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Castro BC, SSantos FF, Romão M, Lopes R  et al..

  
o GP, Veloso MAM Utilização de impressos em o: vivência ... 
m centro cirúrgico
 
 

ARTIIGO ORIG
GINAL

Utilizzação de im
mpressos em
m centro cirrúrgico: viv
vência de acadêmicos
a de Enferm
magem

Use off printings in


i surgical center: exp
perience off nursing sttudents

Bárbaara Carneiroo de Castro1, Fabiane dde Fátima do


os Santos1, Gleizilane dde Paula Ro
omão1,
Mariina de Assiss Martins Veloso1, Rossana Lopes1, Selma Maaués Rangell1, Aglaya Barros
B
Coelho2

RESUMO
O

Os impreessos utilizadoos no CC con ntem dados rreferentes à id dentificação do


d paciente, aaos aspectos clínicos e
condiçõess gerais, assim
m como ao tip po de materiaal utilizado duurante toda a assistência doo período opeeratório. O
objetivo geral deste estudo
e foi compreender coomo tem sido o a utilizaçãoo dos impresssos necessáriios a uma
assistênciia segura no âmbito
â do CCC e identificarr as dificuldad
des vivenciadaas pelos acadê
dêmicos de en nfermagem
no preencchimento doss impressos uttilizados no C CC, cenário dod campo de estágio. Este estudo é um m relato de
experiênccia, com a meetodologia de abordagem quualitativa. Reaalizado no perríodo de vintee de fevereiro de 2013 a
dezessetee de abril doo referido an no por discenntes do 7° período
p urso de Enfeermagem da Pontifícia
do cu
Universiddade Católica de Minas Geerais, no Centtro Cirúrgico do Hospital Público
P Municcipal campo ded estágio,
MG. Connclusão: perccebemos nessse estudo quee apesar da literatura reconhecer a im mportância do o uso dos
impressos no CC, estaa atividade aiinda apresentaa pouca adesãão por parte dos d profissionnais. Esta baixa adesão
ocorre deevido a vários fatores comoo: falhas no prrocesso de communicação e dificuldades
d emm inserir a atiividade de
preenchimmento dos imppressos na rotina do CC.

Palavrass Chaves: seggurança do paciente,


p gerennciamento dee segurança, controle
c de fformulários e registros,
controle dde risco e centtros de cirurgiia.
_______________________________ _______________________ ____________ ________________________ ________

1
Discente ddo 7º período do Curso
C de Enfermagem da Pontifíccia Universidade Católica
C de Minas Gerais campus Coração Eucarístico.
2
Mestre emm Enfermagem peela Universidade Federal de Minaas Gerais. Docen nte do 7º e 8º Perríodos do Curso dde Enfermagem da
d Pontifícia
Universidadde Católica de Miinas Gerais -camp
pus Coração Euccarístico. e-mail:aaglaya2@gmail.co om

ABSTRA
ACT

The formms used in thee Surgical Cen nter contains data regardin ng from patiennt identificatioon, clinical asspects and
t type of material used thhroughout ourr tour of the surgery. The aaim of this stu
conditionns, as well as the udy was to
understannd how has beeen the use off the forms reequired to secu ure assistancee provided und
nder the Surgiccal Center
having ass objective the identificatio
on of specific difficulties experienced by y nursing studdents in comp pleting the
forms useed in Surgicall Center, scennario of field iinternship. Th n experience rreport, the methodology
his study is an

4                                      Revv. Enfermagem Re
V. 17. N° 022. Maio/Jun. 2014 evista                                                                                         153 
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of qualitative approach. Conducted from February 20th, 2013 to April 17th 2013 by Nursing Course students of
7th semester of the Pontifical Catholic University of Minas Gerais, in the Surgical Center Hospital Municipal,
MG. Conclusion: noticed in this study that although literature recognize the importance of using printed in
Surgical Center, this activity still shows little engagement from professionals. This low adhesion occurs due to
several factors such as faults in the communication process and difficulties in inserting the activity of filling in
the forms in routine Surgical Center.

