Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RECIFE
CURSO DE DIREITO
RECIFE – PERNAMBUCO
NOVEMBRO DE 2019
1
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: PRINCÍPIO DA DIGNIDADE
DA PESSOA HUMANA E SUA RELATIVIZAÇÃO
RECIFE – PERNAMBUCO
NOVEMBRO DE 2019
SUMÁRIO
2
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................4
2.TEMA.....................................................................................................................................5
3.JUSTIFICATIVA........................................................................................................................6
4.FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...............................................................................................7
5.FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE..................................................................................................8
6. OBJETIVO..............................................................................................................................9
7. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................................10
10. METODOLOGIA.................................................................................................................16
12. CRONOGRAMA.................................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
Os princípios são as fontes basilares para qualquer ramo do direito, atuando tanto em
sua formação como em sua aplicação. Com relação ao princípio da Dignidade da
Pessoa Humana, este é alegado pelos lados rivais em controvérsias envolvendo
conflito de interesses, na defesa de posições diretamente opostas. Sucedeu-se, nos
debates travados no STF sobre pesquisas com células-tronco embrionárias e
3
interrupção da gestação de fetos anencefálicos. É o que se dá também na discussão,
que ocorre em praticamente em todo o mundo, a respeito de temas controvertidos,
como eutanásia, aborto, prostituição, pornografia e legalização das drogas. Como
observou Luís Roberto Barroso:
A Dignidade da Pessoa Humana tem sido invocada com grande frequência por diversas
cortes constitucionais estrangeiras e por tribunais internacionais, e se tornou um
parâmetro para a contestação jurídica, social e política da ação opressiva dos Estados,
de entidades internacionais e do poder privado.
2.TEMA
4
Direito Constitucional
DELIMITAÇÃO DO TEMA
5
3.JUSTIFICATIVA
Contudo, esse corolário inspirador de todo o ordenamento constitucional, não tem sido
suficiente para assegurar a eficácia social da dignidade humana. Entre o declarado nos
textos constitucionais e a vida concreta da população mais carente, intercala-se quase
sempre um abismo.
Pessoas continuam morrendo vitimadas pela fome ou por doenças facilmente evitáveis;
seres humanos são barbaramente torturados; presos são submetidos a condições de
encarceramento absolutamente degradantes; indivíduos são discriminados, humilhados
e até assassinados em razão de fatores como a sua raça, nacionalidade, gênero,
religião, deficiência ou orientação sexual; pessoas são impedidas de seguir seus
projetos de vida porque estes contrariam preceitos religiosos ou preconceitos
enraizados.
6
4.FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
7
5.FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE
O Princípio da Dignidade Humana abarcado nos Princípios Fundamentais do nosso
ordenamento jurídico se trata de uma ficção constitucional necessária? E por ser
ficcional, a Dignidade da Pessoa Humana não tem importância? Haja vista, deveríamos
banir do texto constitucional esse instituto por não está cumprido de fato os seus
objetivos! Embora uma ficção, ao mesmo tempo ela se torna uma promessa e uma
efetivação normativa.
6. OBJETIVO
OBJETIVO GERAL
8
- Analisar os princípios constitucionais no que concerne o Princípio da Dignidade da
Pessoa Humana e sua relativização.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
7. REFERENCIAL TEÓRICO
Até o final do século XVIII, a Dignidade da Pessoa Humana ainda não estava
relacionada com os Direitos Humanos. Isso se deu a partir da Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão em 1789, inspirando o lema - Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, guiando o mundo na busca incessante dos respeitos as leis e na luta por
9
uma sociedade melhor, tendo o seu texto inspirado outros ordenamentos
Constitucionais, como o texto in verbeis:
É incabível afirma, com plena parcibilidade por mais coerente que seja, que um sujeito
tenha sua dignidade reconhecida, se não tiver o que comer ou o que vestir, se não tiver
oportunidade de ser alfabetizado, se não possuir de alguma forma de abrigo, o mínimo
(mínimo existencial), tenha sua Dignidade Humana respeitada.
