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Art. 2º Para os efeitos desta Lei, Servidor Público é a pessoa legalmente investida em Cargo Público.
Art. 3º Cargo Público é o criado em Lei, em número certo, com denominação própria, remunerado pelos cofres
municipais, ao qual corresponde um conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a Servidor Público.
Art. 11 O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
prazo.
Art. 14 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo
público, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade
competente e pelo compromissando.
§ 1º A posse dar-se-á no prazo de até cinco dias úteis contados da data de publicação do ato de
nomeação.
§ 2º No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração sobre o exercício de outro
cargo, emprego ou função pública, e, nos casos que a Lei indicar, declaração de bens e valores que
constituem seu patrimônio.
Art. 25 Reversão é o retorno do servidor aposentado por invalidez à atividade no serviço público
municipal, verificado em processo, que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, condicionada sempre à existência de vaga.
§ 2º Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que, mediante inspeção médica, fique
provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 3º Somente poderá ocorrer reversão para cargo anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante da
transformação.
Art. 27 Não poderá reverter o servidor que contar setenta anos de idade.
Art. 28 A reversão dará direito a contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado,
exclusivamente para nova aposentadoria.
Art. 29 Reintegração é a investidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada
a sua demissão por decisão judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
Parágrafo único. Reintegrado o servidor e não existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade.
Art. 45 A função gratificada é instituída por lei para atender encargos de direção, chefia ou assessoramento
ou Motorista do Prefeito Municipal, quando não justificar a criação de cargo em comissão.
Art. 54 O horário normal de trabalho de cada cargo ou função é o estabelecido na Legislação específica, não
podendo ser superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro horas semanais.
§ 1º O serviço extraordinário será remunerado por hora de trabalho que exceda o período normal, com
acréscimo de cinqüenta por cento em relação a hora normal.
§ 2º Salvo casos excepcionais, devidamente justificados, não poderá o trabalho em horário extraordinário
exceder a duas horas diárias.
Art. 58 O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá ser realizado sob a forma de plantões para
assegurar o funcionamento dos serviços Municipais ininterruptos.
Art. 60 O servidor tem direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos
domingos, bem como nos dias feriados civis e religiosos.
Art. 63 Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor
básico fixado em lei.
Art. 64 Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias,
estabelecidas em lei.
Art. 72 As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 75 Se o deslocamento do servidor constituir exigência permanente do cargo, não fará jus a
diárias.
Art. 76 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-
las integralmente, no prazo de três dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para o
seu afastamento restituíra as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.
Art. 77 A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e instalação do servidor que for designado
para exercer missão ou estudo fora do Município, por tempo que justifique a mudança temporária de
residência.
Art. 78 A ajuda de curso não poderá exceder o dobro do vencimento do servidor, salvo quando o deslocamento
for para o exterior, caso em que poderá ser de até quatro vezes o vencimento, desde que arbitrada
justificadamente.
Art. 84. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 5% (cinco por cento) a cada três anos de serviço
público prestado ao Município de Carlos Barbosa, incidente sobre o vencimento do servidor ocupante de cargo
de provimento efetivo, e devido a partir do mês em que completar o terceiro ano.
Art. 84-A. As seguintes ocorrências suspendem, retardando pelo período indicado, a concessão do adicional
por tempo de serviço:
I – licenças para tratamento de saúde e os auxílios-doença, salvo se decorrentes de acidente em
serviço ou moléstia profissional, que atinjam 180 (cento e oitenta) dias ou mais, consecutivos ou não, dentro
do período aquisitivo do adicional, em período igual ao número de dias de afastamento;
II – licença por motivo de doença em pessoa da família, em período igual ao número de dias de
afastamento;
III – licença para o serviço militar obrigatório, em período igual ao número de dias de afastamento;
IV – falta injustificada, na proporção de 30 (trinta) dias para cada falta;
V - penalidade disciplinar de suspensão, em período igual ao número de dias de afastamento.
Art. 84-B. Interrompe o período aquisitivo do adicional por tempo de serviço o afastamento do
cargo em virtude de licença para tratar de interesses particulares, reiniciando a contagem de novo período
aquisitivo de três anos na data em que o servidor retornar ao exercício do cargo no Município.
Art. 90 O servidor que prestar trabalho noturno fará jus a um adicional de vinte por cento sobre o vencimento
do cargo.