Key words: patient safety, security management, forms and records control, risk control, surgery centers.
__________________________________________________________________________________________

INTRODUÇÃO ser um dos locais mais onerosos do


complexo hospitalar. A utilização da
capacidade cirúrgica máxima constitui uma
A proposta deste trabalho surgiu a
das principais medidas que visam à
partir da demanda levantada pelos
eficiência, visto que pacientes cirúrgico
enfermeiros do Centro Cirúrgico (CC), de
representam a maior receita hospitalar em
um hospital de grande porte de Belo
uma instituição de cuidados de saúde1.
Horizonte, em relação ao preenchimento
Além das questões gerenciais, são
dos impressos de acompanhamento
preocupações também, as relacionadas à
perioperatório e a Lista de Verificação da
segurança do paciente e a qualidade da
Cirurgia Segura.
assistência. Estimativas da Organização
O enfermeiro vem, cada vez mais,
Mundial da Saúde (OMS) apontam que a
sendo envolvido nas decisões financeiras e
cada ano, no mínimo sete milhões de
no planejamento orçamentário dos setores
pacientes que passam por cirurgias, sofrem
nas instituições de saúde, tendo que gerir
complicações em todo o mundo. Pelo
recursos (humanos, materiais e financeiros)
menos um milhão de pessoas morre
muitas vezes escassos. Possui também
durante ou imediatamente após um
importante papel como agente de
procedimento cirúrgico2.
mudanças para o alcance de resultados
Como órgão regulador, a Agência
positivos, na busca do equilíbrio entre
Nacional de Vigilância Sanitária
qualidade, quantidade e custos1.
(ANVISA) participa fornecendo dados de
Neste contexto, surgem as unidades
56 países que demonstraram que em 2004,
especializadas no atendimento ao paciente
o volume anual de cirurgias de grande
cirúrgico. O centro cirúrgico (CC) é um
porte foi estimado entre 187 e 281 milhões
setor singular dentro de qualquer hospital,
de operações, ou aproximadamente uma
atrai atenção pela evidência dos resultados,
operação para cada 25 seres humanos
especificidade dos procedimentos, e por
vivos por ano. Este volume traz

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implicações significativas na saúde principalmente no CC, com o objetivo de
pública3. organizar esses recursos para facilitar a
Desse modo, como órgão de assistência de enfermagem5.
assistência, as instituições de saúde podem No gerenciamento, a falta de
ser classificadas como prestadoras de material de consumo nas unidades do
cuidados indireto e direto. No cuidado hospital, principalmente em instituições
direto, a checagem das informações públicas, é um problema que os
clínicas da pessoa, do órgão a ser operado enfermeiros deparam-se frequentemente
e os equipamentos médicos disponíveis durante o desempenho das atividades
pode fazer a diferença entre o sucesso de profissionais. Esse causa estresse e leva à
uma cirurgia e o início de uma série de descontinuidade da assistência prestada e
complicações para o paciente2. consequentemente, danos ao paciente. A
Para o controle das complicações função do enfermeiro é gerenciar para que
inerentes ao processo cirúrgico um dos a falta não ocorra, o que causa neste
procedimentos simples e baratos é a profissional, muitas vezes, um sentimento
utilização do checklist2. de incapacidade gerencial6.
Trata-se de uma lista de verificação No entanto, além das funções
que varia conforme o setor no qual é referentes ao controle de material, existem
utilizada e pode ser elaborada para atividades que visam o controle dos
verificar as atividades já realizadas ou as agravos e o gerenciamento de riscos
4
que ainda serão executadas . Esse, quando inerentes ao processo cirúrgico e
aplicado de forma rigorosa e sistemática anestésico. Como instrumento é comum a
têm resultados significativos na qualidade utilização de impressos que contenham
da assistência, pois proporciona um dados referentes à identificação do
procedimento cirúrgico muito mais seguro paciente, aos aspectos clínicos e condições
reduzindo os riscos de infecção hospitalar2. gerais, assim como ao tipo de material
Outro procedimento simples de utilizado durante a assistência e cuidados
cuidado indireto que confere segurança ao prestados ao paciente.
paciente é a checagem do material dentro Nesse contexto, considerando que o
do centro cirúrgico. O papel do enfermeiro enfermeiro em centro cirúrgico se ocupa
na administração de recursos materiais e com questões relacionadas ao
equipamentos dos serviços de saúde, levam gerenciamento de risco, de material e da
a necessidade de desenvolvimento de um assistência, é essencial a obtenção de dados
sistema de gerenciamento de materiais, a respeito do paciente para o planejamento

