Você está na página 1de 16

SEGURANÇA DE VOO

Sistema de Investigação e  Em 1944, foi instituído o


Prevenção de Acidentes Inquérito Técnico Sumário,
Aeronáuticos- SIPAER que pesquisava a ocorrência de
culpa ou responsabilidade
 Prevenção de Acidentes nos acidentes aeronáuticos.
Aeronáuticos:
 Em 1948, foi criado o Serviço
 Consiste no conjunto de ações de Investigação de Acidentes
planejadas e executadas com a Aeronáuticos, que continuava
finalidade de se evitar perdas de realizando Inquéritos.
vidas ou lesões físicas e
psicológicas, bem como  Em 1965 foi criado o SIPAER –
prejuízos materiais em Serviço de Investigação e
decorrência de acidentes na Prevenção de Acidentes
execução da atividade aérea. Aeronáuticos dando início à
pesquisa dos aspectos básicos
Aspectos Históricos relacionados à atividade
O primeiro acidente aéreo aeronáutica:
registrado no Brasil ocorreu com Humanos E Materiais.
um balão em 1908 cuja
investigação apontou a falha da  O objetivo principal das
válvula de controle como tendo sido investigações passou a ser a
a causa do acidente, não prevenção de acidentes e não
considerando nada mais além disso mais a apuração de culpa ou
como contribuição da ocorrência. responsabilidade.

Autoridade Internacional

A OACI – Organização de Aviação Civil


Internacional é o órgão normatizador,
orientador e coordenador dos
procedimentos a serem observados no

30
âmbito da investigação de acidentes das atividades atribuídas ao
aeronáuticos. Sistema.

Documento Básico NSCA 3-1 Conceituação de


Vocábulos, Expressões e Símbolos
O documento que contém os padrões de uso no SIPAER.
internacionais e procedimentos
recomendados é o: NSCA 3-2 Estrutura e Atribuições
dos Elementos Constitutivos do
Anexo 13 da OACI. SIPAER.
CENIPA – Centro de Investigação e NSCA 3-3 Gestão da Segurança
Prevenção de Acidentes Operacional.
Aeronáuticos.
NSCA 3-4 Plano de Emergência
Aeronáutica em Aeródromo.
É o órgão central do SIPAER, NSCA 3-5 Notificação e
encarregado de planejar, Confirmação de Ocorrências no
normatizar, orientar, coordenar, âmbito do SIPAER.
controlar e supervisionar as
atividades de prevenção de NSCA 3-6 Investigação de
Acidente, e de Incidente
Aeronáutico e Ocorrência de Solo.

NSCA 3-7 Responsabilidades dos


Operadores de Aeronaves em Caso
de Acidente e de Incidente
Aeronáutico e de Ocorrência de
Solo.

NSCA 3-9 Recomendações de


acidentes aeronáuticos e Segurança Operacional Emitidas
normatizar, orientar, coordenar e pelo SIPAER.
controlar atividades de investigação NSCA 3-10 Formação e
de acidentes aeronáuticos, de Capacitação dos Recursos Humanos
incidentes aeronáuticos e de
do SIPAER.
ocorrências de solo havidos em
Território Nacional. NSCA 3-11 Formulários em uso
pelo SIPAER.
Regulamentação do SIPAER
NSCA 3-12 Código de Ética do
Conjunto de leis, regulamentos, SIPAER.
normas e manuais que definem a
constituição, as atribuições e o ICA 3-7 Reporte Confidencial para
funcionamento do SIPAER e de seus Segurança Operacional – RCSO
órgãos constitutivos, bem como os
procedimentos para a consecução Gestão da Segurança
Operacional (GSO)

31
Conjunto de ações, métodos e forem auto-infligidas ou infligidas
procedimentos a serem por terceiros, ou forem causadas a
adotados, no âmbito de uma pessoas que embarcaram
organização, para prevenção de clandestinamente e se acomodaram
acidentes aeronáuticos, visando em área que não as destinadas aos
à segurança operacional. passageiros e tripulantes.

Acidente Aeronáutico  A aeronave seja considerada:

 Desaparecida; ou

 Completamente inacessível

 As lesões decorrentes de um
Acidente Aeronáutico que
resultem em fatalidade até 30
dias da data da ocorrência são
consideradas lesões fatais.

