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Módulo 1: Terminologia da soldagem

1.1. Terminologia da soldagem


Abordamos os termos constantes na norma PETROBRAS N-1438 de
JULHO/2003 Soldagem (Terminologia) e na norma AWS A 3.0 que abordam outros
termos com maiores detalhes.
A terminologia utilizada na soldagem é vinculada aos termos técnicos da
língua inglesa e sempre que possível, serão mencionados entre parênteses para
permitir um perfeito entendimento da matéria. Na tabela 1 citamos os processos de
soldagem que são mais usuais.

Tabela 1: Principais siglas dos processos de soldagem segundo a AWS A 3.0-76

Designação AWS Processo de Soldagem

EGW Electro Gas Welding Soldagem Eletro Gás

ESW Electro Slag Welding Soldagem Eletro Escória

FCAW Flux Cored Arc Welding Soldagem com Arame Tubular

GMAW Gas Metal Arc Welding Soldagem MIG/MAG

GTAW Gas Tungsten Arc Welding Soldagem TIG

OAW Oxy Acetilene Welding Soldagem Oxi Acetilênica

OFW Oxy Fuel Gas Welding Soldagem Oxi Combustível

PAW Plasma Arc Welding Soldagem por Arco Plasma

SAW Submerged Arc Welding Soldagem por Arco Submerso

RW Resistence Welding Soldagem por Resistência

SMAW Shielded Metal Arc Welding Soldagem por Eletrodo revestido

Abertura de raiz (Root Opening): Mínima distância que separa os componentes a


serem unidos por soldagem ou processos afins, conforme mostra a figura 1.1.

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Figura 1.1: Abertura de raiz

Alívio de Tensões (Stress Relief Heat Treatment): aquecimento uniforme de uma


estrutura/ solda, a uma temperatura suficiente para aliviar a maioria das tensões
residuais, seguido de um resfriamento uniforme.

Alma do eletrodo (Cored Electrode): núcleo metálico do eletrodo revestido, cuja


seção transversal apresenta forma circular maciça, conforme mostra a figura 1.2.

Figura 1.2: Detalhes do eletrodo revestido.

Ângulo de deslocamento ou de inclinação do eletrodo (Travel Angle): ângulo


formado entre o eixo do eletrodo e uma linha de referência perpendicular ao eixo da
solda, localizado num plano determinado pelo eixo do eletrodo da solda, conforme a
figura 1.3.

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Figura 1.3: Ângulo de deslocamento.

Ângulo de deslocamento ou de inclinação do eletrodo (Travel Angle): ângulo


formado entre o eixo do eletrodo e uma linha de referência perpendicular ao eixo da
solda, localizado num plano determinado pelo eixo do eletrodo da solda, conforme
mostram as figuras 1.3 e a figura 1.4.

Ângulo de trabalho (Work Angle): ângulo que um eletrodo faz com uma, linha de
referência posicionada perpendicularmente à superfície da chapa, passando pelo
centro do chanfro, localizada em um plano perpendicularmente ao eixo da solda,
veja a figura 1.4.

Figura 1.4 (a): Ângulo de trabalho em junta de topo e (b): Ângulo de trabalho em junta de ângulo.

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Ângulo do bisel (Bevel Angle): ângulo formado entre a borda preparada do


componente e um plano perpendicular do componente, conforme a figura 1.1.

Ângulo do chanfro (Groove Angle): ângulo integral entre as bordas preparadas


dos componentes, conforme mostra a figura 1.1.

Arame: veja a definição de Eletrodo Nu.

Atmosfera protetora (Protective Atmosphere): Envoltório de gás que circunda a


parte a ser soldada ou brasada, tendo o gás composição química controlada, ponto
de orvalho, pressão, vazão, etc. dentro de padrões pré-estabelecidos, veja a figura
1.5.

Figura 1.5: Atmosfera protetora

Atmosfera redutora: Atmosfera protetora quimicamente e que em temperaturas


elevadas, reduz óxidos metálicos ao seu estado metálico.

Bisel: Borda do componente a ser soldado, preparado na forma angular (figura 1.1).

Brasagem (brazing, soldering): processo de união de metais onde apenas o metal


de adição sofre fusão, ou seja, o metal de base não participa da zona fundida. O

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metal de adição se distribui por capilaridade na fresta formada pelas superfícies da


junta, após fundir-se.

Camada (layer): deposição de um ou mais passes consecutivos situados


aproximadamente num mesmo plano, conforme a figura 1.6.

Figura 1.6: Camada.

Certificado de qualificação de soldador (Welder Certification): documento


certificando que o soldador executa soldas de acordo com padrões pré-
estabelecidos.