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e sistematização da assistência de OBJETIVO ESPECÍFICO
enfermagem nas unidades de cuidado.
Identificar as dificuldades
OBJETIVO GERAL vivenciadas pelos acadêmicos de
enfermagem no preenchimento dos
Compreender como tem sido a impressos utilizados no CC, cenário do
utilização dos impressos necessários a uma campo de estágio.
assistência segura realizada no âmbito do
CC.

MATERIAL E MÉTODOS aproximadamente 750 cirurgias mensais.


Entre as especialidades cirúrgicas está à
ortopedia, cirurgia geral, pediátrica,
Trata-se de um trabalho
neurocirurgia, bucomaxilo, cirurgias
interdisciplinar realizado por discentes do
7
ginecológicas, plástica e torácica .
7° período do curso de Enfermagem da
O Centro Cirúrgico 2 é destinado a
Pontifícia Universidade Católica de Minas
cirurgias de urgência e emergência, é
Gerais, campus Coração Eucarístico. Este
composto por 4 salas operatórias, possui
estudo é um relato de experiência, com
um quadro de enfermagem com 4
abordagem qualitativa. Foi realizado no
enfermeiros diurnos e 5 noturnos, 23
período de vinte de fevereiro de 2013 a
técnicos de enfermagem diurnos e 16
dezessete de abril do referido ano.
noturnos e 1 auxiliar de enfermagem
O local de desenvolvimento do
diurno e 1 noturno. Nesse CC também são
mesmo, foi um Hospital Municipal,
realizadas aproximadamente 750 cirurgias
público, geral, de ensino e de pesquisa que
mensais. Entre as especialidades está à
presta atendimentos de urgência e
ortopedia, cirurgia geral, pediátrica,
emergência. Localiza-se na região central
neurocirurgia, bucomaxilo, cirurgias
de Belo Horizonte7. O Hospital possui dois
ginecológica e torácica7.
centros cirúrgicos: o Centro Cirúrgico 1 é
O trabalho foi desenvolvido em
destinado a cirurgias eletivas, é composto
cinco etapas: no primeiro momento, foi
por 5 salas operatórias, possui um quadro
elaborado um instrumento de coleta de
de enfermagem com 5 enfermeiros, 12
dados que permitiu o acompanhamento dos
técnicos de Enfermagem e 4 auxiliares de
acadêmicos sobre a percepção dos mesmos
Enfermagem. Nesse CC, são realizadas
acerca do preenchimento dos impressos de

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o GP, Veloso MAM Utilização de impressos em o: vivência ... 
m centro cirúrgico
 
 
acompaanhamento perioperatór
p rio e Cirurggia po
osteriormen
nte elencar as categorrias para
Segura, utilizados no CC (AP
PÊNDICE A
A); melhor
m apreesentação ddos resultaados; na
a segunnda etapa coonstituiu da utilização ddo qu
uinta etapa,, dando conntinuidade à análise
instrum
mento de coleta
c de dados pellos do
o processo
o, foi realiizada uma análise
acadêm
micos; na teerceira etap
pa os daddos geeral pontuaando os fattores dificu
ultadores
coletadoos foram interpretado
i os; na quarrta en
ncontrados e feito um brainstorm
ming para
etapa caada discentte fez um relato escriito leevantar as propostas ppara resolu
ução dos
sobre ass dificuldaddes vivenciaadas durantee o prroblemas id
dentificadoss no preencchimento
preenchhimento d
dos impreessos, paara do
os impresso
os.

