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BIOATIVIDADE DE EXTRATOS AQUOSOS DA PARTE AÉREA DE

POINCIANELLA BRACTEOSA SOBRE LARVAS DE AEDES AEGYPTI

Ismaicon Pereira Carvalho dos Santos1, Rômulo Carlos Dantas da Cruz1,


Karine da Silva Carvalho1, Sandra Lúcia da Cunha e Silva2, Simone Andrade
Gualberto2
1
Laboratório de Pesquisa de Inseticidas Naturais (LAPIN) / Núcleo de Pesquisa em
Química Aplicada/Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Praça Primavera,
40, Bairro Primavera, Itapetinga, Bahia. Cep: 45700-000, Brasil.
romulo.carlos@hotmail.com
2
Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais – PPGCA/UESB.

Recebido em: 31/03/2015 – Aprovado em: 15/05/2015 – Publicado em: 01/06/2015

RESUMO
Para o controle do Aedes aegypti, principal vetor do vírus da dengue, utiliza-se
inseticidas sintéticos, os quais têm selecionado populações de insetos resistentes e
ocasionado danos ecológicos, tornando necessária a busca por novas alternativas
de controle. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade larvicida dos
extratos aquosos da parte aérea (folhas e caules) de Poincianella bracteosa sobre o
Ae. aegypti. Os extratos aquosos foram obtidos da parte aérea desidratada e não
desidratada (fresca), pelos métodos de decocção, maceração, infusão e fervura sob-
refluxo. Para a realização dos bioensaios utilizou-se larvas de terceiro e quarto
instar, as quais foram expostas a concentração de 100% (v/v) dos extratos. A
mortalidade larval nos extratos obtidos da parte aérea desidratada e fresca, pelos
métodos de decocção (96,0% e 95,3%, respectivamente) e fervura sob-refluxo
(92,7% e 94,7%, respectivamente), foi significativamente maior, comparada às
demais formas de extração, após 24 horas de exposição. Dessa forma, os extratos
aquosos obtidos por decocção e fervura sob-refluxo, da parte aérea de P. bracteosa,
apresentam potencial larvicida sobre o A. aegypti.
PALAVRAS-CHAVE: Caatinga, controle de vetores, dengue

BIOACTIVITY AQUEOUS EXTRACTS OF THE AIR PART OF POINCIANELLA


BRACTEOSA ON LARVAE OF AEDES AEGYPTI

ABSTRACT
For the control of Aedes aegypti, the main vector of dengue, is used synthetic
insecticides, which have selected resistant populations and caused ecological
damage, which makes it necessary to search for new control alternatives. Thus, the
objective of this study was to evaluate the larvicide activity of aqueous extracts of the
air parts (leaves and stems) of Poincianella bracteosa on the A. aegypti. The
aqueous extracts were obtained from air part dehydrated and not dehydrated (fresh),
by methods of decoction, maceration, infusion and boil under reflux. To perform
bioassays used to third and fourth instar larvae,the bioassays used up third and
fourth instar larvae, which were exposed to a concentration of 100% (v/v) of the
extracts. The mortality of larvae in the extracts of air part dehydrated and fresh,

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obtained by decoction (96.0% and 95.3%, respectively) and boiling under reflux
(92.7% and 94.7%, respectively) were significantly bigger, compared to other forms
of extraction, after 24 hours of exposure. Thereby, the aqueous extracts obtained by
decoction and boil under reflux of the air part of P. bracteosa, they show potential
larvicity on the A. aegypti.
KEYWORDS: Savanna, vector control, dengue

