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Direito Administrativo
ATOS ADMINISTRATIVOS..........................................................................................17
Conceito..................................................................................................................17
Fato administrativo..................................................................................................18
Atos da administração.............................................................................................18
Ato administrativo - validade:.................................................................................18
Requisitos (elementos - pressupostos) do ato administrativo:................................18
Atributos do ato administrativo................................................................................18
Classificação dos atos administrativos....................................................................19
Quanto a seus destinatários...............................................................................19
Quanto ao seu alcance.......................................................................................19
Quanto ao seu objeto (prerrogativas).................................................................19
Quanto ao regramento........................................................................................19
Quanto a formação do ato..................................................................................19
Quanto ao seu conteúdo.....................................................................................20
Quanto a sua eficácia.........................................................................................20
Quanto a exeqüibilidade.....................................................................................20
Quanto a retratabilidade.....................................................................................20
Quanto ao objetivo..............................................................................................20
Quanto aos efeitos..............................................................................................20
Espécies e motivação dos atos administrativos......................................................21
Atos normativos..................................................................................................21
Atos ordinatórios.................................................................................................21
Atos negociais....................................................................................................21
Atos enunciativos................................................................................................22
Atos punitivos.....................................................................................................23
Motivação dos atos administrativos.........................................................................23
Controle dos atos administrativos............................................................................24
Modos de desfazimento (extinção) dos atos administrativos...................................24
Extinção ato eficaz..............................................................................................24
Extinção ato não eficaz.......................................................................................24
Revogação.....................................................................................................24
Anulação........................................................................................................ 25
Controle judicial doa atos administrativos................................................................25
Vícios.................................................................................................................. 25
Atos nulos e anuláveis.............................................................................................26
Convalidação (saneamento)....................................................................................26
CONTRATO ADMINISTRATIVO..................................................................................26
Considerações gerais..............................................................................................26
Conceito de contrato administrativo........................................................................26
Características do contrato administrativo...............................................................26
Características próprias dos contratos administrativos............................................26
Caracteriza o contrato administrativo......................................................................26
Administração realiza contratos sob normas...........................................................27
Contratos administrativos - modalidades.................................................................27
Peculiaridades do contrato administrativo..............................................................27
Controle do contrato administrativo.........................................................................27
Interpretação do contrato administrativo..................................................................28
Formalização do contrato administrativo.................................................................28
Instrumento e conteúdo do contrato administrativo.............................................28
Cláusulas essenciais...............................................................................................29
Garantias para execução do contrato......................................................................29
Execução do contrato administrativo.......................................................................30
Direitos e obrigações das partes.........................................................................30
Execução............................................................................................................30
Acompanhamento da execução do contrato e recebimento do seu objeto........31
Recebimento do objeto do contrato....................................................................31
Extinção, prorrogação e renovação do contrato.....................................................31
Inexecução, revisão e rescisão do contrato.............................................................32
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
Anulação e revogação.............................................................................................50
Recurso administrativo na licitação.........................................................................50
BENS PÚBLICOS........................................................................................................51
Conceituação.......................................................................................................... 51
Classificação...........................................................................................................51
Bens de domínio público do estado – bens de uso comum do povo e bens de uso especial 51
Conceituação......................................................................................................51
Essa destinação a fim público pode ser..............................................................51
Natureza jurídica.................................................................................................51
Modalidades.......................................................................................................52
Regime jurídico...................................................................................................52
Características dos bens de domínio público do estado uso comum e uso especial (regime
jurídico)............................................................................................................... 52
Alienação de bens comum e de uso especial.....................................................52
Bens dominicais.....................................................................................................53
Conceito..............................................................................................................53
Características....................................................................................................53
Regime jurídico...................................................................................................53
Restrições diversas.............................................................................................53
Alienação de bens dominiais..............................................................................53
Uso do bem público por particular...........................................................................54
Uso por particulares............................................................................................54
Uso privativo ou uso especial.............................................................................54
Autorização pode ser:.........................................................................................55
Formação do patrimônio público.............................................................................57
Regidas pelo direito privado................................................................................57
Regidas pelo direito público................................................................................58
Bens públicos em espécie.......................................................................................58
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E ATUAÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO.......59
Competência para a intervenção.............................................................................60
Meios de intervenção..............................................................................................60
Desapropriação ou expropriação.............................................................................60
Conceito..............................................................................................................60
Características....................................................................................................60
Desapropriação..................................................................................................60
Requisitos constitucionais...................................................................................62
Declaração expropriatória...................................................................................62
Efeitos da declaração expropriatória..............................................................62
Caducidade da declaração expropriatória......................................................62
Processo expropriatório..................................................................................62
Imissão na posse................................................................................................63
Indenização........................................................................................................63
Desvio de finalidade............................................................................................63
Anulação da desapropriação..............................................................................64
Retrocessão........................................................................................................64
Servidão administrativa...........................................................................................64
Características....................................................................................................64
Requisição..............................................................................................................65
Ocupação provisória...............................................................................................66
Limitação administrativa..........................................................................................66
Atuação no domínio econômico..............................................................................67
Monopólio........................................................................................................... 68
Repressão ao abuso econômico:........................................................................68
Controle de abastecimento:................................................................................68
Tabelamento de preços.......................................................................................68
Criação de empresas paraestatais.....................................................................69
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO.............................................................................69
Considerações gerais..............................................................................................69
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
INTRODUÇÃO
Conceito de Estado
Varia segundo o ângulo em que é considerado.
sociológico, é corporação territorial dotada de um poder de mando originário;
político, é comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade superiot de ação, de
mando e de coerção; sob o prisma constitucional, é pessoa jurídica territorial soberana.
Como ente personalizado, o Estado pode tanto atuar no campo do Direito Público, como no Direito
Privado, mantendo sempre sua única personalidade de Direito Público, pois a teoria da dupla
personalidade do Estado acha-se definitivamente superada.
Elementos do Estado
É constituído de três elementos originários e indissociáveis:
Povo (é o componente humano do Estado);
Território (a sua base física);
Governo Soberano (elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de
autodeterminação e auto-organização emanado do povo.
Poderes do Estado
São eles:
o Legislativo,
o Executivo;
o Judiciário,
Independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis (CF, art. 2º).
Esses poderes são imanentes e estruturais do Estado, a cada um deles correspondendo uma função
que lhe é atribuída com precipuidade.
O que há, portanto, não é a separação de Poderes com divisão absoluta de funções, mas, sim,
distribuição de três funções estatais precípuas entre órgãos independentes, mas harmônicos e
coordenados no seu funcionamento, mesmo porque o podes estatal é uno e indivisível.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
É a estruturação legal das entidades e órgãos que iram desempenhar as funções, através de
agentes públicos (pessoas físicas). Essa organização faz-se normalmente por lei, e
excepcionalmente por decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem
aumenta a despesa pública.
Governo e Administração
São termos que andam juntos e muitas vezes confundidos, embora expressem conceitos diversos
nos vários aspectos em que se apresentam.
Governo
Pode ser considerado:
sentido formal, é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais;
sentido material, é o complexo de funções estatais básicas;
sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos.
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Direito Administrativo
Administração pública, em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos
objetivos do Governo.
Administração Pública
Administração pública: Administrar é gerir interesses segundo a lei, moral e finalidade dos bens
entregues a guarda e conservação alheias.
Os bens geridos podem ser individuais ou coletivos, no primeiro caso temos administração particular
e no segundo caso a administração pública.
Administração pública :
subjetiva: conjunto de órgãos a serviço do estado;
objetiva: estado agindo “in concreto” para satisfação de seus fins a conservação do bem estar
individual dos cidadãos e de progresso social.
Administração está ligada a idéia de conservação e utilização, sendo oposto de propriedade, ligada
a idéia de disponibilidade e alienação. Poderes normais da administração conservação e utilização,
já a alienação oneração destruição e renúncia, devem vir expressas em lei, deve haver um
consentimento.
Para prática dos atos acima enumerados, deve ter o agente investidura e competência legal - ilegal o
ato realizado por agente simplesmente designado.
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Direito Administrativo
Tipos de Administração
Existem dois tipos de Administração:
Direta
Composta pelas entidades estatais: são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura
constitucional do Estado e têm poderes políticos a administrativos, tais como a União, os Estados-
membros, os Municípios e o Distrito Federal;
Indireta
Compostas pelas entidades:
Entidades Autárquicas: são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente
administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços
descentralizado da estatal que as criou; funcionam e operam na forma estabelecida na lei
instituidora e nos termos de seu regulamento;
Entidades Fundacionais: pela CF/88, são pessoas jurídicas de Direito Público, assemelhadas
às autarquias (STF); são criadas por lei específica com as atribuições que lhes forem
conferidas no ato de sua instituição;
Entidades Paraestatais: são pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por
lei específica para a realização de obras, serviços (sociedades de econômica mista,
empresas públicas) ou atividades de interesse coletivo (SESI, SESC, SENAI, etc.); são
autônomas, administrativa e financeiramente, tem patrimônio próprio e operam em regime da
iniciativa particular, na forma de seus estatutos, ficando vinculadas (não subordinadas) a
determinado órgão da entidade estatal a que pertencem, que não interfere diretamente na
sua administração.
Sociedade de economia mista - controlado pelo Estado e tem o particular como acionista. Ex.:
Eletrobrás, Banco do Brasil, PETROBRAS,
Empresa púbica – O controle acionário é integralmente do Estado, mas tem personalidade
jurídica de Direito Privado. Ex.: ECT, BNDES, SAB
Obs.: O serviço social autônomo, apesar de ser da entidade autárquica, não pertence à
administração indireta. Ex.: SENAI, SESI, SESC.
Órgãos públicos:
São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Cada órgão, como centro de
competência governamental ou administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas
é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da
unidade orgânica.
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Direito Administrativo
Superiores – São os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando de assuntos
de sua competência especifica. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Subalternos – Detêm deduzido poder decisório, pois destinam-se basicamente à realização
de serviços de rotina e tem predominantemente atribuições de execução.
Obs.: Não há poder hierárquico nem no Legislativo nem no Judiciário, porque, sem sendo função
essencial, ninguém pode ser superior a ninguém.
Quanto à estrutura
Simples – Constituídos por um só centro de competência. Ex.: portaria.
Compostos – Aqueles que reúnem, na sua estrutura, outros órgãos menores, com função
principal idêntica ou com funções auxiliares diversificadas.
Agentes públicos
São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma
função estatal; normalmente desempenham funções do órgão, distribuídas entre cargos de que são
titulares, mas excepcionalmente podem exercer funções sem cargo.
A representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes (pessoas físicas). Não se
confunda, portanto, a imputação da atividade funcional do órgão à pessoa jurídica com a
representação desta perante a justiça ou terceiros; a imputação é da atuação do órgão à entidade a
que ele pertence; a representação é perante terceiros ou em juízo, por certos agentes. Os agente
públicos podem ser de ordem política, administrativa e particular:
Agentes políticos
São os ocupantes dos cargos que compõem a organização política do País. São eles: presidente,
governadores, prefeitos e respectivos auxiliares imediatos, ou seja, ministros e secretários,
deputados, vereadores, senadores, membros do poder judiciário (titulares) e membros do Ministério
Público.
Agentes administrativos
São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por
relações profissionais,
sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a quem servem;
são todos os servidores públicos em sentido amplo.
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Direito Administrativo
DESCENTRALIZAR
Passar a responsabilidade da prestação do serviço público para quer, outra pessoa, distinta do
Estado, o preste. Somente a pessoa jurídica de direito público (ex : Município) tem personalidade
jurídica, os seus órgãos não.
DESCONCENTRAR
sempre no âmbito da mesma pessoa, um repartir interno de competência dentro da própria pessoa.
CONCENTRAÇÃO :
poder não diluído no mesmo órgão.
Prestação de serviço
SERVIÇO CENTRALIZADO: o que o poder público presta por suas próprias repartições, em
seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade - Estado titular e prestador do serviço -
Administração Direta.
SERVIÇO DESCENTRALIZADO: Poder público transfere sua titularidade ou execução por
outorga ou delegação.
Pode ser descentralização:
TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA: da União para os Estados Membros para os Municípios.
INSTITUCIONAL: transferência do serviço ou execução da entidade estatal para : autarquia,
entes para estatais e delegado à particulares.
SERVIÇO DESCONCENTRADO: É o que a administração executa centralizadamente, mas
distribuída entre vários órgãos da mesma entidade para facilitar sua realização e obtenção
pelo usuário.
Autarquia
Ente administrativo autônomo {não são autonomias estes legislam para si próprio e a autarquia
funciona segundo as leis editadas por quem criou}; criada por lei específica que deve dizer
especificamente sua função. Não é entidade Estatal (simples desmembramento administrativo do
poder público) assume várias formas e realiza qualquer serviço público típico, especialmente os que
requeiram maior especialização. É pessoa jurídicas de Direito Público interno dotada de capacidade
exclusivamente administrativas.
Patrimônio próprio, e atribuições Estatais específicas; Autarquias não visam lucro - podem cobrar
serviços prestados - se sobrou $: superávit e se faltou $: déficit; a lei transfere o patrimônio do
Estado para Autarquia - não perdem as características dos bens públicos - não há desafetação (bem
público que passa a esfera de domínio do particular). Bens Imóveis são transferidos de 2 formas :
(bens públicos inalienáveis) - prévia autorização
do - legislativo :
diretamente pela lei instituidora.
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Direito Administrativo
Executa atividade paralela ao próprio Estado - gozam das mesmas prerrogativas, tal como o Estado
(prerrogativas administrativas, não políticas) - Ex.: imunidade tributária - participam do orçamento,
tem orçamento próprio.e prerrogativas processual da fazenda pública.
Autarquia Especial: que prestam serviços especializados. É toda aquela que a lei instituidora
conferir privilégios específicos e aumentar a sua autonomia comparativamente com as autarquias
comuns - sem infringir os preceitos constitucionais pertinentes a essas entidades de personalidade
pública - os que a posicionam são as regalias.
Tem seu orçamento público e deve cumprir com ele.
Controle autárquico
Só admissível nos estritos limites e fins que a lei estabelecer. - nos termos da lei - Entre a Entidade
Matriz e a Autarquia, não h subordinação e sim controle. São 3 os níveis de controle O Controle não
é pleno - nem ilimitado - limitado ao limite da lei - para não suprimir a autonomia administrado
dessas entidades. Sempre que a Autarquia tiver patrimônio que não for suficiente para cobrir as
responsabilidades - a Entidade Matriz - responde subsidiariamente.
CONTROLE POLÍTICO: nomeação de seus dirigentes pelo executivo. a gestão maior da autarquia e
controlada pela administração central.
CONTROLE ADMINISTRATIVO: exerce através de órgão específico - bem como para recurso
interno ou externo na forma da lei. O conjunto de atos que a administração central pratica com a
finalidade de conformar as autarquias ao cumprimento de seus fins próprios e que não suprime a
autonomia administrativa não se confunde com hierarquia.
Formas de controle administrativo :
PREVENTIVO : aquele que se realiza antes da autarquia produzir efeitos;
o a priori : aquele que se da antes da pratica do ato
o a posteriori : aquele que se d após a pratica do ato, mas antes que ele protege seus
efeitos.
REGRESSIVO : realizar após o ato - o ato já está gerando efeitos.
CONTROLE DE MÉRITO : aprecia o ato quanto a própria conveniência da sua prática;
CONTROLE DE LEGITIMIDADE : (Legalidade) - aprecia o ato quanto a sua legalidade
(homologação).
CONTROLE FINANCEIRO: nos moldes do Direito Administrativo: fiscalização pela
administração central - Tribunais de Contas - onde houver.
O poder de intervenção não é discricionário - mas vinculado aos pressupostos finalistas a
serviço outorgado.
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Direito Administrativo
Fundações
Universidade de bens personalizados em atenção ao fim que lhe dá unidade.
Tem como objetivos de interesse coletivo.
Quando criadas e mantidas pelo Poder Público, aparecem as fundações como pessoa jurídica de
direito público, tal como as autarquias .
São criadas por lei específica para determinados fins específicos, no campo assistencial,
filantrópico, educacional, etc.. de atividades não lucrativas e atípicas do poder público - mas de
interesse coletivo.Diferente de serviços públicos. A lei que a cria determina sua função.
