Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SIMBOLISMO
por Anyankan
...“ O símbolo expressa ou cristaliza alguns aspectos ou dirige a experiência da vida e da verdade, e assim
leva para além de si mesmo”
J.C.Cooper, Traditional Symbols (Símbolos Tradicionais)
SIMBOLISMO PESSOAL
Uma vez que o subconsciente opera através de símbolos, é importante nutrir e trabalhar a habilidade de
decifrai-los. Nas palavras de Scott Cunningham: “Ninguém além de você sabe – realmente – o que os símbolos
querem dizer para você. São muito pessoais, resgatados da sua mente subconsciente, e as interpretações de outras
pessoas podem ser completamente equivocadas.”
No entanto, uma rápida olhadela ao simbolismo tradicional pode ser bom para entender como o mecanismo
simbólico funciona, e como o código pode ser desvendado ao usarmos a ferramenta da mente, o pensamento.
Ao acender um fogo, espere as chamas se consumirem e contemple as brasas, você poderá ver imagens
nelas. Estas imagens são símbolos. Para descobrir o seu significado, você pode recorrer a livros sobre simbolismo,
mas esse seria o caminho menos confiável a seguir.
Procure olhar melhor o próprio símbolo. O que vem de imediato à sua mente? Estes pensamentos ligados a
imagem pode ser chamados de associações. Procure ligar essas associações com o que você tenha por ventura
perguntado. Analise apenas as qualidades (boas ou ruins) do símbolo que se relacionam à sua questão. Assim, logo
terá sua resposta.
Caso não tenha levantado perguntas, determine um possível evento futuro do mesmo modo, aplicando as
associações dos símbolos à sua vida. A resposta seguirá.
Embora este processo seja as vezes difícil, requerendo muito treino e tempo, é um dos componentes básicos
para atos divinatórios; uma vez de posse dos símbolos pessoais, você pode interpretá-los. “Os segredos dos
símbolos se revela àqueles que trabalham com eles por meio de suas mentes.”
SIMBOLISMO MÁGICO
As modernas vertentes do culto à Deusa, notadamente a Wicca, são recheadas de simbolismo mágico, nesta
parte do estudo cabe o aprofundamento do significado universal dos símbolos mais conhecidos.
PENTAGRAMA:
O Pentagrama, hoje, é tido como o símbolo oficial da Wicca e da bruxaria moderna, praticamente todo
membro destas religiões carregam um no pescoço.
Este símbolo vem gerando muita por sua utilização entre satanistas, que o utilizam invertido, ou seja, com
duas pontas viradas para cima e uma para baixo.
Os pagãos modernos utilizam o pentagrama de pé, com uma ponta para cima. É o símbolo que representa
os quatro elementos físicos unidos ao quinto elemento, a alma. Outra simbologia para ele é a de representar a
posição de saudação a Deusa, onde a pessoa fica de pé, com as penar afastadas, braços erguidos e abertos.
O pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a
união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 2, que significa o
principio masculino, e o 3, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino.
Sua origem se perdeu na noite dos tempos, sabe-se que era usado na Mesopotâmia em cerca de 3500 a.C. e
foi sendo integrado ao paganismo através da cultura judaica. Na Grécia era conhecido como Pentalpha por ser
composto por cinco letras “A”. Pitágoras e seus discípulos o chamaram de emblema da perfeição. Para os
agnósticos, o pentagrama era a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos
mistérios do céu noturno.
Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação
simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à deusa
Morrigan. Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos
medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama;
pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
Durante a purgação das bruxas, o deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um
conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao
mal e chamado "Pé da Bruxa".
Na Europa renascentista, o pentagrama, significava o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que
aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma
de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois
eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da
Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha
sendo ensinado nas filosofias orientais.
Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e consequentemente
da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e
fogo - o espírito representado pela quinta essência.
Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais
pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da Deusa mais
os dois aspectos do Deus, nascendo, então, a nova religião Wicca.
O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica, é conhecido com a figura do homem que domina o
espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos. Na Europa Medieval era conhecido como "Pé de Druida"
e como "Pé de Feiticeiro", em outras épocas ficou conhecido como "Cruz dos Goblins". O Pentagrama representa o
próprio corpo, os 4 membros e a cabeça. É a representação primordial dos 5 sentidos tanto interiores como
exteriores.
Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:
NASCIMENTO: o início de tudo
INFÂNCIA: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases
MATURIDADE: fase da comunhão com as outras pessoas
VELHICE: fase de reflexão, momento de maior sabedoria
MORTE: tempo do término para um novo início.
É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que é a estilização de uma
estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:
PONTA 1- ESPÍRITO: representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam
na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são
as outras 4 pontas.
PONTA 2- TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta
que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.
PONTA 3- AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do
saber, a força da comunicação e da criatividade.
PONTA 4- FOGO: representa a energia, à vontade e o poder das Salamandras. Corresponde a mudança, as
transformações. É à força da ativação e da agilidade.
PONTA 5- ÁGUA: representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao
entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade.
Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de
“domínio” e poder sobre os mesmos.
TRISKLE:
...“A mente Celta possuía um maravilhoso respeito pelo mistério do círculo e da espiral”.
John O’Donohue – Anam Cara
Um outro símbolo muito associado à Religião da Deusa é o Triskle, ou triskele, ou ainda triskelion. Trata-se
de uma espécie de estrela de três pontas recurvadas em formas de espirais, que confere ao símbolo uma graciosa
fluidez de movimento.
Este símbolo tem origem nas artes Celtas e também são atribuídos aos povos mesolíticos e neolíticos. Os
Celtas tinham o número 3 como sagrado. A primitiva divisão do ano em três estações (primavera, verão e inverno)
pode ter surtido efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com o qual o ciclo das estações era associado.
O triskle, com suas três pontas está associado ao fluxo das estações, representando a própria Deusa Terra.
Suas pontas são estabelecidas conexão com as três faces da Deusa bem como as fases da lua e a nossa natureza
tríplice (corpo mente e alma).
A importância do número três é novamente atestada no parágrafo abaixo, de Proinsias MacCana (The
Celts – The Insular Celts):
... “A iconografia continental (...) atribui grande ênfase ao simbolismo da tríade, o conceito da
triplicidade, e o conteúdo mítico-literal ausente no continente é amplamente fornecido pela infindável variação
desse tema na literatura irlandesa e galesa”.
O triskele ou tryfot, segundo Tagdh MacCrossan, é um antigo símbolo indo-europeu utilizado também por
germânicos e gregos.
AS TRÊS LUAS:
Símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do
crescimento abundante e dos poderes secretos da natureza. É utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades
lunares nos Esbats, nas celebrações dos Sabbats e nos rituais de cura.
O símbolo da Deusa significa o aspecto feminino do Espírito, os mistérios femininos e a cura do divino. Na
Wicca é utilizado para estabelecer ligações com o aspecto feminino divino e usam a imagem para demonstrar a sua
fé na Senhora.
Este símbolo representa os três aspectos da Deusa ligados as fases da lua:
CRESCENTE: A Jovem Caçadora, aspecto Virginal;
CHEIA: A Deusa – Mãe, aspecto Maternal;
MINGUANTE: A Anciã, aspecto da Sábia.
TRIÂNGULO:
É um símbolo de manifestação finita na magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar os espíritos
quando o selo ou sinal do ser a ser invocada está no centro do triângulo.
O triângulo é equivalente ao número três - número mágico poderoso - e é um símbolo sagrado da Deusa
Tripla: Virgem Mãe e Anciã. Invertido simboliza o princípio masculino.
TRIDENTE:
É um símbolo de 3 falos, ostentado por qualquer deidade masculina cuja função é unir-se sexualmente à
Deusa Tripla.
SUÁSTICA:
É um antigo símbolo religioso formado pela cruz grega com braços em ângulos retos. Antes de ter
sido adotada pelo nazismo, a suástica era um símbolo sagrado de boa sorte e de saúde na Europa pré-cristã e em
muitas outras culturas pagãs em todo mundo, incluindo as orientais, egípcias e tribais das América.
(acima a Suástica nazista)
A palavra suástica origina-se do sânscrito (svastika) que significa "um sinal de boa sorte". Existem milhares
de símbolos da suástica pelo mundo e o mais antigo de todos data do ano 12.000 a.C.
HEXAGRAMA:
É um antigo e poderoso símbolo mágico. Este símbolo consiste em um hexagrama de dois triângulos
entrelaçados (um voltado para cima e outro para baixo).
