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ROTEIRO EXPERIMENTAL PARA ANÁLISE DE CÁLCIO E MAGNÉSIO EM ÁGUA

1) Materiais e reagentes

Materiais Reagentes
Balança analítica Espátula x5 Água destilada
Balão volumétrico de 100 mL Funil de vidro Carbonato de cálcio
Balão volumétrico de 1000 mL Garras x2 Cianeto de sódio (inibidor I)
Balão volumétrico de 250 mL Peagâmetro Cloreto de amônio
Bastão de vidro Pinça de metal EDTA
Béquer de 25 mL x4 Pipeta Pasteur x2 HCl concentrado
Béquer de 50 mL Pipeta volumétrica de 2 mL Hidróxido de amônio
Bico de Bunsen Pipeta volumétrica de 25 mL x2 Hidróxido de sódio
Bomba de vácuo Pipeta volumétrica de 5 mL x2 MgCl ou MgSO4
Bureta de 50 mL Proveta de 25 mL e de 100 mL Negro de Eriocromo T
Dissecador Suporte universal Sulfeto de sódio (inibidor II)
Erlenmeyer de 125 mL x6 Tela de amianto Vermelho de metila
Erlenmeyer de 250 mL x12 Tripé

2) Procedimento experimental
a. Preparação
i. Secagem dos cadinhos
 Identificar e secar três cadinhos de 25 mL em um forno a 110 °C, até obter um peso constante
(±0,0001g) entre pesagens (30 min entre pesagens, antes de pesar esfriar no dessecador).
 Esperar 2 horas até a primeira pesagem.

ii. Secagem dos reagentes sólidos

 Nos cadinhos secos pesar cerca de 0,1 g de carbonato de cálcio e 3,8 g de EDTA e secar os cadinhos
em um forno a 110 °C, até obter um peso constante (±0,0001g) entre pesagens (30 min entre
pesagens, antes de pesar esfriar no dessecador).
 Esperar 2 horas até a primeira pesagem.

b. Parte 1 – Soluções
iii. Padrão primário de Carbonato de cálcio
 Em um béquer de 50 mL preparar 10 mL de uma solução de HCl 1:1, adicionando-se 5 mL de água e
5 mL de HCl concentrado, NECESSÁRIAMENTE NESTA ORDEM!
 Transfira o carbonato de cálcio do cadinho para um erlenmeyer de 125 mL, adicionando, aos poucos,
a solução de HCl 1:1 até que todo o carbonato de cálcio seja solubilizado.
 Adicionar 20 mL de água destilada e ferver o conteúdo do erlenmeyer por 10 minutos.
 Resfriar o erlenmeyer até a temperatura ambiente, adicionar 3 gotas de vermelho de metila e
ajustar a coloração da solução para laranja, adicionando-se hidróxido de amônio HCl, conforme
necessário.

 Transferir o conteúdo para


um balão volumétrico de 100 mL,
completando o seu volume com
água destilada.
iv. Solução padrão de EDTA
 Transfira o EDTA do cadinho para um balão volumétrico de 1L e complete o volume com água
destilada.
 Padronizar contra uma solução-padrão de Carbonato de Cálcio, usando negro de Eriocromo T como
indicador.
 Fazer a padronização em triplicata.
v. Solução tampão de pH 10
 Dissolver 1,179 gramas do sal sódico do EDTA e 780 mg do MgSO4 .7H2O ou 44 mg do MgCl2.6H2O
em 50 ml de água destilada.
 Pesar 16,9 gramas de Cloreto de Amônio (NH4Cl) e dissolver em 143 ml de Hidróxido de Amônia
concentrado (NH4OH).
 Transferir ambas as soluções para um balão volumétrico de 250 mL, completar o volume com água
destilada e transferir o conteúdo para um frasco âmbar, que deverá ser estocado na geladeira.