CONSELHO CURADOR: não são remunerados - As Fundações podem cobrar por alguns serviços
que eventualmente prestado.
Observações:
Orçamento idêntico ao das entidades estatais
Dirigentes da fundação pública; Investidos no cargo na forma da lei - seu pessoal sujeito ao
regime único - litígios decorrentes da relação de trabalho competência da Justiça do
Trabalho.
Proibição de cumulação remunerada de cargo ou emprego ou função: Atingem servidores da
fundação pública. são considerados funcionários públicos seus dirigentes e autoridades. para
fins penais , Mandado de Segurança e Ação Popular.
Entidades paraestatais
Embora não empregada na atual Constituição, "entidade paraestatal” é expressão que se encontra
não só na doutrina e na jurisprudência, como também em leis ordinárias e complementares.
Cretella Júnior : paraestatais são as autarquias que conservam fortes laços de dependência
burocráticas, possuindo, em regra, cargos criados e providos como os das demais repartições
do Estado, âmbito de ação coincidente com o do território do Estado e participa amplamente
do jus imperii;
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Direito Administrativo
Hely Lopes Meirelles: entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado, cuja
criação é autorizada por lei, com patrimônio público misto, para realização de atividades,
obras ou serviços de interesse coletivos, sob normas e controle do Estado"; são o meio-termo
entre o público e o privado; compreendem as empresas públicas, as sociedades de economia
mista as fundacionais instituídas pelo Poder Público e os serviços sociais autônomos;
Celso Antonio Bandeira de Mello : a expressão abrange pessoas jurídicas privadas que
colaboram com o Estado desempenhando atividade não lucrativa, a qual o Poder Público
dispensa especial proteção, colocando a serviço delas manifestações de seu poder de
império, como o tributário, por exemplo. Não abrangendo as sociedades de economia mista e
empresas públicas; trata-se de pessoas privadas que exercem função típica (embora não
exclusiva do Estado), como as de amparo hipo-suficientes, de assistência social, de formação
profissional.
Empresa pública
Pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei específica com capital exclusivamente público,
de uma ou várias entidades públicas, para realizar atividades de interesse da administração
instituidora nos moldes da atividade privada, podendo revestir-se de qualquer forma e
organização empresarial; geralmente destinadas a prestar serviços industriais ou de atividades
econômicas.
É controlada pelo poder público.
Sujeita-se ao controle do estado, já que seu patrimônio, a sua direção e os seus fins estatais.
O ato de criação de uma empresa pública é um ato administrativo e não de direito privado.
Constituição indica a Justiça Federal como competente para as causas em que as empresas
públicas da União forem interessadas e a Justiça do Trabalho para os litígios trabalhistas.
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Direito Administrativo
São pessoas jurídicas de direito privado com participação do poder público e de particulares no seu
capital - caráter híbrido - e na sua administração, o que lhe atribui o caráter paraestatal, o que o
define é a participação ativa do Poder Público na vida e realização da empresa - poder de atuar.
Revestem a forma das empresas particulares, admitem lucro regem-se pelas normas da sociedades
mercantis.
Dependem do Estado para sua criação e ao lado do Estado e sob seu controle desempenham as
atribuições de interesse público que lhe forem cometidas - é instrumento de descentralização de
serviço.
Seu patrimônio e de natureza de direito público - particular não tem direito sobre o patrimônio - só
sobre o capital
A Constituição impõe que quando o Estado incumbir uma empresa de alguma atividade econômica
deve explora-la em igualdade de condições com as empresas privadas, para não lhe fazer
concorrência.
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Direito Administrativo
As sociedades de economia mista não tem por qualquer natureza qualquer privilégio estatal, só
auferindo as prerrogativas administrativas e tributárias e processuais que lhe forem concedidas
especificamente na lei criadora. Se, porém, forem concessionárias de serviço público, por lei ou
contrato, devem ser consideradas isentas do imposto municipal de serviços.
São todas aquelas instituídas por lei, com personalidade de direito privado, para ministrar
assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, sendo
mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. Ex.: SENAI, SESC, SESI,
SENAR etc..
Embora oficializadas pelo Estado, não integram a administração direta nem indireta, mas trabalham
ao lado do Estado, sob seu amparo por isso, recebem, oficialização do poder público e autorização
legal para arrecadarem e utilizarem na sua manutenção contribuições parafiscais, quando não
subsistem diretamente por recursos orçamentários das entidade que as criou.
Agências reguladoras
Agências executivas
São autarquias e fundações que por iniciativa da Administração Direta celebram contrato de gestão
visando a melhoria dos serviços que prestam em troca de uma maior autonomia gerencial,
orçamentária e financeira. Criadas pela Lei 9649/98, mas ainda não existem.
Organizações sociais
Não integram a Administração Pública, integram a iniciativa privada mas atuam ao lado do Estado,
cooperando com ele estabelecendo parcerias com o poder público. São pessoas jurídicas de direito
privado sem fins lucrativos criadas por particulares para a execução de serviços públicos não
exclusivos do Estado, previsto em lei. A lei 9637/98 autorizou que fossem repassados serviços de:
pesquisa científica, ensino, meio ambiente, cultura e saúde. O instrumento para o repasse é
contrato de gestão – art. 37, § 8º (é um contrato diferente já que o contrato de gestão se celebra
entre a Administração direta e a indireta), dispensa licitação como acontece em todos os outros
casos de transferência de serviço público (facilita o desvio do dinheiro público). Podem receber:
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Direito Administrativo
dotações orçamentárias, bens públicos através de uma permissão de uso, recebem servidores
públicos.
Princípio da legalidade
O administrador público está sujeito aos mandamentos da lei, e as exigências do bem comum, sob
pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade civil e criminal conforme o caso.
Eficácia da atividade administrativa, esta condicionada ao atendimento da lei. Não há, na
administração pública, liberdade, nem vontade pessoal, só permite-se fazer o que a lei autoriza.
Lei administrativa - ordem pública - seus preceitos não podem ser descumpridos, nem por acordo de
vontade entre as partes. Além da legalidade a administração pública deve ser honesta e conveniente.
FINALIDADE: objetivo certo de qualquer ato administrativo - interesse público - afastado esse
objetivo sujeita-se a invalidade, desvio de finalidade.
DESVIO DE FINALIDADE: conceito da lei de ação popular: fim diverso daquele previsto,
explicita ou implicitamente na regra de competência do agente.
Princípio da finalidade o ato deve ser sempre praticado com a finalidade pública, impedido de
praticá-lo em interesse pessoal ou de terceiros.
O ato praticado sem o interesse público e a conveniência para a administração pública - é um
desvio de finalidade - constituindo uma modalidade de abuso de poder
Princípio da publicidade
Divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.
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Direito Administrativo
Leis atos e contratos administrativos são produtores de conseqüência jurídica, fora dos órgãos que
os emitem, exigem, portanto, publicidade para adquirirem validade universal - perante as partes e
terceiros.
Publicidade não é elemento formativo do ato, é requisito de eficácia e de moralidade do ato.
Atos irregulares não se convalidam com a publicação, nem os regulares a dispensam para sua
exeqüibilidade quando a lei regulamentar o exige.
Em princípio todo ato administrativo deve ser publicado, sigilo nos casos de segurança nacional,
investigação policial ,etc..
princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, assegura os efeitos externos, propicia
seu conhecimento e controle pelos interessados direto e pelo povo através do mandado de
segurança, direito de petição, ação popular e habeas data.
Publicidade como princípio da administração pública, abrange toda atuação estatal, divulgando seus
atos e conduta interna de seus agentes.
Atinge, a publicidade, os atos em formação, concluídos , em andamento, pareceres técnicos ou
jurídicos, despachos, etc...
Publicidade em órgão oficial , só do ato concluído ou de determinadas fases de certos procedimentos
administrativos, como ocorre por exemplo na concorrência e tomada de preços. Essa publicação em
órgão oficial é que produz os efeitos jurídicos; não a da imprensa particular pela televisão ou rádio,
ainda que em horário oficial, vale a afixação dos atos na Câmara ou Prefeitura onde não houver
órgão oficial.
Atos e contratos que emitirem ou desatenderem a publicidade necessária deixam de produzir
regulares efeitos, se expõe a invalidação por falta de requisitos de eficácia e moralidade, não
fluem os prazos para impugnação administrativa ou anulação judicial.
ATOS ADMINISTRATIVOS
Conceito
Ato administrativo e toda manifestação unilateral de vontade da Administração pública, que, agindo
nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Este conceito é do ato administrativo unilateral - ato administrativo típico - já que os atos
administrativos bilaterais, constituem o contrato administrativo.
Declaração do Estado ou de quem lhe faça às vezes, no exercício das prerrogativas públicas,
manifestada mediante comandos complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitos a
controle de legitimidade jurisdicional (Celso Antonio Bandeira de Mello).
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Direito Administrativo
Fato administrativo
Toda realização material da administração em cumprimento de alguma decisão administrativa (ex.:
ponte, instalação de serviços, etc.) . O fato administrativo resulta sempre do ato administrativo.
Atos da administração
Todo ato praticado pela administração. A administração prática inúmeros atos que não interessa
considerar como atos administrativos:
atos regidos pelo direito privado - locação de um imóvel para instalar uma repartição;
atos materiais: docente de uma universidade pública ao ministrar aula;
atos políticos ou de governo: função puramente pública decretação do Estado de Sítio.
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Direito Administrativo
Quanto ao regramento
ATOS VINCULADOS OU REGRADOS: a lei estabelece requisitos condições de sua
realização - observem por completo a liberdade do administrador - sua ação fica adstrita
aos pressupostos estabelecidos em lei para a sua validade. Desatendido os requisitos
compromete-se a eficácia do ato, tornando-o passível de anulação pela administração ou
judiciário se assim requerer o interessado.
ATOS DISCRICIONÁRIOS: pratica a administração com liberdade de seu conteúdo, seu
destinatário, sua conveniência, sua oportunidade e realização. Liberdade de ação dentro dos
limites legais. Discricionários só podem ser os meios e modos - nunca os fins - os fins
são impostos pelas leis administrativas. Embora os atos resultem do poder discricionário,
não podem prescindir de
certos requisitos - tais como: competência legal, forma prescrita em lei ou regulamento, e o
fim indicado no texto legal. A responsabilidade pelos atos discricionários não é maior nem
menor do que os dos atos vinculados.
Quanto a exeqüibilidade
PERFEITO: reúne todos os elementos necessários para a sua exeqüibilidade.
IMPERFEITO: apresenta incompleto na sua formação.
PENDENTE: reúne todos elementos de sua formação não produz efeitos - não verificado
termo ou condição de que dependa sua exeqüibilidade.
CONSUMADO: produziu todos os seus efeitos, tornando-se irretratável ou imodificável por
faltar objeto.
Quanto a retratabilidade
IRREVOGÁVEL: tornou-se insuscetível de revogação - não confundir com anulação -
tendo produzido seus efeitos ou gerado direito subjetivo.
REVOGÁVEL: somente administração pode convalidar por motivos de conveniência,
oportunidade ou justiça. Respeita-se os efeitos já produzidos - decorrem da manifestação
válida da administração.
SUSPENSÍVEL: são os que a administração pode cessar certos efeitos em determinadas
circunstâncias ou por certo tempo, embora mantendo o ato para oportuna restauração da
oportunidade.
Quanto ao objetivo
PRINCIPAL: encerra a manifestação da vontade final da administração.
COMPLEMENTAR: aprova ou ratifica o ato principal para dar-lhe exeqüibilidade.
INTERMEDIÁRIO OU PREPARATÓRIO: é o que concorre par a formação de um ato
principal..
ATO CONDIÇÃO: antepõe-se ao outro para permitir a sua realização. Sempre ato-meio para
realização de ato-fim.
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Direito Administrativo
Atos normativos
contém comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei. O objetivo de tais atos é
explicitar a norma legal a ser observada pela administração e pelos administrados. Principais atos
normativos.
DECRETOS: competência privativa.do Chefe do Executivo, destinado prover situações
gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso: explicita ou implicitamente
pela legislação . Decreto está sempre em situação inferior a lei, e por isso não pode
contrariá-la.
REGULAMENTOS: atos administrativos posto em vigência por decreto, para especificar os
mandamentos da lei, ou prover situações ainda não disciplinadas por lei..
REGIMENTOS: atos normativos de atuação interna destina-se a reger o funcionamento de
órgãos colegiados, e de corporações legislativas.
RESOLUÇÕES: atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do
Executivo - mas não pelo Chefe do executivo ou pelos Presidentes dos Tribunais e órgãos
legislativos para disciplinar matéria de sua competência específica.
DELIBERAÇÕES: atos normativos ou decisões emanadas de órgão colegiados . Quando
normativos são atos gerais, quando decisórios são atos individuais. As deliberações devem
sempre obediência ao regulamento e ao regimento que houver para organização e
funcionamento do colegiado.Quando expedidas em conformidade com as normas superiores
são vinculantes para a administração e podem gerar direitos subjetivos para seus
beneficiários.
Atos ordinatórios
Visam disciplinar o funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes. São os
mais freqüentes.
INSTRUÇÕES: ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução do
serviço.
CIRCULARES: ordens escritas de caráter uniforme expedidas a determinados funcionários
ou agentes administrativos incumbidos de certos serviços ou desempenhos de certas
atribuições em circunstâncias especiais.
AVISOS: atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos à seu
Ministério.
PORTARIAS: atos administrativos internos pelos quais, os chefes de órgãos, repartições
ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam
servidores para funções e cargos secundários.
ORDENS DE SERVIÇO: determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou
serviços públicos, contendo imposição de caráter administrativo ou especificações técnicas.
OFÍCIOS: comunicações escritas que as autoridades fazem entre si , entre subalternos e
superiores, e, entre a administração e particulares em caráter oficial.
DESPACHOS: decisões que autoridades executivas ou legislativas ou judiciárias em função
administrativa - proferem em papéis requerimentos ou processos sujeitos à sua apreciação.
Atos negociais
Contém declaração de vontade da administração apta a executar determinado negócio jurídico ou a
deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas e consentidas pelo poder público.
LICENÇA: ato vinculado e definitivo, verificando que o interessado atendeu todos as
condições legais- faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais
antes vedados aos particulares. Resulta de um direito subjetivo do interessado, a
administração não pode negá-lo se o requerente satisfaz todos os requisitos - presunção de
definitividade. Sua invalidação só pode se dar por ilegalidade na expedição do alvará - por
descumprimento do titular na execução da atividade - interesse público superveniente -
impõe correspondente indenização. Licença difere de autorização, admissão e permissão.
AUTORIZAÇÃO: ato precário e discricionário torna possível ao pretendente a realização
de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos de
seu exclusivo ou predominante interesse que a lei condiciona à aquiescência previa da
administração.Poder Público decide discricionariamente sobre a conveniência ou não
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Direito Administrativo
Atos enunciativos
Não contém norma de atuação, não ordenam a atividade administrativa, nem estabelecem relação
negocial. Enunciam uma situação existente , sem qualquer manifestação da vontade da
administração - São os que a administração se limita a certificar ou atestar um fato ou imitir uma
opinião sobre determinado assunto, sem vincular-se a seu enunciado.
CERTIDÕES: cópias ou fotocópias fieis e autênticas de atos ou fatos constantes de
processo , livro, documento que se encontram nas repartições públicas - expressam fielmente
o que contêm o original de onde foram extraídas.
ATESTADOS: administração comprova um fato ou uma situação que tenha conhecimento
por seus órgãos competentes.
Difere de certidão, esta reproduz atos ou fatos constantes de seus arquivos, atestado
comprova outra situação que não consta dos arquivos da administração, comprova situação
transeuntes, passíveis de freqüentes modificações.
22
Direito Administrativo
Atos punitivos
Contém uma sanção imposta pela administração. Punem e reprimem infrações administrativas -
conduta irregulares dos servidores e particulares perante a administração
Podem ser de atuação :
o INTERNA: punir disciplinarmente os servidores e corrigir serviços; caráter disciplinar,
dirigido aos servidores é discricionária quanto a oportunidade, conveniência e
valoração dos motivos que a ensejam; mais liberdade
o EXTERNA: correta observância de normas administrativas; dirigidas aos
administrados , sendo vinculados em todos os seus termos a forma legal que a
estabeleceu , encontra limites nos direitos e garantias individuais do cidadão.
o Ensejam em ambos os casos a punição, após a apuração da falta em processo
administrativo regular ou pelos meios sumários facultados ao poder público.
