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03 DE NOVEMBRO DE 1998

WILLIAM J. BRUNS JR.

JULIE H. HERTENSTEIN

Demonstração de Fluxos de Caixa: três exemplos

John Stacey, um engenheiro de vendas da Aldhus Corporation, estava preocupado. Um voo


atrasado o fizera perder a aula de contabilidade da semana anterior, no programa noturno de MBA
em que ele havia se matriculado por sugestão do diretor de pessoal da Aldhus, uma fabricante de
periféricos para computador em crescimento. A aula que ele perdeu era dedicada à apresentação e
discussão da demonstração de fluxos de caixa, e ele tinha certeza de que essa matéria cairia no teste
que fazia parte de cada aula semanal. Um colega de classe lhe enviou algumas anotações distribuídas
pelo professor, mas elas eram muito sintéticas para serem compreendidas por quem não tivesse
assistido a aula.

Desesperado, John telefonou para Lucille Barnes, a controller assistente da Aldhus, para perguntar
se ela teria alguns minutos para ajudá-lo a entender a demonstração de fluxos de caixa. Ela ficou
satisfeita em atender ao pedido, e eles combinaram uma reunião para aquela tarde.

A Reunião
Às 14h00, John Stacey foi ao escritório de Lucille Barnes com suas anotações e dúvidas. Depois de
se cumprimentarem, ela lhe entregou três demonstrações de fluxos de caixa dos relatórios anuais de
empresas de alta tecnologia (Anexos 1, 2 e 3). John estava preocupado com a possibilidade de Lucille
lhe pedir para explicá-las e assim perceber quão confuso ele ainda estava sobre alguns aspectos da
contabilidade; em vez disso, Lucille começou a explicar.

Lucille Barnes (controller assistente): A demonstração de fluxos de caixa é realmente uma parte
muito útil do conjunto de três demonstrações que as empresas precisam preparar. Em alguns casos,
diz mais sobre o que realmente está acontecendo num negócio do que o balanço patrimonial ou a
demonstração de resultados. As demonstrações de fluxos de caixa que eu lhe dei são muito
reveladoras. Vou lhe apresentar um breve panorama da estrutura e do conteúdo das demonstrações
de fluxos de caixa e depois tome um tempo estudando as que lhe dei. Eu preparei algumas questões
para orientar seu estudo. Podemos nos encontrar novamente amanhã para discutir o que você
aprendeu e esclarecer qualquer dúvida remanescente. Eu não acho que você deva se preocupar com o
próximo teste, porque, se você entende como são preparados o balanço patrimonial e a demonstração
de resultados, muito da demonstração de fluxos de caixa parecerá óbvio.

______________________________________________________________________________________________________________
Caso LACC número 112-P08 é a versão traduzida para Português do caso número 193-103- da HBS. Os casos da HBS são
desenvolvidos somente como base para discussões em classe. Casos não devem servir como aprovação, fonte primária de
dados ou informação, ou como ilustração de um gerenciamento eficaz ou ineficaz.

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112-P08 Demonstração de Fluxos de Caixa: Três Exemplos

John Stacey: Espero que você esteja certa. Eu gosto muito do curso de contabilidade e quero ir
bem e realmente aprender a matéria. Por isso eu entrei em pânico quando não consegui entender as
anotações entregues pelo professor na semana passada.

Lucille Barnes: Esqueça aquelas anotações por enquanto e concentre-se em estudar as


demonstrações que eu lhe dei. Note que a demonstração de fluxos de caixa é dividida em três partes:
atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. Cada parte
mostra as entradas e as saídas de caixa associadas a cada tipo de atividade.

Atividades operacionais mostram as entradas e saídas relativas às operações fundamentais da


linha ou linhas básicas de negócios da empresa. Por exemplo, incluem o recebimento de dinheiro pela
venda de bens ou serviços e as saídas de caixa para compra de estoque e pagamento de salários,
impostos e aluguéis.