RESUL
LTADO E DISCUSSÃ
D ÃO Das 33 cirurggias acomp
panhadas
peelos acadêêmicos dee enfermag
gem no
peeríodo de desenvolvim
mento do esttágio, 17
O instrumeento de coleta de daddos
im
mpressos (51,51%)
( foram tottalmente
utilizadoo pelos acadêmicos possibilitou
p a
prreenchidos por enferm
meiros da in
nstituição
observaação dos mesmos
m com
m relação ao
e os acadêmiicos presenttes no mom
mento, 12
preenchhimento de impressoss de cirurggia
deestes imprressos (36,,36%) não
o foram
segura e d
de acom
mpanhamennto
prreenchidos e 4 impresssos (12,13%
%) foram
perioperratório no CC
C em estu
udo durantee o
paarcialmentee preenchidoos (GRÁFIC
CO 1).
período de estágio.

GRÁFIC
CO I – Preeenchimento
o da ficha dee acompanh
hamento perrioperatórioo e cirurgia segura

Preeenchime
ento da FFicha de acompanhamennto 
perio urgia segura
operatórrio e Ciru
2
20 51,51%
1
15 36,36% Preenchid
do
10 totalmente
Não preenchido
5 1 2,13%
0 Preenchid
do
parcialme
ente
Preenchido ttotalmente
Não pre
eenchido
Preenchiddo parcialmen
nte
 

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Fonte: dados do trabalho.

Esses dados possibilitaram aos vivenciadas pelos mesmos ao preencher os


acadêmicos compreender que existem impressos de acompanhamento
fatores que dificultam o preenchimento perioperatório e Cirurgia Segura e
adequado dos impressos utilizados no CC. elencaram 2 categorias: comunicação e
Após análise dos resultados, os preenchimento dos impressos (QUADRO
acadêmicos listaram as dificuldades 1).

QUADRO 1 - Categorização das dificuldades listadas pelos acadêmicos.


CATEGORIA DIFICULDADES VIVENCIADAS PELOS ACADÊMICOS
A dificuldade de obter dados com os médicos.
Comunicação Dificuldade de identificar a equipe pelo não uso do crachá.
Pouca interação dos acadêmicos com a equipe cirúrgica.
Ausência de acompanhante no momento do preenchimento do impresso em
caso de crianças e pessoas com dificuldade de verbalização.
Pouco conhecimento da finalidade do impresso por parte dos acadêmicos.
Preenchimento dos Falta de disponibilidade do impresso no setor.
impressos Pouco espaço de tempo para o preenchimento do impresso.
Falta de “time out” (pausa cirúrgica).
O preenchimento de um impresso interfere no preenchimento do outro.
Fonte: dados do trabalho.

A seguir iremos apresentar as podem ocorrer problemas, dificuldades e


categorias e os dificultadores vivenciados restrições, de maneira que a mensagem
em cada uma delas. enviada não é decodificada corretamente8.
Os problemas de comunicação
COMUNICAÇÃO pertencem a três categorias: falhas no
sistema em que o canal de comunicação
A comunicação é um processo no não existe, não estão funcionando ou não é
qual ocorre à emissão, recepção e a regularmente utilizado; fracasso na
compreensão das mensagens, que podem emissão de mensagens, quando o canal de
ser verbais (linguagem escrita e falada) e comunicação existe, mas a informação não
não-vebais. A comunicação envolve é transmitida; falhas na recepção, quando o
relações interpessoais e, frequentemente, canal de comunicação existe, a mensagem

