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MÚLTIPLA ESCOLHA
A partir deste, teremos DESAFIOS do tipo múltipla escolha, em que haverá sempre uma
única opção certa ou errada para ser assinalada. Depois de escolher a resposta, leia com atenção os
comentários para que você possa fazer uma boa revisão.
1º DESAFIO
a) Certo. Sobrevir (sobre + vir). O verbo vir e todos seus derivados (advir, convir, avir-se, desavir-se,
intervir, provir, sobrevir) têm a mesma conjugação. Pret. perf. indic.: sobrevim, sobrevieste,
sobreveio, sobreviemos, sobreviestes, sobrevieram .
b) Errado. Prover (fornecer, abastecer, munir). Todos os derivados do verbo ver (antever, entrever,
prever, rever) seguem-lhe a conjugação; no entanto, prover e desprover no pret. perf. e m.-q.-perf.
indic., imperf. subj. e particípio não seguem a conjugação do verbo ver, e sim a de vender. Daí o
pret. perf. indic. de prover: (vendi) provi, (vendeste) proveste, (vendeu) proveu, (vendemos)
provemos, (vendestes) provestes, (venderam) proveram. O certo é “... proveram a Europa de açúcar”.
c) Certo. Desavir-se (discordar) é derivado do verbo vir, daí o pret. perf. indic.: (me) desavim, (te)
desavieste, (se) desaveio, (nos) desaviemos, (vos) desaviestes, (se) desavieram.
d) Certo. Os derivados do verbo pôr (antepor, apor, compor, contrapor, depor, dispor, expor, impor,
propor, repor, supor etc.) têm a mesma conjugação. Imperf. indic.: supunha, supunhas, supunha,
supúnhamos, supúnheis, supunham.
2º DESAFIO
a) Errado. Mediar, remediar, ansiar, incendiar e odiar são verbos irregulares no pres. indic.
(remedeio), no pres. subj. (remedeie) e nos imperativos (remedeia tu..., não remedeies tu...), pois
nesses tempos recebem em seus radicais o acréscimo de e nas formas rizotônicas, daí o pres. indic.:
remedeio, remedeias, remedeia (formas rizotônicas), remediamos, remediais (formas arrizotônicas),
remedeiam (forma rizotônica). – Obs.: forma rizotônica: vogal tônica no radical (remede/io);
arrizotônica: vogal tônica fora do radical (remed/iamos). Portanto, a forma correta é “Subscrições
populares remedeiam a carência...”.
b) Errado. Os verbos terminados em ear (frear, passear, pentear, chatear, etc.) recebem acréscimo de i
em seus radicais apenas no pres. indic. (freio, freias, freia, freamos, freais, freiam), no pres. subj.
(freie, freies, freie, freemos, freeis, freiem) e, consequentemente, imperativos (freia tu..., não freies
tu...). Daí o pret. perf. indic. sem "i" no radical: freei, freaste, freou, freamos, freastes, frearam.
Então, a forma correta é "Quando um ônibus freou bruscamente...".
c) Errado. O verbo mobiliar, excepcionalmente, tem o acento tônico na sílaba bi nas formas rizotônicas
do pres. indic. (mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam), e do pres. subj.
(mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobíliem). Portanto, o certo é "Mobílie seu
apartamento...".
d) Certo. Intervir e todos os derivados do verbo vir (advir, convir, avir-se, desavir-se, provir, sobrevir,
etc) têm a mesma conjugação. Daí, o pret. perf. indic.: intervim, intervieste, interveio, interviemos,
interviestes, intervieram. Portanto, está correto: "Grande altercação. Intervim, intervieram os
vizinhos...".
3º DESAFIO
a) Certo. Com apaniguar, averiguar, apaziguar e obliquar, o u é a vogal tônica nas formas rizotônicas
do pres. indic.: (apaniguo, apaniguas, apanigua, apaniguamos, apaniguais, apaniguam) e do pres.
subj.: (apanigúe, apanigúes, apanigúe, apanigüemos, apanigüeis, apanigúem).
b) Certo. Aguar, desaguar, enxaguar e minguar não têm o u como vogal tônica e, sim, a vogal
anterior, nas formas rizotônicas do pres. indic. (águo, águas, água, aguamos, aguais, águam) e do
pres. subj. (ágüe, ágües, ágüe, agüemos, agüeis, ágüem).
c) Certo. O verbo requerer só não é conjugado igual ao verbo querer na 1ª pes. sing. do pres. indic.
(requeiro), no pret. perf. indic. e tempos derivados (rever o 5ọ exercício). Portanto, o pres. subj. é
requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
d) Errado. Como já se comentou no item anterior, o verbo requerer no pret. perf. indic. e tempos
derivados é conjugado como verbo regular, isto é, segue a conjugação de vender. Portanto, pret. perf.
indic.: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram; pret. m.–q.–perf. indic.:
requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, requereram; fut. subj.: requerer,
requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem; imperf. subj.: requeresse, requeresses,
requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem. Assim, a forma correta é "Os imigrantes
teriam tantas sesmarias quantas requeressem e pudessem cultivá-las".