INTRODUÇÃO
A dengue representa uma das principais arboviroses do mundo. Caracteriza-se
como uma doença febril aguda, com amplo espectro de manifestações clínicas, que
podem ser graves e letais. Estima-se que 50 a 100 milhões de pessoas, sejam
infectadas anualmente, o que reflete em um grave problema de Saúde Pública, em
nível mundial (WAHID et al., 2000, WHO, 2012).
A principal forma de transmissão dos vírus da dengue (DENV-1, DENV-2,
DENV-3 e DENV-4), baseia-se na picada da fêmea do A. aegypti infectada. O A.
aegypti, é considerado uma espécie cosmopolita, dada a sua ampla dispersão,
sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais do globo. No Brasil, a alta incidência
desse transmissor, deve-se ao acelerado e desordenado processo de urbanização,
bem como às condições climáticas e sociais, que favorecem a sua rápida
proliferação (BUSATO et al., 2014).
Em virtude da ausência de uma vacina segura e eficaz contra o complexo
dengue, medidas antivetoriais, adotadas dentro de um manejo de controle de
vetores integrado, representam as principais formas de combate à dengue. Entre
tais ações, destaca-se o uso de inseticidas sintéticos, os quais, mediante o uso
indiscriminado têm selecionado populações de insetos resistentes (HORTA et al.,
2011, TEIXEIRA et al., 2011).
Deve-se ressaltar, também, que os inseticidas podem ocasionar danos aos
ecossistemas aquáticos, a exemplo dos piretróides sintéticos, usados no controle
das formas adultas do A. aegypti, pois são tóxicos para animais aquáticos, e,
consequentemente, podem trazer danos à saúde humana e de outros organismos,
através da ingestão de água e alimentos contaminados. Além disso, alguns desses
inseticidas apresentam elevado custo de produção (BRAGA & VALLE, 2007,
SANTOS et al., 2012).
Nesse sentido, diversos estudos têm focado nos inseticidas de origem botânica
como método alternativo para o controle do A. aegypti (GOVINDARAJAN, 2009,
SILVA et al., 2014) haja vista que, os mesmos são biodegradáveis e exibem maior
seletividade, comparado aos sintéticos. Assim, conforme ressalta OLIVEIRA et al.
(2014) a descoberta de substâncias com potencial inseticida não deve se limitar a
toxicidade sobre o A. aegypti, mas também na redução do impacto à biodiversidade.
Entre as diversas espécies vegetais com potencial inseticida, às encontradas
na Caatinga apresentam um grande potencial, haja vista a riqueza de metábolitos
secundários encontrados nessas espécies, devido à marcante sazonalidade desse
bioma (SILVA et al., 2010).
Poincianella bracteosa (Tul.) L. P. Queiroz (Fabaceae), alvo desse estudo,
encontrada na caatinga e popularmente conhecida como cantigueira, pode exibir
potencial inseticida, visto que a mesma foi citada por seu efeito tóxico, durante a
realização de um levantamento etnobotânico, no município de Contendas do
Sincorá, Bahia (SILVA et al., 2012), realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Química
Aplicada, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Dessa forma, o presente

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trabalho teve como objetivo avaliar a atividade larvicida de extratos aquosos obtidos
da parte aérea (folhas e caules) de P. bracteosa, desidratada e não desidratada,
sobre o A. aegypti.

MATERIAL E MÉTODOS
A coleta da parte aérea de P. bracteosa foi realizada na Floresta Nacional
Contendas do Sincorá, situada no município de Contendas do Sincorá, região do
Sudoeste da Bahia (14°0’ S e 41°10’ O). A identific ação da espécie foi realizada pela
taxonomista Guadalupe Edilma Licona Macedo e a exsicata depositada no herbário
da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, sob o registro HUESB-5894.
O material botânico foi dividido em duas porções de pesos idênticos. Uma
dessas porções foi encaminhada à estufa de circulação de ar, regulada a 40 ºC,
onde permaneceu durante 55 horas. Em seguida, esse material foi fragmentado,
para iniciar o processo de extração. A outra porção, o material fresco, foi submetido
ao processo de extração, após ter sido fragmentada. Foram avaliados os extratos
aquosos oriundos do material vegetal seco e fresco obtidos pelos métodos de
infusão, maceração, decocção e fervura sob-refluxo.
Para cada extração utilizou-se 100,0 g de material vegetal (fresco e seco), que
foi submerso em um 1 L de água deionizada. Para a maceração, a água
apresentava uma temperatura de 26 °C e para a infus ão 100 °C. Com relação à
decocção, a parte aérea foi colocada em um recipiente com tampa e submetida à
fervura. No método de fervura sob-refluxo, o material vegetal foi colocado em um
balão de fundo redondo de 1 L e, em seguida, colocado em uma manta aquecedora
e acoplado a um condensador. Cada processo de extração durou 15 minutos.
Posteriormente, o material foi coado e acondicionado sob-refrigeração (4 °C), por um
período de 24 horas, após o qual foram realizados os ensaios larvicidas.
Para a realização dos bioensaios utilizou-se larvas do terceiro e quarto instar
do A. aegypti, oriundas de uma colônia estabelecida no Laboratório de Pesquisa de
Inseticidas Naturais, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, a partir de
ovos da linhagem Rockefeller, cedidos pelo Laboratório de Fisiologia e Controle de
Artrópodes e Vetores (LAFICAVE), da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.
Para a realização do experimento foram utilizadas 30 larvas, totalizando 150
larvas por tratamento. Utilizaram-se extratos aquosos nas concentrações de 100%
(v/v), com cinco repetições por tratamento. O grupo controle consistiu de água
deionizada. Os ensaios biológicos foram conduzidos em câmara climatizada
regulada a 27 ± 1 °C e 12 horas de fotofase e as ob servações realizadas após 2, 4,
8, 16 e 24 horas, a partir do início do experimento. Os percentuais de mortalidade
das larvas foram submetidos ao teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os diferentes extratos aquosos obtidos da parte aérea fresca de P. bracteosa,
demonstraram que somente a partir de 4 horas de exposição, houve mortalidade.
Não houve diferença significativa entre a decocção (13,3%), a fervura sob-refluxo
(8,0%) e a infusão (5,3%). Contudo, a decocção foi significativamente mais tóxica
(p<0,05), quando comparada a maceração (Tabela 1). Com 8 horas, a mortalidade
larval nos extratos obtidos por decocção (24,7%), fervura sob-refluxo (21,3%) e
infusão (14,7%) foi significativamente maior do que a maceração (p<0,01). Com 16
horas de exposição, o extrato obtido pelo método de fervura sob-refluxo ocasionou

