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Plantas Ornamentais – AF038

Craveiro
Dianthus caryophyllus

Jefferson Adriano Leite;


Leandro Zambon.

Fonte: Google imagens


O significado dos Cravos
Cravo representa, na maioria das culturas
mundiais, a boa sorte, ou seja, o dom de atrair
bênçãos e vitórias, é cultivada a mais de 2000
anos, e até hoje é usado como símbolo em
bandeiras e festivais de muitos países,
principalmente europeus. Já teve seu nome
relacionado a uma revolta histórica, a Revolução
dos Cravos, em Portugal na década de 70.
A Planta

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Características gerais
 Conhecido pelos nomes populares de cravo ou
craveiro;
 Planta herbácea, perene ou anual, com porte de
60-90 cm de altura, caule reto com várias
ramificações e folhagem ornamental com
tonalidade verde-azulada;
 As flores são grandes e simples nas espécies
silvestres e dobradas nas variedades cultivadas,
variando entre as cores vermelha, branca,
amarela e rosa. Apresenta flores hermafroditas,
polinizadas normalmente por lepidópteras.
Características gerais
 Seu florescimento ocorre geralmente entre os
meses de julho a agosto e suas sementes
amadurecem entre agosto e setembro;
 Planta não tolerante a sombras;
 Suas pétalas podem ser utilizadas para
aromatizar frutas e saladas;
 É tradicionalmente utilizada na medicina
europeia para o tratamento de doenças
coronárias e nervosas; já foi utilizada no
tratamento de vermes na China;
 É utilizada na indústria farmacêutica e na
indústria de cosméticos.
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Classificação científica

Fonte: Trevisan, 2012


Classificação científica
 A família Caryophyllaceae apresenta 80 gêneros e
2000 espécies, que podem ser anuais ou perenes,
sendo que a maioria ocorre no hemisfério norte;
 Mais de 300 espécies de Dianthus já foram
identificadas (Galbally & Galbally, 1997; Jurgens et.
al 2003);
 Dentre as várias espécies existem 3 tipos de cravos
mais plantados, que são os: cravos anuais, cravos de
fronteira e cravos de floração perpétua;
 A maioria das cultivares estão disponíveis na
Australia e na Europa e são diplóides.
Origem e cultivo

O centr0 de origem das espécies do gênero


Dianthus variam entre o Mediterrâneo Europeu,
até o sul da Rússia e Ásia.

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Origem e cultivo
Domesticação e uso
 O gênero Dianthus apresenta várias espécies, que
são cultivadas a centenas de anos para fins
ornamentais (Ingwerson, 1949);
 São utilizados para ornamentação (decoração,
jardins e funerais), e para a indústria de corte. Essas
são selecionadas por tamanho de flor, número de
pétalas, comprimento de caule e resistência á
doenças;
 Extensivamente produzido na França durante o
século XIX e popularmente consumida na Europa,
com o seu banco de germoplasma transferido para
os EUA o mercado de flores de corte se tornou muito
popular;
Melhoramento genético
 Ocorre desde o século: XVI, mas foi Wiliam Sim,
que obteve a cultivar Wiliam Sim em 1938, que foi a
base da cultura do craveiro moderno;
 Vem gerando produtos de melhor qualidade, com
maior produtividade, rápido florescimento,
rendimento bem distribuído e novas variedades de
cravos, com isso aumentando a diversidade e
sustentando a demanda do mercado.
 Hibridação, auto-polinização e seleção;
 Os Híbridos apresentam boas características
genéticas;
 D. caryophillus x D. capitatus  híbrido
interespecífico  resistência á Pseudomonas
caryophyll, porém reduziu a qualidade da flor
(Onozaki et. al 1998).
Melhoramento genético
 Os Cravos genéticamente modificados buscam
aumentar a sua vida quando cultivados em
vasos ou jardim;
 Produzir flores violetas, malvas ou roxas, além
de apresentarem resistência á patógenos;
 Os primeiros OGM’s foram lançados
comercialmente na Europa;

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Características climáticas
 A flor do Craveiro, devido ao seu centro de
origem ser na região do mediterrâneo na Europa
e na Ásia, apresentam melhor adaptação em
localidades que apresentem climas amenos e
frios, que favorecem o seu desenvolvimento e
crescimento;
 Tolera temperaturas de até -10ºC a 40ºC;
 Planta de dia Neutro, mas exigente em
luminosidade;
 Umidade relativa ótima entre: 60-70%;
 Planta de clima subtropical e temperado.
Solos
 Prefere solos férteis, ricos em matéria orgânica,
podendo ser: arenosos, médios ou argilosos, mas
devem ser bem drenados;

 Podem se desenvolver em solos alcalinos e


salinos, tolerando uma faixa de pH entre 6 a 8;

 Não tolera solos ácidos;


Adubação e Absorção de nutrientes

Fonte: Fernandes, P, D et al. 1971


Adubação e Absorção de nutrientes

Fonte: Fernandes, P, D et al. 1971


Adubação e Absorção de nutrientes

Fonte: Fernandes, P, D et al. 1971


Adubação e Absorção de nutrientes

 A aplicação deve ser fracionada, com início após


1 mês da implantação.
Fonte: Fernandes, P, D et al. 1971
Propagação

Existem variedades de cravos adequadas para a


propagação via sexuada, através de sementes, e
variedades adequadas para a propagação
assexuada, através de estaquia.