MULTA: toda imposição pecuniária que sujeita o administrado a título de compensação do
dano presumido da infração. Multas administrativas e fiscais, diferem das criminais
INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE: a administração veda a alguém a prática de atos sujeitos
ao seu controle ou que , incidem sobre seus bens. Não se confunde com a interdição
judicial de pessoas ou direitos .
DESTRUIÇÃO DE COISAS: ato sumário da administração pelo qual se inutilizam : alimentos,
substâncias , etc.. Ato típico de polícia administrativa - urgente - dispensa processo prévio -
exige-se auto de apreensão e de destruição em forma regular.
AFASTAMENTO DE CARGO OU FUNÇÃO: faz cessar o exercício de seus servidores a título
provisório ou definitivo
OUTROS ATOS PUNITIVOS: podem ser praticados visando a disciplinar seus servidores
segundo o regime estatutário a que estão sujeitos.
MOTIVAÇÃO: administrador público justifica a sua ação administrativa , indicando os fatos que
ensejam o ato e os preceitos jurídicos que autorizam a sua prática.
Nos oriundos do poder discricionário - justificação será dispensável bastando evidenciar a
competência e a conformação do ato com o interesse público - pressupostos de toda atividade
administrativa.
Nos oriundos do poder vinculado ou regrado - atividade de jurisdição acentua-se mais o dever de
motivar - ação restrita pela lei ou pelo regulamento - administrador deve demonstrar a confirmação
de sua atividade com todos os pressupostos de direito e de fato que condicionam a eficácia e
validade do ato.
Motivação deve apontar a causa dos elementos determinantes da prática do ato - bem como o
dispositivo legal em que se funda esses motivos afetam a eficácia do ato.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: quando os atos administrativos tiverem sua prática
ficam vinculados a esses motivos - para todos os efeitos jurídicos - tais motivos determinam e
justificam a realização do ato - deve haver perfeita correspondência entre eles e a realidade.
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Direito Administrativo
Revogação
É a extinção de um ato administrativo ato legítimo e eficaz ou de seus efeitos por outro ato
administrativo, efetuada por razões de conveniência e oportunidade (funda-se no poder
discricionário), respeitando-se os efeitos precedentes:
explícitas: quando a autoridade simplesmente declara revogado o ato anterior;
implícita: quando ao dispor sobre certa situação, emite a autoridade um ato incompatível
com o anterior.
Pressupõe ato legal e perfeito - mas inconveniente ao interesse público - se for ilegal ou ilegítimo -
não há revogação e sim anulação.
Nenhum Poder Estatal pode revogar atos administrativos de outro Poder, pois violaria a
independência dos poderes.
válidos os efeitos do ato revogado até o momento de sua revogação, seja quanto as partes
ou terceiros sujeito a seus reflexos.
Revogação e Indenização: Se o ato revogado não gerou direitos subjetivos para o
destinatário ou por não ser definitivo ou precário - a sua revogação não obriga o poder
público a indenizar.
Se ato inoperante e irrevogável - torna-se inconveniente ao interesse público - o ato pode ser
reprimido mediante indenização completa dos prejuízos suportados pelos beneficiários.
Anulação
Anulação (chamada por alguns de INVALIDAÇÃO) declaração da invalidade de um ato
administrativo - ilegítimo ou ilegal - feita pela Administração ou Poder Judiciário - não há graus - de
invalidade - ato algum é mais inválido do que o outro.
Administração pratica ato contrário ao direito cumpre-lhe anula-lo para restabelecer a legalidade
administrativa, se não o fizer , o interessado pode pedir ao judiciário que declare a invalidade
através da anulação.
Conceito de ilegalidade ou de ilegitimidade para fins da anulação não se restringe somente a
violação frontal da lei, mas o abuso e excesso ou desvio do poder, ou por relegação dos princípios
gerais do direito.
Efeitos da anulação retroagem às origens - invalidando as conseqüências passadas,
presentes e futuras. Consiste em fulminar “ab initio”, portanto retroativamente, o ato viciado ou seus
efeitos. Anulação opera efeitos “ex tunc”. Declarada a nulidade do ATO pela administração ou
judiciário - o pronunciamento de invalidade opera “ex tunc” desfazendo vínculos, obrigando a
reposição das coisas no status quo ante - atenua-se para o terceiro de boa-fé.
Por ser o ato nulo não gera direito ou obrigações para as partes - não se cria situação jurídica
definitiva, não admite convalidação.
Anulação pela própria administração Faculdade de anular os atos administrativos é ampla, pode
ser exercida de ofício, pelo agente que praticou , autoridade superior.
Sujeitos Ativo da Invalidação: podem ser tanto a Administração, quanto o poder judiciário.
Vícios
Indica defeitos dos atos administrativos, são caracterizados pela:
RELATIVOS AO SUJEITO: corrupção, competência e capacidade - quanto ao sujeito;
Podem ser:
o Incompetência: usurpação de função, excesso de poder, função de fato;
o Incapacidade;
RELATIVO AO OBJETO: ocorre quando o ato importa em violação de lei, regulamento, ou
outro ato normativo;
RELATIVO A FORMA: inobservância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis
à existência ou seriedade do ato.
RELATIVO AO MOTIVO: inexistência ou falsidade do motivo;
RELATIVO A FINALIDADE: desvio de poder ou desvio de finalidade;
Há uma divergência doutrinária sobre as conseqüências dos vícios, se os atos seriam nulos ou
anuláveis.
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Direito Administrativo
Convalidação (saneamento)
É o suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos - pode derivar de um ato da
administração ou de um ato de particular afetado pelo provimento viciado. Só são convalidáveis atos
que podem ser legitimamente produzidos. A Administração não poder convalidar um ato viciado, se
este já foi impugnado, administrativamente ou judicialmente.
RATIFICAÇÃO: Convalidação procede da mesma autoridade que emanou o ato viciado.
CONFIRMAÇÃO: Quando procede de outra autoridade que emanou o ato;
CONVERSÃO DE ATOS NULOS: quando possível, o Poder Público trespassa , também
com efeitos retroativos, um ato de uma categoria na qual seria inválido, para outra categoria
na qual seria válido - não se confunda com convalidação.
CONTRATO ADMINISTRATIVO
Considerações gerais
CONTRATO: todo o acordo de vontade - firmado livremente pelas partes para criar obrigações e
direitos recíprocos.
PRESSUPÕE: liberdade de vontade, capacidade jurídica das partes - objeto lícito e forma não
vedada em lei.
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Direito Administrativo
INSTRUMENTO:
É em regra - termo em livro próprio ou escritura pública - nos casos exigidos em lei - verbal
(exceção). Deve ser sempre por escrito, sendo exceção verbal, por causa do controle interno e
externo do órgão do Tribunal de Contas. Além do termo de contrato, obrigatório nos casos em que
se exige concorrência pública, os ajustes administrativos podem ser formalizados em outros
documentos hábeis, como:
carta-contrato;
nota de empenho e despesa;
autorização de compra;
ordem de serviço:
DEFEITOS DE FORMA: podem viciar a manifestação de vontade - nulo o contrato omisso em pontos
fundamentais ou firmados sem licitação - resultado de licitação irregular ou fraudada no seu
julgamento.
FORMA: exigência inarredável, não se confunde forma necessária com forma incítil. Além do termo
do contrato (obrigatório nos casos de concorrência ), os ajustes administrativos podem ser
formalizados por outros documentos hábeis: carta - contrato, nota de empenho, autorização de
compra, ordem de serviço - , todos são instrumentos de contratos e bilaterais.
PUBLICAÇÃO DO CONTRATO: formalidade geralmente exigida - contrato administrativo é um
documento público - os sigilosos ( segurança nacional, por exemplo) não podem ser publicados. A
publicação dispensa as testemunhas e o registro em cartório, é uma presunção de legitimidade
contra terceiros , desde a sua publicação.
CONTEÚDO:
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Direito Administrativo
Cláusulas essenciais
Todos os contratos administrativos contém cláusulas essenciais ou necessárias e cláusulas
acessórias ou secundárias. As primeiras fixam o objeto do ajuste, estabelecem condições
fundamentais para sua execução. As segundas esclarecem e complementam a vontade das
partes para melhor entendimento. As primeiras não podem faltar - pena de nulidade - já a segunda
não afetam o conteúdo negocial - pode ser omitidas sem invalidar o ajuste .
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Direito Administrativo
DIREITOS: além dos previstos nas cláusulas contratuais, a administração tem as suas
prerrogativas diretamente - sem intervenção do judiciário - o contratado pode recorre contra
as pretensões da administração. São direitos do contratado: receber o preço nos contratos de
colaboração - a prestação devida pela administração nos contratos de atribuição - também - o
direito ao equilíbrio financeiro.
Execução
Todo contrato administrativo tem caráter pessoal - “intuitu personae” - tendo em vista o vencedor
da licitação ou os de outro meio, que demonstrou poder executar o objeto, sob o aspecto jurídico,
técnico e financeiro - assim deve executar pessoalmente o contrato - salvo autorização da
administração para sub-contratação.
Execução pessoal não se confunde com personalíssima. Pode exigir a participação de diferentes
técnicos, participação mínima, sob responsabilidade do particular. Se necessitar de grande exigência
técnica deve a administração fazer um consórcio ou admiti-lo. Consórcio: cada consorciado executa
a parte que lhe competir, sob responsabilidade da empresa - líder ou são solidários pelas partes que
realizam.
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Direito Administrativo
31
Direito Administrativo
terceiros de boa - fé. Nulo ou inexistente o contrato : pode subsistir o dever moral de
indenizar o fornecimento ou trabalhos executados - o Estado não pode tirar proveito do
particular.
ANULAÇÃO DO CONTRATO: ato declaratório - de invalidade preexistente - opera efeito
“ex tunc” retroagindo as suas origens - decreto, despacho, termo circunstanciado -
apontando o dispositivo legal infringido - só ilegalidade autoriza anulação - sem indicação da
ilegalidade - falta justa causa.
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Direito Administrativo
Conseqüências da inexecução
A inexecução propicia a sua rescisão e pode acarretar para o inadimplente, conseqüências: de
ordem civil, administrativa, suspensão provisória e declaração de idoneidade.
RESPONSABILIDADE CIVIL: impõe a obrigação de repara o dano patrimonial - deriva da lei
, do ato ilícito e da inexecução do contrato. Inexecução do contrato: surge como
conseqüência - responsabilidade civil - fica obrigado o inadimplente a indenizar - salvo
causa justificadora da inexecução - rege-se a responsabilidade civil no contrato administrativo
pelo direito privado - podendo incidir o particular contratado como a própria administração.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA: resulta da infringência de norma da
administração - estabelecida em lei ou no próprio contrato - impondo ônus ao contratado - é
independente das demais responsabilidades - sanções administrativas: multa, interdição de
atividade, suspensão provisória e declaração de idoneidade.
SUSPENSÃO PROVISÓRIA: do direito de participar de licitação e de contratar com a
administração. se age o infrator com dolo - declaração de idoneidade.
DECLARAÇÃO DE IDONEIDADE: penalidade aplicável por faltas grave do contratado
inadimplente para impedi-lo que continue contratando com a administração - não é
penalidade contratual - sanção administrativa genérica - exige oportunidade de defesa e
admite cancelamento.
Revisão do contrato
Revisão do contrato: pode ocorrer:
INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO: alteração de projeto ou processo técnico;
SUPERVENIÊNCIA DE FATOS NOVOS: obstáculos naturais. Impõe-se recomposição dos
preços ajustados nesses casos - não se trata de reajustamento de preço constante do
contrato.
REVISÃO DO CONTRATO : interferências imprevistas - caso fortuito, força maior, fato príncipe fato
da administração, decorrência da Teoria da Administração cláusula “rebus sic stantibus”.
Contrato só é executável nas condições previstas e previsíveis normalmente pelas partes , ou seja,
como cogitada no momento do ajuste - “rebus sic stantibus” - se houver modificação anormal da
situação fática em que embasou (contrato) impõe-se a revisão até mesmo a rescisão.
Rescisão do contrato
RESCISÃO: desfazimento do contrato durante a sua execução por inadimplência de uma das partes,
pela superveniência de eventos que impeçam ou tornem inconveniente o prosseguimento do ajuste
pela ocorrência de fatos que acarretam o seu rompimento de pleno direito.
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Direito Administrativo
RESCISÃO AMIGÁVEL: mútuo acordo das partes - para extinção do contrato e acertos dos
direitos dos distratantes - exige as mesmas formas que o contrato - opera efeitos a partir da
data em que foi firmado “ex nunc”.
RESCISÃO JUDICIAL: decidido pelo poder judiciário - em ação proposta pela parte que
tiver direito a extinção do contrato - seja - a administração ou particular.
Equipamento administrativo;
De utilidade pública.
Regime de execução
Modo pelo qual os contratos de colaboração - naqueles em que o particular se propõe a realizar algo
para o poder público - se estabelecem as relações negociais entre opostos. Admite:
EMPREITADA: mais usado a administração comete ao particular a execução de obra por sua
conta e risco, mediante remuneração previamente ajustada, tal como na Empreitada Civil -
ARTIGOS 1.237 a 1.247 do Código Civil - a forma de pagamento pode ser por preço global,
por preço unitário ou misto.
o Empreitada por preço global: preço certo para totalidade da obra, podendo ser
reajustado;
o Empreitada por preço unitário : unidades determinadas;
TAREFA: execução de pequenas obras ou parte de uma obra maior, geralmente o tarefeiro
fornece somente mão-de-obra, o valor da obra deve ser inferior ao limite máximo legal. Pode
ser ajustada por preço global ou unitário, com pagamento efetuado periodicamente.
Contrato de serviço
Ajuste administrativo que tem por objeto uma atividade prestada à administração para atender suas
necessidades. Para atender às necessidades da Administração ou de seus administrados
SERVIÇOS COMUNS: não exigem habilidade especial para sua execução - qualquer pessoa
- licitação..
SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS: exige habilidade legal para sua execução,
privativo de um profissional habilitado
Podem ser:
GENERALIZADOS: não demandam maiores conhecimentos técnicos;
ESPECIALIZADOS: aprimoramento das generalidades e notoriedade - justifica a dispensa de
licitação.
Obs: O que distingue o serviço de obra é a predominância sobre o material empregado, a atividade
operativa é a que define e diversifica o serviço, abrangendo desde o braçal até o intelectual.
Contrato de fornecimento
É o pela qual a administração adquire coisas - moveis necessários a realização de obras ou
manutenção de serviços - pode ser integral, parcelado. Fornecimento contínuo difere de compra e
venda civil, pois o de fornecimento rege-se como os demais contratos administrativos.
Contrato de concessão
Ajuste pela qual a administração lega ao particular a execução remunerada de serviço ou de obra
pública ou lhe cede o uso de um bem particular para que o explore por sua conta e risco pelo prazo e
condições regulamentares e contratuais, concessão de serviço público, obra pública e bem público.
Bilateral, cumutativo, remunerado, “intuitu personae” - possível subcontratação desde que o
cessionário seja responsável pela execução do objeto, desde que prevista no edital - não se admite a
subconcessão ou cessão parcial.
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: transfere a execução de um serviço público ao
particular que se remunerará dos gastos através de uma tarifa, cobrada dos usuários. -
sempre através de licitação :
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Direito Administrativo
Contrato de gerenciamento
O contratante (poder público) comete ao gerenciador, a condução de um empreendimento,
responsabilizando-se, a administração, pela parte financeira e a decisão final.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Considerações gerais
Serviço público: - lato senso - conceito: não uniforme na doutrina - todo aquele prestado pela
administração por seus delegados - sob normas e controles estatais para satisfazer as necessidades
essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniência do Estado.
C. Bandeira Mello : Serviço público regido pelo D. Público, sendo definido por quem presta.
Comodidade material ao administrado - escrito, objetivo, formal, material.
H.L.M. - Toda a atividade que o Estado presta para atender a necessidade da comunidade.
Não faz diferenciação substantivo.
Cretella - Atividade do Estado, sempre regida pelo D. Público - objetivos e formal. não adota
o material.
