julgamento de pronto da lide pelo Tribunal, desde que o
processo esteja pronto para imediato julgamento do mérito.
(D) O STJ admite a aplicação da Teoria da Causa Madura ao recurso ordinário cons tucional.
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RESPOSTA: B
ITEM A - ERRADO
O CPC/73 prevê, em verdade,dois casos específicos para os quais admite-se que o juízo a quo, mesmo
após proferida sentença, exerça juízo de retratação:
- casos de indeferimento da pe ção inicial;
- casos de julgamento liminar de improcedência.
“Art. 296.Indeferida a pe ção inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão.
Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão
imediatamente encaminhados ao tribunal competente”.
“Art. 285-A. Quando a matéria controver da for unicamente de direito e no
juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos
idên cos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-
se o teor da anteriormente prolatada.
Par. 1º. Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias,
não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação”.
ITEM B - CORRETO
Trata-se da previsão do art. 515, par. 3º, do CPC/73:
“Art. 515.A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
(...)
Par. 3º.Nos casos de ex nção do processo sem julgamento de mérito (art.
267),o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão
exclusivamente de direito e es ver em condições de imediato julgamento.
Observe-se que são necessários três requisitos para tanto:
- que o processo tenha sido ex nto sem julgamento de mérito;
- que a causa verse questão exclusivamente de direito;
- que esteja em condições de imediato julgamento.
Para a doutrina: “a possibilidade desse julgamento imediato do mérito pelo tribunal vem sendo
chamada de 'teoria da causa madura', visto que somente nos casos em que o processo esteja pronto
para imediato julgamento de mérito o tribunal poderá aplicar o disposi vo legal ora comentado”
(NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil: volume único. 5. ed. Rev. e
atual. São Paulo: Método, 2013, p. 656/657).
ITEM C - ERRADO
Como visto acima, o CPC/73 prevê a aplicação da Teoria da Causa Madura em sede recursal apenas para
os casos em que tenha havido a ex nção do processo sem julgamento de mérito (art. 267). Como é de
geral sabença, o processo ex nto por prescrição ou decadência contém uma decisão de mérito (art.
14. Maria envolveu-se em um acidente de trânsito com Mário e seus veículos automotores, que lhe ocasionou
danos materiais e morais. Diante disso, ingressou com ação de reparação no foro do local do acidente. Nessa
situação, Maria:
(A) Ingressou com a ação no foro correto, pois se trata de hipótese de competência funcional e, portanto,
absoluta.
(B) Poderia, indis ntamente, ter ingressado com a ação no foro do seu domicílio.
(C) Deverá valer-se do procedimento ordinário se o valor da causa for superior a 60 (sessenta) salários mínimos.
(D) Não poderia ter optado por ingressar com a ação no foro do domicílio do Mário.
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RESPOSTA: B
ITEM A - ERRADO
A competência, no caso, é territorial, e não funcional, e rela va.
A competência funcional ocorre nas seguintes hipóteses básicas:
- de acordo com as fases do procedimento;
- em relação a ação principal e ações acessórias e incidentais;
- pelo grau de jurisdição;
- pelo objeto do juízo.
CUIDADO: A regra é que a competência territorial é rela va, mas deve-se ter cuidado com as previsões
do microssistema de processo cole vo.
Por exemplo, a competência territorial para as Ações Civis Públicas está prevista no art. 2º da Lei n.
7.347/85, cujo teor é o seguinte.
“Art. 2º. As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde
ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a
causa”.
Trata-se de uma hipótese especial, pois, a despeito de se tratar de competência territorial (que, em
regra, é rela va), possui natureza absoluta.
“O art. 2º da LACP qualifica a competência na ação civil pública como
funcional. Ela é determinada ra one loci, pelo local do dano, o que,
normalmente, implicaria hipótese de competência rela va. Sem embargo,
por ser funcional, a competência aí estabelecida é absoluta. Sendo absoluta,
pode ser declinada de o cio, pelo órgão jurisdicional, a qualquer tempo, e é
inalterável pela vontade das partes”. (ANDRADE, Adriano. MASSON, Cleber.
ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e cole vos esquema zado. 4.ed. rev.,
atual. e ampl. São Paulo: Método, 2014, p. 129).
ITEM B - CORRETO
Há previsão, no parágrafo único do art. 100 do CPC, de foros territoriais concorrentes para a
propositura de ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos:
“Art. 100.É competente o foro:
(...)
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local
do fato”.
ITEM C - ERRADO
O rito aplicável é o do procedimento sumário, qualquer que seja o valor da causa, por expressa
15. A respeito dos Embargos de Terceiro e do posicionamento do STJ, julgue as seguintes asser vas:
I – É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de
compra e venda de imóvel, dispensado, para tanto, o registro do contrato em cartório de imóveis.
II –Por possuírem natureza de ação, admite-se que haja anulação de ato jurídico, por fraude contra credores, no
bojo de Embargos de Terceiro.
III – Por se tratar de uma ação que visa a defesa da posse de bens indevidamente a ngidos por constrição judicial,
não se admite Embargos de Terceiro de natureza preven va.
Está correto o previsto nos itens:
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I, e III.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
ITEM A - CORRETO
Trata-se do teor da Súmula 84 do STJ, bastante abordada em concursos públicos.
Súmula 84. É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em
alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel,
ainda que desprovido do registro.
COMENTÁRIOS
ITEM A – ERRADO
Via de regra, o processo cautelar encontra-se vinculado a um processo principal, seja quando
preparatório seja quando incidental. Essa é a previsão do art. 796 do CPC:
“Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do
processo principal e deste é sempre dependente”.
Existem, porém, medidas cautelares excepcionais que conservam uma natureza sa sfa va, em que o
próprio procedimento cautelar já supre o interesse da parte, sendo despicienda a propositura de um
processo principal:
“É preciso observar, entretanto, que as 'cautelares sa sfa vas' não
desapareceram por completo por dois mo vos fundamentais. Em alguns
casos, em razão de uma tradição que não mais se sustenta, como na hipótese
do processo cautelar de sustação de protesto. Além disso, existem previsões
no próprio ordenamento jurídico indicando a existência de cautelar nominada
com natureza indiscu velmente sa sfa va, como se verifica na cautelar:
a) De alimentos provisionais;
COMENTÁRIOS
ITEM A – ERRADO
A citação pelo correio, de fato, é a forma preferencial de citação, mas não se encontra restrita à
comarca ou seção judiciária, podendo ser feita para qualquer comarca do País:
“Art. 222. A citação será feita pelo correio,para qualquer comarca do país,
exceto”:
ITEM B – CORRETO
A citação no processo de execução é uma exceção clássica à regra de citação pelo correio:
“Art. 222. A citação será feita pelo correio,para qualquer comarca do país,
exceto:
(...)
d) nos processo de execução”.
DICA NCPC:O CPC/2015 não mais reproduz a proibição de citação postal para os processos de
execução. Essa é uma novidade por supressão.
ITEM C – ERRADO
A citação das pessoas jurídicas de direito público também é uma exceção à regra da citação postal:
“Art. 222. A citação será feita pelo correio,para qualquer comarca do país,
exceto:
(...)
c) quando for ré pessoa de direito público”.
ITEM D – ERRADO
A frustração da citação por correio demanda a citação por oficial de jus ça (mandado):
“Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de jus ça nos casos
ressalvados no art. 222 ou quando frustrada a citação pelo correio”.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ITEM A – ERRADO
O CPC prevê, em verdade, que não se admite sentença ilíquida nos processos sujeitos ao rito comum
sumário previsto no art. 275, II, alíneas “d” e “e”:
“Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à
sua liquidação.
(...)
Par. 3º.Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art.
275, inciso II, alíneas “d” e “e” desta Lei, é defesa a sentença ilíquida,
cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor
devido”.
ITEM B – ERRADO
O recurso cabível da decisão de liquidação é o agravo de instrumento:
“Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento”.
ITEM C – ERRADO
O STJ, interpretando o par. 1º do art. 475-J do CPC/73 (que prevê que o prazo para oferta de
impugnação começa a correr após a in mação do executado do auto de penhora e avaliação), firmou o
entendimento de que a impugnação somente pode ser apresentada se o juízo es ver garan do:
RECURSO ESPECIAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. PENHORA E INTIMAÇÃO DO DEVEDOR. GARANTIA DO JUÍZO.
IMPUGNAÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO.
1. Somente a par r da in mação do executado a respeito da penhora realizada
nos autos é que se inicia o prazo para impugnação, a teor do que dispõe o § 1º
do art. 475-J do Código de Processo Civil.