Chanfro (Groove): abertura ou sulco na superfície de uma peça ou entre dois


componentes, que determina o espaço para conter a solda. Os principais tipos de
chanfro mostrados na figura 1.7 são:
1. Chanfro em J (single-J-groove)
2. Chanfro em duplo J (double-J-groove)
3. Chanfro em U (single-U-groove)
4. Chanfro em duplo U (double-U-groove)
5. Chanfro emV (single-V-groove)
6. Chanfro em X (double-V-groove)
7. Chanfro em meio V (single-bevel-groove)
8. Chanfro em K (double-bevel-groove)
9. Chanfro reto ou sem chanfro (square-groove)

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Figura 1.7: Tipos de Chanfros.

Chapa de teste de produção (production test plate ou vessel test plate): chapa
soldada e identificada como extensão de uma das juntas soldadas do equipamento,
com a finalidade de executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.

Chapa ou tubo de teste (Test Coupon): peça soldada e identificada para a


qualificação de procedimento de soldagem ou de soldadores, ou de operadores de
soldagem.

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Cobre-Junta (Backing ou Mata-Junta): material ou dispositivo colocado no lado


posterior da junta, ou em ambos os lados (caso dos processos eletroescória e
eletrogás), cuja finalidade é suportar o metal fundido durante a execução da
soldagem. O material necessariamente não precisa se fundir durante a soldagem. O
mesmo pode ser metálico ou não metálico. Exemplos de cobre-junta: metal de base,
cordão de solda, material granulado (fluxo), cobre, cerâmica, carvão entre outros.
Ver figura 1.8.

Figura 1.8: Backing, cobre-junta ou mata-junta.

Consumível: material empregado na deposição ou proteção da solda, tais como:


eletrodo revestido, vareta, arame, anel consumível, gás, fluxo, entre outros.

Cordão de solda (Weld Bead): depósito de solda resultante de um passe.

Corpo de prova (Test Specimen): amostra retirada e identificada da chapa ou tubo


de teste, quando se objetiva conhecer as propriedades mecânicas, entre outras
propriedades, do material analisado.

Corrente elétrica de soldagem (Welding Current): corrente elétrica que passa


pelo eletrodo na execução de uma solda. Ver figura 1.9.

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Figura 1.9: Esquema da corrente elétrica no processo SMAW

Corte com eletrodo de carvão (Carbon Arc Cutting): processo de corte a arco
elétrico, no qual metais são separados por fusão devido ao calor gerado pelo arco
formado entre um eletrodo de grafite e o metal de base. Para a retirada do metal
líquido localizado na região do corte, utiliza-se o ar comprimido. Veja figura 1.10.

Figura 1.11: Corte com eletrodo de carvão.

Diluição (Dilution): modificação na composição química de um metal de adição,


causado pela mistura do metal de base ou do metal de solda anterior. É medido pela
porcentagem do metal de base ou do metal de solda anterior no cordão de solda.

Figura 1.11: Formas de calcular a diluição

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Dimensão da solda (Weld Size):

1. Solda de aresta: é a medida da espessura do metal de solda até a raiz da solda.

Figura 1.12: Solda de aresta.

2. Solda em chanfro: é a penetração da junta de uma solda em chanfro, ou seja, é


a profundidade do bisel, adicionada á raiz, caso seja especificada, excetuando os
reforços. À dimensão de uma solda em chanfro também pode ser chamado de
Garganta Efetiva, conforme pode ser visto na figura 1.13.

Figura 1.13: Solda em chanfro.

3. Solda em ângulo: para soldas em ângulo de pernas iguais, é o comprimento dos


catetos do maior triângulo retângulo isósceles que pode ser inscrito na seção
transversal da solda. Veja a figura 1.14.

Figura 1.14: Solda em ângulo.

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4. Soldas em ângulo de pernas iguais: é o comprimento dos catetos do maior


triângulo retângulo que podem ser inscrito na seção transversal da solda.

Eficiência de Deposição (Deposition Effiiciency): relação entre o peso do material


depositado e o peso do metal depositado e o peso do consumível utilizado expressa
em percentual.

Eficiência da Junta: relação entre a resistência de uma junta soldada e a


resistência do metal de base, expressa em percentual.

Eletrodo de carvão (Carbon Electrode): eletrodo não consumível usado em corte


ou soldagem a arco elétrico, consistindo de uma vareta de carbono ou grafite que
pode ser revestida com cobre ou outros revestimentos. Ver figura 1.15

Figura 1.15: Eletrodo de carvão

Eletrodo revestido (Covered Eletrode): Metal de adição composto, constituído de


uma alma de eletrodo no qual o revestimento é aplicado, suficiente para produzir
uma camada de escória no metal de solda. O revestimento pode conter materiais
que formam uma atmosfera protetora, desoxidam o banho e estabilizam o arco e
que servem de fonte de adições metálicas à solda. Veja figura 1.16.

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Figura 1.16: Eletrodo revestido

Eletrodo nu (Bare Electrode): metal de adição consistindo de um metal ligado ou


não, produzido em forma de arame, fita ou barra e sem nenhum revestimento ou
pintura nele aplicado, além daquele concomitante à sua fabricação ou preservação.

