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Na NASA[editar | editar código-fonte]

Dia de Potsdam e Lei habilitante de 1933


Ver artigo principal: Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933

Adolf Hitler cumprimentando o presidente Paul von Hindenburg no Dia de Potsdam, em 21 de março
de 1933.

Em 21 de março de 1933, o novo Reichstag foi constituído com uma cerimônia feita na
Igreja Garrison em Potsdam. Este "Dia de Potsdam" deveria demonstrar a unidade entre o
movimento nazista e a velha elite prussiana e militar. Hitler utilizava um fraque e
humildemente e com toda a reverência cumprimentou o presidente Hindenburg.[152][153]
Para conquistar controle político total, apesar de não ter maioria absoluta no parlamento, o
governo de Hitler levou para votação no recém eleito Reichstag o projeto de
lei Ermächtigungsgesetz (Lei habilitante de 1933). A lei, oficialmente chamada Gesetz zur
Behebung der Not von Volk und Reich ("Lei para Redimir a angústia do Povo e do Reich"),
deu a Hitler e seu gabinete de governo o poder de passar leis sem o consentimento do
Parlamento por um período de quatro anos. Estas leis (com certas exceções) não eram
contempladas pela constituição.[154]
Já que iria afetar a constituição, a Lei Habilitante precisava da aprovação de dois-terços do
parlamento para passar. Deixando nada ao acaso, os nazistas utilizaram provisões
aprovadas no Decreto do Incêndio do Reichstag para prender 81 deputados
comunistas[155] e impediram que muitos parlamentares de esquerda, como os Sociais
Democratas, participassem da votação.[156]
Em 23 de março de 1933, o Reichstag se reuniu na Casa de Ópera Kroll sob
circunstâncias turbulentas. Linhas de homens da SA serviam como guardas dentro do
prédio, enquanto grandes grupos de opositores da proposta gritavam slogans de discórdia
e ameaças durante a chegada dos parlamentares no prédio.[157] A posição do Partido do
Centro, a terceira maior legenda do Reichstag, era decisiva. Após Hitler verbalmente
prometer a Ludwig Kaas, o líder deste partido, que Hindenburg reteria o poder de veto,
Kaas anunciou que seus correligionários apoiariam a Lei Habilitante. No final, a lei passou
por 441 votos a 84, com todos os partidos, exceto os Sociais Democratas, votando a favor
(os comunistas foram impedidos de participar). A Lei Habilitante, junto com o Decreto
do Incêndio do Reichstag, transformou, legalmente, o governo de Adolf Hitler em uma de
facto ditadura.[158]

Expansão final dos poderes


Sob o risco de parecer estar falando besteira eu te digo que o Nacional
“ Socialismo durará mais de 1 000 anos! […] Não se esqueça como o povo
riu de mim quinze anos atrás quando eu declarei que um dia governaria a

Alemanha. Eles riem agora, de forma igualmente tola, quando eu digo que
vou manter o poder! [159]

— Adolf Hitler em uma entrevista para um correspondente britânico em Berlim, em junho


de 1934..

Tendo alcançado poder legislativo e executivo total, Hitler e seus aliados iniciaram o
processo de reprimir a oposição. O Partido Social Democrata foi banido e seus bens
apreendidos.[160] Enquanto várias lideranças de sindicatos estavam em Berlim para as
atividades do Dia de Maio, soldados das SA atacaram escritórios dos líderes de sindicatos
por todo o país. Em 2 de maio de 1933 todos os sindicatos foram dissolvidos e seus
presidentes foram presos. Muitos foram enviados para os recém abertos campos de
concentração, onde os nazistas passaram a aprisionar os seus oponentes
políticos.[161] A Frente Alemã para o Trabalho, uma organização que visava representar
todos os trabalhadores, administradores e donos de companhias, foi criada refletindo o
conceito nazista de Volksgemeinschaft ("comunidade do povo").[162]

Em 1934, Hitler se tornou o Chefe de Estado da Alemanha sob o título de Führer und
Reichskanzler ("Líder e Chanceler do Reich").