Atividades de investimento mostram fluxos de caixa para a compra e venda de ativos geralmente
não mantidos para revenda, bem como para a concessão e cobrança de empréstimos. (Talvez fosse
mais adequado chamá-la seção de investimento e desinvestimento.) É aqui que podemos ver se a
empresa vendeu um imóvel, comprou equipamento, concedeu um empréstimo a uma subsidiária ou
comprou uma participação em seu fornecedor.

Por fim, atividades de financiamento mostram fluxos de caixa associados ao aumento ou à


diminuição de recursos de investidores e credores da empresa, por exemplo, emissão ou recompra de
ações e captação ou pagamento de empréstimos. Também incluem dividendos, que são fluxos de
caixa associados aos investidores. Entretanto, curiosamente, não incluem pagamentos de juros, que
fazem parte das atividades operacionais.

John Stacey: Isso me soa estranho. Já que empréstimos são a causa dos pagamentos de juros, por
que eles não fazem parte da seção das atividades de financiamento? Você sabe, juros estão para
empréstimos assim como dividendos estão para capital social.

Lucille Barnes: Na verdade, em alguns países, como o Reino Unido, juros estão incluídos na seção
das atividades de financiamento! Mas, nos Estados Unidos, o Financial Accounting Standards Board 1
votou que os pagamentos de juros deveriam ficar na seção de atividades operacionais. Essa é uma
daquelas situações em que você pode ter que fazer alguns ajustes se quiser comparar uma empresa
inglesa, como a British Petroleum, a uma americana, como a Exxon.

John Stacey: Que interessante! Como eu posso usar cada seção da demonstração?

Lucille Barnes: A seção de atividades operacionais é o motor dos fluxos de caixa da empresa.
Quando esse motor é eficiente, fornece os fluxos de caixa para cobrir as necessidades de caixa das
operações. Numa empresa saudável e em crescimento, esperaríamos aumento nas contas
operacionais de capital de giro, como estoque e clientes (usos de caixa), assim como em fornecedores
e outros pagamentos operacionais (fontes de caixa). Evidentemente, pode haver grande variação nas
contas de capital de giro entre um período e outro, mas, em média, estoques, clientes e fornecedores
normalmente aumentam em empresas em crescimento. Além disso, esse motor de fluxo caixa em
funcionamento provê caixa para os investimentos necessários, pagamento de dívidas e de
dividendos. Há exceções, claro. Empresas iniciantes, por exemplo, normalmente têm fluxo de caixa
operacional negativo, porque seu motor de fluxo de caixa ainda não está a todo vapor. Empresas em
negócios cíclicos podem ter fluxo de caixa operacional negativo num ano “ruim”; também se pode
esperar que uma empresa que viveu uma greve prolongada tenha fluxo de caixa operacional
negativo. Embora um ano de fluxo de caixa operacional negativo não signifique desastre, esperamos
que, em média, os fluxos de caixa operacionais sejam positivos.

1 O FASB é a entidade que elabora as normas contábeis nos Estados Unidos. É equivalente no Brasil ao Comitê de
Pronunciamentos Contábeis – CPC. (N.T.).

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Demonstração de Fluxos de Caixa: Três Exemplos 112-P08

As atividades de investimento são uma outra história. Da mesma forma que esperamos um fluxo
de caixa operacional positivo, também esperamos que uma empresa saudável invista continuamente
em mais fábricas, equipamentos, terrenos e outros ativos fixos, tanto para substituir ativos esgotados
ou que tenham se tornado tecnologicamente obsoletos, como para se expandir e crescer. Embora
empresas frequentemente vendam ativos que não lhes são mais úteis, normalmente esperamos que
comprem mais ativos imobilizados do que vendam. Em geral, como resultado, esperaríamos fluxos
de caixa negativos em atividades de investimento, mas, como nas atividades operacionais, há
exceções, especialmente se a empresa vender um negócio ou uma subsidiária.