Figura 1.17: Eletrodo nu.

Eletrodo para solda a arco (Arc Welding Electrode): componente do circuito de


solda através do qual a corrente é conduzida entre o ‘porta eletrodo’ e o arco.

Eletrodo Tubular (Flux Cored Electrode): metal de adição composto, constituído


de um tubo de metal ou outra configuração oca, contendo produtos que formam uma
atmosfera protetora, desoxidam o banho, estabilizam o arco, formam escória ou que
contribuam com elementos de liga para o metal de solda. Na figura 1.18 podemos
ver um exemplo de eletrodo tubular da marca ESAB. Estes eletrodos podem ou não
usar a proteção externa.

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Figura 1.18: Eletrodo tubular da ESAB.

Equipamento (Weldment): produto da fabricação, construção e/ou montagem


soldada, tais como, equipamentos de caldeira, tubulação, estruturas metálicas,
oleodutos e gasodutos, etc.

Equipamento de soldagem: máquinas, ferramentas, instrumentos, estufas e


dispositivos empregados na operação de soldagem. Ver figura 1.19.

Figura 1.19: Equipamento de soldagem FCAW fabricado pela LINCOLN ELETRIC

Escama de solda (stringer bead, weave bead): aspecto da face da solda


semelhante a escamas de peixe. Em deposição sem oscilação transversal (stringer

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bead), assemelha-se a uma fileira de letras V; em deposição com oscilação


transversal (weave bead), assemelha-se a escamas entrelaçadas, na figura 1.20 (a)
com passe estreito e 1.20 (b) com passe oscilante.

Figura 1.20 (a): Passe estreito

Figura 1.20 (b): Passe oscilante

Escória (Slag): resíduo não metálico proveniente da dissolução do fluxo ou


revestimento e impurezas não metálicas na soldagem e brazagem.

Face do chanfro (Groove Face): superfície de um componente localizada no


interior do chanfro, conforme a figura 1.21.

Face da raiz (Root Face): parte da face do chanfro adjacente à raiz da junta,
conforme a figura 1.21. .

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Figura 1.21: Face de chanfro e raiz.

Face de fusão (Fusion Face): superfície do metal de base que será fundida na
soldagem, ver figura 1.22.

Figura 1.22: Face de fusão

Face da solda (Weld Face): superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda
foi executada, ver figura 1.23.

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Figura 1.23: Face da solda

Fluxo (Flux): composto mineral granular, cujo objetivo é proteger a poça de fusão,
purificar a zona fundida, modificar a composição química do metal de solda,
influenciar as propriedades mecânicas.

Gabarito de solda (Weld Gage): dispositivo para verificar a forma e a dimensão de


soldas. Também chamado de “Calibre de Solda”. Atualmente existem inúmeros
modelos no mercado, conforme a figura 1.24, pode-se ver um desses modelos.

Figura 1.24: Gabarito de solda.

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Garganta efetiva (Effective Throat): distância mínima da raiz da solda à sua face
menos qualquer esforço conforme mostra a figura 1.25 onde poderemos observar
também as gargantas numa junta de ângulo.

Garganta de solda (Fillet Weld Thoat): dimensão em uma solda em ângulo,


determinada de três modos:
1. Teórica: altura do maior triângulo retangular na seção transversal da solda
(Figura 1.25).
2. Efetiva: distância mínima da raiz da solda à sua face, excluindo qualquer reforço.
(Figura 1.25).
3. Real: distância entre a raiz da solda e a face da solda (Figura 1.26).

Figura 1.25: Garganta da solda

Gases de proteção (Shieding Gas): gás utilizado para prevenir contaminação


indesejada pela atmosfera.

Gás inerte (Inert Gas): gás que não combina quimicamente com o metal de base
ou metal de adição.

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Geometria da junta (Joint Geometry): forma e dimensões da seção transversal de


uma junta antes da soldagem. Ver figura 1.26.

Figura 1.26: Geometria da junta

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Goivagem a arco (Arc Gouging): goivagem térmica que usa variação do processo
de corte e arco para fabricar um bisel ou chanfro, ou ainda para retirada de solda
com descontinuidades.

Goivagem por trás (Back Gouging): remoção do metal de solda e do metal de


base pelo lado oposto de uma junta parcialmente soldada, para assegurar
penetração completa pela subseqüente soldagem pelo lado onde foi efetuada a
goivagem.

Inspetor de soldagem (Welding Inspector): profissional qualificado empregado


pela executante dos serviços para exercer as atividades de controle de qualidade
relativas à soldagem.

Junta (Joint): região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem.

Junta de aresta (Edge-Joint): junta entre as extremidades de dois ou mais


membros paralelos ou parcialmente paralelos, conforme mostra a figura 1.27.