 Uma aeronave será considerada


desaparecida quando as buscas
Toda ocorrência relacionada com a oficiais forem encerradas e os
operação de uma aeronave, havida destroços não forem
entre o momento em que uma encontrados.
pessoa nela embarca com a
intenção de realizar um vôo, até o  Em voos de ensaio
momento em que todas as pessoas experimental com aeronave
tenham dela desembarcado e, militar ou de empresa
durante o qual, pelo menos uma homologada, não serão
das situações abaixo ocorra: classificadas como acidente
aeronáutico as ocorrências
 Uma pessoa sofra lesão
relacionadas diretamente ao
grave ou morra como
objetivo do ensaio, ficando o
resultado de:
estabelecimento desta relação a
 Estar na aeronave; ou cargo do Comando Investigador,
após análise preliminar do
 Contato direto com qualquer evento frente à documentação
parte da aeronave, incluindo técnica que suporta o referido
aquelas que dela tenham se ensaio.
desprendido; ou

 Submetida à exposição direta do


sopro de hélice, rotor ou
escapamento de jato, ou às suas
consequências.

NOTA - Exceção é feita quando as


lesões resultem de causas naturais,
32
Incidente Aeronáutico  pouso ou tentativa de pouso em
pista fechada ou ocupada por
Toda ocorrência associada à operação outra aeronave;
de uma aeronave que não chegue a se
caracterizar como um acidente  falha múltipla de um ou mais
aeronáutico, mas que afete ou possa sistemas que afetem seriamente
afetar a segurança da operação. a operação da aeronave;

Incidente Grave  baixo nível de combustível,


exigindo a declaração de
Incidente ocorrido sob emergência;
circunstâncias em que um
acidente quase ocorreu. A  utilização da aeronave fora do
diferença entre o incidente grave e seu envelope de voo devido a
o acidente está apenas nas condições meteorológicas
consequências. adversas ou à falha de sistemas
que tenham causado dificuldade
Dentre outras, as seguintes de controle da mesma;
ocorrências caracterizam-se como
incidente grave:  falha de mais de um sistema de
navegação, ainda que duplicado;
 fogo ou fumaça no
compartimento de passageiros,  diferenças significativas na
de carga ou fogo no motor, performance prevista da
ainda que tenha sido extinto aeronave durante a decolagem
com a utilização de extintores de ou segmento inicial de subida;
incêndio;
 incapacitação de tripulante em
 situações que exijam o uso voo;
emergencial de oxigênio por
tripulante;  incidentes durante a decolagem
ou pouso, tais como:
 falha estrutural da aeronave ou ultrapassagem da cabeceira
desintegração de motor em voo, oposta, pouso antes da pista ou
que não configurem um saída da pista pelas laterais.
acidente;
Ocorrência de Solo
 quase colisão em voo que
requereu a realização de uma Todo incidente, envolvendo aeronave
manobra evasiva; no solo, do qual resulte dano ou lesão,
desde que não haja intenção de
 CFIT marginalmente evitado; realizar voo; ou havendo esta
intenção, o(s) fato(s) motivador(es)
 decolagem interrompida em esteja(m) diretamente relacionado(s)
pista fechada ou ocupada por aos serviços de rampa, aí incluídos os
outra aeronave; de apoio e infraestrutura
 decolagem de pista ocupada por aeroportuários, e não tenha(m) tido
outra aeronave, sem separação qualquer contribuição da
segura; movimentação da aeronave por meios
33
próprios ou da operação de qualquer Para fins de aplicação do conceito de
um de seus sistemas. Ocorrência de Solo, considera-se
presente a intenção de realizar voo:

Desde o momento em que se dá a


partida do(s) motor(es) ou o
fechamento da(s) porta(s) da
aeronave, o que ocorrer primeiro, até o
corte do(s) motor(es), a parada total
das pás do rotor ou a abertura da(s)
porta(s) da aeronave, o que ocorrer
por último.

Investigação SIPAER

Processo conduzido por profissional


Ocorrência Anormal
credenciado pelo SIPAER voltado para
Circunstância que não chega a a identificação de condições de perigo
configurar um acidente aeronáutico, e/ou de fatores contribuintes, visando
incidente aeronáutico ou ocorrência de exclusivamente à prevenção de
solo e na qual a aeronave, seus acidentes aeronáuticos.
sistemas, equipamentos ou
O propósito desta atividade não é
componentes não funciona(m) ou não
determinar culpa ou
é(são) operada(s) de acordo com as
responsabilidade.
condições previstas, exigindo a adoção
de medidas corretivas.

