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Cemitério é o lugar onde são sepultados os cadáveres. Na maioria dos casos os cemitérios
são lugares de prática religiosa.
A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a
partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos
primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos. Os cemitérios ficavam
geralmente longe das igrejas, fora dos muros da cidade: a prática do sepultamento nas igrejas
e respectivos adros eram desconhecidos nos primeiros séculos da era cristã. A partir do séc.
XVIII criou-se um sério problema com a falta de espaço para os enterramentos nos adros das
igrejas ou mesmo nos limites da cidade; os esquifes se acumulavam, causando poluição e
doenças mortais, o que tornava altamente insalubres as proximidades dos templos. Uma lei
inglesa de 1855 veio regular os sepultamentos, passando estes a serem feitos fora do centro
urbano. A prática da cremação, cada vez mais freqüente, permitiu dar destino aos corpos de
maneira mais compatível com as normas sanitárias.
Em muitas cidades existem cemitérios onde os ritos funerários são cumpridos de acordo com
a respectiva religião (católica,protestante, judaica, islâmica) ou fraternidade (maçônica).
Criaram-se também cemitérios nacionais para o sepultamento de chefes militares e figuras
notáveis da vida pública, como o de Arlington, perto de Washington DC, EUA.
Alguns cemitérios modernos rompem com a imagem tradicional das necrópoles com jazigos e
monumentos de mármore, substituindo-os por parques arborizados (memorial parks), onde
simples chapas de metal assinalam local da sepultura.
Outra prática comum, pela questão espacial, é a verticalização dos cemitérios, onde
os túmulos são dispostos uns sobre os outros e em andares para as visitações.
Sepultamento
O sepultamento ou enterro consiste no ato de colocar o corpo falecido em uma sepultura. Por
isso, o sepultamento é um ato distinto de enterro. No primeiro caso o cadáver é sepultado
numa sepultura e no segundo o cadáver é enterrado numa cova, sob a terra - donde se origina
a etimologia da palavra (em terra - enterrar = colocar sob a terra).
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste
negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco
de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, quando foram
proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros
(escravos) e os indigentes eram enterrados. Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por
isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as
igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo,
possuíam mais de 360 igrejas.
Necrópole
Necrópole (do grego νεκρόπολις, "cidade dos mortos") é o conjunto de sepultamentos,
também denominado cemitério. Normalmente a palavra necrópole está associada a "campos
santos" (locais de enterramentos) anexos a centros de grandes civilizações. Em Roma, por
exemplo, as sepulturas (ou túmulos) encontravam-se ao longo das principais vias de acesso à
cidade.
Túmulo
Um túmulo é o lugar onde as pessoas são colocadas quando morrem. Os túmulos variam
de tamanho e forma e podem servir como uma homenagem póstuma para que a pessoa que
se foi possa ser sempre lembrada. Túmulos de personalidades muitas vezes servem como
locais de peregrinação para fãs ou curiosos.
Uma tumba é uma pequena construção (ou "câmara") para os restos dos mortos, com
paredes, um teto e (se não for usado por mais de um cadáver) uma porta. Pode ser
parcialmente ou inteiramente no subsolo (exceto por sua entrada) em um cemitério, ou pode
ser dentro da propriedade de uma igreja ou em sua cripta. Tumbas únicas podem ser
permanentemente vedadas; aquelas para famílias (ou outros grupos) têm portas de acesso
para quando for necessário.
Catacumbas eram os locais que serviam de cemitério subterrâneo aos primeiros aderentes
do cristianismo, para quem a fé se baseava na esperança da vida eterna após a morte.
Catacumba foi um termo retirado de uma das tumbas mais conhecidas e visitadas de Roma, a
de São Sebastião ad Catacumbas, a partir desse momento a palavra passou a ser usada para
designar todos os cemitérios cristãos subterrâneos. Nos primeiros 200 anos da nova religião,
antes de Constantino, é provável que tenham existido vários centros artísticos com estilos
artísticos próprios, como Alexandria e Antioquia, mas é em Roma que se revelam as primeiras
pinturas murais em catacumbas. É nesta constante aspiração ao Paraíso que o ritual funerário
do enterro, e a conseqüente manutenção da sepultura, vão ser o elemento chave das primeiras
representações da arte cristã.
