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Carcinoma não invasivo (in situ) -> Não invadiram ainda o parênquima mamário, são restritos
a estrutura glandular, ou ductal, ou lobular. Se não invadiu o parênquima, não tem contato com
o vaso sanguíneo e linfático, ou seja, não tem poder de metastatizar.
→ Carcinoma intraductal
▪ Mamografia atual e 20 a 30% dos CA diagnosticados em mamografia – quando faz-se
mamografia está querendo rastrear lesões iniciais do câncer
▪ População de células malignas incapazes de atravessar a membrana basal, sem metástase,
podem espalhar por todo o sistema ductal. Não invade o parênquima
▪ Movimento das células podem crescer ao longo do ducto principal (sem invadir a mama) em
direção à pele do mamilo (epitélio da pele) -> doença de Paget do mamilo.
▪ Subtipos histológicos: comedocarcinoma (carcinoma com grau maior de malignidade), sólido,
cribiforme (aspecto de peneira), papilar e micro papilar.
Taily Kako
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Subtipo histológico Cribiforme.
consegue-se perceber que ainda
tem luz dentro do ducto, tem
camadas de células epiteliais, que
fazem projeção para dentro do
ducto, as células estão restritas ao
interior do ducto, portanto, não há
invasão. As células fazem
fenestrações. Algumas vezes
observa-se calcificação (marcador
importante para esse tipo de tumor).
Subtipo comedocarcinoma.
Observa-se estrutura de 2 ductos
(pode ser o mesmo ducto),
apresenta células mais
hipercromáticas e no centro há
presença de necrose (resto
celular). As necroses e
calcificações são no centro, como
o epitélio é avascular, não tem uma
nutrição, ela vem lá da membrana
basal, do tecido conjuntivo que
está ao redor do epitélio. Então
esse epitélio não foi constituído
para ter várias camadas. Quando
mais rápido essas camadas crescerem, menor é a nutrição delas no centro, por causa da
distância que estão da membrana basal. Como essas células do centro não conseguem ter o
suporte nutricional adequado, elas acabam morrendo facilmente (comedonecrose).
Para a calcificação o pensamento é o mesmo, como as células do centro acabam necrosando,
a necrose leva a fibrose, que leva a calcificação, que formam as microcalcificações aparentes.
Por que a calcificação é marcador de agressividade? Porque quanto mais rápido o tumor crescer,
mais difícil da nutrição chegar nele, não dá tempo de a nutrição chegar as células centrais.
Diferente de tumor que cresce lentamente, a nutrição gradualmente c hega em todas as células.
Se é um tumor com muitas calcificações, pode-se dizer que é um tumor que cresceu muito
rapidamente e desordenadamente.
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Subtipo Comedocarcinoma.
Percebe-se a quantidade de
calcificação no centro do ducto,
tumor com crescimento muito
rápido
Calcificações agrupadas são
sinais de malignidade
Epitélio é avascular, epitélio não
tem várias camadas de células,
quanto mais ele crescer, menor a
nutrição, então as células que
estão no centro, elas acabam
necrosando, fibrosando e
calcificando. Quanto mais rápido
o tumor crescer, maior a
necrose nos espaços centrais
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Estrutura ductal, dentro do ducto
há proliferação de células, que
fazem ponte e deixam vários
orifícios. (carcinoma in situ
cribiforme). Ao redor do estroma,
há células espalhadas e soltas
ou as vezes formando estruturas
glandulares ductais que não são
habituais na mama. Carcinoma
invasivo. Células já migraram
para o tecido fibroso ao redor,
algumas já começam a se
organizar em ductos
neoformados. Carcinoma
invasivo com componente
intraductal.
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▪ Possui várias tamanho de 1-2cm até 4-5 cm de diâmetro. Quando esse carcinoma está em
tamanhos maiores, fequentemente perde-se a mama, pois pode retrair mamilo e enrugar a
pele.
▪ Micro: células de revestimento ductal maligno, em cordões, ninhos, sólidos, glândulas,
mistos.
▪ Quanto maior a atipia dessas células, quanto mais células tiver com núcleo alterado, quanto
menos imitar o tecido normal e quanto mais mitoses ela tiver, pior é o prognostico. Mais
pouco diferenciado é o tumor.
▪ Quanto mais o tumor imitar o tecido normal, mais bem diferenciado ele é.