§ 1º Considera-se trabalho noturno para efeitos deste artigo, o executado entre as vinte e duas horas de um dia
e as cinco horas do dia seguinte.
Art. 91. Após cada 5 (cinco) anos ininterruptos de serviço prestado ao Município, a contar da investidura em
cargo de provimento efetivo, o servidor municipal fará jus a uma licença de três meses, como prêmio por
assiduidade, presentes as premissas para a aquisição do prêmio previstos nesta Lei, mesmo que esteja em
exercício de cargo em comissão ou função gratificada.
Art. 98. São causas suspensivas e interruptivas do período aquisitivo de férias: (Redação dada pela Lei
Municipal nº 3.317, de 27 de junho de 2016)
I – Suspendem, retardando a contagem do período aquisitivo de férias, as seguintes ocorrências, pelo período
indicado,:
a – licença por motivo de doença em pessoa da família, pelos dias que perdurar a mesma;
b – licença para exercício de mandato eletivo, pelos dias que perdurar a mesma;
c - licença para o serviço militar obrigatório, pelos dias que perdurar a mesma;
d – disponibilidade remunerada, pelos dias que perdurar a mesma.
II – Interrompem o período aquisitivo de férias as seguintes ocorrências:
a – mais de trinta e duas faltas injustificadas ao serviço;
b – licença saúde por mais de 06 (seis) meses, mesmo que descontínuos;
c – licença para tratar de interesses particulares.
Art. 105. Poderá ser concedida licença ao servidor ocupante de cargo efetivo, por motivo de doença do cônjuge
ou do companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou do menor sob guarda, do enteado, e do irmão em caso de
arrimo, mediante inspeção de saúde oficial.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração, até um mês, e , após , com os seguintes
descontos:
I – de 1/3 (um terço), quando exceder a um mês e até dois meses;
II – de 2/3 (dois terços), quando exceder a dois meses até cinco meses;
III – sem remuneração, a partir do sexto mês até o máximo de dois anos.
Art. 106 Ao servidor que for convocado para o serviço Militar ou outros encargos de segurança nacional será
concedida licença sem remuneração.
Art. 107 O servidor ocupante de cargo efetivo que concorrer a mandato eletivo federal, estadual, distrital ou
municipal, fará jus a licença remunerada.
Art. 108 A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para tratar de assuntos
particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término ou ininterruptos da anterior.
§ 3º Não se concederá a licença a servidor nomeado ou removido, antes de completar um ano de exercício no
novo cargo ou repartição.
Art. 109 É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato em confederação,
federação ou sindicato representativo da categoria, sem remuneração.
§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas
entidades, até o máximo de três, por entidade.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato podendo ser prorrogado no caso de reeleição e por uma única
vez.
Art. 110 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos poderes da União,
dos Estados e dos Municípios ou a entidades assistenciais ou educacionais privadas, sem fins lucrativos, nas
seguintes hipóteses:
I – para exercício de função de confiança;
II – em casos previstos em leis específicas; e
III – para cumprimento de convênio.
Art. 114 Além das ausências ao serviço previstas no art. 111 são considerados como de efetivo exercício os
afastamentos em virtude de:
I – férias;
II – exercício de cargo em comissão, no Município;
III – convocação para o serviço Militar;
IV – júri e outros serviços obrigatórios por lei;
V – licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço ou moléstia profissional; e
c) licença para tratamento de saúde de pessoa da família, quando remunerada;
Art. 119 É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e representar, em defesa
de direito ou de interesse legítimo.
Parágrafo único. As petições, salvo determinação expressa em lei ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito
Municipal e terão decisão final no prazo de trinta dias.
Art. 127 É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão capaz de comprometer a dignidade e o decoro da
função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à
Administração Pública, especialmente:
I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo, ou execução de serviço;
V – promover manifestação de desapreço no recinto da repartição;
VI – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público,
mediante manifestação escrita ou oral;
VII – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que
seja de sua competência ou de seu subordinado;
VIII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical, ou a
partido político.
IX – manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se
decorrente de nomeação por concurso público;
X – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública;
XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau.
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença prévia nos termos da lei;
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV – proceder de forma desidiosa no desempenho de suas funções;
XVI – cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; e
XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
horário de trabalho.
Art. 130 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 131 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao Erário ou a terceiros.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
da herança recebida.