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Propagação
 Estaquia caulinar, pode ser utilizada no cultivo
comercial, devem apresentar as seguintes
características:
 10-15 cm de comprimento;
 4-5 pares de folhas visíveis;
 Podem ser armazenadas por 30 dias em câmaras
frias;
 As estacas demoram cerca de 4 semanas para um
bom enraizamento, e transplantio.
Propagação
 A semeadura, é a forma de propagação mais
realizada no Brasil, e deve ser feita de Maio a
Julho. Em regiões quentes nos meses do outono.
 Cobertura das sementes com fina camada de
terra, e realizar irrigação.
 14 dias para a germinação, com temperaturas
entre 15-20ºC.
 Após o enraizamento e presença de 2-3 folhas
realizar o transplantio em espaçamento de
40X40 cm.
 Início da floração, após 30 ou 40 dias.
Tutoramento
Prática realizada em cultivares mais altas a fim de
evitar o acamamento (apodrecimento da plântula
na região do colo provocado pelo ataque de fungos
de solo) e prolongar o florescimento.

Fonte: Fernandes, P, D et al. 1971


Tutoramento

Fonte: Google imagens


Pragas
 Tripes, é a principal praga da cultura, causada
por: Frankliniella occidentalis. Causando
manchas brancas nas pétalas.
 Afídeos (Pulgões), raramente encontrados em
cultivos comerciais, pois geralmente é
controlado quimicamente junto com o Tripes.
 Ácaros, sendo que as variedades que
apresentam flores amarelas, são mais suscetíveis
ao ataque.
 Outras pragas: Helicoverpa, formigas, mosca
branca e lesmas.
Doenças
 Doenças de raízes:
 Rizoctonia, causa por: Rhizoctonia solani.
 Fusariose vascular, causada por: Fusarium
oxysponum.

 Doenças de caules e folhas:


 Ferrugem, causada por: Uramyces caryophyllinus.
 Mancha de alternária, causada por: Alternaria
dianthi.
 Podridão cinzenta, causada por: Botrytis cinérea.

 Doenças de botões e flores:


 Mancha de alternária, causada por: Alternaria
dianthi.
 Podridão dos botões, causada por: Fusarium
tricinctun.
Podas
 Desponte simples:
 Deve ser feita com cerca de 4 semanas, realizando
o desponte do caule principal.
 Favorecendo o desenvolvimento vegetativo da
planta.
 Desponte duplo:
 Deve ser feito com cerca de 10 semanas,
realizando o desponte do caule principal e dos
principais rebentos laterais.
 Favorecendo o desenvolvimento vegetativo da
planta.
Podas
 Desbotoamento:
 Retirada do excesso de botões florais,
favorecendo o desenvolvimento de apenas 1 ou
poucos botões florais.
 Favorecendo uma melhor qualidade das flores.
 Colheita:
 Deve-se colher quando a flor estiver em “estado
de pincel”.
 Colheita baixa, deve-se deixar de 3-4 nós para a
brotação.
 Colheita alta, deve-se deixar de 5-7 nós para a
brotação.
Pós-colheita
 Devem ser refrigerados logo após a colheita, a
uma temperatura de 2-5ºC.
 Armazenagem de 3-4 semanas, deve ser feita
em refrigeradores secos em temperaturas de -0,5
- 0ºC.
 Se colhidos em botão fechados, podem ser
armazenados por até 6 meses, em atmosfera
controlada.
 Alocados em ramalhetes de até 20 unidades,
após a colheita.
Tingimento
 É utilizado corantes específicos para flores
diluído em água tépida (37ºC).
 Utiliza um agente molhante.
 As flores a serem tingidas devem ser deixadas
fora d’água para sofrerem uma ligeira
desidratação.
 Mergulhar as flores em cerca de 10cm de
solução para tingimento.
 Deixar submersas por cerca de 10-20min.
 A tonalidade da cor é determinada pela
concentração do corante utilizado e/ou pela
duração do tratamento.
Comercialização
Segundo dados divulgados pelo Sebrae em 2015, a produção nacional de flores
de Craveiro, não atende de forma satisfatória o mercado interno, sendo a grande
maioria das flores importadas de países como: a Holanda confirma-se como o
país mais relevante para as importações nacionais, detendo participação
percentual relativa anual na faixa de 46,0% a 49,0%, dependendo do ano
considerado. A segunda posição no ranking das importações é detida pelo Chile
(12,0% a 14,0%), seguida por Colômbia (11,0% a 14,0%), Equador (10,0%) e
Tailândia (com forte crescimento entre os anos de 2011 e 2013).
Comercialização

 Os cravos estão entre as flores de corte mais


cultivadas mundialmente;
 Flores de corte de cravo, rosas e crisântemos
representam aproximadamente 50% de todo o
mercado mundial de flores de corte;
 Em 1995, a comercialização de flores de corte de
cravo contribuiu com 15% desse mercado
mundial.
Referências bibliográficas

http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-
plantar/noticia/2013/12/como-plantar-cravo.html

The Biology and Ecology of Dianthus caryophyllus L.


(Carnation). Office of the Gene Technology Regulator,
August, 2005.

http://dalmeida.com/floricultura/apontamentos/Craveiro.ht
m
OBRIGADO!

Fonte: Google imagens

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