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REVISÃO OSCE – 9ª ETAPA

AMD
Situação 1: Paralisia Cerebral.
1. Cumprimentar e se identificar;
2. Questionar queixa e duração;
3. Identificar o tipo de Paralisia:
 Extensão e ocorrência da lesão;
 Classificar conforme o déficit motor:
-Espástica quadri/di/hemi/monoespática;
-Discinética coreo atetóide e distônica (movimentos involuntários e incoordenação
do tônus muscular);
-Atáxica (Lesão cerebelar/incoordenação);
-Mista;
4. Questionar a mãe sobre a gestação:
 Fez Pré-Natal? (Uso de Drogas e Alterações genéticas são causas comuns);
 Teve alguma doença na gestação (Toxoplasmose; Anóxia perinatal; Rubéola;
Sífilis; CMV; Herpes);
 Questionar Pós-Natal (Anóxia; Meningococo; Kernicterus; Pneumonia e
Hemorragias; Traumas e Afogamentos)
*Se PREMATURO, é ROTINA, fazer US de crânio; questionar a mãe;
5. Outras comorbidades associadas à Paralisia Cerebral:
 Distúrbio de deglutição;
 DRGE (alteração do conteúdo gástrico; perguntar se paciente aspira o alimento –
tosse/engasga; pneumopatias; corrigir com cirurgia de Gastrostomia para o refluxo
com técnica de Nissen; fazer uso de Ranitidina e Domperidona;
 Alterações oculares; auditivas; distúrbio de fala;
 Transtorno psiquiátrico; déficit cognitivo;
 Epilepsia;
 Constipação intestinal (perguntar se faz uso de óleo mineral, se sim, orientar a
parar devido ao risco de pneumonia lipoítica, deve usar Lactulose de Magnésio);
 Desnutrição;
 Alterações ortopédicas/osteoporose;
6. Calcular as necessidades basais para a criança em 24 hrs – Regra de Holliday-
Segar (1 kcal para cada ml)
 Até 10 kg = 100 ml/kg/dia;
 Entre 10-20 kg = 1000 ml + 50 ml/kg/dia para cada kg acima de 10kg;
 Acima de 20 kg = 1500 ml + 20 ml/kg/dia para cada kg acima de 20 kg;
7. Solicitar exames complementares:
 Dependerá das alterações associadas:
-TC/RM/US (traumas e outros);
-EEG (epilepsia);
-BERA (alt. Auditivas);
-Videofluoroscopia da deglutição e pHmetria (DRGE);
8. Tratamento:
 Incentivar o estímulo precoce do paciente para bom prognóstico;
 Interdisciplinar:
-Pediatra, neuro, ORL, Oftalmo, Ortopedista e cirurgiões (pediatra e neuro);
 Multiprofissional:
-Fisio, fono, T.O., assistente social, enfermeiro, nutricionista e psicólogo;
 Não-Medicamentoso:
-aquisição de novas habilidades;
-prevenir novas complicações;
-evitar segregação/inclusão social;
 Medicamentoso:
-Antiepilépticos;
-Neurolépticos (periciazina e BZD);
-Relaxantes musculares (baclofeno VO; BZD VO; toxina botulínica para sialorréia
excessiva);

9. Prevenção
-Pré-natal para futura gestação; sala de parto (pediatra e anestesista presentes);
vacinação (mãe e bebê); prevenir acidentes; medicina intensiva; avaliação rotineira do
DNPM; reabilitação;

Situação 2: D. de Alzheimer.
1. Cumprimentar e se identificar;
2. Questionar início (se Alzheimer, início insidioso/déficit progressivo e sem
histórias de comorbidades como HAS e DM) das alterações cognitivas (quais);
3. Citar outros tipos de demências ou alterações cognitivas associadas:
 Demência vascular;
 Delirium;
 Perda da noção de tempo e espaço;
 Perda da memória;
 Dificuldade de aprender novas informações;
 Insônia; altera sono-vigília;
 Prejuízo de função cognitiva;
 Dificuldade de expressar idéias;
 Irritabilidade; agressividade;
 Incapaz de realizar cuidados pessoais;
4. Questionar:
 Depressão;
 Infecções associadas;
 Medicamentos em uso;
 Traumas físicos e psicológicos;
 Situações de estresse;
 Alterações glicêmicas;
5. Questionar evolução do quadro (se achou que piorou ou melhorou);
6. Concluir o diagnóstico e se houve melhora ou piora;
7. Associar ou não a algum outro tipo de demência:
 D. Vascular início súbito e mais precoce que o Alzheimer; mais nos homens;
curso flutuante e gradativo (em degraus); antecedentes de HAS e DM;
 Delirium início agudo; curso flutuante; paciente obnubilado e desorientado;
memória de curta duração e prejudicada; comum ter psicose; dura de dias à semanas;
família é quem se queixa; fala desorganizada e incoerente; reversível;