Classificação
Levando em conta a essencialidade, adequação, finalidade e destinatário:
PÚBLICO: Só os prestados diretamente a comunidade - essenciais - a comunidade para sua
sobrevivência, por isso privativo do Poder Público, - sem delegação - não pode ser delegado
a terceiros.
UTILIDADE PÚBLICA: Administração reconhece sua conveniência - não essencialidade ou
necessidade - presta a administração diretamente ou concessionário - permissionário -
autorizatário - mediante remuneração dos usuários - nas condições regulamentadas e sob o
seu controle - são serviços que visam facilitar a vida do indivíduo na coletividade.
PRÓPRIOS: relacionam-se intimamente com as atribuições do Poder Público - a
administração utiliza a sua supremacia sobre os administrados - só devem ser prestados
por órgãos públicos - geralmente são serviços gratuitos ou de baixa remuneração.
IMPRÓPRIOS: afetam substancialmente as necessidades da comunidade - satisfazem
interesses comuns de seus membros - ligam-se com os de utilidade pública - administração
presta através de seus órgãos ou entidades descentralizadas - autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais ou delegação -
cessionário - permissionário - autorizatários - sempre sob regulamentos e controle do
poder público.
ADMINISTRATIVO: os executados pela administração para atender suas necessidades
internas da administração ou preparar outros serviços.
INDUSTRIAIS: são impróprios do Estado - produzem renda para quem os presta - mediante
remuneração da utilidade usada ou consumida - tarifa - fixada pelo poder público - são
serviços impróprios do Estado - só podendo ser explorado diretamente pelo poder
público .
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Direito Administrativo
Direito do usuário
Direito de exigibilidade de sua prestação nas condições regulamentares em igualdade com os
demais usuários - inclusive serviços “uti singuli” - se o usuário estiver na área de prestação . Não
observado esse direito - enseja ações correspondentes - cominatória.
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Direito Administrativo
Somente a pessoa jurídica de direito público (ex : Município) tem personalidade jurídica, os
seus órgãos não.
DESCONCENTRAR : sempre no âmbito da mesma pessoa, um repartir interno de
competência dentro da própria pessoa.
CONCENTRAÇÃO : poder não diluído no mesmo órgão.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA : conjunto de órgãos do poder Executivo.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA : pessoas criadas pelo Estado autarquias, Empresas públicas,
Sociedades de Economia Mista, Fundações.
Prestação
SERVIÇO CENTRALIZADO: o que o poder público presta por suas próprias repartições, em seu
nome e sob sua exclusiva responsabilidade - Estado titular e prestador do serviço - Administração
Direta.
SERVIÇO DESCENTRALIZADO: Poder público transfere sua titularidade ou execução por outorga
ou delegação.
OUTORGA: quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere-se - por lei - determinado
serviços públicos ou de utilidade público - só por lei pode ser retirado ou modificado - traz
uma presunção de definitividade - o prazo de transferência é indeterminado. Passagem por lei
da titularidade do serviço público a uma outra pessoa de Direito Público - (pessoa privada não
pode ser titular de D. Público).
DELEGAÇÃO: Estado transfere por contrato - concessão ou ato unilateral: permissão ou
autorização - unicamente a execução do serviço para que o delegado o preste ao público em
seu nome e por sua conta e risco - nas condições regulamentares e sob controle estatal -
trespassada à terceiro por ato administrativo (bilateral ou unilateral) .Podendo ser anulado,
revogado ou modificado. - caráter de transitoriedade - prazo de transferência certo para seu
término. Em ambos os casos outorga ou delegação - sujeita-se aos requisitos originários -
sobe regulamentação e controle do poder que o descentralizou. Passagem da
responsabilidade da prestação do serviço público, por meio de ato ou contrato administrativo
terceira pessoa - (não transferência de titularidade). Pode ser feito à pessoa de Direito
Privado.
o Formas de delegação :
concessão
permissão
autorização.
o Pode ser descentralização:
Territorial ou geográfica: da União para os Estados Membros para os
Municípios.
Institucional: transferência do serviço ou execução da entidade estatal para :
autarquia, entes para estatais e delegado à particulares.
Poder público realiza centralizadamente seus próprios serviços - órgãos da administração direta, ou
realizam descentralizadamente - autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista
e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público - ainda, por meio de entes paraestatais
de cooperação que não compõem nem a administração direta ou indireta - realizam ainda por
empresas privadas e particulares individualmente - concessionários, permissionários e autorizatários.
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Direito Administrativo
A administração pública :
a) quando executa os seus próprios serviços o faz como titular dos mesmos;
b) quando os comente a outrem, podem transferir-lhe a titularidade ou simplesmente a execução.
A transferência de titularidade do serviço é OUTORGADA por lei e só por lei pode ser retirada ou
modificada. A outorga de serviço ou utilidade pública é feita as: autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público - pois a lei
que as criam, já lhes transferem a titularidade dos respectivos serviços.
Os prestadores de serviços públicos respondem pelos danos que vierem a causar a terceiros.
Serviços concedidos
São todos aqueles que o particular executa em seu nome, por sua conta e risco, remunerado por
tarifa, na forma regulamentar, mediante delegação contratual ou legal do Poder Público concedente.
Concessão pode ser conferida com exclusividade ou sem ela para os fins expressamente
consignados em lei ou contrato.
Findo o prazo de concessão devem reverter ao poder concedente os direitos e bens vinculados à
prestação do serviço, nas condições estabelecidas no contrato.
Regulamentação
Compete inegavelmente ao Poder Público, consoante a doutrina e por determinação constitucional.
Contrato de concessão
Documento escrito que encerra a delegação do poder concedente, define o objeto da concessão,
delimita a área, forma e tempo da exploração, estabelece os direitos e deveres das partes e
usuários do serviço.
Entre as cláusulas principais temos as que permitem o objeto, modo e forma de prestação do
serviço.
Execução do serviço
Deve atender fielmente ao respectivo regulamento e as cláusulas contratuais específicas,
independentemente das normas pertinentes.
Remuneração do concessionário
Deve ser remunerado, o concessionário, por tarifa (preço público) e não por taxa (tributos). TARIFA:
deve permitir a justa remuneração do capital - assegurando o equilíbrio econômico financeiro do
contrato, donde se impõe revisão periódica.
Direito do usuário
Permite a qualquer particular utilizar-se da prestação, prometida pelo concessionário.O usuário
desatendido na obtenção de qualquer serviço concedido tem pedido cominatório, para haver
judicialmente a prestação que lhe é assegurada, com todos os consectários da condenação.
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Direito Administrativo
RESCISÃO: desfazimento do contrato durante a execução por acordo, por ato unilateral da
administração ou por decisão judicial ( quando qualquer das partes descumpre o contrato ).
Decisão por acordo ou amigável opera-se por - distrato bilateral - conveniência recíproca
das partes. O poder público recupera imediatamente o serviço concedido. A rescisão por
inadimplência do concessionário é entre nós denominada CADUCIDADE.
o Anormal extinção da concessão determinada pelo poder judiciário em decorrência da
inadimplência, seja pelo poder concedente, seja do concessionário.
Verifica a inadimplência, o prejudicado pode pleitear a recessão ao judiciário.
INADIMPLÊNCIA CULPOSA : Imprudência, negligência, imperícia, má-fé dolo.
Pagamento de parcelas e danos parte prejudicada.
INADIMPLÊNCIA NÃO CULPOSA : fato extraordinário, não há perdas e
danos.
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Direito Administrativo
serviços permitidos
PERMISSÃO: É o ato administrativo unilateral PRECÁRIO pelo qual o poder público transfere
discricionariamente algum um serviço de sua alçada propiciando a possibilidade de cobrança de
tarifas do Usuário.
Em princípio: discricionária e precária - admite, condições e prazos para exploração dos serviços,
para garantir a rentabilidade e retorno dos investimentos. São atributos da permissão: a
unilateralidade, a discricionariedade e a precariedade, podem ser excepcionados.
42
Direito Administrativo
Serviços Permitidos: são todos aqueles em que a Administração estabelece os requisitos para sua
prestação ao público, e, por ato unilateral (termo de permissão) comete a execução aos particulares
que demonstrarem capacidade para seu desempenho.
Toda permissão traz implícita a condição de ser em todo o momento, compatível com o interesse
público, e, por conseguinte, revogável ou modificável pela administração, sem recurso algum por
parte do permissionário.
É executado em nome do permissionário por sua conta e risco nas condições estabelecidas pela
administração, que controla toda sua execução, podendo nele intervir quando prestado
inadequadamente. Aos usuários.
Presta-se a execução de serviços transitórios, por sua natureza precária. Não gera privilégios, nem
exclusividade ao permissionário.
Permissão para a prestação de serviço público ou de utilidade pública está sujeito a licitação
PERMISSÃO: ato unilateral, precário deferido “intuitu personae” não admite substituição sem
prévio consentimento do permitente.
Os atos dos permissionários podem revestir-se de certa autoridade pela delegação recebida do
poder público, tornam-se passíveis de MANDADO DE SEGURANÇA.
Os atos dos permissionários são de sua exclusiva responsabilidade sem afetar a Administração
permitente, podendo esta responder por culpa na escolha ou na fiscalização do executor do serviço.
Exemplo de serviço permitido: transporte coletivo.
Serviço permitido é serviço de utilidade pública, sempre sujeito às normas de direito público
PERMISSÃO CONCESSÃO
Ato unilateral Ato bilateral
a precária, pode ser extinta por regime não precário manutenção do
conveniência e oportunidade, ato contrato, se extinta, deve ser o
unilateral da administração. concessionário indenizado
prévia autorização legislativa
Permissão: antes da C.F. 88 não havia necessidade de licitação : antes de serem outorgados
permissões de uso de haver o procedimento licitatório.
não exige prévia lei autorizadora.
Não existem certos serviços que devem ser por concessão ou permissão, o fator que faz a
administração utilizar-se da concessão ou da permissão o próprio interesse da administração, tendo
em vista o serviço prestado - são CUSTO DE Implantação - crivo discricionário - opção político
administrativa.
Serviços autorizados
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Direito Administrativo
DEFINIÇÃO : o ato pelo qual o poder público faculta a realização de serviços a serem prestados por
particulares em caráter precário destinado a atender interesses transitórios e sempre prestados sob
um regime de direito privado.
Atividades relevantes ao Estado, tecnicamente não atribuição do Estado, mas como tem relevância
para sociedade, o Estado autoriza. Liberação do Estado - prestados por pessoas de DIREITO
PRIVADO.
EX : Serviços de táxi; Serviços de vigilância particular;
São aqueles que o Poder Público, por ato unilateral, precário e discricionário, consente na sua
execução por particular, para atender interesses coletivos instáveis ou emergência transitória.
São os adequados para todo aqueles que não exigem execução pela própria administração, nem
pedem especialização na sua prestação ao público. Ex.: serviços de táxi.
Não sendo atividade pública típica, convém que o Poder Público conheça e credencie os seus
executores, exercendo sobre eles o controle necessário.
Não se beneficiam das prerrogativas das atividades públicas, só auferem as vantagens que lhes
forem especialmente deferidas no ato da autorização. - sempre sujeitas a modificação ou
supressão sumária - precariedade - seus agentes não são agentes públicos - prestam apenas
serviços de interesse da comunidade.
É sempre uma relação de direito privado, a relação entre o autorizado e o poder público.
Qualquer irregularidade deve ser comunicada à administração autorizante, que , se for o caso,
aplicará a sanção cabível - inclusive a cassação da autorização.
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Direito Administrativo
LICITAÇÃO
Conceituação
Procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a
todos os interessados, que se sujeitam às condições fixadas no instrumento convocatório, a
possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente
para celebração do contrato.
Procedimento administrativo
Série de atos preparatórios do ato final objetivado pela administração. A licitação é um procedimento
integrado por atos e fatos da Administração e atos e fatos do licitante, todos contribuindo para formar
a vontade contratual.
A Constituição de 1988 deu competência privativa a União para legislar sobre licitação, em todas as
modalidades , para administração direta e indireta , incluídas as fundações instituídas e mantidas
pelo poder público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle. Os Estados e
Municípios podem legislar supletivamente em matéria de licitação.
Princípios da licitação
Não há uniformidade entre os doutrinadores na indicação dos princípios informativos da licitação.
A própria licitação constitui um princípio a que se vincula a Administração Pública. decorre do
princípio da indisponibilidade do interesse público.
A constituição exige licitação para contratação de serviços, compras e alienações, bem como, à
concessão e permissão de serviços públicos.
Princípio da igualdade
Alicerce da licitação, permite que a administração escolha a melhor proposta, como, também,
assegura igualdade de direitos a todos os interessados em contratar. Veda o estabelecimento de
condições que impliquem preferência em favor de determinados licitantes em detrimento dos demais.
Decorrente desse princípio, da igualdade, é o princípio da competitividade, sendo vedado aos
agentes públicos admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições
que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra
circunstância impertinente ou relevante para o específico objeto do contrato. Essa afirmação, sofre
exceção: em caso de igualdade de condições, como critério de desempate, preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços e a aquisição de bens e serviços de informática e automação
onde deve ser dada preferência ao produzido por empresas nacionais.Embora tenha que haver
competição, ela não é inteiramente livre, pois a proteção do interesse público exige a imposição de
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Direito Administrativo
certas normas que afastam, por exemplo, as pessoas jurídicas não regularmente constituídas, as
que não apresentem idoneidade técnica ou financeira. Em certas hipóteses de licitação - tomada de
preço e convite - a competição é menos livre.
Princípio da legalidade
Importante em matéria de licitação, pois esta constitui um procedimento inteiramente vinculado a lei.
Os participantes, da licitação, tem direito subjetivo público à fiel observância do pertinente
procedimento estabelecido na lei.
O licitante que se sinta lesado pela inobservância da lei pode impugnar judicialmente o
procedimento.
A observância da legalidade foi erigida em interesse difuso, passível de ser protegido por iniciativa do
próprio cidadão.
Princípio da impessoalidade
Está intimamente ligado aos princípios da isonomia e julgamento objetivo, todos os licitantes devem
ser tratados igualmente em direitos e obrigações. Deve pautar-se por critérios objetivos, sem levar
em consideração as condições pessoais do licitante ou as vantagens por ele oferecidas, salvo as
expressamente previstas na lei ou no instrumento convocatório.
Princípio da publicidade
Diz respeito não apenas à divulgação do procedimento para conhecimento de todos os
interessados, como também, aos atos da Administração pública praticados nas várias fases do
procedimento, que podem e devem ser abertas ao interessados, para assegurar a todos a
possibilidade de fiscalizar sua legalidade.
Ela é mais ampla possível na concorrência, em que o interesse maior da Administração é o de
atrair maior número de licitantes , e, se reduz ao mínimo no convite, em que o valor do contrato
dispensa maior divulgação.
Não será sigilosa, a licitação, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento.
Permite que qualquer cidadão acompanhe seu desenvolvimento desde que não interfira de modo a
perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
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Direito Administrativo
Obrigatoriedade de licitação
Exige a Constituição, a licitação, para os contratos de obras, serviços, compras e alienações, bem
como para a concessão e a permissão de serviço público.
Estão obrigados a licitação: todos os órgãos da Administração pública, direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente, pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Dispensa e inexigibilidade
A Constituição abre hipóteses, em que a licitação deixa de ser obrigatória, exceto quando tratar-se
de concessão ou permissão, que deve ser feita sempre através de licitação.
Diferença entre dispensa e inexigibilidade : na primeira há possibilidade de competição que
justifique a licitação, de modo que a lei faculta a administração a dispensa , que fica inserida na
competência discricionária da administração. Nos casos de inexigibilidade não há possibilidade de
competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da
Administração, a licitação, portanto é inviável.
Os casos de dispensa estão determinados por lei, por isso escapam da discricionariedade da
administração, por estarem já determinadas por lei, e não podem ser ampliados. Quanto a
inexigibilidade traz implícita a possibilidade de ampliação. A inexigibilidade é decorrência da
inviabilidade de competição. Se a competição inexiste, não há de se falar em licitação.
Hipóteses de dispensa:
EM RAZÃO DE PEQUENO VALOR: é dispensável a licitação em valores abaixo do limite
legal previsto.
EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS: é possível a dispensa em certas situações
onde a demora do procedimento é incompatível com a urgência na celebração do contrato ou
quando sua realização puder, ao invés de favorecer, vir a contrariar o interesse público.