Operação de Aeronave Fator Contribuinte

Conjunto de ações conduzidas pelos Condição (ato, fato, ou combinação


tripulantes para a realização do voo. deles) que, aliada a outras, em
sequencia ou como consequência,
Compreende as atividades de
conduz à ocorrência de um acidente
planejamento e preparo da aeronave,
aeronáutico, de um incidente
quando realizadas pelos próprios
aeronáutico ou de uma ocorrência de
tripulantes.
solo, ou que contribui para o
Intenção de Realizar Voo agravamento de suas consequências.

Os fatores contribuintes classificam-se


de acordo com a área de abordagem
da segurança operacional, a qual
poderá ser a de:

Fatores Humanos ou a de Fatores


Materiais.

34
Fatores Humanos (FH)

Área de abordagem da segurança Área de abordagem da segurança


operacional que se refere ao operacional que se refere à
complexo biológico do ser humano aeronave, incluindo seus
e que compreende os seguintes componentes, e equipamentos e
aspectos: sistemas de tecnologia da
informação empregados no controle
 ASPECTO MÉDICO - é a área do espaço aéreo, nos seus aspectos
dos Fatores Humanos onde há o de projeto, de fabricação, de
envolvimento de conhecimentos manuseio do material e de falhas
médicos e fisiológicos que são não relacionadas à serviço de
pesquisados para definir a manutenção
presença de variáveis desta
natureza e a forma de sua PESSOAL SIPAER
participação nos eventos.
Agente de Segurança de Voo (ASV) ou
 ASPECTO PSICOLÓGICO - é a Agente de Segurança de Operacional
participação de variáveis (ASO)
psicológicas individuais,
psicossociais ou organizacionais Pessoa, civil ou militar da reserva
no desempenho da pessoa (aposentado) de força armada ou força
envolvida. auxiliar brasileira, que concluiu o
Módulo de Investigação do Curso de
 ASPECTO OPERACIONAL - Segurança de voo (CSV).
refere-se ao desempenho do ser
humano nas atividades Oficial de Segurança de Vôo (OSV) ou
diretamente relacionadas com o Oficial de Segurança Operacional
voo. (OSO)

Oficial da ativa de força armada ou


força auxiliar brasileira que concluiu o
Fatores Materiais (FM) Módulo Investigação do Curso de
Segurança de voo (CSV).

Elemento Credenciado (EC)

Pessoa, civil ou militar, que concluiu


um dos Estágios de Segurança de Voo
ou o Módulo de Prevenção do Curso de
Segurança de Voo (CSV).

É habilitado para uma área específica


de atuação.

Ao Elemento Credenciado compete:

 Promover a atualização dos


profissionais da sua organização
que atuam no SIPAER.
35
 Propor, ao CENIPA, a atualização ÓRGÃOS SIPAER
das normas do SIPAER.
CENIPA - Centro de Investigação e
 Manter atualizadas, junto ao Elo- Prevenção de Acidentes Aeronáuticos:
SIPAER de sua organização, as órgão central do SIPAER encarregado
informações relativas às suas de gerenciar e normatizar as atividades
qualificações na área de de investigação e prevenção de
segurança operacional, à acidentes aeronáuticos no BRASIL.
validade de sua credencial, aos
períodos de afastamento e DIPAA - Divisão de Investigação e
indisponibilidade, e outras Prevenção de Acidentes Aeronáuticos:
julgadas pertinentes pelo órgão pertencente à estrutura do
responsável por aquele setor. CENIPA encarregado de investigar os
acidentes com as aeronaves de grande
 Participar das atividades de porte, ou utilizadas no transporte
prevenção de acidentes público (serviço público/ Empresas
aeronáuticos relacionadas à sua Aéreas).
área de atuação, sob a
coordenação do Elo-SIPAER de SERIPA – Serviço Regional de
sua organização. Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos: sete órgãos regionais
 Participar da elaboração do encarregados das atividades de
PPAA, do Relatório Anual de prevenção e investigação de acidentes
Atividades e de outros com aeronaves da aviação de pequeno
documentos relacionados à porte (aviação geral/serviço privado).
segurança operacional, quando
convocado pelo Elo-SIPAER de
sua organização. Setor de Segurança de Voo – Órgão
 Participar de investigação de existente nas empresas de aviação e
acidente aeronáutico, de nas entidades civis envolvidas com
incidente aeronáutico e de operação, fabricação, manutenção ou
ocorrência de solo, como circulação de aeronaves, bem como
assistente, para a análise de com as atividades de apoio de
aspectos relacionados à ação do infraestrutura aeronáutica, destinado
Comissário de voo na operação e exclusivamente ao trato dos assuntos
nas condições de sobrevivência de prevenção e investigação de
pós-acidente, quando designado acidentes, incidentes e ocorrências de
pelo Comando Investigador solo.
competente. CNPAA – Comitê Nacional de
 Comunicar ao CENIPA, Prevenção de Acidentes Aeronáuticos:
diretamente, qualquer Órgão interministerial que se reúne
discrepância ou inconsistência com a finalidade de deliberar sobre
encontrada na base de dados do assuntos SIPAER.
SIGIPAER