11
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
(...)
Temos acompanho mundo afora, várias decisões nos tribunais com características
comuns entre elas, no qual se fez presente o alcançar do sentido de um dos princípios
basilares da nossa Carta Magna, à Dignidade da Pessoa Humana. Sendo invocada pelo
os dois lados em disputa, em matérias como o aborto, eutanásia, suicídio assistido, hate
speech como discurso de ódio, clonagem, cirurgias de mudança de sexo,
descriminalização das drogas, entre outros. Contudo, vale destacar, e justificar uma
ousada - e correta! - leitura do STF do art. 226, § 3o, da Constituição Federal, que diz:
Estendendo o mencionado instituto da união estável para casais formados por pessoas
do mesmo sexo. No qual o Ministro Ayres Britto registrou, que o silêncio da Constituição
sobre o tema é intencional.
Segundo o próprio Luiz Fux, todos os homens são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. Assim, "nada justifica que não se possa equiparar a união
homoafetiva à união estável entre homem e mulher" - "se o legislador não o fez,
compete ao tribunal suprir essa lacuna".
13
Abrangendo o tema, formulado no meu entendimento adquirido pala sábias palavras do
excelentíssimo Ministro Luís Roberto Barroso, "tais Direitos, não basta proteger o
indivíduo contra o abuso do poder por parte do Estado (seja comissivamente ou
omissivamente), é preciso também proteger contra os abusos por parte de outros
indivíduos, sobretudo por parte do poder econômico."
De acordo com Daniel Sarmento, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana tem uma
dupla função: além de dar legitimidade ao Estado e à ordem jurídica, ao estabelecer que
eles existem em razão da pessoa humana (e não apenas na mera forma jurídica, como
se deu no holocausto), possui também uma função hermenêutica, interpretativa:
"permeando a interpretação e aplicação das normas constitucionais de todas as áreas,
como as que tratam da organização do Estado, disciplina da economia, tributação,
família e etc. Mais do que isso, a Dignidade deve se irradiar para todos os ramos da
ordem jurídica."
Como regra geral, nenhum Direito é absoluto. Embora devemos razoavelmente afirmar
que a Dignidade da Pessoa Humana deva prevalecer, contudo, existem situações
inevitáveis que ele terá que ceder. Nos casos quando alguém é condenado e julgado
culpado após um trâmite legitimado no Devido Processo Legal:
14
Nesse sentido, no entendimento do relator, não há que se falar em direito à vida ou
garantias do indivíduo quando se trata de um ser natimorto, com possibilidade quase
nula de sobreviver por mais de 24 horas, principalmente quando do outro lado estão em
jogo os direitos da mulher. Dados apresentados na audiência pública demonstram que a
manutenção da gravidez nesses casos impõe graves riscos para a saúde da mãe, assim
como consequências psicológicas severas e irreparáveis para toda a família.
10. METODOLOGIA
O presente trabalho visa propor algumas considerações a respeito da Dignidade da
Pessoa Humana, principalmente na sua condição de princípio basilar ou direito
fundamental do nosso ordenamento jurídico, pode efetivamente ser tida como absoluta,
ou admite-se a sua relativização diante de circunstâncias.
15
12. CRONOGRAMA
ETAPAS PERÍODOS
Alves Nunes Júnior, Flavio Martins, CURSOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL, 2018, Editora
Revista dos Tribunais, São Paulo-SP.
16
%2C+intransmissibilidade&gs_l=psy-
ab.3...2240497.2246383..2247547...0.1..0.269.3507.0j21j2......0....1j2..gws-
wiz.......0i71j0i67j0j0i131.IZhZyAXLhhU&ved=0ahUKEwiosPSOmM7lAhVGILkGHcw9B_sQ4dUD
CAo&uact=5 - Acessado em 03/11/2019 as 11:00.
17