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foi enviada de maneira correta, mas o Ou seja, dentro do ambiente do CC,
receptor a interpretou de forma equivocada ainda existe uma dificuldade de interação
ou com atraso9. entre as diversas categorias profissionais.
Os acadêmicos sentiram dificuldades ao se Para a equipe de saúde alcançar algum
dirigirem aos membros da equipe em grau de interação, é preciso que seus
decorrência da falta de identificação pelo componentes, cada um deles e todos de
crachá e o uso de roupas padronizadas e forma compartilhada, façam um
não diferenciadas entre eles. Estes foram investimento no sentido da articulação das
os principais motivos que interferiram na ações. As ações de saúde não se articulam
comunicação entre os acadêmicos com os por si só, automaticamente, por estarem
médicos, as enfermeiras e o restante da sendo executas em uma situação comum
equipe que compõe CC. Percebemos ainda de trabalho, na qual diferentes
que nesta categoria foi identificada uma trabalhadores compartilham o mesmo
possível falta de interação com a equipe espaço físico e a mesma clientela. A
cirúrgica. articulação requer que evidência as
A interação com a equipe se dar por conexões e os nexos existentes entre as
meio do trabalho em equipe intervenções realizadas, aquelas referidas
multiprofissional, que é uma modalidade ao seu próprio processo de trabalho e as
de trabalho coletivo construído por meio ações executadas pelos demais integrantes
da relação recíproca, entre as múltiplas da equipe11.
intervenções técnicas e a interação dos Outro estudo aponta que uma das
profissionais de diferentes áreas, dificuldades na comunicação da equipe é a
configurando, através da comunicação, a falta de união. Isso ocorre, na maioria das
articulação das ações e a cooperação. O vezes, devido à inexistência de motivação,
que pode ser analisado é que em de confiança entre os pares, ou até mesmo
decorrência das especificidades dos em decorrência das diferenças pessoais, de
trabalhos realizado por cada categoria, da objetivos e de valores, os quais colocam as
valorização social dos diferentes trabalhos, pessoas do grupo em desacordo e levam à
da flexibilização da divisão do trabalho e desestruturação da organização, refletindo
da autonomia profissional a comunicação na efetividade dos resultados12. Outra
entre os integrantes da equipe fica dificuldade associada a comunicação com
prejudicada, assim como a construção de a equipe vem da necessidade de dar
10
um projeto assistencial comum . atenção a todos os clientes, pois no
ambiente cirúrgico ocorre alta rotatividade

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de pacientes, o que interfere tanto no Desse modo, a identificação correta
atendimento prestado aos pacientes como do paciente e a demarcação do sítio
no relacionamento com os colegas de cirúrgico, o envolvimento do paciente no
trabalho, pois leva, na maioria das vezes, à planejamento pré-operatório, o
desorganização da equipe12. consentimento informado, são condições
Considerando o trabalho em equipe essenciais para melhorar a comunicação
os acadêmicos observaram que o curto entre os membros da equipe e o
espaço de tempo no campo de estágio e a desenvolvimento do trabalho em equipe.
não reciprocidade dos profissionais Além disso, a implantação de protocolos
atuantes foram os fatores que dificultaram poderia reduzir erros cirúrgicos como a
a articulação e a interação dos acadêmicos realização do procedimento em local
com estes profissionais trazendo prejuízo errado, operação do paciente errado e
no desenvolvimento do trabalho em intervenção errada.
equipe. Para evitar tais agravos é necessário
o acompanhamento do paciente desde o
PREENCHIMENTO DOS IMPRESSOS momento da decisão de operar até o
momento em que ele é submetido à
A assistência ao paciente precisa cirurgia. Isto deve ser feito quando o
ser documentada, pois favorece a procedimento é agendado, no momento da
continuidade. Por isso é importante admissão ou entrada na sala de operações,
desenvolver e aprimorar os instrumentos a qualquer momento em que a
que norteiem a assistência no CC. Esses responsabilidade pela assistência ao
instrumentos têm diversas finalidades que paciente seja transferida para outra pessoa
vão desde a identificação dos diagnósticos e antes que o paciente deixe a área pré-
de enfermagem no período perioperatório, operatória ou entre na sala cirúrgica
abrangendo o pré-operatório, através da checagem dos registros e dos
intraoperatório e o pós-operatório. Esses exames do paciente3.
impressos devem conter informações O resgate destas informações é
importantes sobre as condições do paciente importante, pois no ambiente hospitalar
abrangendo aspectos do procedimento existe uma necessidade reconhecida
anestésico/cirúrgico, as condições intuitivamente, pelos profissionais de
hemodinâmicas, e qual foi e como foram saúde, que os pacientes apresentam uma
atendidas todas as necessidades demanda de informação sobre os
apresentadas pelo paciente13. procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

