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Módulo 3 Processo SMAW
Módulo 3 Processo SMAW
3.3.1. Transformador
Fornece uma corrente elétrica denominada alternada (CA), neste caso
existe uma mudança periódica de polaridade quando os valores da corrente
ficam próximos de zero, ocorre instabilidade do arco elétrico, sendo aplicada
para alguns tipos de eletrodos e inadequada para a soldagem com certos tipos
de eletrodos revestidos.
3.3.2. Retificador
Fornece uma corrente denominada continua, na qual o fluxo de elétrons
percorre um só sentido do pólo mais quente positivo para o negativo, quando o
cabo do porta eletrodo é ligado no terminal negativo temos uma polaridade
direta ou negativa. Para se aproveitar o maior calor gerado no pólo positivo
ligamos o cabo do porta eletrodo no mesmo obtemos uma ligação conhecida
como polaridade inversa.
3.4.1. Cabos
São usados para conectar o ‘porta eletrodo’ e o grampo à fonte de
energia, conforme a figura 3.6. Eles devem ser flexíveis para permitir fácil
manipulação, fazem parte do circuito de soldagem e consistem de vários fios
de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados,
quando em operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência
por efeito Joule.
E - XX YY
Onde:
E: designa Eletrodo;
XX: designa limite de resistência a tração em Ksi (1000 psi);
Y: Posição de soldagem (1, 2 e 4);
YY: Tipo de revestimento e tipo de corrente.
Observações:
O número 19 é tanto rutílico como ácido;
*Quando o "0" for precedido do número 1, (ex: 10) a corrente é CC+;
** Quando o "0" for precedido do número 2, (ex: 20) a corrente é CC+ ou CC-/CA.
E - XXX(X) – YY
Onde:
E: designa Eletrodo;
XXX(X): refere-se à composição química do metal depositado de acordo
com a Norma AISI. Série 300 – aço inoxidável austenítico, Série 400 – aço
inoxidável martensítico.
(X): pode ser L que significa baixo teor de C – carbono e H que significa
alto teor de carbono (C).
Y: referem-se às posições de soldagem, conforme tabela 3.
YY: referem-se ao tipo de corrente e característica do revestimento,
conforme as tabelas 4 e 5.
EXXX(X)-25: Utiliza corrente do tipo utiliza corrente do tipo CC+. Para posições
plana e horizontal. Eletrodo do tipo sintético, ou seja, os elementos de liga são
provenientes do revestimento e a alma é de aço carbono.
3.5.5.1. Ressecagem.
A ressecagem deve ser feita em fornos adequados. Aplicável para
eletrodos básicos, para eletrodos de altíssimo rendimento, rutílicos, ferro
fundido, inoxidáveis, quando necessário; para celulósicos a ressecagem deve
ser evitada.
Figura 3.18: Esmerilhadeira angular utilizada para limpar as peças antes da soldagem.
Mordedura: corrente elevada, peça muito quente. Ver figuras 3.29 e 3.30.
Causas:
a) Escolha do tipo de corrente/ polaridade errada.
b) Amperagem inadequada.
c) Utilização do eletrodo úmido ou de má qualidade.
d) Manuseio incorreto.
Ação corretiva:
a) Verificar as especificações do eletrodo.
b) Ajustar a amperagem.
c) Ressecar os eletrodos segundo recomendações do fabricante ou trocar por
outros de melhor qualidade.
d) Aprimorar o manuseio do eletrodo.
Causas:
a) Amperagem muito alta.
b) Arco muito longo.
c) Manuseio incorreto do eletrodo.
d) Velocidade de soldagem muito alta.
Ação corretiva:
a) Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de solda.
b) Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em soldagem.
c) Melhorar o manuseio do eletrodo depositando mais nas laterais.
d) Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais devagar.
e) Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético, principalmente próximo
aos extremos da junta. Ou Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
Ou Evitar ou modificar a posição dos objetos facilmente magnetizáveis. Ou
Mudar a fonte de energia p/ corrente alternada (use um transformador).
f) Inclinar o eletrodo no ângulo correto.
g) Trocar o eletrodo.
Causas:
a) Utilização de eletrodos úmidos.
b) Ponta de eletrodo danificado (sem revestimento).
c) Em corrente continua, polaridade invertida.
d) Velocidade de soldagem muito alta.
e) Arco muito longo.
f) Amperagem inadequada.
g) ‘Metal de base’ sujo de óleo, tintas, oxidação ou molhado.
h) Manuseio inadequado do eletrodo na posição vertical ascendente.
i) Irregularidade no fornecimento de energia elétrica.
j) Preparação inadequada da junta.
k) Metal de base impuro ou defeituoso.
Causas:
a) Não remoção da escória do passe anterior.
b) Chanfro irregular.
c) Chanfro muito estreito.
d) Manuseio incorreto do eletrodo.
e) Sobreposição errada dos passes.
f) Amperagem baixa.
g) Velocidade de soldagem muito alta.
Ação corretiva:
a) Remover a escória do passe anterior antes de reiniciar a soldagem.
b) A preparação das bordas deve sempre ser realizada de maneira a obter
paredes lisas sem falhas.
c) Aumentar o ângulo do chanfro.
3.9.5. Respingos
Causas:
a) Amperagem muito elevada.
b) Arco muito longo.
c) Em corrente continua de polaridade invertida.
d) Arco com sopro magnético.
e) ‘Metal de base’ sujo de óleo, tintas, oxidação ou molhado.
f) Utilização de eletrodo úmido de má qualidade.