Situação 3: Depressão.
1. Cumprimentar e se identificar;
2. Questionar o motivo da consulta e duração;
3. Se Depressão (humor deprimido diário por no mínimo 2 semanas):
 Início abrupto;
 Duração de dias a semanas;
 Queixa de perda de memória vem do próprio paciente;
 Responde com: não sei/tanto faz/sim/não/talvez;
 Quadro clínico é estável: nem melhora/nem piora;
 Nível de consciência estável;
 Dificuldade de concentração;
 Sentimento de culpa ou inutilidade;
 Fala normal ou lentificada;
 Quadro reversível;
 Humor deprimido  principal característica;
 Perda do interesse ou prazer;
 Sono excessivo ou insônia;
 Perda ou ganho de peso; perda ou ganho do apetite;
 Fadiga;
 Agitação ou retardo psicomotor;
 Ideação suicida;
4. Tratamento
 Avaliar possível causa e tentar modificá-la;
 Se uso de drogas, cessar;
 Medicações concomitantes (suspender ou modificar);
 Se doença física, tratar a mesma;
 Se outros transtornos mentais, tratar o transtorno de base;
 Se luto, aguardar remissão até 6 meses;
 ISRS (inibidor seletivo da recaptação de serotonina); tricíclicos; ECT
(eletroconvulsoterapia);

Situação 4: Cuidados Paliativos.


1. Cumprimentar e se identificar;
2. Identificar diagnósticos prévios (Neoplasias metastáticas; Demências; Estados
neurovegetativos);
3. Explicar para os familiares sobre os possíveis diagnósticos, que são doenças
progressivas e incuráveis;
4. Indicar conduta paliativa, explicando o que é;
 Responder aos problemas que decorrem da doença avançada; prolongada;
progressiva e incurável;
 Prevenir o sofrimento que ela gera, proporcionando qualidade de vida; conforto
e alívio ao paciente e familiares;
 Explicar que o cuidado paliativo será realizado apenas com a permissão da
família, uma vez que o paciente não tem condições de decidir;
5. Defender a Ortotanásia:
 Explicando que a mesma é a “Morte na hora certa” dando o máximo de conforto
e qualidade de vida ao paciente e familiares, sem medidas de prolongamento de vida
(ressuscitação);
 Explicar aos familiares sobre a ONR – Ordem de Não Ressuscitação:
-Necessita de aval do doente e/ou da sua família;
-Complementa a ortotanásia;
-Tem respaldo na justiça federal (mais segurança ao paciente/médico e família);
6. Se oferecer para esclarecer dúvidas dos familiares.

Situação 5: Curativo de feridas.


1. Cumprimentar e se identificar;
2. Questionar quanto à ferida:
 Causa e comorbidades associadas;
 Tempo;
 Infecção recente;
3. Avaliar a ferida:
 Dor;
 Local;
 Evolução;
 Extensão (profundidade/leito/margens);
 Tamanho;
 Presença ou não de exsudato (fibrinoso/purulento);
 Edema;
 Pulsos;
 Hiperemia;
 Necrose (tecidual ou óssea);
 Perda cutânea;
 Coloração;
 Tecido de granulação;
4. Indicar manutenção de curativos na ferida;
5. Dizer se é por 1ª ou 2º intenção:
 1ª intenção incisão limpa; bordas próximas; pouca perda de tecido; pouco ou
sem exsudato;
 2ª intenção aberta; perda significante de tecidos; sinais de inflamação;
necessita de fortalecimento para reaproximação das bordas; presença de infecção na
maioria das vezes;
6. Realizar o curativo:
 Manuseio adequado do instrumental;
 Usar luvas estéreis;
 NÃO CONTAMINAR o instrumento ou centro do campo ou as gazes;
 SF 0,9% para limpeza;
 Loção a base de triglicerídeos para proteção da pele;
 Cobriu a lesão com gazes.

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