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Portanto, o preenchimento adequado dos necessários para a execução das atividades,
impressos no CC é um dispositivo que a saber, a disponibilidade de impressos.
auxilia na dinâmica de comunicação com a Portanto, a falta de reposição de impressos
14
clientela e a equipe . Desse modo, no setor percebida pelos acadêmicos
preencher o impresso sem a devida dificultou a adesão dos alunos na prática
interação da clientela com a equipe torna- do protocolo da cirurgia segura o que
se uma atividade meramente burocrática, também pode ser um motivo para a equipe.
na grande maioria das vezes, em lugar de Podemos inferir, nesse caso, que este tipo
aprimorar a comunicação direta funciona de ocorrência está relacionado ao
14
apenas como informativo . gerenciamento de enfermagem.
Outro aspecto percebido pelos No quadro multiprofissional que
acadêmicos, em conversas informais com constitui a força de trabalho hospitalar, a
alguns integrantes da equipe, é que a equipe de enfermagem assume papel de
finalidade dos impressos por eles destaque, nesse processo, pois constitui o
utilizados, na maioria das vezes não era maior percentual do quadro de pessoal.
entendida, em virtude do desconhecimento Aos enfermeiros cabem entre outras, as
dos fins que estes possuem na instituição. tarefas diretamente relacionadas ao cliente,
Assim, parece existir uma lacuna sobre a a liderança da equipe de Enfermagem e ao
importância destes impressos por parte gerenciamento dos recursos físicos,
tanto dos acadêmicos quanto dos membros materiais, humanos, financeiros, políticos e
da equipe. Em decorrência disso com de informação para a prestação da
frequência o não preenchimento adequado assistência de enfermagem. Desse modo, é
dos impressos interfere na comunicação, exigido do enfermeiro conhecimento,
entre a equipe e os pacientes, como habilidades e atitudes adequadas para o
também na qualidade da continuidade da desempenho de sua função objetivando
assistência prestada. Ou seja, a falta de resultados positivos15.
sequência no preenchimento dos impressos Uma das estratégias adotadas para o
utilizados em outros setores interfere no alcance de resultados positivos é a
processo de cuidado necessário à implantação da Sistematização da
assistência de enfermagem. Assistência de Enfermagem Perioperatória
No entanto, devemos considerar (SAEP). A SAEP possibilita a melhoria da
que para uma adesão dos profissionais qualidade da assistência prestada ao
quanto ao preenchimento do impresso é paciente. Além disso, é um processo
essencial a disponibilidade dos insumos individualizado, planejado, que permite