Figura 1.27: Junta de aresta

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Junta de ângulo (Corner Joint, T-Joint): junta em que, numa seção transversal,
os componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo, conforme mostra
a figura 1.28. As juntas podem ser:

Figura 1.28 (a): Junta de ângulo em quina.

Figura 1.28 (b): Juntas de ângulo em L.

Figura 1.28 (c): Juntas de ângulo em ‘T’.

Figura 1.28 (d): Juntas de ângulo em ângulo.

Junta dissimilar (Dissimilar Joint): junta soldada, cuja composição química do


metal de base dos componentes difere entre si significativamente.

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Junta sobreposta (Lap Joint): junta formada por dois componentes a soldar, de tal
maneira que suas superfícies sobrepõem-se conforme mostra a figura 1.29.

Figura 1.29: Juntas sobrepostas.

Junta soldada (Welded Joint): união obtida por soldagem, de dois ou mais
componentes incluindo zona fundida, zona de fusão, zona de ligação, zona afetada
termicamente e metal de base nas proximidades da solda veja a figura 1.30.

Figura 1.30: Junta soldada


Legenda:
(1) Zona Fundida ou metal de solda;
(2) Zona de Ligação ou linha de fusão;
(3) Zona Afetada Termicamente (ZTA);
(4) Metal de Base (MB) ou peça.

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Junta de topo (Butt Joint): junta entre dois membros alinhados aproximadamente
no mesmo plano. Ver figura 1.31.

Figura 1.31: Juntas de topo

Face da solda (Weld Toe): junção entre a margem da solda e o metal de base.

Martelamento (Peening): trabalho mecânico aplicado á zona fundida da solda por


meio de impactos, destinados a controlar deformações da junta soldada, conforme a
figura 1.32.

Figura 1.32: Martelamento.

Metal de adição (Filler Metal): metal ou liga metálica a ser adicionado, para
fabricação de uma junta soldada ou brasada.

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Metal de base (Base Metal): metal ou liga a ser soldado, brasado ou cortado.

Metal depositado (Deposited Metal): metal de adição que foi depositado, durante a
operação de soldagem.

Operador de soldagem (Welding Operator): profissional capacitado a operar


equipamento de soldagem automática, mecanizado ou robotizado.

Passe de solda (Weld Pass): progressão unitária da soldagem ao longo de uma


junta. O resultado de um passe é o cordão de solda, cujos detalhes são mostrados
na figura 1.5.

Passe estreito (Stringer Bead): depósito efetuado seguindo a linha da solda, sem
movimento lateral apreciável (Figura 1.20 (a)).

Passe oscilante (Weave Bead): depósito efetuado com movimento lateral


(oscilação transversal), em relação à linha de solda. (Figura 1.20 (b)).

Passe de revenimento (temper bead): passe ou camada depositada em condições


que permitam a modificação estrutural do passe ou camada anterior e de suas
zonas afetadas termicamente.

Penetração da junta (Joint Penetration): numa junta de topo, é a profundidade da


solda medida entre a face da solda e sua extensão na junta, inclusive reforços. A
penetração da junta pode incluir a penetração da raiz. Numa junta de ângulo, é a

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distância entre a margem e a raiz da solda, tomada de uma reta perpendicular à


superfície do material de base.

Penetração total da junta (Complete Joint Penetration): penetração de uma junta


na qual o metal de solda preenche totalmente o chanfro, fundindo-se completamente
ao metal de base em toda a extensão das faces do chanfro. Veja a figura 1.33.

Figura 1.33: Penetração total da junta de topo.

Penetração da raiz (Root Penetration): profundidade com que a solda se prolonga


na raiz da junta. Na figura 1.34 (a) temos a penetração da raiz para juntas de topo e
na figura 1.34 (b) penetração da raiz em junta de ângulo com e sem chanfro.

Figura 1.34: Penetração da raiz

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Perna da solda (Fillet Weld Leg): distância da raiz da solda à margem da solda em
ângulo.

Poça de fusão (Weld Pool): volume localizado de metal líquido proveniente de


metal de adição e metal de base antes de sua solidificação como metal de solda.

Polaridade direta (Straight Polarity): tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se do eletrodo (ligado ao pólo negativo) para a
peça que está ligada ao pólo positivo, conforme mostra a figura 1.35.

Figura 1.35: Polaridade direta

Polaridade inversa (Reverse Polarity): tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se da peça para o eletrodo (peça está ligada
ao pólo ao pólo negativo) e o eletrodo como pólo positivo, conforme mostra a figura
1.36.

Figura 1.36: Polaridade inversa

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Porta-eletrodo (Electrode Holder): dispositivo que prender mecanicamente o


eletrodo revestido e conduz corrente através do mesmo veja a figura 1.37.

Figura 1.37: Porta eletrodo ou alicate de eletrodo

Pós-aquecimento (Postheating): aplicação de calor na junta soldada,


imediatamente após a deposição da solda, com a finalidade principal de remover
hidrogênio difusível.