b. Parte 2 – Dureza total


 Transferir 25 ml da
amostra para um
erlenmeyer de 250
mL e adicionar 25 mL
de água destilada.
 Adicionar 2 mL de
solução tampão pH
10 e homogeneizar o
sistema.
 Adicionar 0,25 g de
Cianeto de Sódio à
amostra. FAZER ISTO
SOMENTE APÓS A ADIÇÃO DO TAMPÃO! EM MEIO ÁCIDO É FORMADO O CIANETO DE
HIDROGÊNIO, EXTEMAMENTE VOLÁTIL E TÓXICO. UTILIZE A CAPELA!
 Adicionar 5 gotas de negro de Eriocromo T e titular a amostra com EDTA até o desaparecimento da
cor púrpura avermelhada e o aparecimento da cor azul, que indica o final da titulação.
 Fazer um branco com água destilada.
 Fazer todas as titulações em triplicata.

c. Parte 3 – Dureza em relação ao cálcio


 Pesar 4 g de
hidróxido de sódio e
solubilizar em uma
pequena quantidade
de água em um
béquer de 25 mL.
 Transferir 25 ml da
amostra para um
erlenmeyer de 250
mL e adicionar 25 mL
de água destilada.
 Montar e calibrar o
peagâmetro. Adicionar, gota a gota, a solução de hidróxido de sódio no erlenmeyer contendo a
amostra, até o pH 12.
 Adicionar 0,25 g de Cianeto de Sódio à amostra. FAZER ISTO SOMENTE APÓS A ADIÇÃO DO
HIDRÓXIDO DE SÓDIO! EM MEIO ÁCIDO É FORMADO O CIANETO DE HIDROGÊNIO, EXTEMAMENTE
VOLÁTIL E TÓXICO. UTILIZE A CAPELA!
 Adicionar 5 gotas de negro de Eriocromo T e titular a amostra com EDTA até o desaparecimento da
cor púrpura avermelhada e o aparecimento da cor azul, que indica o final da titulação.
 Fazer um branco com água destilada.
 Fazer todas as titulações em triplicata.
3) Cálculos
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝑚𝐿) 𝑥 1000 𝑥 𝐶𝐸𝐷𝑇𝐴(𝑚𝑜𝑙⁄𝐿)
 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 ⁄𝐿 = , onde o volume de EDTA é o
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝑚𝐿)
volume gasto na parte 2.
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝑚𝐿) 𝑥 1000 𝑥 𝐶𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝑚𝑜𝑙⁄𝐿)
 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 ⁄𝐿 = , onde o volume de
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝑚𝐿)
EDTA é o volume gasto na parte 3.
 𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ ⁄𝐿 = 0,4 𝑥 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜
 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑠𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 ⁄𝐿 = 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜
 𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑠𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑀𝑔2+ ⁄𝐿 = 0,243 𝑥 𝐷𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑠𝑖𝑜

4) Notas
i. A ausência de um ponto de viragem definido, geralmente, indica a necessidade de adição de um
inibidor ou que o indicador está deteriorado.
ii. Não leve mais do que 5 minutos para a titulação, medido após a adição da solução tampão.
iii. Caso a dureza da água seja muito baixa, use amostra maior, 50 a 250 ml adicionando
proporcionalmente maior quantidade de solução tampão, do inibidor e indicador.
iv. Se precisar usar o inibidor adicionar 20 gotas do inibidor II (Sulfeto de sódio).

5) Anotações experimentais

Pesagens
Padronização Tampão
EDTA CaCO3 EDTA Mg NH4Cl
limpo - - -
cheio

Cálcio
Padronização Parte 1 [EDTA] = Parte 2 [EDTA] = pH=
# V mL (EDTA) V mL (CaCO3) # V Amostra (mL) # V Branco (mL) # V Amostra (mL) # V Branco (mL)
0 10,5 10 0 0 0 0
1 10,4 10 1 1 1 1
2 10,6 10 2 2 2 2
3 10,55 10 3 3 3 3

6) Referências
i. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 1ª ed. Brasília: Fundação
Nacional de Saúde, 2004.
ii. INDIA. Central Soil and Materials Research Station. Standard Analytical Procedures for Water
Analysis. New Delhi, 1999.
iii. CHAURASIA, S. e GUPTA, A. D. Hand Book of Water, Air and Soil Analysis. International E -
Publication, Indore, 2014.
iv. Standard Methods for the Examination of water and wastewater, APHA, AWWA and WEF, 21 st
Edition, 2005.
v. Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 4ª ed. Brasília: Fundação
Nacional de Saúde, 2013.
vi. Food safety and standards authority of India. Manual of methods of analysis of foods. Government
of India. New Delhi, 2016.

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