2. A garan a do juízo é requisito necessário à admissão da impugnação ao
CPC/1973 CPC/2015
Par. 1º.Do auto de penhora e de avaliação art. 523 sem o pagamento voluntário,
será de imediato intimado o executado, na inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que
ou, na falta deste, o seu representante legal, penhora ou nova intimação, apresente, nos
19. Romeu foi citado para conhecer e responder a uma determinada ação. Romeu pode:
(A) Se a ação for subme da ao rito comum sumário, apresentar pedido contraposto no bojo da própria
contestação.
(B) Oferecer reconvenção dentro do prazo legalmente previsto para defesa, independentemente do momento de
apresentação da contestação.
(C) Apresentar reconvenção independentemente de conexão com a ação principal ou com o fundamento da
defesa, em homenagem ao princípio da economia processual.
(D) Se a ação for subme da ao rito comum sumário, reservar-se para indicar as provas que deseja produzir apenas
na fase probatória.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
ITEM A – CORRETO
Ao passo em que, no procedimento comum ordinário, eventual demanda que o réu possua contra o
autor, atendidos os requisitos per nentes, deve ser formulada via reconvenção; no procedimento
comum ordinário, pode ser feito pedido contraposto, no bojo da própria contestação:
“Art. 278. Não ob da a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência,
resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e,
se requerer perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar
assistente técnico.
Par. 1º. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, desde
que fundado nos mesmo fatos referidos na inicial”.
ITEM B – ERRADO
Se o réu pretender contestar e reconvir, deverá fazê-lo simultaneamente. Ou seja, se a contestação foi
protocolada antes e a reconvenção depois, ainda que dentro do prazo legal para defesa, não poderá ser
20. No que se refere às ações de despejo regulamentadas pela Lei n. 8.245/92, NÃO se pode afirmar que:
(A) Terão rito ordinário, com algumas regras próprias.
(B) Conceder-se-á liminar para desocupação, independentemente de audiência da parte contrária e de caução.
(C) Os sublocatários serão cien ficados da ação e poderão intervir nos autos na qualidade de assistentes.
(D) Se o despejo ver por fundamento a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, o locatário poderá
evitar a rescisão da locação e elidir a liminar de desocupação se efetuar depósito judicial que contemple toda a
dívida.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
ITEM A – CORRETO
É o que prevê o art. 59 da Lei do Inquilinato:
“Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo
terão o rito ordinário”.
ITEM B – ERRADO
O erro da asser va encontra-se em sua parte final, em que se afirma ser dispensável a caução. O par. 1º
do art. 59 da Lei n. 8.245/92 exige a realização de caução para fins de liminar de desocupação:
“Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo
terão o rito ordinário.
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias,
independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada a
caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que verem
por fundamento exclusivo”:
ITEM C – CORRETO
Confira-se a previsão norma va:
“Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo
terão o rito ordinário.
(...)
2º Qualquer que seja o fundamento da ação dar - se - á ciência do pedido aos
sublocatários, que poderão intervir no processo como assistentes”.
ITEM D – CORRETO
Confira-se a previsão norma va:
“Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo
terão o rito ordinário.
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias,
independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada a
caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que verem por
fundamento exclusivo”:
(...)
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento,
estando o contrato desprovido de qualquer das garan as previstas no art. 37,
por não ter sido contratada ou em caso de ex nção ou pedido de exoneração
dela, independentemente do mo vo.
(...)
§ 3º. No caso do inciso IX do § 1o deste ar go, poderá o locatário evitar a
rescisão da locação e elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 (quinze)
dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de
cálculo, efetuar depósito judicial que contemple a totalidade dos valores
devidos, na forma prevista no inciso II do art. 62.
21. De acordo com o entendimento recentemente sumulado pelo STJ, nas ações em que se pleiteia o
ressarcimento dos valores pagos a tulo de par cipação financeira do consumidor no custeio de construção de
rede elétrica, o prazo prescricional é de ________ anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do Código
Civil de 2002, o prazo é de _________ anos, se houver previsão contratual de ressarcimento, e de _________ anos
na ausência de cláusula nesse sen do, observada a regra de transição disciplinar no seu ar go 2.028.
Completam, correta e respec vamente, as lacunas as expressões con das em:
(A) vinte / cinco / três.
(B) vinte / dez / três.
(C) vinte / dez / cinco.
(D) dez / cinco / dois.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Súmula 547, STJ: Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a tulo de
par cipação financeira do consumidor no custeio de construção de rede elétrica, o prazo prescricional
é de vinte anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do Código Civil de 2002, o prazo é de
cinco anos se houver previsão contratual de ressarcimento e de três anos na ausência de cláusula
nesse sen do, observada a regra de transição disciplinada em seu art. 2.028.
COMENTÁRIOS
Súmula 548, STJ: Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro
de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a par r do integral e efe vo pagamento do débito.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ITEM A: ERRADO
Art. 54, CDC:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas
pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discu r ou
modificar substancialmente seu conteúdo.
ITEM B: ERRADO
Art. 54, §1º, CDC:
Art. 54. […]
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do
contrato.
ITEM C: ERRADO
Art. 54, §2º, CDC:
Art. 54. […]
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a
alterna va, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no §
2° do ar go anterior.
ITEM D: CORRETO
Art. 54, §4º, CDC:
Art. 54. […]
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão
ser redigidas com destaque, permi ndo sua imediata e fácil compreensão.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ITEM A: ERRADO
Art. 63, CDC:
Art. 63. Omi r dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou
periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
ITEM B: CORRETO
Não cons tui crime, mas, tão-somente, prá ca abusiva prevista no art. 39, inciso X, do CDC:
Art. 39. […]
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
ITEM C: ERRADO
Art. 64, CDC:
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
O item correto é o C, pois é a transcrição literal do art. 36, parágrafo único do ECA.
O item A está incorreto, conforme o parágrafo único do art. 37, que dispõe: “somente sendo deferida a
tutela à pessoa indicada na disposição de úl ma vontade, se restar comprovado que a medida é
vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de assumi-la.”
O item B está incorreto, pois a tutela, de acordo com o art. 36, caput, do ECA, será deferida, nos termos
da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.
O item D está incorreto, pois o art. 37, caput, do ECA dispõe que “o tutor nomeado por testamento ou
qualquer documento autên co, conforme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de
10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão,
ingressar com pedido des nado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos
arts. 165 a 170 desta Lei”. Assim, o ECA não faz nenhuma restrição quanto ao po de testamento que irá
nomear o tutor.
26. Analise as seguintes asser vas, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente:
I – Nenhuma criança ou adolescente poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais
ou responsável, sem expressa autorização judicial, salvo as expressas exceções legais.
II – Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional
poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
III – Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente es ver
acompanhado de ambos os pais ou responsável ou, caso viaje na companhia de apenas um dos pais, esteja
autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida.
(A) Apenas I está correta.
(B) Apenas II está correta.
COMENTÁRIOS
O item I está incorreto, pois, a proibição somente se aplica às crianças, podendo os adolescentes viajar
livremente, desde que dentro do território nacional.
O item II está correto, conforme art. 85 do ECA
O item III está correto, de acordo com o art. 84 do ECA.
I – A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incon nen comunicados à
autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada, devendo ser, desde
logo, examinada, sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
II – A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias,
prorrogável por igual período. Ressalte-se que a decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios
suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
III – O adolescente civilmente iden ficado não será subme do a iden ficação compulsória pelos órgãos policiais,
de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
O item I está correto, pois é a transcrição literal do art. 107 do ECA.
O item II está incorreto, pois o prazo de internação provisória é IMPRORROGÁVEL. De qualquer modo,
se faz importante a leitura do art. 108 do ECA.
O item III está correto, pois é a transcrição literal do art. 109 do ECA.
COMENTÁRIOS
Todas as alterna vas trazem aspectos compreendidos pelo direito de liberdade, segundo o art. 16 do
ECA, SALVO o item B, pois o inciso I do ECA tem a seguinte disposição: “ir, vir e estar nos logradouros
públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;”.
Direito penal
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Art. 13, § 2º, Código Penal:
Art. 13. […]
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir
para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
COMENTÁRIOS
ITENS A e B: ERRADOS
Súmula 533, STJ: Para o reconhecimento da prá ca de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é
imprescindível a instauração de procedimento administra vo pelo diretor do estabelecimento
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado cons tuído ou defensor público
nomeado.
ITEM C: CORRETO
Súmula 534, STJ: A prá ca de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime
de cumprimento de pena, o qual se reinicia a par r do come mento dessa infração.