Ação corretiva:
a) Diminuir a amperagem da máquina.
b) Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em soldagem.
c) Inverter a polaridade na fonte de energia.
d) Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético, principalmente próximo aos
extremos da junta. Ou modificar posição da garra do cabo de retorno. Ou evitar
e modificar a posição dos objetos facilmente magnetizáveis. Ou mudar a fonte
de energia para corrente alternada (usar um transformador). Ou aquecer a peça
quando existe um membro da junta mais espesso que o outro.
e) Limpar o metal de base, eliminando poeiras, óleos, graxas, tintas, oxidação etc.
f) Secar os eletrodos, segundo as recomendações do fabricante. Ou trocar os
eletrodos por outros de melhor qualidade.
Causas:
a) Uso de eletrodo de diâmetro muito grande impedindo suas descida até a raiz.
b) Fresta muito pequena ou mesmo inexistente; fresta irregular.
c) Presença de nariz ou nariz muito grande.
d) Falha no manejo do eletrodo.
e) Ângulo de ataque incorreto, principalmente com eletrodos básicos.
f) Falta de calor na junta.
g) Penetração da escória, entre os dois membros da junta na região da raiz
impede uma fusão completa dos materiais.
h) Alta velocidade de soldagem.
Ação corretiva:
a) Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou eletrodo de revestimento mais fino.
b) Ser caprichoso na preparação da junta a soldar; realizar a montagem
respeitando sempre a fresta mínima em função do chanfro e da posição de
soldagem. Ou procurar tomar a fresta a mais constante possível, através de
um ponteamento adequado.
c) Verificar se é realmente necessário à existência de nariz. Ou procurar tornar
o nariz o mais constante possível, e sempre menor do que o máximo
permitido para o tipo de chanfro e posição de soldagem definidos.
d) Dirigir sempre o arco elétrico de modo a aquecer apropriadamente ambas
as bordas do chanfro. Ou realizar as retornadas/ re-acendimentos de forma
correta. Ou realizar a retomada/re-acendimentos de forma correta.
e) Utilizar o ângulo adequado.
f) Aumentar a amperagem se ela estiver baixa. Ou usar eletrodo de maior
diâmetro, se o material for espesso. Ou diminuir a velocidade de soldagem.
Ou pré-aquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria. Ou soldar em
posição vertical ascendente.
g) Movimentar o eletrodo para impedir que a escória passe da poça de fusão.
h) Diminuir a velocidade de soldagem.
Causas:
a) Amperagem muito alta.
b) Arco muito longo.
c) Manuseio incorreto do eletrodo.
d) Velocidade de soldagem muito alta.
e) Sopro magnético.
Ação corretiva:
a) Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de solda.
b) Encurtar o arco.
c) Melhorar o manuseio do eletrodo.
d) Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais devagar.
e) Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético. Ou modificar a posição
da garra do cabo de retorno. Ou evitar ou modificar a posição dos objetos.
Ou mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar um
transformador).
3.9.8. Trincas
Causas:
a) Soldagem defeituosa, contendo inclusões de escória, falta de penetração,
mordeduras, etc.
b) Cratera final com mau acabamento.
c) Calor excessivo na junta causando excesso de contração e distorção.
d) ‘Metal de base’ sujo de óleo, tintas ou molhado.
e) Trincas devido ao ponteamento fraco
f) Cordão de solda muito pequeno (particularmente passe de raiz ou de filete).
g) Teor de enxofre alto no metal de base.
h) Têmpera da zona termicamente afetada.
i) Fragilização pelo hidrogênio.
Ação corretiva:
a) Soldar corretamente evitando a descontinuidade.
b) Interromper a soldagem de forma adequada, fazendo com que a extinção
do arco ocorra sobre o passe recém executado.
c) Reduzir a corrente ou a tensão ou ambas, aumentar também a velocidade
de soldagem.
d) Limpar ou secar o metal de base.
e) Efetuar o ponteamento com metal de adição adequado, corretamente
dimensionado em tamanho e freqüência. Ou remover as soldas de fixação à
medida que o trabalho for progredindo. Ou nos casos possíveis executar o
ponteamento do lado que não será executada a soldagem. Ou substituir o
ponteamento por outro sistema de fixação (“cachorros”).
f) Reduzir a velocidade de soldagem, o cordão deve ter uma secção
transversal suficientemente robusta para suportar os esforços a que estará
submetido.
g) Utilizar eletrodos com manganês alto. Ou usar arco mais curto para
minimizar a queima do manganês. Ou ajustar o chanfro de modo a permitir
adequada diluição e utilização do eletrodo. Ou alterar a seqüência de
passes de forma a reduzir a restrição da solda no resfriamento. Ou mudar o
material a fim de obter adequada relação % Mn / %S.
h) Fazer pré-aquecimento para retardar o resfriamento. Ou usar eletrodos
ressecados conforme recomendações do fabricante.
i) Remover contaminação (óleos, umidades, etc.). Ou manter a solda a
temperatura elevada por um período longo para permitir a saída do
hidrogênio através da difusão (pós-aquecimento).
j) Preparar os chanfros com dimensões adequadas.
k) Escolher uma seqüência de soldagem que acarrete as menores tensões
possíveis na junta.
l) Controlar a distribuição de calor na peça de trabalho, aquecendo-a ou
resfriando-a em todo ou em partes.