Fluxos de caixa de atividades de financiamento podem facilmente ser tanto positivos quanto
negativos numa empresa saudável, bem como tendem a oscilar entre um e outro. Se a necessidade de
caixa da empresa para investir exceder o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais, isso
exigirá financiamento extra por endividamento ou aumento de capital, consequentemente, um fluxo
de caixa de financiamento positivo. Por outro lado, se o fluxo de caixa de atividades operacionais
superar as necessidades de investimento, a firma terá caixa excedente para pagar dívida ou mais
dividendos, produzindo fluxo negativo de caixa de financiamento.

John Stacey: Estou começando a ver por que você disse que a demonstração de fluxos de caixa é
tão útil. Por onde você começa a revisão e análise?

Lucille Barnes: Uma forma de abordar a demonstração de fluxos de caixa é começar pelas
atividades operacionais. Se esse é o motor do fluxo de caixa, então a primeira pergunta é: “o fluxo de
caixa das operações é maior ou menor que zero?” Também interessa a tendência: está aumentando ou
diminuindo?

John Stacey: Enquanto você falava, eu olhei rapidamente os fluxos de caixa operações dos dois
primeiros relatórios (Anexos 1 e 2) que você me deu. Eles parecem muito diferentes. No primeiro, a
depreciação parece gerar fluxos de caixa, mas não há menção a depreciação no segundo.

Lucille Barnes: Ups! Esqueci-me de mencionar que há duas maneiras de apresentar o fluxo de
caixa das operações. Às vezes, usa-se o método indireto, como na primeira demonstração que eu lhe
dei (Anexo 1). Por esse método, o lucro líquido é ajustado por todas as receitas e despesas que não
envolvem caixa; depreciação é uma delas. A depreciação nunca é uma fonte de caixa, mas é deduzida
no cálculo do lucro líquido; então, deve ser acrescentada de volta. Da mesma forma, fluxos de caixa
operacionais não incluídos no lucro líquido, como estoque adquirido mas não vendido, devem ser
acrescentados ou subtraídos.

Quando fluxos de caixa operacionais são apresentados pelo método direto, aquela seção do
relatório parece muito mais um extrato tirado da conta Caixa, como acontece no segundo relatório
que eu lhe dei (Anexo 2).

John Stacey: Qual dos métodos é melhor?

Lucille Barnes: Acho que é mais fácil entender a demonstração direta, mas poucas empresas
apresentam seus fluxos de caixa operacionais assim. A maioria das demonstrações que você verá usa
o método indireto, porque, se se usar o método direto, também é preciso apresentar a reconciliação
entre o lucro e o caixa das operações (Anexo 2), de modo que a maioria das empresas simplesmente
usa o método indireto, que já inclui essa reconciliação.

Mas vamos voltemos à forma de abordar a demonstração de fluxos de caixa.

Partindo do princípio de que os fluxos de caixa operacionais são maiores que zero, o desafio
seguinte é decidir se eles são adequados a gastos rotineiros importantes. Mais uma vez, nossas
expectativas são ponderadas pela nossa compreensão da empresa e de sua situação. Assim como não
esperamos que uma empresa iniciante tenha fluxos de caixa operacionais positivos, também não
esperamos que uma empresa ainda em fase de crescimento acelerado tenha caixa das operações

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suficiente para cobrir seus investimentos. No entanto, de uma empresa madura, esperamos que a
operação gere caixa suficiente para “manter o todo da empresa”. Isso inclui a quantidade de
investimento necessário para substituir os ativos fixos esgotados, gastos ou tecnologicamente
obsoletos, bem como caixa necessário para pagar o dividendo anual que os acionistas venham a
esperar. É difícil saber precisamente quanto caixa é necessário para manter os ativos fixos da empresa
“inteiros”, e a demonstração de fluxos de caixa não separa quanto investimento é aplicado apenas na
reposição e renovação dos ativos do que é aplicado em expansão e crescimento. Entretanto, o valor da
depreciação anual é um substituto bastante próximo do montante de ativos fixos que devem ser
substituídos a cada ano. Em períodos de aumentos de preços, devemos esperar que o custo de
substituição de bens seja um pouco superior ao custo dos bens mais antigos, que estão se
depreciando. Portanto, é comum esperar que o caixa de investimentos na aquisição de ativos fixos
exceda a depreciação anual.

