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Objetivos
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Princípios fundamentais
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Direitos do Idoso:
Direito à Vida;
Direito ao Respeito;
Direito ao Atendimento de Suas Necessidades Básicas;
Direito à Saúde;
Direito à Educação;
Direito à Habitação;
Direito à Justiça;
Direito ao Transporte;
Direito ao Lazer;
Direito ao Desporto.
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Os atos ilícitos são contrários à Ordem Jurídica – envolvem sempre uma violação da
norma jurídica. Nesse sentido, a lei pune-os através da sanção.
Os atos lícitos são conformes à Ordem Jurídica e por ela consentidos. Não podemos
dizer que o ato ilícito seja sempre inválido – um ato ilícito pode ser válido, embora sempre
penalizado com sanções.
Ato lícito: ação que não viola qualquer norma – “Na Igreja, não é lícito matar.”
Ato ilícito: ação de violação de uma norma e do dever jurídico que ela impõe – “Dia Internacional
contra o abuso e o tráfico ilícito de drogas.”
Ato legítimo: ação fundada no direito e na razão, que tem carácter legal, válido, genuíno,
verdadeiro e justo – “A cabeça-de-lista do POUS às europeias considerou hoje "perfeitamente
legítimo" que as pessoas não votem, uma vez que as instituições da União Europeia "foram
criadas sem qualquer" sufrágio das populações.”
Ato ilegítimo: ação não fundada na razão, que tem carácter inválido, falso e ilegal – "É ilegítimo
julgar pai que esqueceu bebé no carro. Constituído arguido homem que se esqueceu do bebé
fechado no carro.”
Responsabilidade: obrigação que o indivíduo tem em dar conta dos seus atos e
suportar as consequências dele. Um indivíduo responsável – é aquele que age com
conhecimento e liberdade suficiente para que os atos possam ser considerados dignos, devendo
responder por eles. É ainda um indivíduo que dentro de um grupo pode tomar decisões.
A relação entre o Profissional/ Utente resulta na forma como o Profissional deve cuidar do Utente:
com respeito, como uma pessoa que tem o direito de tomar as suas decisões, de ter
autodeterminação e que merece a defesa ou a confidencialidade das suas informações. Daí
existirem os Direitos do Homem, os quais expressam respeito, liberdade, justiça etc. É através
destes princípios que vamos chegar à pertinência do que é o sigilo/ segredo profissional.
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INDEPENDÊNCIA
Ter acesso à alimentação, à água, à habitação, ao vestuário, à saúde, a ter apoio familiar e
comunitário.
Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de rendimentos.
Poder determinar em que momento se deve afastar do mercado de trabalho.
Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação
profissional.
Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam
passíveis de mudanças.
Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.
PARTICIPAÇÃO
Permanecer integrado na sociedade, participar ativamente na formulação e implementação
de políticas que afetam diretamente o seu bem-estar e transmitir aos mais jovens
conhecimentos e habilidades.
Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como
voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades.
Poder formar movimentos ou associações de Idosos.
ASSISTÊNCIA
Beneficiar da assistência e proteção da família e da comunidade, de acordo com os seus
valores culturais.
Ter acesso à assistência médica para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e
emocional, prevenindo a incidência de doenças.
Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem proteção,
reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, num ambiente humano e seguro.
Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de autonomia,
proteção e assistência.
Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que lhe
proporcionem os cuidados necessários, respeitando-o na sua dignidade, crença e
intimidade. Deve desfrutar ainda do direito de tomar decisões quanto à assistência prestada
pela instituição e à qualidade da sua vida.
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AUTO-REALIZAÇÃO
Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento de suas potencialidades.
Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.
DIGNIDADE
Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objeto de exploração e maus-tratos físicos
e/ou mentais.
Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências,
condições económicas ou outros fatores.
A vida e a morte
O nascimento, a velhice e a morte são fenómenos universais, inevitáveis, mas que são
também pessoais e únicos.
VIDA – Período/ tempo que decorre desde o nascimento até à morte.
MORTE – É o término da vida biológica, física, mas não necessariamente o fim. A morte é
um fenómeno físico, psicológico, social e religioso que afeta a pessoa na sua totalidade: corpo,
espírito, emoções, experiência de vida.
“Existir não significa viver porque os que simplesmente existem têm mais angústia
pensando na morte do que aqueles que vivem num caminho em busca de uma meta, um
ideal. Os que existem buscam constantemente apenas o que melhor possam conseguir
para si de uma maneira egoísta. Já os que vivem têm um projeto entusiástico de vida.
Para estes, não importa o tamanho da sua obra, mas sim deixar qualquer coisa de muito
positivo para o seu próximo. Acreditam que se construírem algo positivo, mesmo que seja
simplesmente cuidar da sua família, estarão a ajudar a humanidade. Os seus filhos são
para eles uma espécie de mensagem viva para um futuro que não viverão – por isso, o
amor e dedicação que oferecem é a essência da sua própria vida.