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uma mortalidade larval de 76,0%, significativamente maior (p<0,01), quando
comparado aos demais extratos. Decorridos 24 horas de exposição, a mortalidade
larval na decocção (96,9%) e na fervura sob-refluxo (95,3%) foi significativamente
maior (p<0,01) do que a infusão (68,0%) e a maceração (6,0%), conforme
demonstrado na Tabela 1.

TABELA 1. Percentual de mortalidade de larvas de terceiro e quarto instar


de Aedes aegypti, em relação ao tempo de exposição aos
diferentes extratos aquosos obtidos a partir da parte aérea fresca
de Poincianella bracteosa.
Métodos de extração Mortalidade (%)1
2h 4h 8h 16 h 24 h
Decocção 0,0a 13,3a 24,7a 44,7b 96,0a
Fervura sob-refluxo 0,0a 8,0ab 21,3a 76,0a 95,3a
Infusão 0,0a 5,3ab 14,7a 33,3c 68,0b
a b b d
Maceração 0,0 2,7 2,7 2,7 6,0c
Controle 0,0a 0,0b 0,0b 0,0d 0,0d
1
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

No que diz respeito à atividade larvicida dos extratos aquosos obtidos da parte
aérea seca de P. bracteosa, com 2 horas de exposição já se observa mortalidade
nos extratos obtidos por decocção, fervura sob-refluxo e infusão (Tabela 2).

TABELA 2. Percentual de mortalidade de larvas de terceiro e quarto instar


de Aedes aegypti, em relação ao tempo de exposição aos
diferentes extratos aquosos obtidos a partir da parte aérea seca de
Poincianella bracteosa.
Métodos de extração Mortalidade (%)1
2h 4h 8h 16 h 24 h
Decocção 3,3ab 15,3b 28,0b 77,3a 92,7a
Fervura sob-refluxo 4,7a 26,0a 42,7a 58,0b 94,7a
Infusão 1,3ab 4,7c 18,7b 24,7c 54,7b
b c c d
Maceração 0,0 0,7 0,7 2,7 12,7c
Controle 0,0b 0,0c 0,0c 0,0d 0,0d
1
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Com 4 e 8 horas de exposição das larvas, o extrato obtido pelo método de


fervura sob-refluxo ocasionou uma mortalidade larval significativamente maior
(26,0% e 42,7%, respectivamente) (p<0,01), comparado aos demais extratos.
Contudo, com 16 horas de exposição, a decocção apresentou maior atividade sobre
as larvas do A. aegypti, quando comparado aos demais extratos. Decorridos 24
horas de exposição das larvas aos diferentes extratos, não houve diferença
significativa entre a decocção (92,7%) e a fervura sob-refluxo (94,7%), sendo essas
significativamente mais efetivas (p<0,01), quando comparadas à infusão (54,7%) e a
maceração (12,7%) (Tabela 2).
Os extratos obtidos por decocção e fervura sob-refluxo, da parte aérea seca e
fresca de P. bracteosa, mostraram-se mais tóxicos para as larvas do A. aegypti.

