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Francisco Sá
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Código IMP/DF/47
Edição 01
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ASSISTENTE FAMILIAR E DE APOIO À COMUNIDADE
Tipologia dos utentes e/ou clientes na prestação de
cuidados pessoais e à comunidade
Manual de Apoio
Conteúdos
Velhice e Envelhecimento
Conceitos
Mitos, Factos e Estereótipos
Principais perturbações físicas na velhice
Representações Sociais da Morte
o Processo de Luto
o 8º estádio de Erik Erikson: Integridade vs. Desespero
Graus de Dependência
o Utente Independente
o Utente Semi-Dependente
o Utente Dependente
Avaliação da dependência
o Escala de Barthel
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Velhice e Envelhecimento
1. Definição de conceitos
O envelhecimento deve ser entendido como um processo natural da vida que traz
consigo algumas alterações sofridas pelo organismo, consideradas normais para
esta fase.
A velhice é considerada, para uns, como o último ciclo da vida, que independe de
condições de saúde e hábitos de vida, é individual, e que pode vir acompanhado de
perdas psicomotoras, sociais, culturais e etc.
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Alguns dos estereótipos mais comuns sobre pessoas idosas:
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As pessoas idosas geralmente não conseguem tomar decisões sobre a sua vida.
As pessoas idosas são adultas e a não ser que estejam em situação inequívoca de
incapacidade de julgamento e decisão, foram e estão habilitadas para saber e
construir o rumo das suas vidas.
A família cuida sempre dos mais velhos e estes nada dão em troca.
Nem todas as famílias estão capacitadas para manter ou criar relações afetivas e
funcionais intergeracionais, por outro lado, a função social dos membros mais
velhos da família passa muitas vezes por cuidar dos mais novos, contribuir
monetariamente para o agregado familiar, servir de mediadores com a vizinhança,
etc.
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As pessoas idosas são todas iguais.
A população idosa portuguesa é muito heterogénea - não é por fazerem 65 anos ou
mais que as pessoas ficam todas iguais. Todas são pessoas diferentes com percursos
de vida diferentes.
3. Processo de Envelhecimento
Todos os organismos multicelulares têm um tempo de vida que sofre mudanças
fisiológicas com o mudar do tempo.
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PERTURBAÇÕES PRINCIPALMENTE EM PESSOAS DE IDADE AVANÇADA
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Também a nível sensorial e percetivo se verificam alterações com o envelhecimento,
embora em algumas modalidades mais do que noutras, como pode ser verificado no
quadro abaixo.
Quando se fala de morte, estão associados dois medos: medo da morte do outro
(abandono) e medo da própria morte (finitude). Este último pode relacionar-se a
três aspetos:
1. medo da extinção
2. medo do que pode vir depois da morte do outro
3. medo do sofrimento
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Erik Erikson (1964), psicólogo responsável pelo mapeamento das etapas do
desenvolvimento psicossocial ao longo da vida, descreveu a última fase da existência
do ser humano como “Integridade x Desespero”
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Graus de dependência
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o Dependente - requer apoio extensivo e intensivo. São pessoas que estão
acamadas ou que têm fortes restrições ao nível da mobilidade, tendo algumas
delas outras incapacidades associadas como, por exemplo a diminuição de
aptidões cognitivas e do controlo esfincteriano.
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ESCALA DE BARTHEL – Desempenho de atividades de vida diária básicas
(AVD)
ALIMENTAÇÃO
0 DEPENDENTE.
BANHO
0 DEPENDENTE.
VESTUÁRIO
AJUDA. Necessita de ajuda mas realiza, pelo menos, metade das tarefas em
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tempo razoável.
0 DEPENDENTE.
HIGIENE PESSOAL
0 DEPENDENTE.
DEJEÇÕES
0 INCONTINENTE.
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MICÇÃO
0 INCONTINENTE.
0 DEPENDENTE.
0 DEPENDENTE.
DEAMBULAÇÃO
INDEPENDENTE. Pode caminhar sem ajuda até por 50 metros, embora utilize
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bengala, muletas, prótese ou andarilho.
0 DEPENDENTE.
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ESCADAS
0 DEPENDENTE.
PONTUAÇÃO:
DEPENDENTE (26–50)
DEPENDENTE PARCIAL (51–75)
INDEPENDENTE (76–100)
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Referências Bibliográficas
NETTO P.M. (2002).O estudo da velhice no séc. XX: histórico, definição do campo e
termos básicos. In: Freitas E. et al.(Orgs)Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; p. 2-12
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