36
CI – Comando Investigador: Designa a  O propósito da Prevenção de
Comissão de Investigação de Acidente Acidentes não é restringir a
Aeronáutico (CIAA), bem como outros atividade aérea, mas estimular o
membros cuja participação seja seu desenvolvimento com
julgada de interesse à investigação. Segurança;

CIAA – Comissão de Investigação de  A alta direção é a principal


Acidente Aeronáutico: É o grupo de responsável pela Prevenção de
pessoas designadas para investigar um Acidentes Aeronáuticos;
Acidente Aeronáutico específico,
devendo sua composição ser adequada  Na Prevenção de Acidentes não
às características deste acidente. há segredos nem bandeiras;

INVESTIGAÇÃO  Acusações e punições de Erros


Humanos agem contra os
Tem como única finalidade a interesses da Prevenção de
prevenção de acidentes Acidentes.
aeronáuticos através do
estabelecimento dos fatores PREVENÇÃO DE ACIDENTES
contribuintes presentes, direta ou AERONÁUTICOS (NSCA 3-3)
indiretamente, na ocorrência, e da Conjunto de atividades destinadas a
emissão de Recomendações de impedir a ocorrência de Acidentes
Segurança Operacional que Aeronáuticos, visando à preservação
possibilitem a ação direta ou a tomada dos recursos humanos e materiais.
de decisões que venham a eliminar
aqueles fatores ou a minimizar as suas Segurança Operacional (SO)
consequências.
Estado em que o risco de lesões às
Filosofia SIPAER sob a Ótica da pessoas e os danos aos bens se
Segurança Operacional reduzem e se mantêm em um nível
aceitável, ou abaixo do mesmo, por
 As atividades da Gestão da meio de um processo contínuo de
Segurança Operacional devem Identificação de Perigo e Gestão de
ser planejadas e executadas Risco.
com base em oito Princípios da
Filosofia SIPAER: Gestão da Segurança Operacional
(GSO)
 Todo acidente aeronáutico deve
ser evitado; Conjunto de ações, métodos e
procedimentos a serem adotados no
 Todo acidente aeronáutico âmbito de uma organização para
resulta de vários eventos e prevenção de acidentes aeronáuticos,
nunca de uma causa isolada; visando à Segurança Operacional.
 Todo acidente aeronáutico tem Comissão de Segurança
um precedente; Operacional (CSO)
 A Prevenção de Acidentes requer Grupo de pessoas, pertencentes à alta
mobilização geral; administração de uma organização,
37
destinado a gerenciar a Segurança Sua finalidade é Assessorar o
Operacional. Presidente, Comandante, Chefe ou
Diretor com a apresentação de um
Programa de Prevenção de relatório contendo os perigos e as
Acidentes Aeronáuticos (PPAA) Condições Latentes observadas, bem
Programa que estabelece a Política da como as atividades que visam a
Segurança Operacional da organização, mitigá-las, podendo, ser por meio de
bem como suas atividades e Ações Recomendadas (AR) ou de
responsabilidades, sob a ótica do Recomendações de Segurança
SIPAER, visando à Prevenção de Operacional (RSO) Mitigadoras,
Acidentes Aeronáuticos. buscando fornecer subsídios para a
gestão do risco.
Todos os PPAA deverão conter um
“Termo de Aprovação” assinado, no São uns dos principais instrumentos da
qual o Presidente, Comandante, Chefe Segurança Operacional, onde são
ou Diretor se declara compromissado levantados os Perigos e as situações de
em cumprir e Fazer cumprir o contido risco referentes ao ambiente
no referido Programa. organizacional, permitindo que os
processos sejam monitorados, as
Os PPAA das organizações do âmbito Condições Latentes identificadas, as
da Aviação Civil deverão ser falhas ativas contidas e as defesas do
atualizados anualmente. sistema reforçadas.