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Segundo SILVA et al. (2003) diferentes metodologias poderão influenciar na
extração das substâncias bioativas, tanto em termos quantitativos, quanto
qualitativos.
A decocção e a fervura sob-refluxo são extrações a quente, que consistem em
manter o material vegetal com o solvente em ebulição (decocção) ou em sistema
fechado (fervura sob-refluxo). Tais técnicas, conforme ressaltado por FALKENBERG
et al., (1999) requerem um tempo curto de aquecimento, pois algumas substâncias
poderão ser sensíveis a um período mais prolongado. No presente trabalho, o
período estabelecido de 15 minutos de aquecimento, para a obtenção dos extratos
através dos métodos de decocção e fervura sob-refluxo, demonstrou-se eficaz, visto
que, os extratos obtidos por esses dois métodos apresentaram uma maior toxicidade
sob as larvas do A. aegypti.
Os métodos de extração por decocção e em sistema fechado são utilizados
desde a década de 40 para a extração de rotenóides, substâncias de origem
vegetal, com grande e reconhecido potencial inseticida (VIEIRA & FERNANDES,
1999). Aliado a isso, MACIEL et al., (2010) ressaltam que plantas pertencentes à
família Fabaceae, são ricas em rotenóides. Nesse sentido, tais substâncias, caso
estejam presentes na parte aérea de P. bracteosa, podem estar colaborando com a
ação larvicida dos extratos aquosos obtidos pelos métodos de decocção e fervura
sob-refluxo.
Por outro lado, a baixa eficácia dos extratos aquosos obtidos por maceração,
tanto da parte aérea seca, quanto da fresca, pode ser explicada, em virtude do curto
período empregado para a extração (15 minutos), visto que, segundo FALKENBERG
et al., (1999) usualmente utiliza-se um tempo maior, dado em horas ou dias para se
obter esses extratos.
Diversas espécies pertencentes à família Fabaceae tem demonstrado
potencial inseticida. CAVALCANTE et al., (2006) demonstraram que extratos
aquosos obtidos das folhas de Prosopis juliflora e Leucaena leucocephala
(Fabaceae) ocasionaram alterações nos parâmetros de fertilidade e mortalidade
sobre as fases de ovo e ninfas do inseto Bemisia tabaci. GOVINDARAJAN (2009)
constatou que extratos metanólicos obtidos das folhas de Cassia fistula (Fabaceae),
após 24 horas de exposição, ocasionaram 98,0% de mortalidade em larvas do A.
aegypti.
Maiores percentuais de mortalidade larval do A. aegypti, encontraram-se
relacionados a um maior tempo de exposição aos diferentes extratos aquosos,
frescos e secos, de P. bracteosa, o que provavelmente ocorreu, devido a uma maior
assimilação das substâncias tóxicas dos extratos, por essas larvas, provocando nas
mesmas uma toxicidade crescente.
VALOTTO et al., (2010) ao avaliarem modificações morfo-histólogicas em
larvas do A. aegypti causada pelo tanino isolado da planta Magonia pubescens
(Sapindaceae), verificaram uma destruição progressiva nas regiões do mesêntero
dessas larvas, à medida que o período de exposição aumentava. Após 6 horas de
exposição, tais autores constataram que somente as células da região anterior do
mesêntero, apresentavam-se vacuolizadas, diferente de 24 horas, onde as células
das regiões mediana e posterior, também apresentavam-se inteiramente afetadas.
Os extratos aquosos obtidos da parte aérea seca de P. bracteosa, ocasionaram
percentuais de mortalidade próximos aos obtidos dos extratos aquosos da parte
aérea fresca. Contudo, a utilização na forma seca possibilitaria o armazenamento
dessa parte vegetal por mais tempo, o que viabilizaria a sua estocagem. Há que se

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ressaltar que o tempo de secagem do órgão vegetal, assim como a temperatura
utilizada são fatores que devem ser levados em consideração durante o processo de
secagem, visto que temperaturas elevadas podem levar a volatização de
substâncias de importância inseticida, o que no caso específico desse estudo
provavelmente não ocorreu, em virtude de não ter havido diferença no potencial
inseticida entre o material seco e o fresco.
LOVATTO et al., (2004) ao avaliarem extratos aquosos frescos e secos obtidos
por decocção, de algumas solanáceas, detectaram que apenas os extratos frescos
foram eficazes quanto a atividade inseticida, frente ao inseto Brevicoryne brasicae.
Esses autores atribuíram a ineficiência dos extratos aquosos secos, à volatilização
das substâncias ativas, durante a secagem na estufa, onde permaneceram por 24
horas, a 60 °C.

CONCLUSÃO
Os extratos aquosos obtidos da parte aérea seca e fresca de P. bracteosa,
através dos métodos de decocção e fervura sob-refluxo, apresentam-se eficazes
para o controle das larvas do A. aegypti, o que demanda a continuidade dos
estudos.

AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).

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