Casos: de emergência e calamidade pública - obras e serviços que podem ser concluídos em
180 dias consecutivos . Licitação Deserta: quando não acudem interessados à licitação.
Licitação Fracassada: quando aparecem interessados mas nenhum deles é selecionado.
EM RAZÃO DO OBJETO: nos objetos definidos em lei;
EM RAZÃO DA PESSOA;
Hipóteses de inexigibilidade
Visa a contratação de um objeto único ou singular ou a natureza singular de um serviço, este deve
ser complexo, e relevante , os interesses públicos em jogo tornem o serviço singular.
Modalidades
É prevista cinco modalidades de licitação: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão,
sendo vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas.
É obrigatória:
o obra e serviços de engenharia de valor superior a um bilhão de cruzeiros;
o compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja o seu valor, ressalvado a
concorrência ou leilão para alienação de bens adquiridos em procedimentos judiciais
ou mediante dação em pagamento.
o concessão de direito real de uso;
o licitações internacionais.
LEILÃO: Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens moveis
inservíveis para administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para alienação de bens imóveis prevista, a quem possa oferecer o maior lance, igual ou
superior ao da avaliação.
Bens imóveis - concorrência - nada fala sobre semoventes.
Procedimento
A licitação é um procedimento que exige uma sucessão de atos e fatos da Administração e atos e
fatos do licitante. O procedimento é mais complexo na concorrência, tendo em vista o maior vulto dos
contratos a serem celebrados, é um pouco menos complexo na tomada de preço em que o valor dos
contratos é médio, e simplifica-se ainda mais no convite, dado o pequeno valor dos contratos.
O procedimento da licitação fica a cargo de uma comissão composta por pelo menos três membros,
o mandado da comissão é de até um ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros
para a mesma comissão no período subseqüente.
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Direito Administrativo
A lei instituiu a responsabilidade solidária dos membros da comissão por todos os atos por ela
praticados, salvo posição individual divergente fundamentada e registrada em ata lavrada na
reunião que tomou a decisão.
No caso de concurso o julgamento deve ser feito por comissão especial com reconhecido
conhecimento da matéria.
A comissão, ainda procede aos registros cadastral, sua alteração ou cancelamento dos mesmos.
Fases do procedimento
Envolve as seguintes fases: edital, habilitação, classificação, homologação e adjudicação.
EDITAL: Ato pelo qual a administração divulga a abertura de concorrência, fixa os requisitos
para participação, define o objeto e as condições básicas do contrato e convida a todos os
interessados para que apresentem suas propostas.
Edital é a lei da licitação e do contrato - pois o que nele se contiver deve ser rigorosamente
cumprido sob pena de nulidade. Os requisitos do edital envolve o procedimento da licitação
- objeto, condições para a participação, forma de apresentação das propostas, critérios para
julgamento - envolve, também, requisitos do contrato - prazo e condições para assinatura
do contrato, para execução condições de pagamento, reajuste de preços, etc... Publicado o
edital , com rigor das normas de publicidade, o interessado que tiver alguma objeção pode
argüi-la até o momento da abertura dos envelopes da habilitação, a impugnação tempestiva,
não impede que o impugnador participe do certame o cidadão têm, também, o direito de
impugnar o edital, por irregularidade na aplicação da lei.
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Direito Administrativo
PROCEDIMENTO DO CONVITE: é simplificado, a convocação é feito por escrito, com três dias
úteis por carta-convite, e mediante fixação em local apropriado da cópia do instrumento
convocatório, depois segue normalmente.
Anulação e revogação
REVOGAÇÃO: da licitação por interesse público decorre do fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar sua conduta. Os fatos supervenientes e de
motivação é motivo para que o procedimento da licitação possa ser revogado por motivo de
interesse público - O prejuízo do licitante, desde que comprovado, deve ser indenizado.
ANULAÇÃO: obrigatória, por ilegalidade, neste último caso pode a administração agir de
ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado
- não gera obrigação de indenizar, salvo, se a ilegalidade for da Administração, neste caso
deve promover a responsabilidade de quem lhe deu causa. A administração, na anulação do
contrato, fica obrigada a indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data
em que ela for declarada. A anulação pode ser parcial, podendo atingir s determinada fase do
procedimento.
O RECURSO - em sentido estrito - deve ser interposto no prazo de 5 dias úteis a contar da
intimação do ato ou lavratura da ato nos casos de:
1. habilitação ou inabilitação - sempre com efeito suspensivo;
2. julgamento das propostas;
3. anulação ou revogação da licitação;
4. indeferimento do pedido de inscrição em registro-cadastral, sua alteração e cancelamento;
5. rescisão do contrato;
6. aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa.
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Direito Administrativo
Nos itens 2,3,4,5 e 6 - a autoridade competente pode atribuir o efeito suspensivo, se motivada e
presentes razões de direito público.
Deve ser dado o prazo de cinco dias úteis aos demais licitantes para impugnar o recurso.
REPRESENTAÇÃO: é cabível nos casos em que não cabe o recurso, no prazo de cinco dias, a
contar da intimação do ato.
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO : é cabível com relação a ato de Ministro de Estado ou Secretário
estadual ou municipal, no caso de aplicação de pena de declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a administração.
BENS PÚBLICOS
Conceituação
Bens públicos em sentido amplo, são todas as coisas corpóreas e incorpóreas, imóveis, móveis e
semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam a qualquer título, às entidades estatais,
autárquicas e paraestatais, fundacionais, administração direta.
Classificação
Tem como critério da destinação ou afetação dos bens:
USO COMUM DO POVO: são destinados por natureza ou lei ao uso coletivo; inalienáveis ,
imprescritíveis, impenhoráveis.
USO ESPECIAL são destinados ao uso da administração para consecução de seus
objetivos ; ex.: imóveis onde estão instalados repartições públicas; destinação já específica
do poder público;
DOMINICAIS : não têm destinação pública definida, razão pela qual podem ser aplicados
pelo poder público , para obtenção de renda: caso de terra devolutas, terrenos de marinha,
bens inservíveis.
Os dois primeiros têm a destinação pública, ausente na terceira categoria. Estado exerce
direitos reais sobre esses bens.
Bens de domínio público do estado – bens de uso comum do povo e bens de uso especial
Conceituação
São bens afetados ao fim público submetidos ao regime jurídico de direito público, derrogativo e
exorbitante do direito comum.- que em nosso direito compreendem os BENS DE USO COMUM DO
POVO E OS DE USO ESPECIAL, submetidos ao direito público, Uso comum e especial : não
existe diferença de regime jurídico, ambos são destinados aos fins públicos
Natureza jurídica
Propriedade administrativa sobre o domínio público - propriedade regida pelo direito público -
assemelha-se a propriedade privada - a administração exerce o direito de:
USAR: ou autorizar sua utilização por terceiros;
GOZAR: percebendo os frutos naturais ou civis;
DISPOR: desde que os bens sejam previamente desafetados, ou seja perca sua destinação
pública.
Propriedade pública não é diferente da privada, mas a afetação imprime características particulares.
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Direito Administrativo
Modalidades
USO COMUM DO POVO: por determinação legal ou por sua própria natureza podem ser
utilizados por todos em igualdade de condições, sem a necessidade de consentimento por
parte da administração - ruas, praças, estradas, rios...
USO ESPECIAL: coisas móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas, utilizada pela
administração pública para realização de sua atividade e consecução de seus fins.
São ambos bens do patrimônio indisponível, bens economicamente avaliado e indisponível, não em
razão de sua natureza (bem) mas do fato dele estar afetado a um fim público.
Os bens de uso comum e de uso especial (bem como os dominicais), repartem-se entre União,
Estados e Municípios.
Regime jurídico
Em razão de sua destinação ou afetação - fins públicos - os bens de uso comum e uso especial -
estão fora do comércio jurídico de direito privado. Enquanto mantiverem essa afetação não podem
ser objeto de qualquer relação jurídica regida pelo direito privado - compra e venda, doação,
permuta, hipoteca, penhor , comodato, locação, posse “ad usucapionem” - inalienabilidade na
forma da lei.
Características dos bens de domínio público do estado uso comum e uso especial (regime
jurídico)
INALIENABILIDADE - não é absoluta - a não ser em relação aos que são insuscetíveis de
valoração patrimonial , por sua própria natureza (mares, praias, rios) . Já os que são
inalienáveis em decorrência de destinação legal e sejam suscetíveis de valoração patrimonial
- podem perder o caráter de inalienabilidade, desde que percam a destinação pública -
ocorre pela desafetação.
IMPRESCRITIBILIDADE: significa que os bens, seja de que categoria for, não são
suscetíveis de usucapião.
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Direito Administrativo
Bens dominicais
Conceito
Bens de domínio privado do Estado (Bens dominicais conforme o Código Civil) são bens do
patrimônio disponível, regulam-se pelo direito parcialmente público e parcialmente privado.
Características
função patrimonial ou financeira: assegura rendas ao Estado, em oposição aos demais
bens públicos afetados a uma destinação de interesse geral - , são considerados bens de
gestão da atividade privada da administração.
Submetem-se ao regime de direito privado - pois a Administração pública age em relação
a eles como proprietário privado.
Regime jurídico
Submetem-se no silêncio da lei, ao direito privado - as regras decorrentes do Código Civil
para bens pertencentes aos particulares - mas estas regras sofrem desvios - processo
especial de execução contra a Fazenda Pública - excluindo implicitamente a penhora
sobre qualquer tipo de bem público pertencentes a União, Estados, Municípios e as
respectivas autarquias.
USUCAPIÃO: a Constituição de 1988, proibiu qualquer tipo de usucapião em imóvel público,
quer na zona urbana, quer na zona rural:
INSTITUIÇÃO DE DIREITOS REAIS DE GARANTIA SOBRE BENS DOMINIAIS: há duas
correntes, a dominante com larga base é a do professor H. L. M. - não importa, por qual fim
se destine são insuscetíveis os bens públicos a penhora, e assim não poderão ser objeto de :
hipoteca, penhor, anticrese.
Restrições diversas
Prévia aprovação do Congresso Nacional para alienação ou cessão de terras públicas com
área superior a 2500 hectares - exceto para fins de reforma agrária.
Terras ocupadas pelos índios , inalienabilidade e imprescritibilidade - posse permanente e
usufruto das riquezas do solo, rios e lagos - Exige autorização do Congresso Nacional, para
aproveitamento dos recursos hídricos e riquezas, ouvidas as comunidades afetadas e
participando-as dos resultados - nulo os atos que tenham por objeto a ocupação o domínio,
posse e exploração das terras aludidas, ressalvando relevante interesse público da União.
Faixa de fronteira - 150 Km, propõe o conselho de defesa condições de utilização de áreas
indispensáveis.
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Direito Administrativo
RETROCESSÃO: Direito do proprietário expropriado de reaver o bem não utilizado no fim para o
qual foi expropriado. A União, o Estado e o Município oferecerão ao ex-proprietário o imóvel
desapropriado, pelo preço que o foi, caso não tenha o destino pelo qual se desapropriou.
TERRAS DEVOLUTAS: ou arrecadadas necessárias a manutenção do ecossistema natural, não
podem ser alienadas enquanto necessárias.
Os bens públicos - uso comum e uso especial e dominiais - podem ser utilizados:
pessoa jurídica de direito público que detém sua titularidade;
outros entes públicos aos quais sejam cedidos;
por particulares.
USO NORMAL: tem o bem público por objeto o mesmo fim a que ele se destina - título
jurídico concessão de uso.
USO ANORMAL: atende finalidade diversa ou acessória, às vezes em contradição com a
sua destinação. Seu exercício depende de manifestação discricionária do poder público,
podendo o ato de outorga ser a qualquer momento revogado - título jurídico - permissão
de uso - em virtude da discricionariedade e precariedade que a caracterizam.
USO COMUM: é o que se exerce em igualdade de condições por todos os membros da
coletividade - exercido por todos os homens - por sua condição de homens. Regras de uso
comum: aberto a toda coletividade, sem necessidade de consentimento, expresso e
individualizado por parte da administração; gratuito ou excepcionalmente remunerado; sujeito
ao poder de polícia do Estado.
Uso comum pode ser:
o ORDINÁRIO: aberto a todos individualmente sem exigência de instrumento
administrativo de outorga - sem retribuição de natureza pecuniária.
o EXTRAORDINÁRIO: restrições impostas pelo poder de polícia do Estado, ou limitado
a determinada categoria de usuário, ou porque é sujeito a remuneração ou porque
depende de outorga administrativa.
Características essenciais:
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Direito Administrativo
Outorga para utilização de bem sem prazo fixo revogável sem indenização.
Autorização e permissão - podem ser precárias - a precariedade encontra-se na origem da outorga -
já o faz a administração à título precário - e o particular já o recebe assim - por isso mesmo pode ser
retirada a todo o momento pela administração sem direito a qualquer reparação pecuniária.
Não geram direitos aos autorizatários, ainda que remunerada e fruída por muito tempo, dispensa lei
autorizativa e licitação
Não é conferida com vistas a utilidade pública, mas no interesse privado do utente;
Permissão de uso: Ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso pelo qual a
administração pública faculta a utilização privativa de bem público para fins de interesse público -
pode recair sobre bens públicos de qualquer espécie. Pode ser por certo tempo ou indeterminado,
mas sempre modificável e revogável unilateralmente pela administração.
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Direito Administrativo
AUTORIZAÇÃO PERMISSÃO
Oferece faculdade de uso privativo no Utilização privativa para fins de interesse
interesse privado do beneficiário. coletivo
Precariedade: mais acentuada - Precariedade: é dada em caráter de
finalidade de interesse individual interesse público
Há faculdade de uso Obriga o uso , ao permissionário, sob
pena de caducidade do uso concedido.
Fixação de prazo:
PERMISSÃO QUALIFICADA - com prazo - a fixação de prazo reduz a precariedade do ato -
autolimitando o poder revogatório da administração pública - somente sendo possível se a
utilização contrariar a afetação do bem ou se revelar contrário ao interesse coletivo - em
qualquer hipótese há compensação pecuniária ao permissionário, assemelha-se a
concessão de uso. Permissionário obrigação de utilização da coisa de acordo com as
condições estabelecidas no ato de outorga - A administração obriga-se a respeitar o uso –
objeto da permissão qualificada por todo tempo previamente limitada.
PERMISSÃO SIMPLES - sem prazo - (vale o mesmo que para autorização).
Concessão de uso:
Contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a utilização privativa
de bem público, para que exerça conforme a sua destinação. A concessão pode ser remunerada ou
gratuita, sempre precedida de autorização legal e licitação (modalidade concorrência). Empregado
nos casos em que a utilização dos bens públicos objetiva o exercício de atividade de utilidade
pública de maior vulto e por isso mesmo mais oneroso para o concessionário. Concessão - que
implica na utilização de um bem de uso comum do povo - a outorga só é possível para fins de
interesse público. Afasta-se, assim, a possibilidade de concessão de uso para interesse
particular - salvo nas hipóteses em que o uso privativo constitui a própria finalidade do bem.
Sua natureza:
contrato de direito público;
sinalagmático;
oneroso ou gratuito;
cumutativo;
“intuitu personae”.
Modalidades de concessão:
EXPLORAÇÃO: confere-se ao cessionário poder de gestão dominial, substituindo - se a
administração cedente. Ex.: minas.
USO: não confere ao concessionário poder de gestão dominial.
o temporária
o perpétua.
o remunerada ou gratuita.
o utilidade pública;
o utilidade privada.
Bens dominicais : estão no comércio jurídico de direito privado, podem ser cedidos aos particulares
por meio dos mesmos institutos de direito público já aludidos - Autorização; Permissão;
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Direito Administrativo
Concessão de Uso - se a atividade de interesse geral - podem ser objeto de contratos regidos
pelo Código Civil - concessão real, efiteuse, comodato, locação e arrendamento - se tem
interesse direto de atender o interesse privado do particular. Como nos demais casos em que a
administração se utiliza do direito privado, este sofre derrogações e desvios, para adaptar-se aos
institutos e peculiaridades do direito administrativo, por vezes desnaturando o próprio instituto.