Depois de considerar se o caixa gerado pelas operações cobre os investimentos em ativos fixos
(capex – capital expenditure) e dividendos, vemos se há outras grandes necessidades de caixa como
fusões e aquisições, recompra de ações ou pagamento de dívida. Se sim, como essas necessidades de
capital se compatibilizam com a disponibilidade de caixa? Essas necessidades são discricionárias,
como aquisições de outras empresas?

Se há insuficiências de caixa, verificamos como estão sendo financiadas. Com a emissão de ações?
Com empréstimos? Com a venda de negócios ou ativos fixos? Em cada caso, consideramos se é
provável que a empresa consiga continuidade na obtenção dessa fonte de recursos e por quanto
tempo. A origem dos recursos continuará disponível ou estaremos provavelmente perto do limite? O
uso contínuo dessa fonte de recursos prejudicará a empresa de alguma forma?

John Stacey: Sempre temos que olhar todas essas coisas em cada caso?

Lucille Barnes: Não. Mas, se pararmos antes de uma revisão completa, podemos perder alguma
parte importante da história.

Ao avaliar a demonstração de fluxos de caixa, estamos avaliando diversas evidências para gerar
um panorama geral. No entanto, é raro encontrar uma empresa em que todas as evidências sejam
positivas, ou em que todas as evidências sejam negativas. Para uma avaliação equilibrada, devemos
procurar tanto as boas quanto as más notícias em cada demonstração de fluxos de caixa. Para chegar
a uma conclusão geral, é preciso avaliar a importância relativa de cada evidência e sua relação com o
panorama geral. Como num caso jurídico, a conclusão precisa ser baseada no “peso das provas”.

Acho que a melhor maneira de aprender sobre demonstrações de fluxos de caixa é estudar
cuidadosamente algumas. As demonstrações que eu lhe dei são um ponto de partida. Eu escrevi
algumas questões para orientar seu estudo (ver Questões para Estudo). Tente elaborar respostas e
podemos nos encontrar amanhã para discuti-las. Quando terminarmos, acho que você estará
preparado para o teste da sua próxima aula.

Questões para Estudo


Os Anexos 1, 2 e 3 contêm demonstrações de fluxos de caixa de três empresas. Cada demonstração
tem dados de três anos. Examine seu conteúdo com cuidado e responda às seguintes perguntas sobre
cada uma das três demonstrações de fluxos de caixa.

I. Para cada um dos anos da demonstração de fluxos de caixa:

1. Quais foram as principais fontes de caixa da empresa? E seus principais usos de caixa?

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Demonstração de Fluxos de Caixa: Três Exemplos 112-P08

2. O fluxo de caixa das operações2 era maior ou menor que o lucro líquido?3 Explique
detalhadamente as principais causas da diferença entre esses dois valores.

3. A empresa foi capaz de gerar caixa das operações suficiente para cobrir todo o seu
investimento de capital (capex)?4

4. O fluxo de caixa das operações cobriu tanto os investimentos de capital quanto os


pagamentos de dividendos da empresa, se cobriu algum?

5. Se sim, como a empresa investiu seu caixa excedente?

6. Se não, quais foram as fontes de caixa usadas pela empresa para pagar os investimentos de
capital e/ou dividendos?

7. As contas de capital de giro (ativo circulante e passivo circulante), exceto caixa e equivalentes
de caixa foram principalmente fontes de caixa ou usuárias de caixa?

8. Que outros itens importantes afetaram os fluxos de caixa?

II. Qual foi a tendência para:

1. lucro líquido?

2. fluxo de caixa das operações (continuadas)?

3. investimento de capital?

4. dividendos?

5. empréstimos líquidos (captações menos pagamentos de dívidas de curto e longo prazos)?

6. contas de capital de giro?