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avaliação e, principalmente, contínuo realizado no CC. Por ser um setor muito
abrangendo os períodos pré, intra e pós- dinâmico com grande fluxo de cirurgias, a
operatório16. pressa em realizar o procedimento
Não se espera que num primeiro e cirúrgico acarreta falha na comunicação
único contato ocorra o levantamento de entre a equipe cirúrgica e a dificuldade na
diagnósticos acurados da situação vivida utilização do checklist para cirurgia segura.
pelo paciente, mas é sempre possível ter Tal fato, considerado relevante no contexto
uma definição mais clara do problema do atual, pois a vigilância a saúde inadequada,
paciente, assim como permite a coleta de os esquecimentos e as falhas de
dados importantes para determinar como se comunicação são as principais causas de
poderá prosseguir para o planejamento da lesões cirúrgicas19. Segundo a OMS o
assistência a ser prestada ao paciente checklist da cirurgia segura deve ser
cirúrgico17. Destaca-se que se toda conduta aplicado a todos os pacientes desde o
tem um sentido, fica o alerta para que o momento em que entra na sala de
profissional valorize toda comunicação operatória até o término do procedimento
verbal ou não verbal apresentada pela cirúrgico. No momento em que o paciente
pessoa que enfrenta a doença18. Quanto à entra na sala operatória, antes da indução
comunicação verbal não é possível, do anestésica, a primeira parte do checklist
ponto de vista técnico destaca-se a deveria ser realizada e preenchida por
possibilidade de ajuda através de outros membro da equipe designado para o
18
interlocutores, neste caso um familiar . mesmo. Dentre estes, a enfermeira e o
Desse modo, entendemos que o anestesista são os profissionais que
preenchimento dos impressos requer uma participam desse momento19.
resposta fiel por parte do paciente e ou Com o estabelecimento de um
informante nos casos de comunicação checklist antes da indução anestésica há
verbal prejudicada. Houve casos em que redução significativa na morbidade dos
alguns acadêmicos encontraram pacientes submetidos a procedimentos
dificuldades neste momento por se cirúrgicos, pois na década de 70 morria um
depararem com pacientes que estavam com paciente para cada cinco mil anestesias e
incapacidade de verbalização e crianças, este número reduziu para um em cada
em ambos os casos, sem a presença de um 250.000 anestesias19. Além disso a
acompanhante legal para este fim. utilização do checklist reduz a incidência
Outro aspecto vivenciado esta de infecção do sítio cirúrgico, diminui a
relacionado com a dinâmica do trabalho taxa de incidência geral de complicações e

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principalmente reduz a taxa de identificação inicial, que inclui o nome do
mortalidade19. As atitudes propostas no paciente e do procedimento, fica
checklist são simples e deveriam ser prejudicada mesmo compreendendo ser
rotineiras em qualquer procedimento esta uma etapa importante para amenizar
cirúrgico de qualquer hospital do planeta, os erros de comunicação que podem ser
mas essa não é a realidade observada19. causas de agravos durante o
Outro momento importante é na transoperatório19.
recepção do paciente no CC, entre o A “pausa cirúrgica” é um meio de
momento pré-operatório imediato e o assegurar a comunicação entre os membros
intraoperatório, os acadêmicos observaram da equipe e evitar erros como o local
que existe um curto espaço de tempo para errado ou o paciente errado20. Estudos
o preenchimento da primeira etapa do mostram que a pausa cirúrgica aumenta a
checklist, o que acarreta falhas na segurança e pode estar associada à
continuidade do preenchimento das etapas melhoria da escolha e do momento de uso
seguintes. da profilaxia antimicrobiana, da
Na segunda etapa da lista de manutenção apropriada da temperatura
verificação da segurança cirúrgica está o transoperatória e da glicemia20.
“Time out” ou a “pausa cirúrgica” Diante dos resultados positivos da
introduzida como um componente padrão utilização do checklist, o que se observa é
da assistência à saúde. Trata-se de uma que a maioria das instituições e dos
breve pausa de menos de um minuto na profissionais aceita sem discussão sua
sala operatória imediatamente antes da implantação. Entretanto, sua aplicação
incisão cirúrgica. É o momento em que correta enfrenta dificuldades na prática ora
todos os membros da equipe cirúrgica porque os profissionais a consideram
confirmam verbalmente a identificação do óbvia, ora porque seu uso não ocorre de
paciente, o sítio cirúrgico e o procedimento maneira compulsória19.
a ser realizado20. A participação de cada Ao acompanhar o inicio do
membro da equipe poderia ser dispensável procedimento anestésico e do ato cirúrgico
em épocas passadas quando a equipe de conseguimos identificar os profissionais
cirurgiões, o anestesista e a enfermeira envolvidos com a realização da cirurgia.
sempre trabalhavam juntos no mesmo Porém não conseguimos perceber em que
hospital, porém, atualmente há uma momento o “Time out” é executado ou se é
diversidade de profissionais que compõem executado. Assim encontramos dificuldade
a equipe cirúrgica, de modo que essa em participar deste momento.