Locação: Só os bens dominicais (não utilizados em serviços públicos). A locação se fará mediante
contrato, não ficando sujeito a disposição de outras leis concernentes a locação. Podem ser locados:
para residência de autoridade e servidores - interesse de serviço público;
residência de servidor, em caráter voluntário;
as quaisquer interessados;
Aforamento ou efiteuse: É instituto civil, que permite ao proprietário atribuir a outrem o domínio útil
de imóvel, pagando a pessoa que o adquire (efiteuta), ao senhorio uma pensão ou foro, anual, certo
e invariável. Desta forma consiste na transferência do domínio útil público , a posse e gozo perpétuos
da pessoa que irá utilizá-lo daí por diante. Portanto, a efiteuse ou aforamento é o direito real de
posse, uso e gozo pleno da coisa alheia que o titular (efiteuta ou foreiro) pode alienar e transmitir,
hereditariamente, porém, com a obrigação de pagar perpetuamente uma pensão anual ao senhorio
direto.
Cessão de uso: Instituto típico do direito público, espécie do gênero concessão de uso ,para as
hipóteses em que o interesse da União concretizar, com a permissão da utilização gratuita de
imóvel seu, auxílio ou colaboração que entenda prestar.
Cessão: pode ser assim caracterizada: é o ato de outorga de uso privativo de imóvel do patrimônio
da União, depois de autorizada pelo decreto do Presidente da República, faz-se mediante termo ou
contrato, que especificará as condições de uso - o uso é sempre gratuito - por tempo
determinado - podem ser cessionários os Estados, Municípios, entidades educacionais, culturais,
bem como, particulares (pessoa física ou jurídica), neste último caso quando tratar-se de
aproveitamento econômico de interesse nacional - nula será se utilizada em desacordo com as
condições estabelecidas. Dispensa autorização legislativa e concorrência pública .
Concessão de direito real de uso: Instrumento de utilização de bem público por particular, não é
específico de direito público, podendo ser usado por particulares.A administração poderá conceder
direito real de uso de bens imóveis, dispensada a licitação quando o uso se destina a outro órgão ou
entidade da Administração pública, constitui-se por simples termo ou instrumento público ou
particular - pode ser remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, sua finalidade só
pode ser a urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse
social. Depende de autorização legislativa e de concorrência - transferível ato inter vivos ou causa
mortis , resolúvel antes do termo se der destinação diversa ao imóvel, perdendo neste caso as
benfeitorias de qualquer natureza.
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Direito Administrativo
A compra sujeita-se a licitação, é em geral utilizada para bens móveis e semoventes, para imóvel
é muito rara, pois a administração pode desapropriar .
A licitação para aquisição de imóvel é exigida sob o modalidade de concorrência.
Aquisição por herança ocorre por testamento ou bens vagos , bens após 5 anos da declaração de
vacância da herança.
TERRA DEVOLUTAS: São todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer
das entidades estatais, não se acham utilizadas pelo Poder Público, nem destinadas a fins
administrativos específicos. São bens públicos patrimoniais ainda não utilizados pelos seus
respectivos proprietários. Todas as terras existentes no território brasileiro, que não se
incorporaram legitimamente ao domínio particular, bem como, as já incorporadas ao
patrimônio público, porém não afetadas a qualquer uso público. O deslinde das terras se dá
por ação discriminatória.
TERRENOS DE MARINHA: Todos os banhados pelas águas de mar ou dos rios navegáveis,
em sua foz, vão até a distância de 33 metros para parte da terra contados desde o ponto em
que chega o preamar médio.
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Direito Administrativo
ILHAS: Ilhas dos rios e lagos públicos interiores pertencem aos Estados-membros e as dos
rios e lagos limítrofes com Estados estrangeiros são de domínio da União. Ilhas marítimas
classificam-se:
o COSTEIRAS: são as que resultam do relevo continental ou da plataforma submarina;
- Pertencem a União.
o OCEÂNICAS: são as que se encontram afastadas da costa nada têm a ver com
relevo continental ou com a plataforma submarina. - Pertencem a União.
ÁGUAS :
o ÁGUAS PÚBLICAS:
uso comum: os mares territoriais, nos mesmos incluídos os golfos, baias
enseadas e portos, as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou
flutuáveis, as situadas nas zonas periodicamente assoladas pelas secas.
dominicais: todas as águas situadas em terrenos que também o sejam,
quando as mesmas não forem de domínio público de uso comum, ou não
forem comuns.
o ÁGUAS COMUNS: são correntes não navegáveis ou flutuáveis e de que essas não
façam.
o ÁGUAS PARTICULARES: são as situadas em terrenos particulares, desde que não
estejam classificadas entre as águas comuns de todos, águas públicas ou comuns.
Para o uso e gozo dos bens e riquezas particulares, o bem público impõe normas e limites, e,
quando o interesse público o exige intervém na propriedade privada e na ordem econômica, através
de atos de império, com o fim de satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta anti-social da
iniciativa particular.
Nessa intenção o Poder Público chega a retirar a propriedade privada para dar-lhe finalidade pública
através da desapropriação, ou para acudir uma situação de iminente perigo mediante requisição ,
ou ordenar socialmente o uso através de limitações e servidões administrativas, ou utilizar
transitóriamente o bem particular ocupação temporária.
Na ordem econômica, o Estado atua para coibir excessos da iniciativa privada, ou realizar o
desenvolvimento nacional ou, ainda, a justiça social; fazendo através de repressão ao abuso do
poder econômico, do controle dos mercados e tabelamento de preços.
Essa intervenção, todavia, não é arbitrária, é instituída pela Constituição e regulamentos federais.
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Direito Administrativo
Meios de intervenção
Entende-se por intervenção na propriedade privada todo ato do Poder Público que,
compulsoriamente, retira ou restringe direitos dominiais privados, ou sujeita o uso de bens
particulares a uma destinação de interesse público.
Intervenção na propriedade privada: se faz por meio de: desapropriação, servidão administrativa,
requisição, ocupação temporária, limitação administrativa, tombamento.
Intervenção no domínio econômico: controle de abastecimento e de fixação de preço.
Desapropriação ou expropriação
É a mais drástica das formas de manifestação do poder de império, ou seja, da Soberania interna do
Estado, no exercício de seu domínio eminente sobre todos os bens existentes no território nacional.
É discricionário nas opções de utilidade pública e de interesse social só exercitáveis nos limites
traçados pela Constituição, nos casos expressos em lei, observado o procedimento legal.
Conceito
É a transferência compulsória da propriedade particular ( ou pública de entidade de grau inferior
para o superior) para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública, ou
ainda por interesse social mediante prévia e justa indenização em dinheiro.
Características
Desapropriação forma originária de aquisição da propriedade, não provém de nenhum título anterior,
libera-se de qualquer ônus que sobre ele incidir precedentemente.
Desapropriação
Procedimento administrativo, (procedimento, pois se realiza através de uma sucessão de atos,
visando a obtenção de um ato final). Realiza-se em duas fases: a primeira da natureza
declaratória, indicando a necessidade ou utilidade pública a segunda de natureza executória
compreendendo a estimativa da justa indenização e a transferência do bem expropriado para o
domínio do expropriante.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
Requisitos constitucionais
Para a desapropriação resumem-se na ocorrência de necessidade ou utilidade pública ou interesse
social e no pagamento da justa e prévia indenização em dinheiro ou em títulos especiais da dívida
pública ou da dívida agrária.
Necessidade Pública: surge quando a Administração se defronta situações de emergência
que para serem resolvidas satisfatoriamente exigem a transferência urgente de bens de
terceiros para o seu domínio e uso imediato.
Utilidade Pública: se apresenta quando a transferência de bens de terceiros para
administração é conveniente, embora não seja imprescindível.
Interesse Social: ocorre quando as circunstâncias impõe distribuição ou o condicionamento
da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da
coletividade, ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do poder público.
Declaração expropriatória
Pode ser feita por lei ou decreto em que se identifique o bem, se indique o seu destino e se aponte
o dispositivo legal que o autorize.
A lei que declara a utilidade pública de um bem não é normativa; é específica e de caráter
individual. É lei de efeito concreto equiparável ao ato administrativo, razão pela qual pode ser
atacada e invalidada pelo judiciário, desde a sua promulgação e independentemente de qualquer
atividade de execução, porque ela já traz em si as conseqüências administrativas do decreto
expropriatório.
A declaração de utilidade pública ou de interesse social pode atingir qualquer bem necessário ou
conveniente ao serviço público ou a coletividade.
Processo expropriatório
Poderá, a desapropriação ser efetivada por via administrativa ou por processo judicial.
Na via administrativa se consubstancia no acordo entre as partes quanto ao preço, reduzido
a termo para a transferência de bem expropriado, o qual, se imóvel, exige escritura pública.
No processo judicial: segue o rito estabelecido na lei geral de desapropriação, admitindo
supletivamente a aplicação dos preceitos do CPC. No processo de desapropriação, o
Judiciário, limita-se ao exame extrínseco e formal do ato expropriatório (competência, forma,
caducidade etc..), e se conforme a lei , dará prosseguimento à ação para admitir o depósito
provisório dentro dos critérios legais, conceder imissão na posse, quando for o caso. Neste
processo é vedado ao juiz entrar em indagações sobre a utilidade, necessidade ou interesse
social declarado como fundamento da expropriação.
62
Direito Administrativo
Imissão na posse
A imissão provisória na posse é admitida até mesma antes da citação do expropriado, desde que o
expropriante declare a urgência e efetue em juízo o depósito prévio. Feito o depósito provisório, o
expropriado pode levantar até 80% de seu valor, ainda que, discorde do preço oferecido ou
arbitrado.
A imissão definitiva na posse , em qualquer caso, só se dá após o integral pagamento do preço,
conforme o fixado no acordo ou na decisão final, que adjudicará o bem ao expropriante,
transferindo-lhe o domínio com todos os, seus consectários. Cessa , na imissão provisória na posse,
cessa para o expropriado todos os direitos de fruição, como todos os encargos correspondente,
notamente aos tributos reais.
Alegação de urgência , para fins de imissão provisória, pode ser feita no ato expropriatório ou
subseqüente, mas a imissão deve ser requerida no prazo de 120 dias, sob pena de caducidade, com
impossibilidade de renovação.
Direito de extensão: é o que assiste ao proprietário de exigir que na desapropriação se inclua a
parte restante do bem desapropriado, que se tornou inútil ou de difícil utilização. Para o expropriado
exercer esse direito no acordo administrativo, ou na ação judicial que se instauras para fixação da
indenização;
não o fazendo nessas oportunidades, entende-se renunciável seu direito , não sendo admissível que
o pleiteie após o término da apresentação.
Indenização
Deve ser a vista, prévia e em dinheiro - moeda corrente - (deverá pagar ou depositar o preço antes
de entrar na posse do imóvel), exceto para imóveis sujeitos a reforma agrária, e para os urbanos que
não atendam o plano diretor. Por acordo, pode se estabelecer qualquer outro modo ou forma de
pagamento.
Indenização justa: é a que cobre não só o valor real e atual dos bens expropriados, à data
do pagamento, como também os danos emergentes, as rendas lucros cessantes, juros
compensatórios e moratórios, despesas judiciais, correção monetária, decorrentes do
despojamento de seu patrimônio.
Quanto as benfeitorias, serão sempre indenizadas as necessárias feitas após a desapropriação e as
úteis se realizadas com autorização do expropriante. - Efetivada é a desapropriação após o acordo
ou instauração do processo judicial - A simples declaração de utilidade não importa ainda em
desapropriação, assim, permite-se a normal utilização do bem, independente do poder público. Lícito
é ao proprietário construir e fazer benfeitorias que desejar, ficando o expropriante obrigado a
indenizá-las quando efetivar, realmente a expropriação.
A valorização da área remanescente, em razão, da desapropriação, não é compensável para
reduzir o montante devido ao expropriado.
A fixação de indenização pode ser feita por acordo administrativo, ou por avaliação judicial; esta
quando houver divergência entre a oferta pública e a pretensão do particular.
Os terrenos marginais dos rios públicos, na faixa reservada não são indenizáveis.
Pagamento: O pagamento da indenização expropriatória se faz na forma do acordo, ou nos termos
do julgado em execução.
Desvio de finalidade
A finalidade pública, consubstancia-se na necessidade ou interesse público, para fins administrativos
ou no interesse social da propriedade, é o fundamento legitimador da desapropriação - não pode
haver expropriação no interesse privado de pessoa física ou entidade particular, sem utilidade pública
ou interesse social. O desvio dessa finalidade ocorre quando o bem expropriado para um fim é
empregado noutro sem utilidade pública - mau emprego - tredistinação - Deve entender-se que a
finalidade pública é sempre genérica, por isso, o bem desapropriado para um fim público, pode ser
usado para outro fim público, sem que ocorra desvio de finalidade.
63
Direito Administrativo
Anulação da desapropriação
Mais precisamente do ato expropriatório, é obtida por ação direta , nas mesmas condições em que
a justiça invalida os demais atos administrativos ilegais. Inclusive cabível MANDADO DE
SEGURANÇA, tal sejam as ofensas a direito líquido e certo. Do expropriado.
A ilegalidade da desapropriação, tanto pode ser formal, quanto substancial, pois, comumente,
resulta da incompetência da autoridade ou da forma do ato, e noutros, provém do desvio de
finalidade ou da ausência de utilidade pública ou de interesse social, caracterizador do abuso de
poder.
A autoridade expropriante, só é livre na valoração dos motivos de interesse público, mas fica sempre
vinculada à existência e a realidade desses motivos, assim como ao atendimento dos requisitos de
legitimidade condicionadoras da desapropriação.
Se, ainda, a expropriação se tornar lesiva ao patrimônio público, qualquer cidadão poderá promover
a sua anulação por meio de Ação Popular.
Retrocessão
É a obrigação a que se impõe ao expropriante de oferecer o bem ao expropriado, mediante o
devolução do valor da indenização, quando não lhe der o destino declarado no ato expropriatório.
Se o expropriante não cumprir essa obrigação, o direito do expropriado resolve-se em perdas e
danos, uma vez que os bens incorporados ao patrimônio público não são objeto de reivindicação.
Servidão administrativa
É ônus real de uso, imposto pela administração à propriedade particular, para assegurar a realização
e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos
prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.
Características
Ônus real, incidente sobre um bem particular, com o fim de permitir um utilização pública.
A instituição da servidão administrativa se faz por acordo ou por sentença judicial, precedida sempre
de ato declartatório de servidão ( assemelha-se ao decreto de utilidade na desapropriação). A
servidão só se concretiza com a efetiva inscrição no registro competente.
A indenização da servidão se faz em correspondência ao prejuízo causado, não há como
estabelecer-se percentual fixo, há de corresponde o efetivo prejuízo causado, se não houver
prejuízo, nada há que indenizar.
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Direito Administrativo
individuais em
benefício da
coletividade
Ônus real de uso imposto Impõe uma obrigação Despoja-se o
especificamente pela de não fazer. Incide proprietário do domínio,
administração a sobre o proprietário e, por isso mesmo
determinados imóveis indeniza-se a
particulares para propriedade
possibilitar a realização
de obras e serviços
públicos
Impõe um ônus de - Indeniza-se sempre
suportar que se faça
incide sobre a
propriedade.
Conserva a propriedade Se impõe quando há
com o particular, mas necessidade de retirar a
onera-se essa propriedade do
particular, para
propriedade, com o uso
público, por isso, uma obra ou serviço
indeniza-se o prejuízo, e público
não a propriedade -
indeniza-se o dano - se
não acarretar dano - não
há que indenizar - nem
sempre se indeniza.
Requisição
É a utilização coativa de bens ou serviços particulares, pelo poder público, por ato de execução
imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de
necessidades coletivas, urgentes e transitórias.
A requisição civil visa a evitar danos, à vida, à saúde e aos bens da coletividade, a requisição militar
objetiva o resguardo da segurança interna e a manutenção da Soberania Nacional. Ambas são
cabíveis em tempo de paz - desde que se apresente uma situação real de perigo iminente.
Não depende de intervenção prévia do Poder Judiciário, pois é ato de urgência. É sempre ato de
império do Poder Público, discricionário quanto ao objeto e oportunidade da medida, mas
condicionado ao perigo público iminente e vinculado à lei, quanto a competência da autoridade
requisitante, a finalidade do ato e quando for o caso, ao procedimento adequado. Esses
últimos são passíveis de apreciação, judicial, notadamente para a fixação do justo valor da
indenização.