ITEM D: ERRADO
Súmula 535, STJ: A prá ca de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou
indulto.
RESPOSTA: B
32. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, regula-se pelo máximo da pena priva va de
liberdade cominada ao crime, verificando-se em:
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Art. 109, Código Penal:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
o
disposto no § 1 do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena
priva va de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a
oito;
quatro;
34. No que tange aos crimes de periclitação da vida e da saúde, marque o item correto:
(A) Cons tui crime a conduta de exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garan a, bem como o
preenchimento prévio de formulários administra vos, como condição para o atendimento médico-hospitalar de
urgência.
(B) Cons tui crime expor alguém, por qualquer meio, a contágio de molés a venérea, de que sabe ou deve saber
que está contaminado.
(D) A pena cominada ao crime de abandono de incapaz é majorada em um terço se a ví ma é pessoa com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
ITEM C: CORRETO
O crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, previsto no art. 132 do Código Penal, é subsidiário,
devendo ser atribuído apenas quando a conduta pra cada não configurar crime mais grave.
ITEM D: ERRADO
Art. 133, Código Penal:
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer mo vo, incapaz de defender-se dos riscos
resultantes do abandono:
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
[...]
§ 3º - As penas cominadas neste ar go aumentam-se de um terço:
[...]
III – se a ví ma é maior de 60 (sessenta) anos.
(B) A diferença entre sequestro e cárcere privado consiste no fato de que, enquanto este implica apenas em
privação da liberdade, aquele implica em privação da liberdade com confinamento.
RESPOSTA: A
36. De acordo com o entendimento sumulado do STJ, a u lização de papel-moeda grosseiramente falsificado
configura, em tese, o crime de _________, da competência da __________. Completam, correta e
respec vamente, as lacunas as expressões con das em:
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Súmula 73, STJ: A u lização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de
estelionato, da competência da Jus ça Estadual.
37. Acerca da competência no direito processual penal, assinale a alterna va correta, em conformidade com o
entendimento sedimentado do STJ:
(A) É aplicável o critério da prevenção quando em algum dos delitos apurados forem iden ficados indícios de
transnacionalidade e de conexão com outros delitos a jus ficar o deslocamento do julgamento dos delitos
conexos para a competência para a Jus ça Federal.
(B) Compete à Jus ça Comum Estadual processar e julgar crime em que indígenas figurem como autor e ví ma.
Entretanto, caso a mo vação dos delitos inves gados gire em torno de disputa pela liderança da aldeia, restará
caracterizada ofensa a interesses cole vos da aldeia, atraindo a competência da jus ça federal.
(C) A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pelo lugar
em que se consumar a infração, ou, no caso de tenta va, pelo lugar em que for pra cado o úl mo ato de
execução.
(D) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da qualificação
do órgão expedidor, não importando a en dade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Alterna va A – Incorreta, consoante súmula 122 do STJ:
Compete a jus ça federal o processo e julgamento unificado dos crimes
conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78,
II, "a", do Código de Processo Penal. (Súmula 122, TERCEIRA SEÇÃO, julgado
em 01/12/1994, DJ 07/12/1994 p. 33970).
Vide também o seguinte julgado, datado de 25/11/2015:
“Ausentes os elementos necessários para infirmar a constatação da Jus ça
Federal de que, no processo sob sua responsabilidade, há indícios de
transnacionalidade do delito, não há como se corroborar a tese do suscitante
de que prevento para o julgamento do feito é um terceiro juízo estadual que
autorizou a busca e apreensão de produtos em suas farmácias. Isso porque é
inaplicável o critério da prevenção quando em algum dos delitos apurados
forem iden ficados indícios de transnacionalidade e de conexão com outros
delitos a jus ficar o deslocamento do julgamento dos delitos conexos para a
competência para a Jus ça Federal (Súmula 122/STJ). Não houve, ademais, na
hipótese em exame, demonstração cabal de que o suscitante responde por
processos em juízos diferentes em decorrência do mesmo fato.
Alterna va B – Correta. De fato, caracterizada ofensa a interesses cole vos da tribo, afasta-se a
38. Acerca das fontes materiais do direito processual penal, indique a alterna va que não contempla
competência atribuída cons tucionalmente aos Estados Membros:
(A) Normas processuais, quando autorizadas por lei aprovada por maioria de votos editada pela União.
(C) Normas a nentes a criação, funcionamento e processo dos Juizados Especiais Criminais.
RESPOSTA: A
39. Acerca dos recursos no direito processual penal, assinale a alterna va correta em conformidade com o
entendimento dos tribunais superiores:
(A) A interposição de recurso, sem efeito suspensivo, contra decisão condenatória, não obsta a expedição de
mandado de prisão, forte no princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade.
(B) Cabe reclamação para o Supremo Tribunal Federal quando a autoridade judiciária intercepta o acesso à
Suprema Corte do agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória do trânsito a recurso
extraordinário, entendimento esse aplicável no âmbito dos Juizados Especiais Criminais.
(C) Os embargos infringentes do julgado proferido pelo STF em sede de processo penal originário não subsistem
em nosso ordenamento posi vo ante a ausência de previsão legal, forte nos princípio da legalidade e da
segurança jurídica. Isso porque, embora haja previsão no Regimento Interno do STF, este não possui status, força
e eficácia de lei.
(D) Previsto no art. 580 do CPP, o efeito extensivo dos recursos consiste na possibilidade de estender o resultado
favorável advindo de qualquer dos fundamentos do recurso interposto por um dos réus a outros acusados que
não tenham recorrido.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
Alterna va A – Incorreta. Embora traduza o teor da sumula 267 do STJ, tal súmula encontra-se
superada, justamente em face do princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade:
“2. No entanto, o Plenário do STF, no julgamento do HC-84.078/MG, ocorrido
em 5/2/2009, concluiu que "ofende o princípio da não-culpabilidade a
execução da pena priva va de liberdade antes do trânsito em julgado da
sentença condenatória, ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde
que presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312 do CPP"
(Informa vo n. 534 do STF).
3. Nos mesmos termos, encontra-se a jurisprudência desta Corte Superior,
que, inclusive, reconhece a perda de eficácia do enunciado da Súmula n. 267
desta Casa (como, por exemplo, MC-15.238/SC, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta
Turma, DJ de 28/9/2009; AgRg no HC-294.338/MG, Rel. Min. Jorge Mussi,
Quinta Turma, DJ de 25/8/2014; HC-293.344/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Sexta
Turma, DJ de 3/10/2014).
HC 292665 / MG - HABEAS CORPUS 2014/0086180-0 Relator(a) Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA (1170) Órgão Julgador T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento 18/08/2015 Data da Publicação/Fonte DJe 25/08/2015
Alterna va B – Correta, consoante entendimento pacífico do STF, senão vejamos:
SÚMULA 727: NÃO PODE O MAGISTRADO DEIXAR DE ENCAMINHAR AO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DA
DECISÃO QUE NÃO ADMITE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, AINDA QUE
REFERENTE A CAUSA INSTAURADA NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS.
Tal súmula também se aplica aos juizados especiais criminais, o que se pode verificar na Reclamação
2.193-9 (páginas 147 e 148 do voto do relator - voto acompanhado à unanimidade).
Alterna va C – Incorreta, consoante entendimento do STF na famosa AP 470, entendimento esse
também constante na AP 409, senão vejamos:
“Os embargos infringentes do julgado proferido pelo STF em sede de
processo penal originário ainda subsistem em nosso ordenamento posi vo,
eis que a norma inscrita no art. 333, inciso I, do RISTF foi recebida pela vigente
Cons tuição da República com força e eficácia de lei. Precedente: AP 470-
AgR-vigésimo sexto/MG, Pleno, julgado em 18/09/2013.
Essa modalidade recursal -- de que somente a Defesa pode u lizar-se contra
condenações penais originárias proferidas pelo STF -- depende, quanto à sua
admissibilidade, da existência, em favor do réu, de, pelo menos, 04 (quatro)
votos vencidos de conteúdo absolutório em sen do próprio, não se
revelando possível, porém, para efeito de compor esse número mínimo, a
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Alterna va A – Incorreta, pois traduz o conceito das condições gerais da ação penal:
Condições gerais da ação são aquelas que devem estar presentes em qualquer ação penal,
independente da natureza ou po legal infringido. Consistem em:
a) Possibilidade jurídica do pedido
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Alterna va A – Incorreta, posto que a hipoteca incide sobre bens imóveis lícitos, nos termos dos
ar gos 134 e 135 do CPP:
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida
pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da
infração e indícios suficientes da autoria.