Posição horizontal (Horizontal Position): em soldas em ângulo, posição na qual a


soldagem é executada pelo lado superior entre um metal de base posicionado
aproximadamente horizontal e outro posicionado aproximadamente vertical. (Figura
1.38). Para soldas em chanfros, posição na qual o eixo da solda está num plano
aproximadamente horizontal e a face da solda se encontram em um plano
aproximadamente vertical, conforme mostra a figura 1.38.

Posição plana (Flat Position): posição de soldagem utilizada, quando a junta é


soldada, pelo seu lado superior, a face da solda se encontra em um plano
aproximadamente horizontal, conforme mostra a figura 1.38.

Posição vertical (Vertical Position): posição de soldagem na qual o eixo da solda


é aproximadamente vertical. Na soldagem de tubos, é a posição da junta na qual a
soldagem é executada com o tubo na posição horizontal caso o tubo possa ser

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girado, é possível que o tubo na posição horizontal caso o tubo possa ser girado, é
possível que o tubo seja soldado apenas na posição vertical dependendo onde se
posicione o soldador. Conforme mostra a figura 1.38.

Figura 1.38: Posições de soldagem

Posição sobre-cabeça (OverHead Position): posição na qual executa-se a


soldagem pelo lado inferior da junta. Ver figura 1.38.

Pré-aquecimento (Preheat): aplicação de calor no metal de base imediatamente


antes da soldagem, brasagem ou corte.

Pré-aquecimento localizado (Local Preheating): pré-aquecimento de uma porção


específica de uma estrutura.

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Procedimento de soldagem ou procedimento de soldagem da executante


(Welding Procedure, Welding Procedure Specification): documento emitido pela
executante dos serviços, descrevendo detalhadamente todos os parâmetros e
condições da operação de soldagem para aplicação específica para garantir
repetibilidade da solda.

Processo de soldagem (Welding Process): processo utilizado para unir metais


pelo aquecimento destes as temperaturas adequadas, com ou sem aplicação de
pressão e com ou sem a participação de metal de adição.

Profundidade de fusão (Depth of Fusion): distância que a fusão atinge no metal


de base ou passe anterior, a partir da superfície fundida durante a soldagem. Ver
figura 1.23.

Qualificação de procedimento (Procedure Qualification): demonstração pela


quais as soldas são executadas por um procedimento específico e podem atingir os
requisitos preestabelecidos.

Qualificação de soldador (Welder Performance Qualification): demonstração da


habilidade de um soldador em executar soldas que atendam padrões
preestabelecidos.

Raiz da junta (Joint Root): porção da junta a ser soldada onde os membros que
estão mais próximo possíveis entre si. Em seção transversal a raiz pode ser ponto,
uma linha ou outra ou uma área. Ver figura 1.39.

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Raiz de solda (Weld Root): pontos, nos quais a parte posterior da solda intercepta
as superficiais do metal de base. Ver figura 1.39.

Figura 1.39: Raiz da solda.

Reforço da solda (Weld Reinforcement): metal de solda em excesso, além do


necessário para preencher a junta; excesso de metal depositado nos últimos passes
(ou na última camada), podendo ser na face da solda e/ou na raiz da solda. Ver
figura 1.40.

Figura 1.40: Reforços na solda

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Reforço da face (Face Reinforcement): reforço da solda localizado no lado onde a


solda foi feita. Ver figura 1.40

Reforço da raiz (Root Reinforcement): reforço da solda localizado no lado oposto


por onde a solda foi executada. Ver figura 1.40.

Registro da Qualificação de Procedimento de Soldagem (RQPS) (Procedure


Qualification Record): documento emitido pela executante dos serviços, que
fornece as variáveis reais de soldagem usadas para produzir uma chapa ou tubo de
teste aceitável, onde também estão incluídos os resultados dos testes realizados na
junta soldada para qualificar uma especificação de procedimento de soldagem.

Revestimento do chanfro (Buttering): também conhecido como "Amanteigamento"


é um revestimento produzido por uma ou mais camadas de solda depositado na face
do chanfro com objetivo de produzir um metal de solda compatível metalurgicamente
com o metal de base do outro componente. Veja a figura 1.41.

Figura 1.41: Revestimento do chanfro.

Revestimento do eletrodo (Covering Electrode): material sob a forma de pó,


extrudado ao redor da alma do eletrodo, consistindo de diferentes tipos de
substâncias, que tem como função estabilizar o arco, gerarem gases, formarem
escória, fornecer elementos de liga, fixar o revestimento.

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Seqüência de passes (Joint Buildup Sequence): ordem pela quais os passes de


uma solda multipasses são depositados com relação à seção transversal da junta
mostrada na figura 1.2.

Seqüência de soldagem (Welding Sequence): ordem pela qual são executadas as


soldas em um equipamento.