Art. 134 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 135 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal
que negue a existência do fato ou a sua autoria.
Art. 138 Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo único. No caso de infrações simultânea, a maior absorve as demais, funcionando estas como
agravantes na gradação da penalidade.
Art. 141 Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos de:
I – crime contra a administração pública;
II – abandono de cargo;
III – indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
IV – inassiduidade ou impontualidade habituais;
V – improbidade administrativa;
VI – incontinência pública e conduta escandalosa;
VII – ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa;
VIII – aplicação irregular de dinheiro público;
IX – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI – corrupção;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções;
XIII – transgressões do art. 127, incisos X a XVI;
Art. 150 A demissão por infringência ao art. 127 incisos X e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo ou função pública do Município, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido por
infringência do art. 141, incisos I, V, VII, X e XI.
Art. 152 As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em sua ficha funcional.
Art. 154 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar sob pena de incorrer nas
previsões do parágrafo único do art. 126.
Art. 155 As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas em processo regular com direito a plena defesa,
por meio de:
I - sindicância investigatória, quando não houver dados suficientes para sua determinação ou para apontar o
servidor faltoso;
II - sindicância disciplinar, quando a ação ou omissão torne o servidor passível de aplicação das penas de
advertência e suspensão.
III - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ação ou omissão torne o servidor passível de
demissão, cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.
Art. 158 A sindicância investigatória será cometida a servidor efetivo, considerando o fato a ser apurado, à
comissão de três servidores efetivos, podendo estes serem dispensados de suas atribuições normais até a
apresentação do relatório.
Art. 188 O Município manterá, mediante sistema contributivo, Plano de Seguridade Social para o servidor
submetido ao regime de que trata esta Lei, e para sua família.
Parágrafo único. O plano de que trata este artigo poderá, no todo ou em parte, ser satisfeito por instituição
oficial de previdência, assistência à saúde ou assistência social, para a qual contribuirão o Município e o
servidor.
Art. 227 O Plano de Seguridade Social será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais
obrigatórias:
I – dos servidores Municipais na qualidade de servidores efetivos e ocupantes de funções gratificadas;
II – do Município, inclusive Câmara Municipal, autarquias e fundações;
Art. 229. Para atender a necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas
contratações de pessoal por tempo determinado, através de processo seletivo simplificado.
Art. 230 Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público, as contratações
que visam a:
I – atender a situações de calamidade pública;
II – combater surtos epidêmicos;
III – atender outras situações de emergência que vierem a ser definidas em lei específica.
IV – substituir servidor afastado de suas atividades por motivos de licença para tratamento de saúde ou por
acidente de trabalho.
Art. 3º – São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.
Parágrafo Único – Salvo as exceções previstas na Constituição Federal é vedado a qualquer dos poderes
delegar atribuições; quem for investido na função de um deles não poderá exercer a de outro.
Art. 6º – São bens municipais todas as coisas, semoventes, móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer
título pertençam ao Município.
§ 1º – Cabe ao Prefeito Municipal a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
Municipal, quanto àqueles utilizados nos seus serviços;
§ 3º – A aquisição de bens imóveis, por compra, permuta ou doação, dependerá de prévia autorização
legislativa e será precedida de avaliação, observadas as demais exigências legais.
Art. 10 – O uso de bens públicos municipais móveis e imóveis, por terceiros, poderá ser feito, nos termos da
lei, através de concessão, permissão ou autorização, observado o interesse público.
Art. 13 – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
1º – O prazo de validade do concurso público será de até dois (2) anos, prorrogável, uma vez por igual período.
2º – Durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos, será convocado, com prioridade, sobre novos concursados para assumir cargo
ou emprego, na carreira.
Art. 14 – As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 19 – Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo:
§ 1º – É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público municipal.
§ 2º – Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para
fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 21 – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, procedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
Art. 22 – Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, obedecido, neste último caso, o estabelecido em lei
complementar federal, quanto à área de atuação.
Art. 23 – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos.
Art. 24 – Os atos de improbidade administrativa importarão, nos termos da legislação federal, na suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
prejuízo da ação penal cabível.
I – tratando-se de mandato eletivo federal e estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração;
III – investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
carro, emprego ou função, sem prejuízo de remuneração do cargo eletivo e não havendo compatibilidade, será
aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de beneficio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se
no exercício estivesse.
Art. 34 – No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro para dar
posse aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, para mandato de um ano,
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam do colegiado.