Para que o PPAA alcance o objetivo Considerando-se as peculiaridades da


desejado, deverá ser dado amplo organização, a VSO e a ADSO devem
conhecimento a todos os envolvidos ser abrangentes e com a profundidade
direta ou indiretamente com a necessária para identificar as
atividade da Segurança Operacional, Condições Latentes e atos inseguros
tanto no âmbito das ações de execução existentes.
como as de supervisão.

Vistoria e Auditoria de Segurança


Operacional (VSO e ADSO)

São atividades pró-ativas de busca e


análise de informações, sob a ótica do
SIPAER, que visam à identificação de
Condições Latentes que possam afetar
a Segurança Operacional e à
recomendação de ações mitigadoras.

A Vistoria de Segurança Operacional


(VSO) é destinada à aviação militar
enquanto que a Auditoria de
Segurança Operacional (ADSO) é
destinada à aviação civil.

38
TIPOS DE VISTORIA E AUDITORIA ano em cada setor da organização,
DE SEGURANÇA OPERACIONAL pelo seu Elo-SIPAER. Conforme as
circunstâncias, um intervalo menor de
PERIÓDICA tempo poderá ser adotado.
Realizada regularmente em intervalos Toda VSO ou ADSO será realizada sob
de tempo predeterminados previstos a responsabilidade e autoridade do
no PPAA da organização. Presidente, Comandante, Chefe da
ESPECIAL organização, e em seu nome serão
apontadas as deficiências e ações
Realizada em caráter excepcional, mitigadoras.
preferencialmente por um Elo-SIPAER
externo, a fim de Identificar os Perigos Relatório de Vistoria de Segurança
e as Condições Latentes que Operacional (RVSO)
permaneceram ou que possam ter Relatório de Auditoria de
surgido em decorrência dos seguintes Segurança Operacional (RADSO)
casos:
Após a realização de cada vistoria, é
 Após a ocorrência de um confeccionado um RVSO/ RADSO,
Acidente Aeronáutico; conforme o estabelecido em formulário
 Entrada em operação de novo próprio contendo, para cada condição
equipamento aéreo ou novas insatisfatória detectada, três aspectos
instalações operacionais; distintos:

 Mudanças significativas nos


métodos ou filosofia de
treinamento, procedimentos de
operações e de manutenção;

 Criação ou Fusão de
organizações;

 Alteração na infraestrutura
aeroportuária;

 Identificação de grande
incidência de ocorrências;

 Indícios de circunstâncias de
problemas organizacionais
referentes à administração de
organizações; e

 Outras circunstâncias quando


julgado conveniente
Condição Observada – campo em que
As VSO ou ADSO deverão ser
se registra a circunstância, sem
realizadas, no mínimo, uma vez por
comentários adicionais;
39
Análise do Potencial de Risco – campo Qualquer pessoa, que identificar uma
em que se faz a relação entre causa e situação potencial de perigo ou que
efeito com as possíveis consequências; dela tiver conhecimento, poderá
e ações Mitigadoras Recomendadas – reportá-la através de um RELPREV e
onde será sugerido quem deverá encaminhá-lo a um Elo-SIPAER.
efetuar a correção, como a correção
deverá ser realizada e o prazo para
que a ação seja adotada. O relator poderá utilizar a internet
Uma vez identificadas as áreas com (email), fax, telefone ou o formulário
problemas, as ações mitigadoras de Relatório de Prevenção (RELPREV)
recomendadas deverão ser postas em para encaminhar seu reporte para o
prática sob a responsabilidade dos Elo-SIPAER. O seu encaminhamento
Presidentes, Comandantes, Chefes, não elimina a necessidade da adoção
Diretores ou congêneres, atingindo de outras providências, seja no âmbito
assim a única finalidade da VSO e da do SIPAER como externo a ele.
ADSO, que é a Segurança Operacional. O relator do RELPREV poderá, no ato
As Ações Mitigadoras devem ser do preenchimento, identificar-se ou
exequíveis, adequadas e não. Ao se identificar deverá fornecer
aceitáveis, refletindo ações concretas, um meio de contato para ser
abrangentes e definitivas, sendo informado sobre o resultado da análise
associadas às condições ou atos realizada pelo Elo-SIPAER.
inseguros encontrados. O RELPREV deve ser utilizado somente
Programa de Relatório de para relatar situações pertinentes à
Prevenção (RELPREV) Segurança Operacional de uma
organização, sendo proibido o uso para
Programa que gerencia o reporte outros fins.
voluntário de uma situação potencial
de risco para a Segurança Operacional. O responsável pela atividade, que
receber um RELPREV, deverá tomar as
Sua finalidade é fornecer informações ações mitigadoras que julgar
para que os Elos-SIPAER possam adequadas e informá-las ao Elo-
adotar ações mitigadoras adequadas SIPAER.
visando corrigir a situação potencial de
risco. O Elo-SIPAER, ao tomar conhecimento
das ações mitigadoras adotadas,
O preenchimento do Relatório de deverá verificar sua eficácia visando à
Prevenção (RELPREV) é uma melhoria contínua da Segurança
importante ferramenta do SIPAER Operacional.
utilizada para transcrever um reporte
voluntário de uma situação potencial O Elo-SIPAER deverá, em qualquer
de risco para a Segurança Operacional, situação, preservar a identidade do
a análise dos fatos, bem como as relator visando garantir a
ações mitigadoras adotadas. confidencialidade do processo.