Solda (Weld): união localizada de metais ou não-metais, produzida pelo


aquecimento dos materiais a temperatura adequada, com ou sem aplicação de
pressão, ou pela aplicação de pressão apenas, e com ou sem a utilização de metal
de adição.

Solda autógena (Autogenous Weld): solda de fusão sem participação de metal de


adição.

Solda automática (Automatic Welding): soldagem com equipamento que executa


toda a operação sob observação e controle de um operador de soldagem.

Solda de aresta (Edge Weld): solda executada numa junta de aresta. Ver figura
1.27.

Solda de costura (Seam Weld): solda contínua executada entre ou em cima de


membros sobrepostos, na qual a união pode iniciar e ocorrer nas superfícies de
contato, ou pode se dar pela parte inferior de um dos membros. A solda contínua
pode consistir de um único passe ou de uma série de pontos de solda sobrepostos.
Ver figura 1.42.

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Figura 1.42: Solda de costura.

Solda de selagem (Seal Weld): qualquer solda projetada com a finalidade principal
de impedir vazamentos.

Solda de tampão (Plug Weld/ Slot Weld): solda executada através de um furo
circular ou alongado num membro de uma junta sobreposta ou T, unindo um
membro a outro. As paredes do furo podem ser ou não paralelas e o furo pode ser
parcial ou totalmente preenchido com metal de solda. Ver figura 1.43.

Figura 1.43: Solda de tampão.

Solda de topo (Butt Weld): solda executada em uma junta de topo. Ver figura 1.31.

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Solda descontínua (Intermittent Weld): solda na qual a continuidade é


interrompida por espaçamento sem solda.

Solda descontínua coincidente: ver definição de solda em cadeia. Ver figura 1.44.

Solda descontínua intercalada: ver definição de solda em escalão. Ver figura 1.45.

Solda em ângulo (Fillet Weld): solda de seção transversal aproximadamente


triangular que une duas superfícies em ângulo, em uma junta sobreposta, junta em
T, junta de quina. Ver figura 1.28

Solda em cadeia (Chain Intermittent Fillet Weld): solda em ângulo composta de


cordões intermitentes (cordões igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal
modo que a um trecho de cordão sempre se opõe a um outro, conforme mostra a
figura 1.44.

Figura 1.44: Solda descontinua coincidente.

Solda em chanfro (Groove Weld): solda executada em um chanfro que se localiza


por entre os componentes a serem soldados.

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Solda em escalão (Estaggered Intermittent Fillet Weld): solda intermitente em


ambos os lados de uma junta, composta de trechos de cordões que se alternam
entre si, de tal modo que, a um trecho do cordão de um lado se opõe uma parte não
soldada do outro lado. Ver figura 1.45.

Figura 1.45: Solda em escalão.

Solda heterogênea: solda cuja composição química da zona fundida, difere


significativamente da do(s) metal (ais) de base, no que se refere aos elementos de
liga.

Solda homogênea: solda cuja composição química da zona fundida é próxima a do


metal de base.

Solda por pontos (Spot Weld): solda executada entre ou sobre componentes
sobrepostos cuja fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície
externa de um dos componentes. A seção transversal da solda no plano da junta é
aproximadamente circular.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Solda provisória (Tack Weld): também conhecida como "Ponteamento", é a solda


destinada a manter membros ou componentes adequadamente ajustados até a
conclusão da soldagem.

Soldabilidade (Weldability): capacidade de um material ser soldado, sob condições


de fabricação obrigatórias a uma estrutura específica adequadamente projetada, e
de apresentar desempenho satisfatório em serviço.

Soldador (Welder): profissional capacitado a executar soldagem manual e/ou semi-


automática.

Soldagem (Welding): processo utilizado para unir materiais por meio de solda.

Soldagem a arco (Arc Welding): grupo de processos de soldagem que produz a


união de metais pelo aquecimento destes por meio de um arco elétrico, com ou sem
a aplicação de pressão e com ou sem uso de metal de adição.

Soldagem automática (Automatic Welding): processo no qual toda a operação é


executada e controlada automaticamente, sem a interveniência do operador.

Soldagem com passe ré (Backstep Sequence): soldagem onde os trechos do


cordão de solda são executados em sentido oposto ao da progressão da soldagem,
de forma que cada trecho termine no início do anterior, formando um único cordão.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Soldagem manual (Manual Welding): processo no qual toda operação é executada


e controlada manualmente.

Soldagem semi-automática (semiautomatic are welding): soldagem a arco com


equipamento que controla somente o avanço do metal de adição. O avanço da
soldagem é controlado manualmente.

Sopro magnético (Magnetic Blow): deflexão de um arco elétrico, de seu percurso


normal, devido a forças magnéticas.

Taxa de deposição (Deposition Rate): peso de material depositado por unidade de


tempo, geralmente dada em kg/h.

Temperatura de interpasse (Interpass Temperature): em soldagem multi-passe,


temperatura (mínima ou máxima como especificado) do metal de solda antes do
passe seguinte ter começado.