§1º – No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara não entrará em recesso no mês de janeiro.
Art. 35 – A convocação extraordinária da Câmara Municipal, ou para sessões extraordinárias, cabe ao seu
Presidente, a requerimento da maioria de seus membros, à Comissão Representativa e ao Prefeito, em caso de
urgência ou interesse público relevante, em qualquer dos casos com aprovação da maioria absoluta.
§ 2º – Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara somente deliberará sobre a matéria da convocação,
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
Art. 43 – Compete, exclusivamente à Câmara de Vereadores, além de outras atribuições previstas nesta Lei
Orgânica:
Art. 50 – Se ainda, entre outras, objeto de deliberação da Câmara, na forma do Regimento Interno:
I – autorizações;
III – requerimentos.
Art. 51 – A lei Orgânica poderá ser emendada por proposta:
I– de um terço (1/3) dos vereadores;
II – do Prefeito Municipal;
III – de cinco por cento (5%) dos eleitores do Município.
§ 2º – As propostas serão discutidas e votadas em (2) sessões, com interstício mínimo de dez dias e tidas como
aprovadas quando obtiverem, em ambas as votações, a confirmação, no mínimo, dois terços dos membros da
Câmara Municipal.
§ 2º – A iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, será exercida por
manifestação de pelo menos cinco por cento (5%) do eleitorado do Município.
Art. 54 – O Prefeito Municipal poderá solicitar que a Câmara de Vereadores aprecie, em regime de urgência,
os projetos de sua iniciativa.
Art. 63 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal.
Art. 66 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacância dos respectivos cargos, assumirá
o Poder Executivo o Presidente da Câmara de Vereadores.
Parágrafo Único – Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova eleição noventa dias depois de
aberta a segunda vaga, e os eleitos completarão os períodos de seus antecessores, salvo se
a segunda vaga ocorrer a menos de um ano do término do quadriênio, caso em que o Poder Executivo será
exercido pelo Presidente da Câmara.
Art. 67 – O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara de Vereadores, ausentarem-se do
Município por mais de quinze (15) dias consecutivos, sob pena da perda do cargo.
Art. 74 – O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de perda do mandato, nos casos de:
I – tratamento de saúde por doença comprovada;
II – afastamento, no exercício do cargo, por mais de quinze (15) dias consecutivos.
Art. 78 – Os Poderes Executivo e o Legislativo, ressalvados os casos em que o interesse público impuser, são
obrigados a fornecer no prazo máximo de 15 (quinze) dias a qualquer interessado, certidão de atos e outras,
sob pena de responsabilidade do servidor que negar ou retardar a sua expedição.
Art. 86 – Os projetos de leis sobre o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais, serão
enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo, nos seguintes prazos:
I – o projeto de lei do Plano Plurianual: até 15 (quinze) de julho
II – o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias: até 15 (quinze) de setembro
III – o projeto de lei do Orçamento Anual: até 15 (quinze) de novembro
Art. 87 – Os projetos de leis de que trata o artigo 86, após apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
encaminhados para sanção nos seguintes prazos, salvo hipótese do parágrafo único do artigo 86 em que o
prazo será ampliado na mesma proporção:
I – o projeto de lei do Plano Plurianual: até 15 (quinze) de agosto;
II – o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias: até 15 (quinze) de outubro;
III – o projeto de lei do Orçamento Anual: até 15 (quinze) de dezembro.
Art. 106 – Os recursos públicos destinados à educação serão aplicados no ensino público municipal, no pré-
escolar e creches, podendo também ser dirigidos às demais escolas, bem como às classes de alfabetização de
adultos e educação básica supletiva.
Art. 135 – A soberania popular será exercida, nos termos do artigo 14 da Constituição Federal pelo sufrágio
universal e pelo voto direto ou secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular de lei ou emenda à lei orgânica;
IV – participação direta, através de entidades representativas na cogestão da administração ou órgãos públicos
e na fiscalização dos serviços e contas municipais;
Parágrafo Único – O plebiscito e o referendo poderão ser propostos pelo Prefeito, pela Câmara de Vereadores
ou por cinco por cento (5%) do eleitorado do Município, quorum este, também exigido para a iniciativa
popular de projeto de lei.
Art. 137 – As contas municipais ficarão durante (60) sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte para exame e apreciação no quadro mural da Prefeitura.