▪ Células pequenas com núcleos
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Carcinoma invasivo, há
concentração muito grande de
células epiteliais jogas no estroma
e crescendo desordenadamente,
algumas vezes fazendo
calcificação (marcador de
agressividade) e invadindo. Se
essas células fossem restritas
apenas ao ducto não neoformado,
seria um carcinoma in situ, mas ao
olhar ao redor do ducto, vê-se
várias células que extrapolaram o
ducto e começam a fazer estrutura
iguais ao ducto, fica claro que é um
carcinoma invasivo. Na estrutura ductal, há presença de c élulas mioepiteliais (função de
contratilidade) ao redor. Então ao fazer a imuno-histoquímica, e tiver presença de mioepitélio ao
redor do ducto, sabe-se que era um ducto que se transformou em carcinoma in situ e se essas
células ao redor não apresentarem o mioepitélio ao redor, sabe-se que é um ducto neoformado
por completo, é um ducto que já nasceu de um carcinoma, quanto mais ele tentar fazer luz, mais
bem diferenciado ele é.
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Aspecto cirroso, presença de várias
traves fibróticas em meios as células
que tentam fazer ductos normais, as
células do carcinoma ductal invasivo
sempre tentam fazer a estrutura de
um ducto normal.
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→ Carcinoma medular
▪ 1 a 5% dos Ca
▪ 2, 3 até 5 cm, sem desmoplasia (fibrose) evidente como o carcinoma ductal, aspecto mais
amolecido, muitos focos de necrose e hemorragia.
▪ Acomete pacientes mais idosas.
▪ Micro: massa sólida com células grandes, núcleos vesiculares, pleomorficos, nucléolos
proeminentes e mitoses, infiltrado linfocítico (inflamatório) moderado á acentuado.
▪ Sobrevida melhor com comportamento menos agressivo
▪ Tumor hereditário
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→ Carcinoma mucinoso (colóide)
▪ Mais comum em mulheres idosas
▪ Apresenta crescimento mais lento
▪ Aspecto macio e gelatinoso azulado, forma pura ou mista
▪ Presença de células neoplásicas mergulhadas em tecido mucinoso
▪ Sobrevida maior e metástase pouco frequentes se for do tipo puro.
→ Doença de Paget
▪ Tipo de carcinoma ductal invasivo ou não nos ductos excretores com presença de células
neoplásicas que crescem e se estendem pelo epitélio até a pele do mamilo e aréola.
▪ Pele fica fissurada, ulcerada, hiperemiada e com porejamento pois muda a drenagem dela
▪ Micro: comprometimento da epiderme por células malignas, são células grandes com
citoplasma abundante e claro (células de Paget).
▪ Prognóstico depende se é um carcinoma invasivo ou não. A doença de Paget é apenas um
acessório para esse tipo de tumor.
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Provavelmente era um carcinoma
invasivo, lâmina das camadas da pele.
Observa-se uma camada de queratina
espessa com muitas camadas
(diferente da pele da mama que é fina)
que é resultado da infiltração das
células neoplásicas na base desse
epitélio, que muda toda a drenagem.
Presença de células neoplásicas na
camada basal.
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Aparência de pilhas de moedas.
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Vaso linfático com presença de
células epiteliais agrupadas
(invasão linfática neoplásica).
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→ B - Grau nuclear
GN 1: Núcleos de forma e tamanho uniformes, cromatina nuclear finamente granular e
igualmente disperso por todo núcleo.
GN 2: Nucléos de forma e tamanho moderadamente irregulares, cromatina grosseiramente
agrupada ou com aspecto nuclear vacuolado.
GN 3: Pleomorfismo nuclear intenso e nucléolo proeminente.
→ C - Grau mitótico
GM 1: Menos de 10 mitoses / 10 CGA
GM 2: 11 a 20 mitoses / 10 CGA
GM 3: Mais de 21 mitoses / 10 CGA
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→ Índice proliferativo e receptores hormonais
→ Ploidia de DNA
→ Oncogenes
→ Anormalidades cromossômicas
→ Carboidratos de superfície celular
→ Angiogênese
→ Fator prognostico: estima o risco potencial e/ou sobrevida
→ Fator preditivo: Estima a eficácia do tratamento
Tratamentos
→ Terapêutica cirúrgica apropriada
→ Radioterapia adjuvante
→ Quimioterapia neoadjuvante
→ Terapia hormonal
OBS: Se uma célula tem receptor de estrógeno positivo, ela está tentando imitar a normal e se
também tiver receptor de progesterona positivo, é melhor ainda. Mostra uma excelente resposta
terapêutica anti-hormonal.
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Índice proliferativo
→ Grau proliferativo celular é estabelecido como fator prognóstico nos CA de mama.
Quanto mais mitose, mais desordenado o crescimento celular.