Catacumba.
Uma das catacumbas mais visitadas em todo o mundo é Catacumba de São Calisto. Fica na
região central de Roma, Itália. Conta-se que vinte mil pessoas estão enterradas lá. Ela ocupa
cerca de cinco andares abaixo da terra. Mais de vinte quilômetros (20 km) de corredores levam
aos diversos túmulos, onde descansam os corpos de pessoas que viviam na época de Jesus
Cristo. Os autocarros não podem circular próximo ao local por causa do perigo de
desmoronamento. As catacumbas mais famosas são as de São Calisto e a de Santa Priscila.
As catacumbas foram construídas ao longo das estradas romanas, como a via Appia, via
Ostiense, via Labicana, via Tiburtina e via Nomentana. Existiram também em Roma
catacumbas hebraicas, como a da Vigna Randanini e Villa Torlonia.
Oferenda em Cemitérios
O cemitério é um lugar sagrado em todas as religiões e é um ponto de força
muito usado por nós Umbandistas.
Também chamado de Calunga Pequena, Calunguinha ou ainda Campo do
Pó ou Campo Santo é nele que as coisas se transformam, se transmutam.
No espiritual existem vários pontos de forças, vários locais vibratórios, e o
cemitério é um deles, trocando em miúdos é um portal para uma seara, uma
egrégora energética, lugar onde as vibrações de Omulu (morte, paralisação) e
Obaluae (evolução, transmutação) dão sustentação, onde encontramos as
forças de Nanã Buruque, Yansã das Almas, Ogum Megê e de muitos outros
orixás que atuam na evolução dos seres. É Uma Campina Aberta (Oxalá e Oyá
Tempo) cercada de árvores (Oxossi) com concentração de terra (Obá).
Nesta seara não existe túmulos, campas ou covas, é um lugar onde as
energias estão mais concentradas, mais densas, pois estão atuando o tempo
todo na transformação, na transmutação da vida material para a vida espiritual.
Por esse motivo sentimos o ar mais “pesado” quando estamos em um
cemitério.
Não há motivo para sentirmos medo, pois é um dos pontos de força mais
movimentado e protegido. Trabalhadores espirituais estão o tempo todo
atuando, esclarecendo, curando e encaminhando os recém desencarnados.
Nós Umbandistas, cientes do poder deste ponto de força costumamos fazer
oferendas para esses Orixás ou para estes Trabalhadores (sejam eles Exus,
Pomba Giras, Caboclos, Boiadeiros...) e pedir pela paralisação (morte) de
nossas doenças, vícios, tristeza, para transmutar nossos sentimentos negativos
ou encaminhar algum espírito negativo que esteja atuando em nosso campo
mediúnico.
Quando entramos em um cemitério, saudamos as forças atuantes para
demonstrar nosso respeito e devoção.
Saudamos e pedimos licença ao Exu Sentinela daquele cemitério para
entrarmos no campo guardado por ele.
Ao entrar ajoelhamos e saudamos Obaluaiê (cruzando o chão com a mão
direita) – Omulu (tocamos o chão 3 vezes com a mão esquerda) – Yansã das
Almas - Ogum Megê (*Este ritual também se repete na saída)
Cobrimos nossa cabeça com um lenço branco para que as energias densas do
local não desequilibrem nosso mental e com muito respeito nos dirigimos ao
local de nossa oferenda.
Quase todo cemitério possui um Cruzeiro, ou ponto central, e é a partir dele
que as energias são irradiadas.
Obaluaiê irradia a direita do Cruzeiro e lá novamente ele é saudado e
oferendado.
Omulu irradia à esquerda do Cruzeiro, onde deve ser saudado e oferendado.
Guias de direita podem ser oferendados e saudados na frente do cruzeiro e
Guias de Esquerda atrás do Cruzeiro.
Na Umbanda não há sacrifício animal e toda a oferenda deverá ser recolhida
ao final do trabalho.