40
O relator poderá utilizar a internet, via
site do CENIPA, fax, telefone ou o
formulário de Reporte Confidencial
para Segurança de Operacional
(RCSO), que é um modelo carta
resposta com porte-pago, para
encaminhar seu reporte para o
CENIPA.

O RCSO é uma importante ferramenta


de prevenção de acidentes
aeronáuticos e de gerenciamento de
risco, regulado pela ICA 3-7 - Reporte
Confidencial para Segurança
Programa Confidencial de Reporte
Operacional e destina-se
Voluntário (PCRV)
exclusivamente à manutenção e
É um programa confidencial e garantia da Segurança Operacional.
independente que gerencia os reportes
O RCSO baseia-se no conceito da
de situações potenciais de risco para a
voluntariedade, confidencialidade
Segurança Operacional.
e não punibilidade, garantindo o
Sua finalidade é fornecer informações sigilo da fonte (nome do relator),
para o CENIPA gerenciar o processo exceto nos casos específicos previstos
que identifica as áreas com potencial na ICA 3-7 – Reporte Confidencial para
de risco, fazendo uma análise de sua Segurança Operacional.
tendência, bem como adotando ações
É vedado o seu uso para relato de
mitigadoras pertinentes, por meio de
fatos que constituam crime ou
contravenção penal de qualquer
natureza.

O Sistema de Investigação e Prevenção


de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER)
assegura o anonimato do relator
somente nos casos em que os eventos
reportados se refiram à prevenção de
uma sistemática que assegure o sigilo
acidentes aeronáuticos.
dos assuntos tratados, visando à
Segurança Operacional. Para que um reporte confidencial seja
aceito, todos os dados relativos à
Qualquer pessoa, que identificar uma
identificação do relator deverão ser
situação potencial de perigo ou que
preenchidos. Tal procedimento visa
dela tiver conhecimento, poderá enviar
apenas à validação das informações
um reporte confidencial para o CENIPA,
contidas no reporte, não sendo
cabendo a este a adoção das
aceito nenhum reporte confidencial
providências que cada caso requer.
anônimo.

41
A aplicação deste programa é  Sua finalidade é elevar o nível
estendida a todo setor militar ou civil, de consciência de todo o pessoal
público ou privado, que esteja envolvido com a atividade aérea
envolvido, direta ou indiretamente, sobre os assuntos afetos à
com a atividade aérea. Segurança Operacional.

O CENIPA tomará conhecimento do  São exemplos de atividades


reporte e analisará as situações promocionais, dentre outros:
relatadas, informando ao relator uma
senha do correspondente processo.  Campanhas de mobilização;
Esta senha será usada pelo relator  Publicação de periódicos;
para uma posterior consulta sobre o
andamento do processo.  Reconhecimento e divulgação de
atos meritórios;
Nenhum registro ou arquivo dos dados
pessoais do relator permanecerá com o
CENIPA, assegurando-se assim o sigilo
da fonte (relator).

O formulário utilizado para o RCSO é o


modelo carta resposta, de porte pago,
contido na NSCA 3-11, divulgado pelo
CENIPA e previsto na ICA 3-7 –
Reporte Confidencial para Segurança
Operacional.