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte
es mará o valor da responsabilidade civil, e designará e es mará o imóvel ou
imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará logo
proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel
ou imóveis.
§ 1o A pe ção será instruída com as provas ou indicação das provas em que se
fundar a es mação da responsabilidade, com a relação dos imóveis que o
responsável possuir, se outros ver, além dos indicados no requerimento, e
com os documentos comprobatórios do domínio.
§ 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis
designados far-se-ão por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador
judicial, sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo respec vo.
§ 3o O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório,
poderá corrigir o arbitramento do valor da responsabilidade, se Ihe parecer
excessivo ou deficiente.
§ 4o O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis
necessários à garan a da responsabilidade.
§ 5o O valor da responsabilidade será liquidado defini vamente após a
condenação, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das
partes não se conformar com o arbitramento anterior à sentença
condenatória.
§ 6o Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em tulos de dívida
pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar
proceder à inscrição da hipoteca legal.
Alterna va B – Incorreta, posto que, de acordo com o ar go 137 do CPP, recai sobre bens móveis de
Alterna va A – Correta. Eis as lições doutrinárias acerca do assunto, do livro “Direito Processual
Penal Esquema zado”, de autoria de Norberto Avena:
1. Fatos axiomá cos: são aqueles considerados evidentes, que decorrem da
própria intuição, gerando grau de certeza irrefutável. Trata-se dos fatos
indiscu veis, induvidosos, que dispensam ques onamentos de qualquer
ordem. Por exemplo: a prova da putrefação do cadáver dispensa a prova da
morte, pois a primeira circunstância (putrefação) decorre da segunda (a
morte).
2. Fatos notórios: são os que fazem parte do patrimônio cultural de cada
pessoa. Por isso mesmo, aqui se aplica o princípio notorium non eget
proba one – o que é notório dispensa prova. Exemplos: Na Comarca de
Camaquã, denunciando o Ministério Público determinada pessoa por crime
contra a honra do Prefeito Municipal, será desnecessário comprovar, naquele
juízo, que a ví ma realmente foi diplomada como Chefe do Execu vo, pois essa
circunstância é por todos sabida na localidade, inclusive pelo juiz que lá
jurisdiciona. Outros exemplos: moeda nacional, condição de Presidente da
República, um feriado nacional etc.
3. Presunções legais: são juízos de certeza que decorrem da lei. Classificam-se
em absolutas (presunções jure et de jure) ou rela vas (presunções juris
tantum). As primeiras não aceitam prova em contrário, sendo exemplo a
condição de inimputável do indivíduo menor de dezoito anos. Já as segundas
admitem a produção de prova em sen do oposto, como a presunção de
imputabilidade do maior de dezoito anos, que pode ser descaracterizada a
par r de laudo de insanidade mental apontando que o indivíduo não possui
discernimento.
4. Fatos inúteis: são os que não possuem nenhuma relevância na decisão da
causa, dispensando a análise pelo julgador. São circunstâncias incidentais, de
caráter secundário, absolutamente desnecessárias à solução da lide. Exemplo:
as preferências sexuais de indivíduo acusado de crime de furto.
“Consideram-se incontroversos os fatos incontestes, ou seja, que não foram
refutados ou impugnados pelas partes. Estes, ao contrário do que ocorre no
processo civil (art. 334, III, do CPC), não dispensam a prova, podendo o juiz,
inclusive, a teor do art. 156, II, do CPP, determinar, no curso da instrução ou
antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre
ponto relevante. E não poderia ser diferente. Afinal, se a própria confissão do
crime pelo acusado não é suficiente, por si, para um juízo condenatório,
exigindo sempre confronto com os demais elementos de prova angariados ao
COMENTÁRIOS
Alterna va A - Incorreta. Deve-se atentar para algumas informações. Em primeiro lugar, a detração
apenas pode ocorrer entre penas da mesma espécie. Assim, não é aceitável que medidas cautelares
que não impliquem privação da liberdade possam implicar aba mento da pena de prisão imposta ao
réu condenado. Entrementes, devemos analisar algumas situações pontuais:
A internação provisória do acusado (art. 319, VII, do CPP), evidentemente, deve permi r a detração, a
par r, inclusive, do que dispõe o próprio art. 42 do Código Penal quando refere que se computa na pena
priva va de liberdade e na medida de segurança o tempo de internação em hospital de custódia e
tratamento psiquiátrico ou outro estabelecimento adequado.
COMENTÁRIOS
Alterna va A – Incorreta, não é caso de abertura de vista dos autos uma vez que, desclassificado o
crime, a competência passa para o Juiz Presidente, conforme ar go 492, §1º do CPP:
“§ 1º Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do
juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em
seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova pificação for
considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008).”
Alterna va B – Incorreta. Desclassificado o crime, cessa a competência do conselho de sentença,
conforme comentário da alterna va “A”.
Alterna va C – Correta, uma vez que o Juiz Presidente terá liberdade para julgamento da causa,
estando adstrito tão somente à conclusão de que não se trata de crime doloso contra a vida. Logo,
pode condenar ou mesmo absolver, desde que haja fundamento para tanto. Pode ainda, por
expressa disposição do §1º do ar go 492 do CPP, dar vista dos autos ao MP para oferecimento de
suspensão condicional do processo ou outros bene cios previstos na lei 9.099/95.
Alterna va D – Incorreta, uma vez que, conforme já exposto nos comentários das alterna vas “A” e
“B”, o Juiz-Presidente não está obrigado a condenar o réu. Trata-se, aqui, da desclassificação própria
para crime de competência do juiz singular, em face da nega va, pelo Conselho de Sentença, do dolo
de matar. Operada essa desclassificação, caberá ao juiz singular condenar ou absolver o réu.
45. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(A) Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as
inundações;
(B) Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
(C) Organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
(D) Exercer a classificação, para efeito indica vo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento dos ar gos referentes à competência dos entes da Federação, em
especial do art. 21 e 23 da CF, que tratam das competências administra vas:
Art. 21. Compete à União:
(...)
XVI - exercer a classificação, para efeito indica vo, de diversões públicas e de
programas de rádio e televisão;
(...)
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações;
(...)
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
(...)
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
(...)
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento
alimentar;
(...)
Como é possível perceber, as alterna vas A, C e D, contêm competências da União, prevista no art. 23 da CF. Já a
alterna va B é a única que prevê uma competência comum da União, dos Estados, do DF e Municípios, sendo a
alterna va correta.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento da normas referentes ao Habeas Data, con das na Lei 9.507/97:
Art. 1º, Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou
banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser
transmi das a terceiros ou que não sejam de uso priva vo do órgão ou
en dade produtora ou depositária das informações.
Art. 8º, Parágrafo único. A pe ção inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem
decisão;
Art. 9º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se no fique o coator do
conteúdo da pe ção, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo
impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias,
preste as informações que julgar necessárias.
Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação.
A alterna va A encontra-se incorreta, pois não tem caráter público o registro ou banco de dados
contendo informações de uso priva vo do órgão ou en dade produtora ou depositária das
informações. A alterna va B encontra-se incorreta, pois o prazo de 10 dias foi subs tuído pelo prazo de
15 dias. A alterna va D está incorreta, pois o recurso que combate a sentença do HD é a apelação.
47. Conforme a Cons tuição Estadual do Estado do Rio de Janeiro, são áreas de relevante interesse ecológico, cuja
u lização dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, exceto:
(A) - As coberturas florestais na vas;
(B) - A zona costeira;
(C) - O parque nacional da juca;
RESPOSTA: C
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A questão requer o conhecimento das normas da Cons tuição Estadual do Rio de Janeiro,
especificamente do capítulo que trata do Meio Ambiente:
Art. 269 da CERJ - São áreas de relevante interesse ecológico, cuja u lização
dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus
atributos essenciais:
I - as coberturas florestais na vas;
II - a zona costeira;
III - o Rio Paraíba do Sul;
IV - a Ilha Grande;
V - a Baía da Guanabara;
VI - a Baía de Sepe ba.
Como é possível perceber, o parque nacional da juca não é considerado pela Cons tuição Estadual do
Rio de Janeiro como área de relevante interesse ecológico. Dessa forma, incorreta a alterna va C.