Ao fim de junho, vários partidos, não só de esquerda, passaram a ser dissolvidos. Isto
incluiu o antigo parceiro de coalizão dos Nazistas, o DNVP; com a ajuda dos paramilitares
da SA, Hitler forçou o seu líder, Alfred Hugenberg, a renunciar em 29 de junho. Duas
semanas depois, o Partido Nazista foi declarado o único partido legal na Alemanha.[162][160] A
ascensão da SA como uma força política e militar causava ansiedade entre as elites
militares, industriais e políticas na Alemanha. Em resposta, Hitler decidiu expurgar a
liderança da SA na chamada "Nacht der langen Messer" (a "Noite das facas longas"), que
aconteceu de 30 de junho a 2 de julho de 1934.[163] Hitler mirou no seu velho amigo Ernst
Röhm e em outros líderes da SA que, junto com outros adversários políticos (como Gregor
Strasser e Kurt von Schleicher), foram presos e executados.[164] Enquanto várias nações e
muitos alemães ficaram chocados com os assassinatos, a maioria da população da
Alemanha acreditava que estas ações eram simplesmente Hitler restaurando a ordem no
país.[165] O presidente Hindenburg, então prestes a completar 87 anos de idade, ficou
desorientado ao ser informado sobre o massacre.[166]
Em 2 de agosto de 1934, o presidente Paul von Hindenburg faleceu. No dia anterior, o
gabinete de governo aprovou a "Lei sobre o Mais Alto Cargo do Reich",[167] que afirmava
que, caso Hindenburg morresse, o cargo de presidente seria abolido e seus poderes
seriam fundidos aos do chanceler da Alemanha. Hitler, então, tornou-se tanto chefe de
estado quanto de governo, sendo formalmente chamado agora de Führer und
Reichskanzler ("Líder e Chanceler").[168] Assim, ele derrubou o único remédio legal que
poderia remove-lo do cargo. Sua ditadura estava agora firmemente estabelecida.[169]
Como chefe de estado, Hitler se tornou o comandante em chefe das forças armadas. O
tradicional juramento de lealdade feito pelos militares passou a ser um voto de lealdade
pessoal a Hitler.[170] Em 19 de agosto, a fusão da presidência e da chancelaria foi aprovada
por quase 90% da população mediante plebiscito.[171]
São conhecidas e documentadas, duas visitas de von Braun ao Brasil: uma informal em
fevereiro de 1964 no Rio de Janeiro, e outra formal entre 12 e 15 de novembro de 1972,
quando ele visitou Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Depois da NASA[editar | editar código-fonte]

Von Braun e William R. Lucas, o primeiro e o terceiro diretores do Marshall Space Flight Center,
observando um modelo do Spacelab em 1974.

Depois de deixar a NASA, von Braun se tornou Vice Presidente de Engenharia e


Desenvolvimento na Fairchild Industries em Germantown, Maryland em 1 de julho de
1972.
Em 1973, um exame de saúde de rotina revelou um câncer renal, o qual não pôde ser
controlado cirurgicamente nos anos seguintes. Von Braun continuou seu trabalho de
acordo com as suas possibilidades, aceitando convites para palestras em colégios e
universidades, dando sequência à sua campanha de cultivar o interesse de estudantes e
novas gerações de engenheiros em voos espaciais tripulados e foguetes. Em uma dessas
visitas na primavera de 1974 ao Colégio Allegheny, von Braun revelou alguns aspectos de
sua vida pessoal, como uma alergia a travesseiros de pena e um certo desdém quanto a
algumas músicas de rock daquela época.
Von Braun ajudou a criar e promover o National Space Institute, precursor da atual
National Space Society, em 1975, tornando-se seu primeiro Presidente. Em 1976, ele se
tornou consultor científico de Lutz Kayser, dono da OTRAG, e um membro do quadro
diretor da Daimler-Benz. No entanto, seu estado de saúde debilitado, o forçou a se retirar
da Fairchild em 31 de dezembro de 1976. Quando a Medalha Nacional da Ciência, foi
concedida a ele em 1977, ele já estava hospitalizado, ficando impedido de comparecer à
cerimônia na Casa Branca.

O final[editar | editar código-fonte]

Lápide de Wernher von Braun no cemitério Ivy Hill em Alexandria, Virgínia.

Em 16 de junho de 1977, Wernher von Braun morreu de câncer


pancreático em Alexandria, Virgínia, aos 65 anos de idade,[38] sendo enterrado no cemitério
Ivy Hill.[39]

Ver também

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