Atividades Educativas

São eventos, tais como aulas,


palestras e treinamentos,
destinados a todos aqueles
envolvidos com a atividade aérea
que transmitem conhecimentos a
respeito de assuntos afetos à
Segurança Operacional. Prevenção de F.O.D.
(Foreign Object Damage)
Sua finalidade é aperfeiçoar o
comportamento participativo, pró- É um subprograma do PPAA elaborado
ativo e a consciência da coletividade pela organização e que estabelece
para a Segurança Operacional. normas, procedimentos, tarefas e
atribuições destinadas a orientar os
Atividades Promocionais
setores da empresa ou organização
São eventos destinados a valorizar quanto aos procedimentos e tarefas
a importância da Prevenção de programadas, para a evitar ou
Acidentes Aeronáuticos nas minimizar as ocorrências de ingestão
organizações. ou a presença de corpos estranhos nos
motores a reação ou em outras partes
da aeronave, sejam resíduos naturais
42
ou depositados, ou ainda objetos  Guarda de destroços;
conduzidos por pessoas.
 Comunicação aos familiares;

 Transporte de sobreviventes;
Programa de Conservação da
Audição – PCA  Destinação dos restos mortais;

Conscientizar o pessoal alvo quanto à  Treinamento de pessoal;


importância do cumprimento das  Remoção de destroços;
normas e procedimentos estabelecidos
como meio de preservar a sua  Danos causados a passageiros,
capacidade auditiva. bagagens, carga transportada e
terceiros na superfície

Remoção da Aeronave e seus


Destroços

Exceto para efeito de salvar vidas,


nenhuma aeronave acidentada, seus
restos ou coisas que por ela eram
transportadas, podem ser vasculhados
ou removidos, a não ser em presença
ou com autorização do investigador-
Lista de Verificações - Check List encarregado.

Lista de verificações obrigatórias A aeronave acidentada, seus restos e


durante as diferentes fases (antes da coisas que por ela eram transportados,
partida, táxi, etc) e condições (normal, não podem ser vasculhados ou
anormal e de emergência) da removidos, exceto com a permissão do
operação, sendo seu fiel cumprimento, presidente da CIAA ou do seu
a garantia da segurança e representante.
padronização da operação da Exceção é feita quando:
aeronave.
 Há necessidade de atender as
Responsabilidade do Operador pessoas envolvidas, embarcadas
Em caso de acidente ou incidente ou não;
aeronáutico:  Quando houver riscos adicionais
 Comunicação do acidente ou de incêndio, explosão,
incidente; contaminação ou
desmoronamento;
 Investigação de Incidentes e
Ocorrências de Solo  Quando a área já tiver sido
liberada pelas equipes de contra
 Assistência às vítimas e incêndio e salvamento e houver
parentes; necessidade de imediata
remoção dos destroços ou da
 Fornecimento de informações;
43
aeronave do local, a bem do inspecionado logo após o
restabelecimento e da segurança acidente ou incidente grave. Em
das operações, da área ou de caso de acidente aeronáutico, os
terceiros e suas propriedades. aeronautas de empresas regidas
pelo RBHA 121 serão
Inspeção de Saúde em Caso de inspecionados pelo CEMAL. Os
Acidente ou Incidente Grave demais aeronavegantes poderão
 A ANAC coordenará a inspeção ser inspecionados por uma das
de saúde do aeronavegante que
vier a sofrer acidente
aeronáutico ou incidente grave
no curso de sua atividade.
 O aeronavegante terá seu CMA
suspenso, devendo ser
inspecionado logo após o
acidente ou incidente grave. Em
caso de acidente aeronáutico, os
aeronautas de empresas regidas
pelo RBHA 121 serão
inspecionados pelo CEMAL. Os
demais aeronavegantes poderão
ser inspecionados por uma das
seguintes JES: HABE, HARF,
CEMAL, HASP, HACO, HFAB e
NuHAMN. Nos incidentes graves,
os aeronavegantes poderão ser
inspecionados em qualquer JES.
Nos casos em que o
aeronavegante estiver
clinicamente impossibilitado de
se locomover, a perícia médica
competente deve ser realizada
no local onde se encontrar o
aeronavegante, por oficial
médico da ativa da Aeronáutica.

44
RELATÓRIOS SIPAER:

45

Você também pode gostar