48. Conforme a Cons tuição Federal, a República Federa va do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios, exceto:
(A) Soberania nacional;
(B) Prevalência dos direitos humanos;
(C) Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
(D) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento das normas da Cons tuição Federal, especificamente do capítulo
que trata dos Princípios Fundamentais:
Art. 4º A República Federa va do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
49. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, ao qual compete:
(A) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá
ser elaborado em trinta dias a contar de seu recebimento;
(B) Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer tulo, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações ins tuídas e man das pelo Poder Público, bem como as
nomeações para cargo de provimento em comissão e concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
(C) Realizar, somente por inicia va própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administra vas dos Poderes Legisla vo, Execu vo e Judiciário, e demais en dades responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta;
(D) Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
respec vas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento das normas da Cons tuição Federal que tratam das competências
do Tribunal de Contas da União:
Art. 71 da CF - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
50. Com base nas decisões das Cortes Superiores (STJ e STF) envolvendo a garan a do direito a saúde, é correto
afirmar que:
(A) O Poder Judiciário não pode intervir na discricionariedade da Administração Pública quanto à determinação
das quan dades de medicamentos que deve manter em estoque.
(B) Há violação ao princípio da separação dos poderes na atuação do Poder Judiciário quando este determina a
aquisição de equipamentos hospitalares ou medicamentos não previstos no orçamento.
(C) Com base no princípio da reserva do possível, deve ser indeferido o pedido de fornecimento de remédios de
alto custo ou tratamentos não oferecidos pelo sistema único de saúde a pacientes de doenças raras.
(D) Os planos de saúde podem ser obrigados a custear o tratamento domiciliar (home care) mesmo que isso não
conste expressamente do rol de serviços previsto no contrato.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
Alterna vas A e B - No informa vo 752 do STF foi decidido que a Administração Pública pode ser
obrigada, por decisão do Poder Judiciário, a manter estoque de medicamentos de modo a evitar
interrupções no tratamento, não havendo violação ao princípio da separação dos poderes no caso.
Dessa forma, incorretas as alterna vas.
Alterna va C - É entendimento pacífico no STF que o Judiciário pode determinar o fornecimento de
remédios de alto custo ou tratamentos não oferecidos pelo sistema único de saúde a pacientes de
doenças graves que recorreram à Jus ça. Dessa forma, incorreta a alterna va.
Alterna va D - No Informa vo 564 o STJ decidiu que é devido o serviço de home care (tratamento
domiciliar) ainda que não conste expressamente do rol de coberturas previsto no contrato de plano de
saúde, devendo a operadora custeá-lo em subs tuição à internação hospitalar contratualmente
prevista, desde que respeitados os seguintes requisitos: i) haja indicação desse tratamento pelo
médico assistente; ii) o paciente deseje o tratamento domiciliar; e iii) não acarrete desequilíbrio
contratual em prejuízo do plano de saúde. Dessa forma, correta a alterna va D.
51. Com base no histórico das Cons tuições Brasileiras, marque a alterna va correta:
(A) A previsão do Procurador-Geral da República como único legi mado para o exercício do controle de
cons tucionalidade de leis no Brasil teve fim com a Cons tuição de 1946, que incluiu outros legi mados com a
mesma atribuição.
(B) A Cons tuição de 1824 previa apenas o controle difuso de cons tucionalidade, tendo sido influenciada, nesse
aspecto, pelo Caso "Marbury contra Madison" decidido em 1803 pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
(C) A Cons tuição de 1937 dissolveu a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as assembleias legisla vas e as
câmaras municipais.
(D) O mandado de segurança foi primeiramente introduzido no direito brasileiro pela Cons tuição de 1946.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Alterna va A - A Cons tuição Federal de 1988 foi que modificou a competência para propor ADI,
incluindo a lista de legi mados hoje existente. Dessa forma, incorreta a alterna va A.
Alterna va B - A Cons tuição de 1824 não contemplava qualquer modalidade de controle de
cons tucionalidade das leis. Esta outorgava ao Poder Legisla vo, sob influência francesa, a atribuição
de fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las, bem como velar pela guarda da Cons tuição.
Dessa forma, incorreta esta alterna va.
Alterna va C - O art. 178 da Cons tuição de 1937 afirmava que “são dissolvidos nesta data a Câmara
dos Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legisla vas dos Estados e as Câmaras Municipais. As
eleições ao Parlamento nacional serão marcadas pelo Presidente da República, depois de realizado o
plebiscito a que se refere o art. 187”. Dessa forma, correta esta alterna va.
Alterna va D - O mandado de segurança foi introduzido inicialmente no direito brasileiro com a Cons tuição de
1934. Dessa forma, incorreta esta alterna va.
COMENTÁRIOS
Item I - Com o advento da Lei 9.868, de 1999,a questão da modulação dos efeitos da sentença foi
posi vada. O ar go 27 da referida lei estabelece que “ao declarar a incons tucionalidade de lei ou ato
norma vo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a par r de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado”. Adicionalmente, o STF tem entendimento pacificado de que é
possível a aplicação dessa técnica tanto no controle concentrado, como no difuso. Dessa forma,
correto o item.
Item II - No informa vo 695, o STF entendeu que é possível a modulação dos efeitos da decisão
proferida em recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, exigindo-se para tal o voto de
2/3 (dois terços) dos membros do STF. Dessa forma, incorreto o item.
Item III - No informa vo 543, o STF entendeu que é cabível a oposição de embargos de declaração para
fins de modulação dos efeitos de decisão proferida em ação direta de incons tucionalidade, ficando
seu acolhimento condicionado, entretanto, à existência de pedido formulado nesse sen do na pe ção
inicial. Dessa forma, correto o item III.
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento do art. 2 da Lei 9.504/97, referente às eleições para Presidente e
Governador:
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que
ob ver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
se-á nova eleição no úl mo domingo de outubro, concorrendo os dois
candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que ob ver a maioria dos
votos válidos.
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
de maior votação.
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar
mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com
ele registrado, o mesmo se aplicando à eleição de Governador.
Como é possível perceber, a alterna va A está incorreta, pois determina que o segundo turno das eleições para
Presidente e Governador ocorrerá no penúl mo domingo de outubro, quando na realidade ocorre no úl mo
domingo.
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A questão requer o conhecimento do art. 10 da Lei 9.504/97, referente à quan dade de candidatos ao
legisla vo que cada par do e coligações podem registrar:
Art. 10. Cada par do ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara
dos Deputados, a Câmara Legisla va, as Assembleias Legisla vas e as Câmaras
Municipais no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de
lugares a preencher, salvo:
I - nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a
Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada par do ou
coligação poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado
Estadual ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das respec vas
vagas;
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá
registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de
lugares a preencher.
O item I encontra-se correto, pois em conformidade com o disposi vo legal. O item II encontra-se
incorreto, pois nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos
Deputados não exceder a doze cada par do ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado
Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das respec vas
vagas. Já o Item III encontra-se incorreto, pois cem mil foi subs tuído por dez mil.
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento dos arts. 23 e ss. da Lei 9.096/95, referente às normas de fidelidade e
disciplina par dária:
Art. 23. A responsabilidade por violação dos deveres par dários deve ser
apurada e punida pelo competente órgão, na conformidade do que disponha o
estatuto de cada par do.
§ 1º Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou punição por conduta que
não esteja pificada no estatuto do par do polí co.
§ 2º Ao acusado é assegurado amplo direito de defesa.
Art. 24. Na Casa Legisla va, o integrante da bancada de par do deve
subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programá cos e
às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção par dários, na forma do
estatuto.
Art. 25. O estatuto do par do poderá estabelecer, além das medidas
disciplinares básicas de caráter par dário, normas sobre penalidades,
inclusive com desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de
voto nas reuniões internas ou perda de todas as prerroga vas, cargos e
funções que exerça em decorrência da representação e da proporção
par dária, na respec va Casa Legisla va, ao parlamentar que se opuser, pela
a tude ou pelo voto, às diretrizes legi mamente estabelecidas pelos órgãos
par dários.
Art. 26. Perde automa camente a função ou cargo que exerça, na respec va
56. Considerando as normas que tratam da prestação de contas dos Par dos Polí cos, marque a alterna va
correta:
(A) O par do está obrigado a enviar, anualmente, à Jus ça Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia
20 de abril do ano seguinte.
(B) A Jus ça Eleitoral determina, no prazo de 30 dias, a publicação dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela
não exista, procede à afixação dos mesmos no Cartório Eleitoral.
(C) Os órgãos par dários municipais que não hajam movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens
es máveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à Jus ça Eleitoral, exigindo-se do responsável
par dário a apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.