4º DESAFIO
a) Errado. Frigir é verbo irregular: troca o i por e nas formas rizotônicas do pres. do indic.: frijo (g por
j), freges, frege, frigimos, frigis, fregem; e do pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam. –
Obs.: O pres. subj. é todo grafado com j, haja vista derivar-se da 1ª pes. sing. do pres. indic. (ver 4ọ
exercício, letra a). Portanto, o correto é "Á noite, ela frege um ovo...”.
b) Certo. Repelir é verbo irregular: troca o e por i na 1ª pes. sing. do pres. indic.(repilo, repeles, repele,
repelimos, repelis, repelem) e em todo o pres. subj. (repila, repilas, repila, repilamos, repilais,
repilam).Tal qual repelir, conjugam-se aderir, a aferir, auferir, competir, consentir, convergir, ferir,
deferir, desferir, diferir, discernir, divergir, expelir, gerir, impelir, inferir, inserir, investir, mentir,
perseguir, preferir, preterir, refletir, repetir, revestir, sugerir, etc. – Obs.: Esses verbos não são
defectivos.
c) Errado. Cerzir é verbo irregular: troca o "e" por "i" nas formas rizotônicas do pres. indic. (cirzo,
cirzes, cirze, cerzimos, cerzis, cirzem) e em todo o pres. subj. (cirza, cirzas, cirza, cirzamos, cirzais,
cirzam). – Obs.: Tal qual cerzir conjugam-se agredir, regredir, progredir, transgredir, prevenir e
denegrir. Portanto, o certo é "Nos dias de hoje, não mais se cirzem roupas e meias".
d) Errado. Polir é irregular: troca o "o" por "u" nas formas rizotônicas do pres. indic. (pulo,
pules, pule, polimos, polis, pulem) em todo o pres. subj. (pula, pulas, pula, pulamos, pulais,
pulam). – Obs.: Tal qual polir conjugam-se despolir e sortir.
5º DESAFIO
a) Errado. Precaver (-se) e reaver são verbos defectivos, no pres. indic. (só têm as formas
arrizotônicas): precavemos, precaveis / reavemos, reaveis. Em conseqüência, não há pres. subj. nem
imper. negativo. As pessoas inexistentes devem ser supridas por verbos sinônimos ou, então, por
locuções. Exemplo: Em lugar de “precavenho-me”(forma inexistente), usa-se previno-me ou fico
precavido...– Obs.: Nos demais tempos, precacer conjuga-se como vender e reaver, como vender.
Portanto, há erro sintático haja vista a defectividade do verbo.
b) Errado. Explodir é verbo defectivo, só pode ser conjugado nas formas em que aparecerem e ou i
depois do radical: explode, explodiu, explodem, explodirá, etc. – Obs.: Tal qual explodir
conjugam-se abolir, aturdir, banir, brandir, carpir, colorir, demolir, delinqüir, esculpir, extorquir,
feder, fulgir, impingir, puir, ruir, retorquir, soer... Portanto, a forma “exploda” não existe.
c) Certo. Florir é verbo defectivo que só pode ser conjugado nas formas em que aparecer i depois do
radical: floriu, florirá, floriram, floria, etc. – Obs.: Tal qual florir conjugam-se adir, foragir,
empedernir, esbaforir, falir, transir, remir, ressarcir... Portanto, seria correta a substituição " ...o
sorriso que os floria".
d) Errado. 1ọ) Porque vigorar e viger são sinônimos; 2ọ) porque o verbo viger (verbo defectivo) só não
admite, a rigor, a ou o depois do radical. Portanto, é correto: “... das horas de trabalho como a que
vige na indústria".
6º DESAFIO
a) Certo. 1ọ) Porque quando o sujeito pratica a ação (sujeito agente) tem-se a voz ativa. 2ọ) Porque a
passagem para a voz passiva analítica é feita da seguinte forma: Voz ativa: As gaivotas (sujeito)
faziam (v.t.d.) grandes giros (obj. direto) no ar. Voz passiva analítica: Grandes giros (sujeito) eram
feitos (ser + particípio) pelas gaivotas (ag. da passiva) no ar. – Obs.: O verbo ser fica na mesma
flexão do verbo da voz ativa (pret. imperf. indic.).
b) Certo. A voz passiva das locuções verbais é feita com a inserção do verbo ser na forma nominal
correspondente à do verbo principal da locução (v. aux. + v. ser + particípio). Portanto, "A cantina ia
sendo invadida pela soldadesca indisciplinada ...”
e) Errado. A passagem da voz passiva analítica para a voz ativa é feita assim: o ag. da passiva volta a ser
sujeito; o sujeito, a obj. direto; retira-se o verbo ser; flexiona-se o verbo que está no participo no
tempo em que estiva o verbo ser. Portanto, o correto é “Saudades roxas e perpétuas cobriram o
singelo túmulo”.
d) Errado. Trata-se, realmente, da voz passiva sintética (ou pronominal), construída com o pronome se
(partícula apassivadora); entretanto, "A anistia foi oferecida; mas, jamais, o perdão" não é voz ativa e,
sim, a voz passiva analítica (ser+ particípio). A passagem para a voz ativa é feita com a retirada do
se e a flexão do verbo na 3ª pes. pl. (indeterminação do sujeito). A voz ativa correta é "Ofereceram
a anistia; mas, jamais, o perdão".