III. Com base nas evidências apenas da demonstração de fluxos de caixa, qual é sua avaliação da
força financeira dessa empresa? Por quê?

2 Às vezes chamado de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, ou fluxo de caixa das operações continuadas.
3 Também chamado de lucro ou prejuízo com operações continuadas.
4 Também chamado de investimento em ativos depreciáveis, ou aquisição de ativo fixo ou imobilizado.

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Anexo 1 – Alpha Corporation, Demonstrações de Fluxos de Caixa Consolidadas (em milhões de US$)

Ano encerrado em 30 de junho


1991 1990 1989

Atividades Operacionais
Prejuízo nas operações continuadas US$ (377,9) US$ (623,5) US$ (320,6)
Depreciação 168,4 220,1 263,4
Amortização de software capitalizado 41,4 58,2 39,1
Ganho na venda de investimentos e outros ativos (16,6) (119,0) —
Reestruturação e outros itens incomuns, líquidos 135,5 384,1 125,3
Variações em outras contas que afetam as operações
Contas a receber 160,8 73,4 (45,2)
Estoques 80,2 100,9 (3,0)
Outros ativos circulantes 17,0 (1,2) (13,0)
Fornecedores e outros passivos circulantes (91,3) (21,3) 41,0
Outros 2,8 14,1 (10,5)
Caixa líquido gerado nas operações continuadas 120,3 85,8 76,5
Caixa líquido gerado (usado) em operações 4,9 3,5 (29,7)
descontinuadas
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 125,2 89,3 46,8

Atividades de Investimento
Investimentos em ativos depreciáveis (129,7) (174,4) (303,6)
Caixa obtido na venda de ativos depreciáveis e outros 157,0 242,0 94,1
Caixa obtido na venda de operações descontinuadas 25,3 407,3 —
Investimento em software capitalizado (27,8) (43,1) (59,5)
Outros (6,0) (13,0) 14,2
Caixa líquido gerado (usado) nas atividades de
investimento 18,8 418,8 (254,8)

Atividades de Financiamento
(Diminuição) aumento de empréstimos de curto prazo (2,6) (222,6) 139,8
Captação de dívida de longo prazo 44,4 167,7 305,0
Pagamento de dívida de longo prazo (126,5) (544,8) (91,7)
Captação na venda de ações ordinárias classe B 5,0 8,7 17,5
Aquisição de ações em tesouraria (0,3) (0,6) (18,8)
Dividendos pagos - (7,2) (26,0)
Caixa líquido gerado (usado) nas atividades de
financiamento (80,0) (598,8) 325,8
Efeito de variações nas taxas de câmbio 0,1 1,1 (3,9)
Aumento (diminuição) no caixa e equivalentes de caixa 64,1 (89,6) 113,9
Caixa e equivalentes no início do ano 169,1 258,7 144,8
Caixa e equivalentes no final do ano US$ 233,2 US$ 169,1 US$ 258,7

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Anexo 2 – Beta Corporation, Demonstrações de Fluxos de Caixa Consolidadas (em milhares de US$)

Ano encerrado em 31 de dezembro


1991 1990 1989

Fluxo de Caixa de Atividades Operacionais


Caixa recebido de clientes US$ 83.865 US$ 73.273 US$ 51.110
Caixa pago a fornecedores e funcionários (77.820) (65.480) (46.589)
Juros recebidos 643 355 132
Juros pagos (536) (1.046) (908)
Impostos de renda pagos (2.233) (102) (75)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 3.919 7.000 3.670

Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento


Investimentos de capital (6.031) (4.600) (3.650)
Aquisição de títulos e valores mobiliários (8.000) - -
Caixa líquido usado nas atividades de investimento (14.031) (4.600) (3.650)