(D) A desaprovação da prestação de contas do par do poderá ensejar sanção que o impeça de par cipar do pleito
eleitoral.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A questão requer o conhecimento do art. 32 da Lei 9.096/95, referente à prestação de contas dos
par dos polí cos:
Art. 32. O par do está obrigado a enviar, anualmente, à Jus ça Eleitoral, o
balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de abril do ano seguinte.
§ 2º A Jus ça Eleitoral determina, imediatamente, a publicação dos balanços
na imprensa oficial, e, onde ela não exista, procede à afixação dos mesmos no
Cartório Eleitoral.
§ 4º Os órgãos par dários municipais que não hajam movimentado recursos
financeiros ou arrecadado bens es máveis em dinheiro ficam desobrigados de
prestar contas à Jus ça Eleitoral, exigindo-se do responsável par dário, no
prazo es pulado no caput, a apresentação de declaração da ausência de
movimentação de recursos nesse período.
§ 5º A desaprovação da prestação de contas do par do não ensejará sanção
alguma que o impeça de par cipar do pleito eleitoral.
Direito Empresarial
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ALTERNATIVA A – INCORRETA: Embora corretos os quatro aspectos apresentados, certo é que tal
conceito nos foi trazido por Alberto Asquini e não por Túlio Ascarelli. De acordo com Alberto Asquini,
jurista italiano, não existe um conceito de empresa, mas essa pode ser estudada de acordo com uma
diversidade de perfis no conceito. Para ele, empresa é "o conceito de um fenômeno jurídico poliédrico,
o qual tem sob o aspecto jurídico não um, mas diversos perfis em relação aos diversos elementos que
ali concorrem".
ALTERNATIVA B – CORRETA. De fato, ao conceituar “Empresa”, o Código Civil, em seu ar go 966, o
define como “a vidade econômica organizada (...)”, ou seja, adotou-se o perfil funcional como base
conceitual. Lembremos que em seu perfil funcional, a empresa seria uma “par cular força em
movimento que é a a vidade empresarial dirigida a um determinado escopo produ vo”, ou seja, uma
a vidade econômica organizada. Já os perfis obje vo e subje vo foram incorporados respec vamente
como “estabelecimento empresarial” e como empresário “pessoa sica ou jurídica exercente daquela
a vidade econômica organizada”.
ALTERNATIVA C – INCORRETA: embora de fato tenha sido adotada a Teoria da Empresa, no Brasil não se
58. Acerca dos ins tutos do direito cambiário, assinale a alterna va incorreta:
(A) Invalidam o tulo de crédito a cláusula de juros, a proibi va de endosso, a excludente de responsabilidade
pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além
dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
(B) O aval, por ser ins tuto do regime jurídico cambial, cons tui obrigação autônoma em relação à dívida
principal. Assim, caso esta seja a ngida por vício, este não se transmite para a obrigação do avalista. Por outro
lado a fiança, como obrigação acessória, leva a mesma sorte da obrigação principal a que está relacionada.
(C) O prazo prescricional de 6 (seis) meses para o exercício da pretensão à execução do cheque pelo respec vo
portador é contado do encerramento do prazo de apresentação, tenha ou não sido apresentado ao sacado dentro
do referido prazo. No caso de cheque pós-datado apresentado antes da data de emissão ao sacado ou da data
pactuada com o emitente, o termo inicial é contado da data da primeira apresentação.
(D) Consoante entendimento do STJ, aquele que recebe por endosso transla vo tulo de crédito contendo vício
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ALTERNATIVA A – INCORRETA por duas razões. Primeiro porque a asser va faz alusão ao ar go 890 do
Código Civil, que estabelece que tais cláusulas não invalidam o tulo, mas sim que serão consideradas
como não escritas, senão vejamos:
Art. 890. Consideram-se não escritas no tulo a cláusula de juros, a proibi va
de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por
despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a
que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
Em segundo lugar, trata-se de regra adotada pelo código que contraria o disposto na legislação
cambiária específica. Para visualizar, citamos o art. 5.° da Lei Uniforme, que permite que nas letras à
vista e a certo termo da vista se estabeleça cláusula de juros, desde que a taxa aplicável seja indicada
expressamente no tulo.
ALTERNATIVA B – CORRETA. O aval é uma forma de garan a, semelhante à fiança. Tanto a fiança
quanto o aval são garan as fidejussórias, ou seja, garan as com vínculo subje vo, de natureza pessoal,
realizadas tendo como base a confiança. Não são garan as reais, como a hipoteca e o penhor, em que
há um direito real sobre a propriedade, uma vez que, nestes casos, o bem é dado em garan a.
Entretanto entre elas jazem algumas diferenças, dentre as quais, a principal, é a seguinte:
O aval é uma garan a cambial (do Direito Cambiário) e autônoma com relação à obrigação do
avalizado, isto é, a invalidade da obrigação principal não invalida a obrigação do avalista (LU, art. 32).
Já fiança é uma garan a não cambial (garan a comum do Direito Civil) e acessória com relação à
obrigação do afiançado, isto é, se houver a invalidade da obrigação principal – p. ex., locação –, a
obrigação do fiador, que é acessória, ficará invalidada (CC, art. 837).
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A – INCORRETA, posto que, de acordo com o ar go 521 do CC, tal modalidade só é
aplicável à coisas móveis:
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a
propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
ALTERNATIVA B – CORRETA A RESPOSTA. De fato, a nomenclatura contratos bancários impróprios,
idealizada por Fábio Ulhoa Coelho, refere-se aos contratos cuja maioria da doutrina entende não serem
essencialmente bancários. São eles: (i) alienação fiduciária em garan a; (ii) arrendamento mercan l
(leasing); (iii) faturização (fomento mercan l ou factoring); e (iv) cartão de crédito. Corretamente
explanados na asser va os conceitos de convencional factoring e maturity factoring.
ALTERNATIVA C – INCORRETA. Embora a maior parte da asser va esteja correta, a subordinação é
somente empresarial, jamais pessoal, sob pena de caracterizar relação de emprego, regida pela
Consolidação das Leis do Trabalho. A subordinação é tão somente empresarial
ALTERNATIVA D – INCORRETA. Ambas as afirmações constam de enunciados de súmula do Superior
Tribunal de Jus ça, estando a primeira parte equivocada, senão vejamos:
Súmula 30: Comissão de Permanência – Correção Monetária – Cumulação. A
comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis. (j.
09.10.1991, DJ 18.10.1991)
Súmula 294: Cláusula Potesta va – Comissão de Permanência – Taxa Média de Mercado. Não é
potesta va a cláusula contratual que prevê a comissão de permanência, calculada pela taxa média de
mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato. (j. 12.05.2004, DJ
09.09.2004)
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A – INCORRETA. O prazo de oito anos foi alterado pela Lei Complementar 147/2014,
passando a ser de cinco anos. Remetemos o leitor aos demais requisitos do ar go 48 da lei
11.101/2005, questão recorrente em provas:
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do
pedido, exerça regularmente suas a vidades há mais de 2 (dois) anos e que
atenda aos seguintes requisitos, cumula vamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas ex ntas, por sentença
transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, ob do concessão de recuperação
judicial;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, ob do concessão de recuperação
judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio
controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
§ 1o A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge
sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.
(Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 2o Tratando-se de exercício de a vidade rural por pessoa jurídica, admite-se
a comprovação do prazo estabelecido no caput deste ar go por meio da
Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que
tenha sido entregue tempes vamente. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
ALTERNATIVA B – INCORRETA, consoante ar go 51 da lei 11.101/2005. Eis mais um ar go muito
recorrente em provas de concursos, razão pela qual remetemos a leitura:
Art. 51. A pe ção inicial de recuperação judicial será instruída com:
I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das
razões da crise econômico-financeira;
II – as demonstrações contábeis rela vas aos 3 (três) úl mos exercícios
sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas
com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas
obrigatoriamente de:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;
c) demonstração do resultado desde o úl mo exercício social;
§ 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a
proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade
do valor total dos créditos presentes à assembléia e, cumula vamente, pela
maioria simples dos credores presentes.
§ 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de
verificação de quorum de deliberação se o plano de recuperação judicial não
alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito.
RESPOSTA: A
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Direito Tributário
RESPOSTA: A
ITEM A - CORRETO
Essa previsão consta do art. 153, par. 3º, IV, da Cons tuição Federal, acrescido pela Emenda
Cons tucional 42/2003:
“Art. 153. Compete à União ins tuir impostos sobre:
(...)
IV - produtos industrializados;
(...)
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será sele vo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumula vo, compensando-se o que for devido em cada operação
com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados des nados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei”.