Tensão residual (Residual Stress): tensão remanescente numa estrutura ou


membro, estando ele livre de forças externas ou gradientes térmicos.

Tensão térmica (Thermal Stress): tensão no metal resultante de distribuição não


uniforme de temperaturas.

Velocidade de avanço: é a velocidade de deslocamento da poça de fusão durante


a soldagem.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Vareta de solda (Welding Rod): tipo de metal de adição utilizado para soldagem ou
brasagem, o qual não conduz corrente elétrica durante o processo.

Zona Afetada Termicamente (Heat Affected Zone): região do metal de base que
não foi fundida durante a soldagem, mas cujas propriedades mecânicas e
microestrutura foram afetadas devido à geração de calor, imposta pela soldagem,
brasagem ou corte. Ver figura 1.46.

Zona de fusão (Fusion Zone): região do metal de base que sofre fusão durante a
soldagem. Ver figura 1.46.

Zona fundida (Fused Zone): região da junta soldada que sofre fusão durante a
soldagem. Ver figura 1.46.

Zona de ligação (Bond Zone): região da junta soldada que envolve a zona que
sofre fusão durante a soldagem, conforme mostra a figura 1.46.

Figura 1.46: Regiões da junta soldada.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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1.2. Terminologia das descontinuidades


Os termos referentes à terminologia de descontinuidades estão baseados na
norma PETROBRAS N-1738 JULHO/2003 - Descontinuidades em juntas soldadas,
fundidos, forjados e laminados (Terminologia).
Esta norma define os termos empregados na denominação de
descontinuidades de materiais metálicos semi-elaborados, oriundos de processos de
fabricação e/ou montagem, soldagem por fusão, fundição, forjamento e laminação.
Nesta mesma norma é também encontrado um glossário de termos
Português-lnglês e Inglês-Português, sobre descontinuidades.

NOTA: Descontinuidades é a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que


se refere à homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas.
Não é necessariamente um defeito. A descontinuidade só deve ser considerada
defeito, quando, por sua natureza, dimensões ou efeito acumulado, tornar a peça
inaceitável, por não satisfazer os requisitos mínimos da norma aplicável.

1.2.1 Descontinuidades em juntas soldadas

Abertura de arco: imperfeição local na superfície do metal de base resultante da


abertura do arco elétrico veja a figura 1.47.

Figura 1.47: Abertura do Arco.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Ângulo excessivo do reforço: ângulo excessivo entre o plano da superfície do


metal de base e o plano tangente ao reforço de solda, traçado a partir da margem da
solda, conforme a figura 1.48.

Figura 1.48: Ângulo excessivo de reforço.

Cavidade alongada: vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo
da solda, podendo estar localizado:
a) Na solda (Figura 1.49 (a)).
b) Na raiz da solda (Figura 1.49 (b)).

Figura 1.49: Cavidade alongada.

Concavidade: reentrância na raiz da solda pode ser:


a) Central, situada ao longo do centro do cordão (Figura 1.50 (a));
b) Lateral, situada nas laterais do cordão (Figura 1.50 (b)).

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Figura 1.50: Concavidade.

Concavidade excessiva: solda em ângulo com a face excessivamente côncava


(Figura 1.51).

Figura 1.51: Concavidade excessiva.

Convexidade excessiva: solda em ângulo com face excessivamente convexa,


conforme a figura 1.52.

Figura 1.52: Convexidade excessiva

Deformação angular: distorção angular da junta soldada em relação à configuração


de projeto (figura 1.53), exceto para junta soldada de topo (ver embicamento na
figura 1.53).

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Figura 1.53: Deformação angular

Deposição insuficiente: insuficiência de metal na face da solda. Veja a figura 1.54.

Figura 1.54: Deposição insuficiente.

Desalinhamento: junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora


paralelas, apresentam-se desalinhadas, excedendo a configuração de projeto. Veja
a figura 1.55.

Figura 1.55: Desalinhamento.

Embicamento: deformação angular da junta soldada de topo veja a figura 1.56.

Figura 1.56: Embicamento.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Falta de fusão: fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre
passes da zona fundida, podendo estar localizada:
a) Na zona de ligação (Figura 1.57 (a));
b) Entre os passes (Figura 1.57 (b))
c) Na raiz da solda (Figura 1.57 (c) e (d)).

Figura 1.57: Falta de fusão

Falta de penetração: insuficiência de metal na raiz da solda, conforme mostra a


figura 1.58.

Figura 1.58: Falta de penetração

Fissura: ver trinca.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Inclusão de escória: material sólido não metálico retido no metal de solda ou entre
o metal de solda e o metal de base, podendo ser:
a) Alinhada (Figura 1.59 (a) e (b));
b) Isolada (Figura 1.59 (c));
c) Agrupada (Figura 1.59 (d)).

Figura 1.59: Inclusão de escória

Inclusão metálica: metal estranho retido na zona fundida.

