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Segundo Leon F.L.

Clerot, existem alguns mitos que explicam a origem do produto


e do nome. Escolhi um mito Tupi, por questão de conveniência e em função dos
estudos que estamos promovendo para a a Kireyoca. Kireyoca recebeu esse nome
pela designação de morada bela, que é uma junção do Japonês com o português.
Conta-se que e filha de um morubixaba apareceu grávida na aldeia. Seu
pai (o murubixaba) lhe pressionara para dizer quem a tinha desonrado. Como ela
não dissera, então seu pai resolveu matá-la como castigo; nessa ocasião aparece
um homem desconhecido e branco, defendendo a menina e dizendo que esta era
inocente e que realmente não tivera contato com nenhum homem. Como o pai
convenceu-se de que era mesmo verdade o que a sua filha lhe dissera, deixou que
prosseguisse a gravidez.
Quando nasceu a menina, esta era branca, desembaraçada pois com
poucos meses falava e discorria sobre tudo. Deram-lhe o nome de Mani. A menina
atraiu muitas pessoas, inclusive de povos vizinhos, curiosos para ver o fenômeno
da menina que era de raça diferente e tinha o dom da inteligência e sabia coisas
fantásticas para a sua idade.
Porém quando completou um ano de idade a criança morreu e a
enterraram próximo à casa de sua mãe. Como de costume jogavam sempre água
no lugar onde a menina foi enterrada. Pouco tempo depois nasceu ali uma planta
que eles ainda desconheciam, e a deixaram crescer. Os pássaros que as comiam
tinham uma sensação de embriaguez, e com isso o índios ficaram admirados.
Um dia fendeu-se a terra e tiraram o excesso de terra e descobriram o
tubérculo de sua raiz, no qual acreditavam estava representado o corpo de Mani.
Comeram o tubérculo e com ele também fizeram uma bebida fermentada, chamada
cauim.
Sendo assim a origem do mito de Mani tem a seguinte origem
etimológica:
Mani deve vir do termo mã: entorpecer + Y: água, caldo, sumo.
Oca: Casa, refúgio, morada.

Ressalte-se que o mito de Mani ter sido filha de uma falta moral da sua
mãe, tem semelhante explicação nas regiões do Amazonas, onde as meninas dizem
que foram engravidadas pelo boto, quando foram tomar banho no rio.
A bebida conhecida como cauim já era conhecida pelos primeiros
portugueses, quando entraram em contato com os povos Tupinambá, na costa do
Brasil. Eles produziam a bebida para tomar em suas reuniões, onde se discutiam as
próximas guerras e as alianças firmadas entre os convidados. Nessas reuniões
também eram feitas as cerimônias de canibalismo, com os prisioneiros de guerra
que estavam vivendo com a tribo já a algum tempo, inclusive tendo relação com
alguma índia, que lhe era dada para a diversão.

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