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Diante do contexto apresentado comunicação efetiva entre a equipe de
entendemos que é fundamental o registro saúde, fornecem respaldo legal e
para assegurar a assistência qualificada. Os segurança. Assim, deve haver um
registros de enfermagem são considerados comprometimento por parte dos
uma forma de comunicação escrita profissionais de saúde em registrar o
essencial ao processo de assistência à evento ocorrido detalhadamente, pois tais
saúde. São documentos que descreve as informações poderão nortear mudanças na
ações de enfermagem junto ao paciente. estrutura, nos processos e nos resultados da
Este fato é reforçado, pois garante a assistência21.

CONCLUSÕES adesão por parte dos profissionais. Esta


baixa adesão ocorre devido a vários fatores
como: falhas no processo de comunicação
Consideramos de extrema
e dificuldades em inserir a atividade de
relevância para a segurança do paciente o
preenchimento dos impressos na rotina do
uso adequado dos impressos. Os
CC.
profissionais do CC envolvidos nesse
A comunicação é um entrave à
processo também são beneficiados pelo seu
utilização dos impressos no CC.
uso, pois eles favorecem a diminuição dos
Deparamo-nos com dificuldades de
riscos inerentes ao procedimento cirúrgico
identificação dos funcionários por ausência
e anestésico.
de crachás, baixa interatividade da equipe
Levando em consideração que
multiprofissional com os acadêmicos e
ainda são muitas as complicações
consequente dificuldade em obter dados
relacionadas a procedimentos cirúrgicos
referentes ao procedimento cirúrgico com
em todo o mundo. Desse modo, os
os médicos. Além dessas questões, não
impressos constituem uma ferramenta de
conseguimos comunicação com
auxílio para diminuição desses agravos e
acompanhantes de crianças e pessoas com
para a qualificação do trabalho do
dificuldade de verbalização, pois, os
enfermeiro.
pacientes eram admitidos e os
Percebemos nesse estudo que
acompanhantes dispensados antes que
apesar da literatura reconhecer a
pudessem informar os dados.
importância do uso dos impressos no CC,
Em relação ao preenchimento dos
esta atividade ainda apresenta pouca
impressos, tivemos dificuldade em

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identificar a importância do seu impressos e sua importância tanto nos
preenchimento. Muitas vezes nos cuidados diretos no checklist da Cirurgia
deparamos com a falta dos impressos no Segura. Também devem ser trabalhadas
setor, demonstrando mais uma vez a falta questões que envolvam a
de adesão pela equipe. Identificamos a interdisciplinaridade com o objetivo de
ausência do “time out” que é um integrar a equipe e conscientizá-los de que
importante momento em que toda a equipe trabalham para um fim comum, apesar das
faz uma pausa para verificação do check diferenças pessoais e valores.
list e que devido ao curto espaço de tempo Essa dinâmica de comunicação, se
para o seu preenchimento torna-se uma utilizada corretamente, favorece a
pausa preciosa. diminuição de riscos, beneficia direta e
Diante dessas questões, indiretamente o paciente, além de também
acreditamos que deve haver um maior refletir na diminuição dos custos e
esclarecimento aos funcionários e aumento da receita das instituições de
acadêmicos a respeito da utilização dos saúde.
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Av. Dom José Gaspar, 500/25
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Castro BC, SSantos FF, Romão M, Lopes R  et al..  
o GP, Veloso MAM Utilização de impressos em o: vivência ... 
m centro cirúrgico
 
 

APÊND DICE A - Instrumento


I o para coleeta de dado
os sobre o preenchimeento dos im
mpressos
utilizadoos no centroo cirúrgico.

4                                      Revv. Enfermagem Re
V. 17. N° 022. Maio/Jun. 2014 evista                                                                                         167 

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