→ Status hormonal e índice proliferativo são importantes para seleção de pacientes para
terapia neoadjuvante.
→ Ciclo celular
▪ A célula passa pelo G0, G1, G2 e finalmente a mitose. Quando faz-se a contagem de mitose,
eu identifico as células que estão na fase da mitose, as c élulas estão proliferando-se e só
consegue-se identificar as células na fase M.
▪ No estudo imuno-histoquímico, as células coradas estão em fases muito anteriores a M.
▪
Proteínas que estão envolvidas no
ciclo celular, acaba-se avaliando o
K67, que estaria presente desde a
fase G1, expressa na célula.
▪ A quimioterapia ataca bem as células que se proliferam rapidamente. Então quando tem-se
índice proliferativo alto, a quimioterapia é importante pois combate melhor essas células.
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Marcadores de sensibilidade ou resistência à terapia
→ SIALYL-TN
Tem-se várias cadeias de
carboidratos nas células normais. Já
as células cancerosas perdem
essas cadeias de carboidratos, à
medida que ela perde, ela começa a
apresentar proteínas que estavam
na célula e não apareciam por causa
da cadeia de carboidratos, esse é o
caso do SIALYL-TN.
→ C-erb B2
▪ Usado em CA mama e CA gástrico.
▪ Protooncogene localizado no cromossomo 17 que codifica uma proteína receptora
transmembranar de 185 Kda semelhante ao fator de crescimento epidérmico.
▪ Expresso em cerca de 10 a 20% dos carcinomas mamários, tem correlação com sobrevida,
especialmente em pacientes com metástase axilares e disseminação precoce.
▪ Hoje em dia já é adotado pelo SUS como rotina.
▪ Alvo terapêutico com células que tem C-erb B2 presentes.
▪ Tentativa de fazer vacina com o C-erb B2
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• Essas células são capazes de transformar as 5-fluorocitosinas em 5-fluorucil com
consequente toxicidade e morte celular.
→ P53
▪ QT + RT -> efeitos citotóxicos -> apoptose
▪ Vamos supor que uma célula entrou em mitose, ela vai passar para G1, ela tem um dano
nesse DNA antes de entrar na mitose, em G1, se esse dano for reparável, na mitose repara
o dano e a célula continua com seu ciclo normal. Se for um dano irreparável, a célula vai se
quebrar e vai induzir a apoptose dessa célula.
▪ Dano no DNA por droga (QT e RT), se for um dano irreparável, o p53 vai lá e promove a
apoptose, se for um dano reparável, o p53 conserta essa célula e a célula repara o dano.
▪ Se houver uma mutação no p53, ele não vai promover apoptose e nem o conserto do dano,
por tanto QT e RT não irá funcionar.
▪ Por isso é importante saber se nas células dos carcinomas tem mutação de p53.
▪ Essa pesquisa também é usada em rotina.
▪ Existe vários trabalhos mostrando que tumores e células que tem p53 mutado respondem
mal ao tratamento.
Imuno-histoquímica com p53
corado em células neoplásicas, as
células se coram pois o p53 faz
parte das células, ele está lá para
fazer o reparo do DNA, ele não se
concentra na células, só se
concentra quando ele não está
sendo utilizado, ele só não é
utilizado quando está mutado.
Então quando faz-se a imuno-
histoquímica e aparece essa
grande quantidade de células
coradas, conclui-se que ele não
está sendo utilizado, portanto,
está mutado, então o tumor não
responderá bem a essa droga.
Índice angiogênico
→ Fator prognóstico que pode vir a ser preditivo
→ Não é utilizado em investigação, apenas em pesquisa.
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→ É dosado por imuno-histoquímica
Aqui vemos uma pele, o FA cora
apenas células endoteliais, células
endoteliais são células que são
vasos ou serão vasos ou tentam
ser vasos. Células coras em
marrom são células endoteliais,
algumas estão formando vasos,
outras estão dispostas em fileiras.
Pode-se dizer que essa peça tem
fator angiogênico alto.
→ Terapia anti-angiogênica
▪ Os inibidores da angiogênese podem potencializar a terapia convencional: Combinação de
QT + anti-angiogênese.
▪ Remição do tumor com a manutenção das metástases e estudo de latência (“infecção sem
doença” – câncer doença crônica).
▪ Não causa resistência (teste de aminas: tempo equivalente a 14 anos).
“Não existe até o momento um marcador isolado que possa prever com exatidão a
resposta terapêutica de um tumor em uma doente em particular. Entretanto, o uso
combinado de alguns marcadores pode orientar a escolha da melhor estratégia
terapêutica em um caso particular”.
Taily Kako
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