ITEM B - ERRADO
O erro da asser va encontra-se em sua parte final “desde que pelo mesmo Estado ou pelo Distrito
Federal”, vez que é admissível a compensação com os valores cobrados nas operações anteriores seja
pelo mesmo Estado/DF, seja por outro Estado/DF:
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal ins tuir impostos sobre:
(...)
II - operações rela vas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumula vo, compensando-se o que for devido em cada operação
rela va à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo
Distrito Federal”;
ITEM C - ERRADO
O erro da asser va encontra-se na expressão “ tulos e créditos”, pois, para estes, a competência para o
ITCMD será do Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou ver domicílio o doador, ou
ao Distrito Federal:
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
DICA: É corriqueiro, nas provas da VUNESP para a magistratura do TJ/RJ, dar-se uma determinada
situação e pedir a correlação com uns dos ins tutos (geralmente, imunidade, isenção, não incidência e
remissão).
Diante disso, faz-se imperioso discorrer um pouco sobre o conceito de cada um dos referidos ins tutos:
- Não incidência (pura e simples ou tout court) ocorre quando um determinado fato não é alcançado
pela regra geral da tributação.
Pode ocorrer basicamente em duas hipóteses:
a) O ente tributante deixa de definir determinada hipótese como de incidência tributária, mesmo
que o pudesse fazer.
b) O ente tributante, diante da delimitação cons tucional do fato gerador, não dispõe de
competência para definir determinada hipótese como de incidência do tributo.
- Imunidadetambém denominada pela doutrina de não incidência cons tucionalmente qualificada,
ocorre quando a própria Cons tuição delimita a competência do ente federa vo, expressamente
impedindo-o de definir determinadas situações como hipóteses de incidência.
- Isenção consiste na dispensa legal do pagamento do tributo. Ou seja, a Cons tuição autoriza que o
ente tribute determinada situação, mas este opta por ins tuir o tributo e dispensar seu pagamento em
determinadas situações, por meio de lei. É causa de exclusão do crédito tributário.
- Alíquota zero ocorre em casos em que o ente tributante tem competência para criar o tributo, ins tui
a exação, o fato gerador ocorre no mundo dos fatos, mas a correspondente obrigação tributária é nula
por uma questão de cálculo (mul plicação pela alíquota “zero”).
- RemissãoNa remissão, há tributação sobre determinada situação, ocorre o fato gerador, cons tui-se
o crédito tributário, mas este é posteriormente ex nto em razão da dispensa gratuita da dívida, feita
pelo credor em bene cio do devedor. Trata-se de causa de ex nção do crédito tributário.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
67. Em janeiro de 2012, Pedro recebeu em seu endereço carnê para pagamento do IPTU (Imposto sobre
Propriedade Predial e Territorial Urbana) referente a imóvel de sua propriedade, com vencimento para o dia 28 de
fevereiro daquele ano. No dia 20 de janeiro de 2012, Pedro efetuou o pagamento do tributo. Meses depois,
tomou conhecimento de que o Município lançara o tributo com a alíquota incorreta, o que levou ao pagamento a
maior do IPTU realmente devido. Considerando essa situação hipoté ca, Pedro:
(A) não poderá pedir a res tuição parcial do tributo, haja vista que não procedeu ao prévio protesto.
(B) terá o direito de pleitear a res tuição parcial do tributo no prazo de 05 (cinco) anos, até 27 de fevereiro de
2017.
(C) terá o direito de pleitear a res tuição parcial do tributo no prazo de 02 (dois) anos, até 27 de fevereiro de 2014.
(D) terá o direito de pleitear a res tuição parcial do tributo no prazo de 05 (cinco) anos, até 19 de janeiro de 2017.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O direito à res tuição (repe ção de indébito) tem lugar nos casos de pagamento indevido previstos no
art. 165 do CTN:
“Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio
protesto, à res tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do
68. A respeito da sucessão empresarial e da consequente sucessão tributária, assinale a alterna va correta, a teor
do entendimento do STJ:
(A) A responsabilidade da sucessora não abrange as multas, sejam de caráter puni vo ou moratório, por serem
consequência de responsabilidade pessoal do infrator.
(B) A responsabilidade da sucessora abrange os tributos e as multas moratórias devidos pela sucedida, mas não as
multas puni vas.
(C) A responsabilidade da sucessora abrange os tributos, as multas moratórias e as multas puni vas devidos pela
sucedida.
(D) A sucessão tributária abrange tão somente os créditos tributários defini vamente cons tuídos e os em curso
de cons tuição à data dos atos sucessórios, mas não engloba os créditos tributários posteriormente cons tuídos,
ainda que rela vos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Direito Ambiental
69. Segundo dispõe a Cons tuição, bem como a Legislação que rege a matéria:
(A) A localização das usinas nucleares deve ser objeto de lei federal específica, podendo a lei ambiental estadual
ou distrital regular o funcionamento das a vidades nucleares.
(B) No Brasil, não há a aplicação imediata nem a existência de um direito-dever fundamental ao ambiente
ecologicamente equilibrado, dado o tratamento genérico conferido pela CF ao direito de todos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
(C) Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
(D) As condutas e a vidades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão, as pessoas sicas infratoras, a
sanções penais e administra vas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A presente questão aborda diversos temas inerentes ao Direito Ambiental trazidos no texto
cons tucional. A cobrança dos disposi vos cons tucionais é recorrente em quase a unanimidade dos
certames.
A alterna va correta, “c”, traz a literalidade do ar go 225, § 2º, da CR/88. Tal disposi vo não vem sendo
muito exigido nos úl mos certames, entretanto, diante dos recentes desastres relacionados com a
mineração, deve-se atentar para ele e seus respec vos desdobramentos.
Vamos às demais alterna vas:
Item A - Art. 225, CF. (...) § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização
definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser instaladas.
Item B - Por se tratar o meio ambiente de direito fundamental, este tem aplicação imediata, nos termos
do art. 5º, § 1º da CF: "As normas definidoras dos direitos e garan as fundamentais têm aplicação
imediata".
Item D – Art. 225. (...) §3º As condutas e a vidades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas sicas ou jurídicas, a sanções penais e administra vas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
A questão trouxe um texto longo e cansa vo sobre o tema proposto, buscando esgotar o candidato
com trechos de letra de lei confusos e pouco conhecidos, trazendo pequenas alterações na alterna va
considerada correta. In casu, o tema proposto encontra-se no Capítulo V do Novo Código Florestal e
aborda os ar gos 26 a 28 do Codex. O erro da alterna va 'a' – gabarito da questão – está ao afirmar ser
permi do, quando, na verdade, não é permi da a conversão de vegetação na va para uso alterna vo
do solo no imóvel rural que possuir área abandonada.
Vamos aos ar gos:
Art. 26. A supressão de vegetação na va para uso alterna vo do solo, tanto de
domínio público como de domínio privado, dependerá do cadastramento do
imóvel no CAR, de que trata o art. 29, e de prévia autorização do órgão estadual
competente do Sisnama.
o
§ 1 (VETADO).
§ 2o (VETADO).
o
§ 3 No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que
contemplem a u lização de espécies na vas do mesmo bioma onde ocorreu a
supressão.
§ 4o O requerimento de autorização de supressão de que trata o caput conterá,
71. A Lei 11.105/05, que regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Cons tuição Federal, estabelece
normas de segurança e mecanismos de fiscalização de a vidades que envolvam organismos gene camente
modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Polí ca Nacional de Biossegurança – PNB, e dá outras
providências.
Em relação ao referido diploma, é CORRETO afirmar que:
(A) Não é crime u lizar embrião humano em desacordo com o que dispõe o art. 5o desta Lei, se sujeitando tal
conduta a embargo da a vidade.
(B) No que se refere à responsabilidade civil e administra va regulamentada na Lei de Biossegurança, sem
prejuízo da aplicação das penas previstas nesta Lei, os responsáveis pelos danos ao meio ambiente e a terceiros
responderão, solidariamente, por sua indenização ou reparação integral, independentemente da existência de
culpa.
(C) O presente diploma cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, vinculado ao Congresso Nacional,
sendo um órgão de assessoramento superior para a formulação e implementação da Polí ca Nacional de
Biossegurança – PNB.
(D) Toda ins tuição que u lizar técnicas e métodos de engenharia gené ca ou realizar pesquisas com OGM e seus
derivados poderá criar uma Comissão Interna de Biossegurança - CIBio, sendo facultada à comissão indicar um
técnico principal responsável para cada projeto específico.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
A presente questão trata de diversos disposi vos da Lei 11.105/05, que foram propositadamente
alterados para confundir o aluno. A alterna va 'b', correta, trata da literalidade do ar go 20 da referida
Lei. Segue os comentários e o texto legal rela vo às demais alterna vas.