Fluxo de Caixa de Atividades de Financiamento


Pagamentos líquidos de linhas de crédito de capital de giro - (2.000) (860)
Pagamentos líquidos de linha de crédito de equipamentos (985) (126) (388)
Amortizações de obrigações de leasing financeiro (169) (213) (276)
Captação (pagamento) de dívida subordinada (5.000) - 4.400
Captação pela emissão de ações ordinárias 23.082 141 639
Caixa líquido gerado (usado) nas atividades de financiamento
16.928 (2.198) 3.515
Efeito de variações nas taxas de câmbio sobre o caixa (4) 14 -
Aumento líquido no caixa e equivalentes 6.812 216 3.535
Caixa e equivalentes no início do ano 5.375 5.159 1.624
Caixa e equivalentes no final do ano US$ 12.187 US$ 5.375 US$ 5.159

Reconciliação entre o Lucro Líquido e o Caixa Operações


Gerado pelas Atividades Operacionais
Lucro líquido US$ 6.323 US$ 5.201 US$ 417

Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido com o Caixa


Líquido Consumido nas Atividades Operacionais
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 99 47 98
Depreciação e amortização 4.028 2.701 2.231
Amortização de deságios na emissão de títulos 208 324 68
Perdas na venda de ativos fixos 17 9 58
Despesas com planos de remuneração em ações 40 85 -

Mudanças em Ativos e Passivos


(Aumento) de contas a receber (10.837) (613) (1.550)
(Aumento) diminuição de estoque (951) (810) 1.043
(Aumento) diminuição de depósitos e outros ativos (665) 366 (762)
Aumento (diminuição) de contas a pagar e provisões 5.657 (310) 2.067
Total dos ajustes (2.404) 1.799 3.253
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais US$ 3.919 US$ 7.000 US$ 3.670

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Anexo 3 – Gamma Corporation, Demonstrações de Fluxos de Caixa Consolidadas (em milhares de US$)

Ano encerrado em
29 de junho 30 de junho 1 de julho
1991 1990 1989

Fluxo de Caixa de Atividades Operacionais


Lucro líquido/(prejuízo) US$ (617.427) US$ 74.393 US$ 1.072.610

Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido com o Caixa


Líquido Consumido nas Atividades Operacionais
Depreciação e amortização 828.560 796.201 686.738
Outros ajustes ao lucro 189.077 92.329 49.702
(Aumento)/diminuição de contas a receber 105.977 (241.357) (373.248)
(Aumento)/diminuição em estoques 18.616 99.743 (62.942)
(Aumento)/diminuição de despesas antecipadas (47.239) (90.602) 18.965
Aumento/(diminuição) de contas a pagar (17.694) 107.001 30.645
(Diminuição) de impostos (105.614) (201.560) (75.502)
Aumento de receitas diferidas e adiantamentos de clientes 92.222 69.207 105.847
Aumento de provisão para reestruturação 593.160 443.544 -
Aumento de outros passivos 1.263 285.175 26.576
Total dos ajustes 1.658.328 1.359.681 406.781
Fluxo de caixa líquido de atividades operacionais 1.040.901 1.434.074 1.479.391

Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento


Aquisição de ativo fixo (737.548) (1.027.625) (1.223.038)
(Aumento) de outros ativos, líquido (55.782) (75.489) (67.624)
Aquisição da empresa Kienzle (233.261) - -
Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (1.026.591) (1.103.114) (1.290.662)
Fluxo de caixa líquido das atividades operacioniais e de
investimento 14.310 330.960 188.729

Fluxo de Caixa de Atividades de Financiamento


Captação na emissão de dívida 14.249 17.661 40.425
Pagamentos na liquidação de dívida (112.426) (20.896) (153.245)
Aquisição de ações em tesouraria (240.719) (270.231) (814.958)
Venda de ações em tesouraria, incluindo benefícios fiscais 239.653 296.225 230.733
Fluxo de caixa líquido de atividades de financiamento (99.243) 22.759 (697.045)
Aumento/diminuição líquida no caixa e equivalentes (84.933) 353.719 (508.316)
Caixa e equivalentes no início do ano 2.008.983 1.655.264 2.163.580
Caixa e equivalentes no final do ano US$ 1.924.050 US$ 2.008.983 US$ 1.655.264

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