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25/02/2019 FORMANDO EXECUTIVOS – OS ACERTOS DA MARINHA | Robinson Farinazzo

FORMANDO EXECUTIVOS – OS ACERTOS DA


MARINHA
Por Robinson Farinazzo

Recrutar, treinar e aperfeiçoar o quadro de profissionais aptos a dirigir uma organização é


um desafio para qualquer entidade, seja ela de natureza pública ou privada, de molde civil
ou militar. As dificuldades se avolumam à medida que estes operadores ascendem a
estágios mais elevados na carreira, pois cada vez se torna maior a abrangência e o impacto
de suas decisões junto à instituição. Um erro destas pessoas custa tempo, dinheiro e, em
alguns casos, vidas.

Estes problemas não são diferentes nas modernas marinhas de guerra – mas a sua solução
sim. E por incrível que pareça, ela já existe a centenas de anos: trata-se da figura do
Imediato do navio (segundo o dicionário: seguido, logo depois, consecutivo, próximo,
contíguo). Este oficial é quem se segue ao Comandante em caso de impedimento ou
ausência do mesmo.

Na prática, existe uma divisão de trabalho muito inteligente entre estes dois profissionais:
enquanto o Comandante está preocupado com os aspectos estratégicos ou de cumprimento
de missão de seu navio, esquadrão ou batalhão, ao Imediato cabe proporcionar as
condições administrativas e materiais para que isto transcorra sem percalços.

Se fizer um bom trabalho, o Imediato aliviará a carga de seu Comandante, deixando-o


tranquilo para tomar as decisões cruciais ao andamento do navio ou equivalente. O

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Imediato eficiente é um fator positivo de governabilidade, dirigibilidade e estabilidade para


o Comando.

É ele quem conduz as reuniões diárias onde se disseminam as ordens do Comandante


(chamadas no jargão naval de “parada”). Também verifica o andamento destas ordens,
providenciando condições/correções e orientações para o adequado cumprimento das
mesmas. Um bom Imediato poupa o tempo e evita aborrecimentos desnecessários ao
Comandante. Quando existe compatibilidade entre ambos, é enorme o efeito sinérgico.

Em adição a tudo isto, há uma grande vantagem para a Marinha: enquanto auxilia seu
Comandante, o Imediato aprende a comandar. E estará pronto a assumir esta
responsabilidade quando chegar a sua vez.

A Marinha já faz uso deste eficiente modelo de administração a tempo suficiente para ter
percebido que, via de regra, bons imediatos se saem muito bem quando se tornam
Comandantes. Ela praticamente foi pioneira no moderno conceito de “On Job Training” !

Você também poderá gostar de : http://robinsonfarinazzo.com.br/o-verdadeiro-papel-da-


lideranca/

Veja um pouco do trabalho de um Imediato assistindo um trecho do filme “Maré vermelha”:

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