Item A – Trata-se de crime pificado no Art. 24 (U lizar embrião humano em desacordo com o que
dispõe o art. 5o desta Lei: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa).
Item C – A vinculação é à Presidência. Trata-se de legislação que regulamenta a vidade de
o
administração, por isso, não faz sen do tal órgão se vincular ao Congresso: Art. 8 Fica criado o
Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, vinculado à Presidência da República, órgão de
assessoramento superior do Presidente da República para a formulação e implementação da Polí ca
Nacional de Biossegurança – PNB.;
Item D – Tanto a comissão técnica, quanto a indicação do técnico responsável são obrigatórios: Art. 17.
Toda ins tuição que u lizar técnicas e métodos de engenharia gené ca ou realizar pesquisas com OGM
e seus derivados deverá criar uma Comissão Interna de Biossegurança - CIBio, além de indicar um
técnico principal responsável para cada projeto específico.
72. Acerca da responsabilidade por danos ambientais, considere as seguintes afirma vas:
I. A responsabilidade civil é obje va, vale dizer, prescinde da comprovação do elemento da culpa, mas não do
nexo causal entre a conduta e o dano ambiental.
II. A responsabilidade civil por danos ambientais funda-se na teoria do risco integral, o que a torna obje va,
admi ndo-se tão somente as excludentes do caso fortuito e da força maior.
III. Segundo entendimento recente do STJ é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por crime
ambiental desde que também a pessoa sica seja responsabilizada, consoante a “teoria da dupla imputação”.
IV. No caso de danos ocorrentes no armazenamento de resíduos sólidos perigosos, a responsabilidade civil recai
solidariamente sobre o responsável pelo armazenamento e pelo gerador do resíduo.
(A) I e III
(B) II e III
(C) II e IV
(D) I e IV
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
Por fim, temos que a afirma va IV demanda uma análise conjunta de vários disposi vos da Lei
12305/10 (ar gos: "3º, XVII”, “20”, “24” e “27”) para se concluir pela responsabilização solidária entre o
responsável pelo armazenamento e o gerador do resíduo.
(A) ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso cole vo.
(D) estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas rela vas ao uso e manejo de
recursos ambientais.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Trata-se de uma questão propositadamente maldosa, que traz três dos dez incisos do ar go 2º da Lei
6938/81 nas três primeiras alterna vas, e o inciso II do ar go 4º da mesma lei, que já trata dos obje vos
da polí ca nacional do meio ambiente e não dos princípios.
A banca VUNESP é bem parecida com a banca FCC nas questões de Direito Ambiental, na medida em
que segue um padrão de “letra de lei”, abordando, entretanto, temas mais comuns, trazendo apenas
uma ou outra questão mais complicada. Nesse sen do, chamamos a atenção para a necessidade de
leitura da letra de lei.
Ressalte-se, por fim, que na legislação ambiental, quando a lei tratar de princípios tratará de uma
maneira mais geral, ao passo que “os obje vos” ou “as metas” vêm acompanhada de expressões mais
obje vas como “estabelecimento de critérios...”
Vamos aos ar gos:
Art. 2º. A Polí ca Nacional do Meio Ambiente tem por obje vo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso cole vo;
(A) Ainda nas licitações de âmbito internacional, as propostas de preços dos licitantes brasileiros devem ser feitas
em moeda nacional.
(B) Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não cabe desclassificá-los por
nenhum mo vo relacionado com a habilitação.
(C) O julgamento das propostas será obje vo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite
realizá-lo em conformidade com os pos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório
e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e
pelos órgãos de controle.
(D) A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou
com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de anulabilidade do ato.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
O item correto é o C que traz a transcrição literal do caput do art. 44 da Lei 8666/93.
O item A está errado, pois o §1° do art. 42 da Lei 8.666/93 dispõe que:
“Quando for permi do ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda
estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro”
O item B estaria correto, se não fosse a exceção trazida pelo próprio ar go, mas silenciada pela
alterna va. Vejamos o que diz o art. 43, § 5° da Lei de Licitações:
“Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as
propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por mo vo relacionado com a
habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o
julgamento.”
O item D está errado, pois, de acordo com o art. 50 da Lei 8666/93, o contrato realizado com preterição
da ordem de classificação será NULO e não ANULÁVEL, senão vejamos:
“A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento
licitatório, sob pena de nulidade”
I – As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efe vo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos
em lei, des nam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
II – Os vencimentos dos cargos do Poder Legisla vo e do Poder Execu vo não poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder Judiciário.
III – A proibição de acumular cargos públicos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 37, inciso V, da CF.
O item II está incorreto, pois, de acordo com o inciso XII do art. 37 da CF, “Os vencimentos dos cargos do
Poder Legisla vo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Execu vo”.
O item III está correto de acordo com o art. 37, inciso XVII da CF.
76. De acordo com a Lei de Improbidade Administra va, julgue os itens a seguir:
I - Cons tui infração administra va e gera direito à indenização civil a representação por ato de improbidade
contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
II – A perda da função pública e a suspensão dos direitos polí cos só se efe vam com o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
III – A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da efe va ocorrência de dano ao patrimônio público,
salvo quanto à pena de ressarcimento, bem como da aprovação ou rejeição das contas pelo Tribunal ou Conselho
de Contas.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
O item I está incorreto, pois, de acordo com o art. 19 caput da Lei de Improbidade Administra va – LIA – tal
conduta cons tui crime, sujeita a detenção, sem prejuízo, de acordo com o parágrafo único, da responsabilidade
civil.
(A) O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de
licitação, e faculta vo nos demais em que a Administração puder subs tuí-lo por outros instrumentos hábeis, tais
como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
(B) É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou re rar o
instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de
classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive
quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação
independentemente da cominação de sanção administra va legalmente prevista.
(C) Decorridos 45 (quarenta e cinco) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação,
ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
(D) É permi do a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respec vo processo licitatório e,
a qualquer interessado, a obtenção de cópia auten cada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: C
O item errado é o C, pois, conforme o §3° do art. 64 o prazo par que haja a convocação após a entrega
das propostas é de 60 dias, e não 45, como trazido pela alterna va.
O item A está correto, conforme art. 62 da Lei 8.666/93.
O item B está correto, pois é exatamente o que dispõe o §2° do art. 64 da Lei de Licitações.
O item D está correto, conforme art. 63 da Lei de Licitações.
I – Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias
interpoladamente, durante o prazo de doze meses.
II - O prazo prescricional da ação disciplinar começa a correr da data do fato punido com sanção disciplinar.
III - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
proferida por autoridade competente.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
O item I está incorreto, pois, de acordo com o art. 138 da Lei 8112/90: “Configura abandono de cargo a
ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecu vos”
O item II está incorreto, pois, conforme o §1° do art. 142 da Lei 8112/90, o prazo prescricional começa a
correr do dia em que o fato se tornou conhecido.
O item III está correto, conforme §3° do art. 142 da Lei 8112/90.
79. Diversas são as teorias criadas para explicar a atuação dos agentes públicos. Assinale a que faz a real
correspondência entre o nome da teoria com a sua explicação:
(A) Segundo a teoria da presentação, o agente público seria considerado mandatário do Estado, ou seja,
expressando a vontade do Estado.
(C) Segundo a teoria da representação, somente os agentes públicos concursados estariam aptos a
representarem o Estado, já que somente seus atos poderiam ser imputados ao Estado.
(D) Segundo a teoria do órgão, o agente público funciona como um “braço” estatal, uma extensão do Estado, uma
forma de expressão voli va estatal.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
I – A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administra vos a que foi atribuída como própria, salvo
os casos de delegação.
II – Não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter norma vo, a decisão de recursos
administra vos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
III – Inexis ndo competência legal específica, o processo administra vo deverá ser iniciado perante a autoridade
de maior grau hierárquico para decidir.
_________________________________________________________________________________________
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
O item I está incorreto, pois está incompleto, já que o art. 11 da Lei 9784/99 dispõe que “A competência
é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administra vos a que foi atribuída como própria, salvo os casos
de delegação e avocação legalmente admi dos“.
O item II está correto, conforme art. 13 da Lei 9784/99.
O item III está incorreto, pois o art. 17 da Lei 9784/99 dispõe exatamente o contrário, ou seja:
“Inexis ndo competência legal específica, o processo administra vo deverá ser iniciado perante a
autoridade de menor grau hierárquico para decidir.”