Micro-trinca: trinca com dimensões microscópicas.

Mordedura: depressão sob a forma de entalhe, no metal de base acompanhando a


margem da solda, conforme mostra a figura 1.60.

Figura 1.61: Mordedura

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Mordedura na raiz: mordedura localizada na margem da raiz da solda. Ver figura


1.61.

Figura 1.61: Mordedura na raiz

Penetração excessiva: metal da zona fundida em excesso na raiz da solda. Ver


figura 1.62.

Figura 1.62: Penetração excessiva

Perfuração: Furo na solda (ver figura 1.63 (a)) ou penetração excessiva localizada
(ver figura 1.63 (b)), resultante da perfuração do banho de fusão durante a
soldagem.

Figura 1.63: Perfuração

Poro: vazio arredondado, isolado e interno à solda.

Poro superficial: poro que emerge a superfície da solda. Ver figura 1.64.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Figura 1.64: Poro superficial.

Porosidade: conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela


ao eixo longitudinal da solda, conforme mostra a figura 1.65.

Figura 1.65: Porosidade.

Porosidade vermiforme: conjunto de poros alongados ou em forma de espinha de


peixe situados na zona fundida, conforme mostra a figura 1.66.

Figura 1.66: Porosidade vermiforme

A figura 1.67 mostra que podem existir as porosidades agrupada e alinhada.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Figura 1.67: Porosidade.

Rachadura: ver termo preferencial trinca.

Rechupe de cratera: falta de metal resultante da contratação da zona fundida,


localizada na cratera do cordão de solda, conforme mostra a figura 1.68.

Figura 1.68: Rechupe de cratera.

Rechupe interdendrítico: vazio alongado situado entre dendritas da zona fundida,


conforme mostra a figura 1.69.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Figura 1.69: Rechupe interdendrítico.

Reforço excessivo: excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda.


Ver figura 1.70.

Figura 1.70: Reforço excessivo.

Respingos: glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos


à superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada.

Sobreposição: excesso de metal da zona fundida sobreposto ao metal de base na


margem da solda, sem estar ao metal de base veja a figura 1.71.

Figura 1.71: Sobreposição.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Solda em ângulo assimétrica: solda em ângulo, cujas pernas são significativamente


desiguais em desacordo com a configuração de projeto. Ver figura 1.72.

Figura 1.72: Solda em ângulo assimétrica.

Trinca: tipo de descontinuidade planar caracterizada por uma ponta aguda e uma
alta razão comprimento largura.

Trinca de Cratera: trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser:


1. Longitudinal (Figura 1.73 (a));
2. Transversal (Figura 1.73 (b));
3. Em estrela (Figura 1.73 (c)).

Figura 1.73: Trinca de cratera.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Trinca em estrela: trinca irradiante de tamanho inferior à largura de passe de solda.

Trinca Interlamelar: trinca em forma de degraus, situados em planos paralelos à


direção de laminação, localizada no metal de base, próxima à zona fundida. Ver
figura 1.74.

Figura 1.74: Trinca interlamelar.

Trinca Irradiante: conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo


estar localizada.
a) Na zona fundida (Figura 1.75 (a));
b) Na zona afetada termicamente (Figura 1.75 (b));
c) No metal de base (Figura 1.75 (c)).

Figura 1.75: Trinca irradiante.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Trinca Longitudinal: trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo


longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada:
a) Na zona fundida (Figura 1.76 (a));
b) Na zona de ligação (Figura 1.76 (b));
c) Na zona afetada termicamente (Figura 1.76 (c));
d) No metal de base (Figura 1.76 (d)).

Figura 1.76: Trinca longitudinal.

Trinca na Margem: trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente


na zona afetada termicamente, conforme a figura 1.77.

Figura 1.77: Trinca de margem.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Trinca na Raiz: trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada:
a) Na zona fundida (Figura 1.78 (a));
b) Na zona afetada termicamente (Figura 1.78 (b)).

Figura 1.78: Trinca na raiz.

Trinca Ramificada: conjunto de trincas que partem de uma trinca, localizada:


a) Na zona fundida (Figura 1.79 (a));
b) Na zona afetada termicamente (Figura 1.79 (b));
c) No metal de base (Figura 1.79 (c)).

Figura 1.79: Trinca ramificada.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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Trinca sob Cordão: Trinca localizada na zona afetada termicamente não se


estendendo à superfície da peça, conforme mostra a figura 1.80.

Figura 1.80: Trinca sob o cordão.

Trinca Transversal: Trinca com direção aproximadamente perpendicular ao eixo


longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada:
a) Na zona fundida (Figura 1.81 (a));
b) Na zona afetada termicamente (Figura 1.81 (b));
c) No metal de base (Figura 1.81 (c)).

Figura 1.81: Trinca transversal.

Módulo 1: Terminologia da Soldagem.


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