Pode abranger as coisas móveis, imóveis e serviços, no caso de coisas móveis e fungíveis
assemelha-se a indenização, e com ela não se confunde, já que na requisição a indenização é a
posteriori e é executada diretamente pela Administração, independentemente de ordem judicial para
imissão na posse.
65
Direito Administrativo
A requisição de imóveis tem por objetivo, em regra, sua ocupação temporária, mas pode visar,
também, a sua destruição, total ou parcial, para debelar perigo, esse uso impróprio da propriedade
particular pelo Poder Público, justifica-se plenamente pelo estado necessidade.
Requisição civil ou administrativa , em tempo de paz, de serviços, como instrumento de intervenção
no domínio econômico é de competência exclusiva da União.
Ocupação provisória
É a utilização transitória remunerada ou gratuita de bens particulares pelo poder público. Para a
execução de obras, serviços, ou atividades públicas ou de interesse público. Essa prerrogativa
estatal pode ser transferida a concessionários e empreiteiros, desde que autorizados pela
Administração a ocupar terrenos baldios ou propriedades inexploradas, nas proximidades das obras
ou serviços públicos a realizar.
Limitação administrativa
É uma das formas pelas quais o Estado, no uso de sua soberania interna, intervém na propriedade e
nas atividades particulares.
É toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública, condicionada ao exercício de direitos
ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social.
Para que sejam admissíveis as limitações administrativas sem indenização, como é sua índole, hão
de ser gerais - dirigidas a propriedades indeterminadas - mas determináveis no momento de sua
aplicação,
Não admite indenização, sua característica é a gratuidade e a generalidade da medida protetora dos
interesses da comunidade.
As limitações administrativas ao uso da propriedade, conquanto sejam imposições de ordem pública,
podem gerar obrigações e direitos subjetivos entre os vizinhos, interessados na sua fiel observância
por parte de todos os proprietários, sujeitos às suas exigências.
Por determinação do Código Civil, as normas de vizinhança são sempre complementadas pelas
limitações administrativas ordenadoras da construção e asseguradoras da funcionalidade urbana..
Os regulamentos edilícios impondo, normalmente, obrigações de não fazer, criam um direito
subjetivo a essa abstenção.
O proprietário lesado por obra vizinha, erguida com infração de normas edilícias, tem ação contra o
dono da obra e contra a administração que a autorizou ilegalmente. - Assenta- se assim, que geram
direitos subjetivos aos particulares interessados na sua observância, habilitando-os a impedir obras
ou atividades vedadas por lei, mas toleradas ilegalmente pela Administração.
As limitações administrativas podem atingir, não só a propriedade imóvel e o seu uso, como
qualquer outros bens e atividades particulares que tenham implicação com o bem estar social.
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Direito Administrativo
Justifica-se, quando
para uma obra ou
serviço público ou
atividade de interesse
social, puderem ser
feitos sem retirar a
propriedade do
particular.
Atuar é interferir na iniciativa privada, só se justifica como exceção à liberdade individual, nos casos
expressamente permitidos pela Constituição, e na forma que a lei estabelecer.
O modo de atuação pode variar, segundo o objeto, motivo e o interesse público. O essencial que as
medidas interventivas estejam previstas em lei.
Monopólio
É a exclusividade de domínio, exploração ou utilização de determinado bem, serviço ou atividade.
Tem como característica a privatividade de algum direito ou de alguma atividade para alguém.
Monopólio Estatal: é a reserva para o poder público de determinado setor do domínio econômico, se
for sobre todo o domínio econômico, deixa de ser monopólio para ser estatização da economia
privada.
Monopólio, em sentido econômico, significa controle da produção e de preços. É o poder de atuar
com exclusividade no mercado como único vendedor, é a exclusão da concorrência e a imposição do
preço pela vontade unilateral do vendedor único.
Monopolizado pela União, um bem ou uma atividade do domínio econômico, nada impede que ela
confira o privilégio de sua exploração a autarquias, fundações públicas ou entidades paraestatais.
Controle de abastecimento:
O conjunto de medidas destinadas a manter no mercado consumidor matéria-prima, produtos ou
serviços em quantidade necessária às exigências de seu consumo. - atuação no domínio econômico
- são de competência originária da União.
O controle de mercado pode incidir permanentemente sobre determinado setor da economia
particular ou esporadicamente sobre os produtos em falta para o consumo ou em excesso no
mercado interno ou internacional.
Tabelamento de preços
Preço: é a retribuição pecuniária do valor do bem, do serviço ou da atividade que se compra,
ou que se utiliza mediante remuneração. Esse preço pode ser privado , semi privado ou
público.
Preço Privado: é todo aquele que se estabelece em livre concorrência; Característicos da
livre empresa.
Preço Semiprivado: é o que a administração interfere na sua formação embora admitindo
influências do mercado. Conjugação de interesses públicos e privados.
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Direito Administrativo
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
Considerações gerais
A administração pública, deve atuar com legitimidade. Infringindo as normas legais , ou relegando os
princípios básicos da administração, ultrapassando sua competência, desviando-se de sua finalidade
institucional o agente vicia do ato de ilegitimidade e o expõe a anulação pala própria administração
ou pelo judiciário em ação adequada. Se, no entanto, ainda que legítimo, o ato, mas ineficiente inútil ,
inoportuno ou inconveniente à coletividade, sua modificação ou supressão é feita pela administração,
e somente por ela através da revogação. decorre da subordinação hierárquica, este controle é pleno
e ilimitado. Os órgãos centralizados são subordinados. E no campo da Administração indireta ou
descentralizada, resulta da vinculação administrativa, nos termos da lei instituidora das entidades
que a compõe, sendo apenas um controle finalístico e sempre restrito e limitado aos termos da lei,
que o estabelece. Os descentralizados são administrativamente autônomos e simplesmente
vinculados.
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Direito Administrativo
Controle administrativo
É todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes exercem sobre
suas próprias atividades, visando mantê-las dentro da lei, segundo necessidades do serviço e as
exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade e de
mérito.
O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a administração tem sobre seus
próprios atos e agentes. Esse é normalmente exercido pelos órgãos superiores sobre os inferiores.
Através do controle administrativo, a administração pode anular, revogar ou alterar seus próprios
atos, e punir seus agentes com penalidades estatutárias.
A administração só anula o ato ilegal - e - revoga ou altera o ato legal mas ineficiente, inoportuno ou
inconveniente.
Fiscalização hierárquica
É exercida pelos órgãos superiores sobre os inferiores da mesma administração, visando ordenar,
coordenar, orientar e corrigir suas atividades e agentes. São características da fiscalização
hierárquica a permanência e a automaticidade, visto que se exercita permanentemente, sem
descontinuidade e independentemente de ordem ou de solicitação especial, é um poder-dever da
chefia, e como tal, se não exercido, incorre em inexação funcional.
Supervisão ministerial - é um meio atenuado de controle administrativo, geralmente aplicável nas
entidades da administração indireta vinculada a um Ministério.
Recursos administrativos
Em acepção ampla, são todos os meios hábeis, a propiciar o reexame de decisão interna, pela
própria administração.
A administração aprecia e decide as pretensões dos administrados e de seus servidores, aplicando o
direito que entenda cabível, segundo a interpretação de seus órgãos técnicos e jurídicos. Pratica,
assim, uma atividade de caráter para-judicial. Essas decisões geralmente se escalonam em
instâncias , subindo da inferior para superior através do respectivo recurso administrativo.
Os recursos provocados ou voluntárias devem ser fundamentados com a exposição dos fatos e
indicação da ilegalidade impugnada.
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Direito Administrativo
O que a administração não pode entretanto é conhecer de recurso voluntário extemporâneo, porque
se o fizer está infringindo a coisa julgada administrativa.
Assim, entre nós, embora inexista a coisa julgada administrativa no sentido processual de sentença
oponível “erga omnes” , existe, todavia, o ato administrativo inimpugnável e imodificável pela
administração, por exauridos os recursos próprios e as oportunidades internas.
Os efeitos do recurso administrativos são, normalmente o devolutivo, e por exceção o suspensivo.
Quando o legislador ou o administrador quer dar efeito suspensivo ao recurso deve declarar na
norma ou no despacho de recebimento.
No silêncio da lei ou do regulamento o efeito presumível é o devolutivo, mas nada impede que diante,
da omissão, em face do caso concreto a autoridade receba expressamente o recurso com efeito
suspensível para evitar possíveis lesões de direito.
Recurso administrativo sem efeito suspensivo: não tolhe a influência da prescrição, nem
impede o uso da vias judiciárias na pendência da decisão interna da Administração.
Recurso administrativo com efeito suspensivo: - produz duas conseqüências
fundamentais - o impedimento da fluência do prazo prescricional, e a impossibilidade jurídica
de utilização das vias judiciárias para ataque ao ato pendente da decisão administrativa. A
primeira, decorre que durante a tramitação do recurso interno o ato requerido é inexeqüível,
não rendendo ensejo a qualquer ação judicial e não havendo ação não há prescrição.
A intervenção de terceiros nos recursos administrativos, se nos afigura cabível, desde que a
decisão interna da Administração, possa atingir direitos do interveniente. Desde que o terceiro
demonstre liminarmente, um interesse direto e efetivo na solução do recurso em que pretende
intervir.
Como meio hábil para propiciar o reexame da atividade da administração, temos: a representação,
reclamação, e o pedido de reconsideração.
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Direito Administrativo
Recursos hierárquicos
São todos aqueles que as partes dirigem à instância superior da própria administração, propiciando o
reexame do ato inferior sob todos os seus aspectos.
Podem ter efeito devolutivo e suspensivo ou simplesmente devolutivo, que é regra, o efeito
excepcional há de ser concedido expressamente em lei ou regulamento, ou no despacho de
recebimento do recurso.
Quanto a tramitação e formalidades para o julgamento dos recursos hierárquicos são as
estabelecidas pelas normas que o instituírem, uma vez que não há regras uniformes para o exercício
da jurisdição administrativas, razão, pela qual cada ramo da administração, pode ter regulamentação
peculiar aos seus recursos.
A legislação fiscal exige caução, depósito ou fiança, para o conhecimento do recurso hierárquico
interposto de decisões sobre matéria tributária.
Coisa julgada administrativa: é a penas a preclusão de efeitos internos - não tem o alcance da
coisa julgada judicial, pois, o ato jurisdicional da administração é apenas um simples ato
administrativo decisório., sem a força conclusiva do ato jurisdicional do Poder Judiciário.
O que ocorre nas decisões administrativas finais é apenas a preclusão administrativa, ou a
irretratabilidade do ato perante a própria administração. A imodificabilidade na via administrativa é
garantidora da estabilidade das relações entre as partes - não é efeito da coisa julgada
administrativa mas conseqüência da preclusão das vias de impugnação interna dos atos decisórios
da própria administração - nem por isso deixa de ser atacado por via judicial.
Prescrição administrativa: prescrição como instituto jurídico, pressupõe a existência de uma ação
judicial, impropriamente se fala em prescrição administrativa, para o escoamento dos prazos para
interposição de recurso no âmbito da administração.
Prescrição administrativa opera a preclusão da atuação do poder público sobre matéria sujeita à sua
apreciação - difere da prescrição civil, nem estende seus efeitos às ações judiciais - é restrita à
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Direito Administrativo
atividade interna da administração , e se efetiva no prazo que a norma legal estabelecer. Este
instituto encontra justificativa, na estabilização da relações administrativas.
Transcorrido o prazo prescricional, fica a Administração, o administrado ou servidor impedido de
praticar o ato prescrito, sendo inoperante o extemporâneo.
Há portanto duas espécies de prescrição administrativa; uma que causa o perecimento do direito do
administrado ou do servidor que poderia pleiteá-lo administrativamente; outra, que extinguem o
poder de punir da administração. Aquela pode ser suspensa, interrompida e até revelada pela
administração, esta, constituindo uma garantia do servidor ou do administrado que não será mais
punido, pela ocorrência da prescrição, é fatal e irrefreável na sua fluência e nos seus efeitos
extintivos da punição.
Processo administrativo
Para registro de seus atos , conduta de seus agentes e solução de controvérsias dos administrados,
utiliza-se de diversificados procedimentos, que recebem a denominação comum de processo
administrativo.
Processo e procedimento: é o conjunto de atos coordenados para obtenção de decisão sobre uma
controvérsia no âmbito judicial ou administrativo - procedimento é o modo de realização do
processo, ou seja, o rito processual. O processo pode realizar-se por diferentes procedimentos. Não
há processo sem procedimento, mas há procedimentos administrativos que não constituem
processo - licitações e concursos.
O que caracteriza o processo é o ordenamento de atos parta solução de uma controvérsia, o que
tipifica o procedimento de um processo é o modo específico de ordenamento desses atos.
Processo administrativo propriamente dito são aqueles que encerram um litígio entre a administração
e o administrado ou servidor - do impropriamente administrativos, ou seja, dos simples
expedientes que tramitam pelos órgãos administrativos, sem qualquer controvérsia entre os
interessados.
Processo administrativo é gênero, que se reparte em várias espécies dentre as quais, as mais
freqüentes se apresentam no processo disciplinar e no processo tributário ou fiscal.
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Direito Administrativo
74
Direito Administrativo
Meios sumários
Além do processo administrativo, pode a administração utilizar-se de meios sumários para
elucidação preliminar de determinados fatos ou aplicação de penalidades disciplinares ou
comprovadas na sua flagrância, são os seguintes:
Sindicância: meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente
instauração do processo e punição do infrator.Dispensa defesa do sindicado e publicidade no
seu procedimento por se tratar de simples expediente de verificação de irregularidade. É o
verdadeiros inquérito administrativo que precedo o processo administrativo disciplinar.
Verdade Sabida: é o conhecimento pessoal pela própria autoridade competente para punir o
infrator. Aplica-se a pena, consignando no ato punitivo as circunstâncias em que foi cometida
e presenciada a falta. Só é admissível para as penalidades cuja imposição não exija processo
administrativo disciplinar. Considera-se, também, verdade sabida a infração pública e notória,
estampada na imprensa ou divulgada por outros meios de comunicação de massa. O
essencial para verdade sabida é que a falta seja conhecida diretamente pela autoridade
competente para puni-la ou a sua notoriedade irretorquível.
Termo de declarações: é a forma sumária de comprovação de faltas menores dos
servidores, através das tomada de seu depoimento sobre irregularidade que lhe é atribuídas,
e, se confessada, servirá de base para punição cabível. Esse meio sumário evita demoradas
sindicâncias e processos sobre pequenos deslizes funcionais que devem ficar devidamente
comprovados - se o inquirido negar a falta, haverá necessidade de processo administrativo
disciplinar para comprová-la e legitimar a punição.
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Direito Administrativo
Cabe ao Executivo, a realização das atividades administrativas, mas em algumas delas depende da
cooperação do Legislativo.
A Constituição indica os atos sujeitos ao controle legislativo e delimita o campo das investigações
parlamentares, vinculando, assim, no conteúdo e forma, a atuação fiscalizadora desse Poder.
O nosso sistema presidencialista não concede ao Legislativo faculdades ilimitadas de controle sobre
os demais Poderes, mas permite a apuração de irregularidades de qualquer natureza através de
Comissão Parlamentar de Inquérito.
O povo delega poderes, não só de legislação, mas sobretudo de fiscalização, a seus mandatário na
Câmaras. O controle do Executivo pelo Legislativo se desenvolve com três finalidades, ajudar a
legislação supervisionar a administração e informar a opinião pública sobre o cumprimento da lei.
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Direito Administrativo
Controle judiciário
É o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário, sobre os atos administrativos do
Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário quando realiza a atividade administrativa.
É um controle a posteriori, unicamente de legalidade, por restrito à verificação da conformidade do
ato com a norma legal que o rege; essa norma legal pode ser pública ou privada.
Atos sujeitos ao controle: judicial são os administrativos em geral, a limitação é apenas quanto ao
objeto de controle, que há de ser unicamente a legalidade, sendo-lhe vedado pronunciar-se sobre
a conveniência, oportunidade ou eficiência do ato em exame, ou seja o mérito administrativo.