É também conhecido como Selo de Salomão e simboliza a alma humana, sendo utilizados por bruxos e
magos cerimoniais para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes
psíquicos. Representa a interação entre o indivíduo mortal e o Divino.
CÍRCULO:
Imagem altamente potente que não possui princípio e nem fim, é usado por muitos bruxos e neopagãos
como símbolo sagrado de "ioni", da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação
constante.
OLHO DE HÓRUS:
O Olho de Hórus (Wedjat) é um poderoso símbolo do antigo Egito usado para atrair saúde, prosperidade e
sabedoria. Representa o olho divino do deus Hórus, perdido na batalha travada contra o deus Seth em busca de
vingança pelo assassinato de seu pai Osíris, e as energias solar e lunar.
Freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro
Olho. Significa também a onipotência, onipresença, proteção divina, guardião dos segredos divinos, a visão do que
há por trás do véu, entre outras coisas.
ANKH:
É um antigo símbolo egípcio que nos lembra uma cruz encimada por um laço. O Ankh simboliza a vida, o
conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Devemos lembrar que o Deus e a Deusa do maior do
antigo panteão egípcio são representados portando sempre este símbolo. Quem a segura, tem o direito de tirar e dar
a vida.
O Ankh também é conhecido por vários bruxos como "Cruz Ansata". Hoje em dia o Ankh é usado por
vários bruxos contemporâneos para encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação.
LEMNISCATE:
Lemniscate, ou "oito deitado" representa o infinito, eternidade, e potencial divino. Este símbolo foi criado
pelo matemático Inglês John Wallis (1616-1703) para representar a "aritmética Infinitorum".
SEPTOGRAMA:
Septograma ou Estrela de sete pontas é o símbolo da síntese, e do poder místico. O número 7 é um número
integrador, o qual representa a ordem hierárquica do pensamento místico clássico: Há sete esferas planetárias
regidas pelos sete planetas da astrologia clássica, sete cores do Arco-íris, sete dias da semana e sete notas musicais
distintas em uma escala diatônica.
OM:
Símbolo hindu do "Deus Maior" representa conhecimento espiritual. Muitas tradições utilizam este símbolo
para meditação. Além de símbolo é um poderoso mantra.
YIN-YANG:
É um símbolo que representa a interação entre as duas energias que juntas são o fundamento da
"totalidade". Onde Yin contém Yang e Yang está contido em Yin.
Nesta figura, predominantemente curva, vemos o positivo, Yin, branco, em perfeito equilíbrio com o
negativo, Yang, preto. Ou seja, ambos necessitem um do outro para existir. Mais do que isso, o círculo branco na
metade preta indica que mesmo no negativo há positivo, e o círculo preto na metade branca indica que, mesmo no
positivo, existe o negativo. Não há noção de bem se não se conhece o mal. Portanto o bem e o mal, apesar de
antagônicos, andam de mãos dadas.
ESPIRAIS SAGRADAS:
A espiral sagrada, símbolo muito antigo, representa a dança de energia divina no interior do mundo do
Bruxo. Desenhada no sentido dos ponteiros do relógio, ela propicia a vinda das coisas até nós; desenhada no
sentido inverso, a espiral sagrada afasta de nós as energias negativas. Ela representa igualmente o velho caminho
interior, pois que, se não nos conhecermos a nós próprios, jamais conseguiremos conhecer o que existe para além
de nós. Nos rituais, os bruxos desempenham, freqüentemente, a dança da espiral, como forma de afirmar a nossa
crença na continuação da vida através do padrão da espiral dupla.
A cruz de braços iguais representa um outro símbolo poderoso da magia. A cruz representa muitos ideais –
as quatro estações, as quatros direções, os quatro elementos, os quatro ventos, os quatro quartos do círculo mágico,
etc. Desenhada no ar ou sobre um papel, de cima para baixo e da direita para esquerda, com a mão direita,
simboliza as energias de cura. Desenhada de cima para baixo e da esqueda para a direita, com a mão esquerda
simboliza a expulsão das energias negativas. Um bruxo utilizará a cruz de braços iguais para “selar” um trabalho de
magia, para que as energias negativas não possam inverter os esforços positivos do bruxo.
BIBLIOGRAFIA: