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Junho 2006 | FidelidadESPÍRITA

ESTUDO

Preleção na Reunião de Passes


por Wellington Santiago - Campinas/SP

E
m muitas Casas Espíri- É interessante refletirmos so- adequado para realizar a explana-
tas a reunião de passes bre a importância da explanação ção doutrinária: antes, durante,
é a de maior público. O doutrinária na reunião de passes. ou depois do passe. Se o passe é
passe realmente é uma atividade Se há exposição doutrinária, se antes da preleção, muitos vão
abençoada, com amplas possibili- ganha em oportunidade de escla- embora e não aguardam a peque-
dades de trabalho no amor ao ir- recimento ao público. Porém, na palestra doutrinária. Se o pas-
mão necessitado e pela oportuni- deve-se analisar qual o momento se é durante, a palestra sofre al-
dade de se buscar auxílio.

É interessante refletirmos sobre a


Vários aspectos podem ser
abordados. Deteremo-nos em ape-

importância da explanação doutrinária


nas dois:
a) A preleção na reunião de pas-
se;
b) Público presente.
na reunião de passes

A SSSI
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S I N NE 0 3-5596 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP 25
FidelidadESPÍRITA | Junho 2006

ESTUDO

gum ou um grande prejuízo (para público. Se não há abordagem falar da Doutrina, esclarecer pon-
o público e para o expositor). Se o doutrinária, perde-se, porém, esta tos fundamentais, noticiar even-
passe é depois, muitos chegam oportunidade, criando-se depen- tos, motivar ao estudo, ao livro,
apenas para recebê-lo, desprezan- dência do público sem levar-lhe a ao jornal, à revista, convidá-lo a
do a preleção. orientação espírita. participar das atividades da Casa
Cada casa tem seu perfil, sua Quanto ao público presente, e do movimento, pois, a orienta-
particularidade, seu critério. Por há sempre alegria em ver a Casa ção espírita é muito mais que um
esta mesma razão, cada instituição cheia. Mas, reflitamos no seguin- passe. Uma boa palestra, uma
abordagem clara, tem mais efeito
psicológico em favor do público do
Uma boa palestra tem mais efeito que propriamente o passe. Nossa

psicológico em favor do público do que


abordagem não visa desvalorizar
o passe, ao contrário, desejamos
propriamente o passe valorizá-lo ainda mais, apresentan-
do-o ao lado da lógica e do escla-
recimento que liberta.
achará seu próprio caminho para te: aquele publico imenso e sem- Podemos imaginar o efeito de
aprimorar suas atividades e utili- pre presente na reunião de passes se comentar um determinado li-
zar a reunião de passes como fon- é espírita? Conhece a Doutrina? vro ou revista perante o público?
te de trabalho e instrução de seu Está integrado às atividades da Haverá interesse, despertará curi-
Casa ou está lá só para receber o osidade. Ou comentar sobre de-
passe? Não é interessante pensar terminada palestra ou evento,
se é vantagem ter um grande pú- com aquele entusiasmo
blico presente, porém, envolvente? Cativa-se o ouvinte.
desconhecedor da mensagem es- Este, participando, não será mais
pírita? mero recebedor de passe, mas um
Havendo exposição doutriná- novo trabalhador da seara.
ria, antecedendo ou durante a Não é o que se deseja? Isto não
aplicação de passes, ela é suficien- enfraquecerá a reunião, nem afu-
te para lavar o conhecimento? De gentará seu público. Mas o trará
que vale a Casa cheia de pessoas, mais consciente. 
só para receber o passe, muitas
delas, dependentes do passe e en-
carando-o como solução salvadora
de seus males, esperando que este
resolva seus problemas?
A tarefa do passe é importan-
te, está integrada à atividade espí- BIBLIOGRAFIA:

rita, mas não é a tarefa principal,


embora atraia grande público. 1. CARRARA, ORSON PETER, CAUSA E

Não se pode perder a oportuni- CASA ESPÍRITAS, EDIÇÕES CARRARA,


MINEIRO DO TIETE-SP, 1ª ED., 1999.
dade de um grande público para

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