A morte não significa velhice. Contrariamente, é uma certeza para atravessarmos a
vida com coragem e com objetivos. É necessário perdermos o medo do inevitável e viver
com qualidade. Não devemos sofrer antecipadamente o nosso final anunciado. É
essencial refletir sobre a Vida, dar-lhe significado, meditar e construir o nosso caminho da
melhor maneira possível. Não devemos mentir a nós mesmos, escondendo a sua
existência silenciosa.
A morte acompanha-nos desde o nascimento e, sendo cega, não escolhe idades.
Nada nos pertence e os nossos filhos também não. Somos só depositários fiéis desse
tesouro. É muito difícil depois de tanto amor, carinho e preocupações, ficarmos tão
magoados e sem esperança.
A partir da sua ausência o que verdadeiramente importa é saber viver com esse
vazio, sem dele fugir como recorrer a crenças alucinantes. É preciso deixar fluir a vida
naturalmente.”
Aida Nuno
Necessidades da Pessoa em fim de vida
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“O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando afinal não depende
dele viver muito, mas sim viver bem”
“O Senhor é importante por ser quem é. Continua a ser importante até Séneca
ao último
momento da sua vida e faremos tudo quanto pudermos, não só para que morra em paz,
“Eu
massei meu
para queamor
viva até morrer.”
Que nem chegaste a partir Cicely Saunders
Pois tudo em meu redor
Me diz“Assistir
que estás
à sempre
morte emcomigo”
paz de um ser humano faz-nos recordar uma estrela cadente,
uma de milhões de luzes no vasto céu que brilha durante um curtoDavid Mourão
instante Ferreira
para se extinguir
para sempre na noite sem fim.”
Elisabeth Kubler-Ross
Dar suporte à família.
A maioria das pessoas faz o seu luto com a ajuda da Família ou amigos, embora uma
minoria significativa sofra de incapacidades físicas ou mentais prolongadas, decorrentes de
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“Lutos Patológicos”, que ocorrem quando, após um ano da perda, a pessoa ainda não conseguiu
aceitar ou ultrapassar a referida situação. Nestes casos, é necessário recorrer a ajuda
especializada.
Eutanásia
O envelhecimento tem consigo a perspetiva da morte. Mesmo com o aumento da
esperança de vida da população humana, a vida é sempre um período limitado. Esta limitação
passa a ser mais contundente com a chegada da velhice. A perda de amigos, familiares e de
pessoas de referência social reforça esta característica. Quando existe uma doença grave ou
outra condição de saúde, incluindo-se aspetos físicos, mentais e sociais, que gera sofrimento, a
morte passa a ser não só uma probabilidade, mas também uma alternativa. Esta possibilidade
passa por um dilema básico: o ser humano é proprietário ou guardião da vida. Caso seja
considerado proprietário pode dispor da sua própria vida, caso seja guardião deve zelar pela
mesma.
O termo eutanásia significa literalmente “boa morte”, morte sem sofrimento. Em linguagem
comum, porém, a palavra é utilizada como sinónimo de “assassínio de misericórdia”. As
definições úteis deste termo incluem: “Uma intervenção deliberada, realizada com a intenção
expressa de pôr termo à vida para aliviar o sofrimento intratável”; “Pôr fim, de forma compassiva,
deliberada, rápida e indolor à vida de alguém que sofre de uma doença progressiva incurável. Se
for realizada a pedido ou com o consentimento da pessoa, a eutanásia diz-se voluntária; caso
contrário diz-se não voluntária”.
Em muitas reflexões sobre a morte o tema da eutanásia e do suicídio assistido estão
presentes. A eutanásia em idosos assume uma importância muito grande, principalmente no que
se refere às questões de respeito à autonomia. O importante perceber que esta decisão é
plenamente consciente e que não é tomada devido a um estado depressivo.
Assim surge a regra do duplo efeito: se as medidas tomadas para aliviar o sofrimento físico
ou mental provocarem a morte do doente, estas tornam-se moral e legalmente aceitáveis desde
que a intenção do médico seja aliviar e não matar o doente.
Assim, numa situação extrema, embora possa ocasionalmente ser necessário (e aceitável)
tornar o doente inconsciente, continua a ser inaceitável (e desnecessário) causar
deliberadamente a sua morte. As afirmações de que a regra do duplo efeito constitui uma
hipocrisia e uma cortina de fumo para encobrir a eutanásia, derivam:
de não se compreender que a regra do duplo efeito tem carácter universal;
da falsa crença de que a morfina tem sempre, ou por vezes, o efeito de encurtar a vida de
um doente terminal.
Testamento de Vida
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Os “testamentos de vida” (living wills) são declarações de vontade feitas por uma pessoa,
formulando recomendações para serem cumpridas na fase terminal da vida, ou seja, simples
declarações de vontade. O que o declarante pode pedir, com legitimidade plena, é que, em fase
terminal irreversível, seja poupado a uma inútil exacerbação/ obstinação terapêutica, por forma a
que o processo de morte decorra com respeito pela sua dignidade.
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