Todo ato administrativo, de qualquer autoridade ou Poder, para ser legítimo e operante, há que ser
praticado em conformidade com a norma legal pertinente - princípio da legalidade - com a moral da
instituição - princípio da moralidade - com a destinação pública própria - princípio da finalidade -
e com a divulgação oficial necessária - princípio da publicidade - . Contrariando ou faltando um
desses princípios básicos, a Administração Pública vicia o ato de ilegitimidade expondo-o à
anulação por ela mesma, ou pelo Poder Judiciário se requerido pelo interessado.
Nem mesmo os atos discricionários - refogem do controle judicial, porque quanto à competência,
finalidade, forma e os próprios limites do discricionarismo constituem matéria de legalidade, tão
sujeita ao confronto da justiça como qualquer elemento de ato vinculado. Discricionariedade, não se
confunde com arbitrariedade, o ato discricionário, quando emitido nos limites legais é lícito e
válido; o ato arbitrário é sempre ilícito e inválido.
O judiciário não pode ir além do exame da legalidade do ato impugnado, deve se entender por
legalidade ou legitimidade se entende não só conformação do ato com a lei, como também a
moral administrativa e com o interesse coletivo.
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Direito Administrativo
Não há de se confundir, entretanto, o mérito administrativo do ato, infenso à revisão judicial, com
o exame de seus motivos determinantes, sempre passíveis de verificação em juízo.
Todo ato administrativo praticado por agentes incompetentes, ou além de sua competência, incorre
no vício de excesso de poder, assim como qualquer ato que desatenda à moralidade e aos fins
administrativos se invalida pelo desvio de poder.
Atos sujeitos a controle especial: enquanto os atos administrativos em geral, expõe-se à revisão
comum da justiça, outros existem que, por sua origem, fundamento e natureza ou objeto ficam
sujeitos a um controle especial do Poder Judiciário, e tais são os chamados Atos políticos, atos
legislativos e os interna corporis.
ATOS POLÍTICOS: São os que praticados por agentes do governo, no uso de competência
constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência ou oportunidade
de sua realização, sem se aterem a critérios jurídicos preestabelecidos. São atos
governamentais por excelência, são atos de condução dos negócios públicos, e não
simplesmente de execução de serviços públicos. Daí, decorre o seu maior discricionarismo, e
as maiores restrições para o controle judicial, mas, nem por isso afastam a apreciação da
Justiça, quando argüidos de lesivos a direito individual ou ao patrimônio público. Como
ninguém pode contrariar a Constituição, e essa mesma Constituição veda se exclua da
apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito, individual ou coletivo,
segue-se que nenhum ato do Poder Público deixará de ser examinado pela Justiça quando
argüido de inconstitucional ou de lesivo de direito subjetivo de alguém. O que se nega ao
Poder Judiciário é, depois de ter verificado a natureza e os fundamentos políticos do ato,
adentrar o seu conteúdo e valorar os seus motivos. A só invocação da natureza política do
ato não é o suficiente para retirá-lo da apreciação do judiciário.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
HABEAS DATA: É o meio constitucional posto à disposição de pessoa física ou jurídica para
lhe assegurar o conhecimento de registros concernentes ao postulante e constantes de
repartições públicas ou particulares acessíveis ao público ou para retificação de seus dados
pessoais.
SERVIDORES PÚBLICOS
AGENTE PÚBLICO - são todas as pessoas, vinculadas ou não ao Estado, que prestam serviço ao
mesmo, de forma permanente ou ocasional. Dividem-se:
agentes políticos – são os que ocupam os cargos principais na estrutura constitucional, em
situação de representar a vontade política do Estado (ex. Presidente da República,
deputados, juizes)
agentes administrativos – são os servidores públicos em geral, podem ser: civil ou militares,
bem como temporários
funcionários – titularizam cargo e, portanto, estão submetidos ao regime estatutário
empregados – titularizam emprego, sujeitos ao regime celetista. Ambos exigem concurso.
temporário – art. 37, IX – para determinado tempo, dispensa concurso público e cabe nas
hipóteses de excepcional interesse;
agentes por colaboração – são particulares que colaboram como poder público voluntária ou
compulsoriamente, ou também por delegação. Equiparam-se a funcionários públicos para
fins penais e para responsabilidade por atos de improbidade.
o modo voluntário – colaboram com o poder público pessoas que, em situação de
emergência, assumem funções públicas, passam a ser funcionários de fato ou
gestores de negócio.
o modo compulsório – colaboram pessoas que são requisitadas, como os jurados e
mesários eleitorais.
80
Direito Administrativo
o por delegação – colaboram pessoas para as quais foram atribuídos serviços públicos,
como os concessionários, permissionários e autorizatários.
PROVIMENTO: ato que designa uma pessoa para titularizar um cargo público. Pode acontecer das
seguintes maneiras:
Inicial – aquele que independe de relações anteriores do indivíduo com a Administração Pública.
Dá-se, em regra, por concurso público, com a exceção do cargo em comissão e a contratação por
tempo determinado
é ato complexo, por passa por várias etapas: concurso, nomeação, posse.
só se aperfeiçoa com o efetivo exercício de suas funções, após passar por várias etapas.
derivado – aquele que se verifica quando ocorre a titularização de um cargo por um indivíduo
que já se encontra na estrutura da Administração, não depende de concurso público, é
possível concurso interno. Modalidades de provimento derivado:
horizontal – não implica elevação, ascenção funcional, pode ser verificar por alguns
intrumentos:
transferência – é a passagem da pessoa de um cargo para outro sem elevação funcional
readaptação – passagem de um cargo para outro, sem elevação funcional, compatível com a
limitação sofrida pela pessoa
remoção – é o deslocamento do indivíduo de um cargo para outro, sem ascensão funciona,
dentro do mesmo órgão
vertical – passagem de um cargo para outro, implicando em ascensão funcional.
promoção – passagem de um cargo para outro dentro da mesma carreira,
REINGRESSO - provimento derivado, retorno ao serviço ativo do servidor que estava dele desligado,
pode ser:
reintegração – é a recondução do servidor ao mesmo cargo de que fora demitido, com o
pagamento integral dos vencimentos e vantagens do tempo em que esteve afastado, um vez
reconhecida a ilegalidade da demissão em decisão judicial ou administrativa
recondução – o servidor estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior
ocupante - art. 29 da Lei 8.112/90
reversão - ocorre o retorno do inativo (aposentado) ao mesmo cargo ou ao cargo resultante
de sua transformação ou simplesmente ao serviço, como excedente (na terminologia da lei),
se o antigo cargo estiver provido, quando, por junta médica oficial, forem declarados
insubsistentes os motivos da aposentadoria - art. 25 e 26 da Lei 8.112/90
aproveitamento – é o retorno obrigatório à atividade do servidor em disponibilidade, em cargo
de atribuições e remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado - art. 30 da mesma
lei.
readmissão – a reintegração decorrente de ato administrativo – o retorno do funcionário ao
serviço público quando anulada administrativamente sua desinvestidura.
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Direito Administrativo
a pedido do interessado
de ofício nos cargos em comissão
motivada (ex. durante o estágio probatório, insuficiência de desempenho)
dispensa – ocorre em relação ao admitido pelo regime da CLT quando não há justa causa.
PRINCÍPIOS:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Com a eficiência o que se procura é a excelência do servidor e do serviço público.
Permite ao usuário fiscalizar diretamente o serviço público.
Para o servidor a eficiência ser apresenta sob as causas:
aquisição da estabilidade - prova e suficiência de conhecimentos
freqüência a cursos de escolas do governo
perda da estabilidade, por se revelar incapaz para o serviço público.
Visa também a racionalização da máquina administrativa - O poder público não poderá gastar com
pessoa mais de 60% do que arrecada com impostos.
Forma de Ingresso:
concurso público – regra geral – para:
cargo – regime estatutário (é o que melhor seencaixa, mas não é o único)
emprego – regime da CLT (não é idêntico ao da iniciativa privada).
A emenda 19 extinguiu o regime jurídico único.
O concurso deverá ser: de provas ou de provas e títulos “de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego” (EC – 19)
Cargo em comissão – livre nomeação, livre exoneração
Contratação temporária – art. 37, IX – só é possível para fazer frente a uma excepcional situação de
emergência : ex – pessoal para combate à dengue.
PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO - até dois anos, admitida uma prorrogação por igual
período.
A previsão deve constar do edital.
Durante o prazo de validade, a Administração não está obrigada a contratar, mas o aprovado tem o
direito de não ser preterido frente a novos concursados.
ESTABILIDADE - garantia oferecida ao servidor que lhe assegura a permanência no serviço público
atendidas as exigências estabelecidas pela Constituição. Diferente de vitaliceidade = é a garantia de
permanência no cargo, é um acréscimo à estabilidade (ex. MP, Magistratura, se adquire após os dois
anos de estágio probatório)
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Direito Administrativo
ACUMULAÇÃO – art. 37, XVI e XVIII, CF - a regra geral proíbe a acumulação remunerada de
cargos, exceto:
quando houver compatibilidade de horários,
que acumulação não ultrapasse os subsídios recebidos pelos Ministros do STF,
que recaia em uma das seguintes hipóteses:
dois cargos de professor
professor com outro técnico científico
dois cargo de médico.
há outras situações de legislação específica – ex.: juiz e professor.
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Direito Administrativo
APLICABILIDADE DAS MUDANÇAS: As regras valerão para aqueles que ingressarem na estrutura
da Administração Pública após a promulgação da Emenda.
Grupo de servidores que já estavam no mercado de trabalho e que já preencheram os requisitos
anteriores para se aposentar – até a data da promulgação da emenda – aplica-se a regra do direito
adquirido (emenda é fruto de poder derivado, sofre limitações)
grupo de servidores que estão no mercado de trabalho, mas que preenchem os requisitos para
aposentadoria – não podem invocar o direito adquirido - regras de transição previstas no art. 9º do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
PENSÃO POR MORTE – o benefício será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao
valor dos proventos a que teria direito servidor em atividade na data do seu falecimento – art. 40, §
7º-
Características gerais:
sujeito ao princípio da reserva legal específica
assegurada a revisão geral anual dos subsídios e vencimentos, sempre na mesma data e
sem distinção índices, assegurou a irredutibilidade real e não apenas nominal do subsídio e
dos vencimentos.
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Direito Administrativo
Considerações gerais
Responsabilidade civil é a que se traduz na obrigação de reparar danos patrimoniais, e se exaure
com a indenização, como obrigação patrimonial, a responsabilidade civil, independe da criminal e da
administrativa com as quais pode coexistir, sem, no entanto, se confundir.
Responsabilidade Civil da Administração (Responsabilidade Civil do Estado) é a que impõe à
Fazenda Pública a obrigação de compor o dano causado a terceiros, por agente públicos, no
desempenho de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las. Difere da responsabilidade contratual
ou legal.
Fundamentos da responsabilidade
Princípio da legalidade - Estado de direito;
Igualdade de ônus, se nos beneficiamos dos serviços públicos e se estes causam dano a terceiros,
somos (administração pública) responsáveis por este dano.
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Direito Administrativo
Hely Lopes Meireles divide a teoria do risco em duas: modalidades: “....Sugiram, assim, as teses do
risco administrativo e do risco integral, todas oriundas de um tronco comum a responsabilidade
objetiva da administração, vejamos essas teorias para vermos qual a acolhida pelo direito
brasileiro.....:
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Direito Administrativo
Estado da causa => há nexo entre a causa e o efeito => Estado é responsável - se o particular der
causa, rompe-se o nexo causal.
Além da culpa exclusiva da vítima, temos como excludentes da responsabilidade, o caso fortuito
e força maior, que são distintos no Direito administrativo.
Caso fortuito: fator interno produzido por homem ou máquina, não há força da natureza;
Força Maior: fato externo da natureza, inevitável que rompe o nexo causal;
O dano, para ser ressarcido deve ser injusto, deve ser protegido pelo direito - deve ser jurídico, mas
não necessariamente econômico.
O vocábulo agente, no sentido genérico de servidor público, abrange para fins de responsabilidade
civil todas as pessoas incumbidas da realização de algum serviço público, em caráter permanente
ou transitório. O essencial é que o agente da Administração haja praticado o ato ou a omissão
administrativa no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las.
O abuso por parte do agente no exercício das funções, não exclui a responsabilidade objetiva da
Administração, agrava-a ainda mais, pois tal abuso traz ínsita a presunção de má escolha do agente
público para a missão que lhe fora atribuída.
Todo ato ou omissão de agente administrativo, desde que lesivo e injusto, é reparável pela Fazenda
Pública, sem se indagar se provém do jus imperii ou do jus gestionis, (atos de império ou gestão),
uma vez que ambas são formas de atuação administrativas.
A Constituição difere são os danos causados pelos agentes da administração, dos danos
ocasionados por terceiros ou por fenômenos da natureza. Para indenização destes atos e fatos
estranhos à atividade administrativa, observa-se o princípio geral da culpa civil, manifesta pela
imprudência, negligência ou imperícia na realização do serviço público que causou ou ensejou o
dano. Daí, porque a jurisprudência , acertadamente, tem exigido a prova da culpa da administração
nos casos de depredação por multidões e de enchentes e vendavais que, superando os serviços
públicos existentes, causam danos aos particulares. Para situações diversas, fundamentos diversos.
Dano causado por obra pública - gera para administração a mesma responsabilidade objetiva
estabelecida para os servidores públicos, embora seja a obra, um fato administrativo, deriva ela de
um ato administrativo.
Ainda, que a obra seja confiada a empreiteiros particulares, só o fato da obra é sempre do Poder
Público, o empreiteiro só responde por atos lesivos causados por sua imperícia, imprudência ou
negligência na condução dos trabalhos que lhe são confiados.
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Direito Administrativo
delegação para prestação do serviço público, respondem como se Estado fossem - responsabilidade
objetiva.
Reparação do dano
Reparação do dano, causado pela Administração a terceiros, se obtém amigavelmente ou por meio
de ação de indenização, e uma vez indenizada a lesão da vítima, fica a entidade pública com o
direito de voltar-se contra o servidor culpado, para haver dele o despendido, através de ação
regressiva.
A Ação de indenização da vítima deve ser ajuizada unicamente contra a entidade pública
responsável, não sendo admissível a inclusão do servidor na demanda. Conforme mandamento
constitucional, a vítima é reparada pela pessoa jurídica, e não o agente causador do dano.
O servidor não esta obrigado a reparar o dano à vítima, visto que só responde pelo seu ato, perante
a administração em ação regressiva; pode, entretanto, voluntariamente, intervir como assistente da
Administração.
O Legislador Constituinte separou bem as responsabilidades: o Estado indeniza a vítima - o Agente
indeniza o Estado regressivamente.
Para obter a indenização, basta que o lesado acione a Fazenda Pública e demonstre o nexo causal
entre o fato lesivo (comissivo ou omissivo) e o dano, bem como o seu montante.
Para eximir-se dessa obrigação incumbirá a Fazenda Pública comprovar que a vítima concorreu com
culpa ou dolo para o evento danoso. Enquanto não evidenciar a culpabilidade da vítima, subsiste a
responsabilidade objetiva da administração. Se total a culpa da vítima, exclui-se a responsabilidade
da Fazenda Pública, se parcial reparte-se o quantum da indenização.
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Direito Administrativo
Indenização do dano: deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu, o que despendeu, e o que
deixou de ganhar em conseqüência direta e imediata do ato lesivo da Administração, ou seja, o dano
emergente e os lucros cessantes, bem como honorários advocatícios , correção monetária e juros de
mora, se houver atraso no pagamento.
Ação regressiva
A ação regressiva, deriva da teoria subjetiva, o Estado pode cobrar do agente, o Estado é obrigado a
provar o dolo ou culpa do servidor
A ação regressiva transmite-se aos herdeiros e sucessores do servidor culpado, podendo ser
instaurado mesmo após a cessação do exercício no cargo ou na função, por disponibilidade,
aposentadoria, exoneração ou demissão.
O ato lesivo do agente, pode revestir-se ao mesmo tempo aspecto civil, administrativo e criminal
(comum nos casos de atropelamento por veículos da administração) . Em tais infrações, o servidor
público responsável pelo desastre sujeita-se à ação penal e a regressiva civil.
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Direito Administrativo
Absolvição por insuficiência ou inexistência de provas : não faz coisa julgada no cível ou
instância administrativa a insuficiência da prova colhida na ação penal, não impede que se
demonstre por outras provas, a culpa civil e administrativa.
Absolvição em vista que o fato não existiu: faz coisa julgada administrativa e civil.
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