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A CONSTITUIÇÃO DE ASSISTENTE
I – LEGITIMIDADE
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Existe um requisito de CAPACIDADE - em função da idade - para a constituição de
assistente: nos termos do artº 68º,nº1, al. a) “in fine”, só poderão constituir-se assistentes
os maiores de 16 anos.
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NOTA: Apenas se podem constituir assistentes os ofendidos imediata ou directamente
afectados com a infracção e não aqueles que só mediata ou indirectamente o sejam.
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Qualquer dos pais, desde que detenha o poder paternal, pode, como representante legal
do menor, requerer a constituição de assistente – Ac. R.L. de 15 de Julho de 1981.
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II – TEMPESTIVIDADE E FORMA
Momento:
Forma:
TAXA DE JUSTIÇA:
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v., ainda: Lei nº 10/87, de 04 de Abril – Lei das Associações de Defesa do Ambiente; Lei
nº 11/87, de 07 de Abril – Lei de Bases do Ambiente; Lei nº 24/96, de 31 de Julho – Lei de
Defesa do Consumidor; Lei nº 13/85, de 06 de Julho – Lei do Património Cultural; Lei nº
95/88, de 17 de Agosto – Direito de Acção Popular das Mulheres.
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Nos crimes particulares, a constituição de assistente é OBRIGATÓRIA ( v. artº 246º,nº4,
“2ª parte” C.P.P.).
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V. artº 68º, nº2 C.P.P. + artº 246º, nº4 C.P.P. (v., ainda, artº 50º, nº1) .
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Momento:
- Com a denúncia - artº 246º,nº4, “1ª parte” C.P.P. .
- Até 5 dias antes do debate instrutório - artº 68º,nº2
C.P.P.
- Até 5 dias antes da audiência do julgamento - artº
68º,nº2 C.P.P.11
- Até 10 dias após a notificação da acusação do M.P.,
no caso de crime semi-público ou de concurso de crimes
– artº 284º C.P.P.12
- Com o requerimento para abertura da instrução, até 20
dias após a notificação da acusação ou do
arquivamento – artº 287º, nº1, al. b) C.P.P.13
Forma14:
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TAXA DE JUSTIÇA:
O pagamento pode ser feito em qualquer balcão da C.G.D. ( ou, quando isso
for possível, através de pagamento automático - vulgo “multibanco” ).
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Ou seja, na fase de Julgamento, após o trânsito em julgado do despacho de saneamento-
artº 311º C.P.P. .
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Nos casos de constituição de assistente na fase de Inquérito ou na fase da Instrução.
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A TRAMITAÇÃO PROCESSUSAL
Formas do processo
Comum Especial
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Natureza do Crime
FASES DO PROCESSO
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- Queixa - artº 49º C.P.P. + artº 111º C.P. e normas da Parte Especial.
- Auto de Notícia - artº 243º C.P.P.
- Medidas Cautelares de Polícia - artº 248º e segs. C.P.P. ( «pré-provas» artº 249º
C.P.P.)
- Detenção - artº 254º e segs. C.P.P.
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A Denúncia
A denúncia constitui o modo formal como o M.P. toma conhecimento do facto
suspeito.
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A denúncia tanto pode ser feita verbalmente como por escrito e não está sujeita a quaisquer
formalidades - artº 246º, nº1 C.P.P.
A denúncia verbal será reduzida a escrito e assinada tanto pela entidade que a recebe como pelo
denunciante – artº 246º, nº2 C.P.P.
Se o denunciante não souber assinar ou se recusar a fazê-lo, a entidade que recebe a denúncia
fará constar no auto essa impossibilidade ou recusa, bem como os motivos que para ela tenham
sido dados - artº 95º, nº3, ex vi artº 246º, nº2, “2ª parte”, C.P.P.
O M.P. procede ou manda proceder ao registo de todas as denúncias que lhe forem feitas - artº
247º C.P.P.
A denúncia feita por órgão de polícia criminal ou qualquer outra entidade policial que presenciarem
qualquer crime de denúncia obrigatória, toma a forma de auto de notícia - artº 243º C.P.P.
O auto de notícia é assinado pela entidade que o levantou, bem como pela entidade que o mandou
levantar.
As averiguações e os meios de prova acima mencionados são obtidos antes mesmo de qualquer
ordem da autoridade judiciária competente e enquadram-se no âmbito das medidas cautelares- artº
249º C.P.P.
Das medidas cautelares levadas a cabo – artºs 248º e segs. C.P.P. lavra-se um relatório - artº 253º
C.P.P.
Com a notícia do crime inicia-se, em princípio, a fase do Inquérito. A direcção deste cabe ao M.P.,
assistido pelos órgãos de polícia criminal, actuando estes sob a orientação directa daquele - artº
262º, nº2 C.P.P.
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A Fase de Inquérito
- Arquivamento por
dispensa de pena ( artº 280º C.P.P.)
Aspectos Gerais:
- Competências:
Durante o Inquérito, há actos que são praticados pelo M.P. e outros que
terão de ser praticados pelo Juiz de Instrução Criminal, por ele ordenados
ou autorizados - v. artºs 267º; 268º e 269º C.P.P.
- Assim:
Actos a praticar pelo Juiz de Instrução Actos a ordenar ou a autorizar pelo Juiz de
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Proceder ao 1º interrogatório de arguido detido18. Buscas domiciliárias, nos termos e limites do artº 177º 22 .
Proceder à aplicação de uma medida de coacção ou de Apreensões de correspondência, nos termos do artº 179º,
garantia patrimonial, excepto a prevista no artº 196º 19. nº123.
Proceder a buscas e apreensões em escritório de advogado,
consultório médico ou estabelecimento bancário, ns termos Intercepção, gravação ou registo de conversações ou
dos artos 177º, nº320; 180º, nº1 e 181º. comunicações, nos termos dos artos 187º 24 e 190º.
Tomar conhecimento, em primeiro lugar, do conteúdo da
correspondência apreendida, nos termos do artº 179º, nº3.
Prática de quaisquer outros actos que a lei expressamente
Declarar a perda, a favor do Estado, de bens apreendidos, fizer depender de ordem ou autorização do Juiz de Instrução.
quando o M.P. proceder ao arquivamento do inquérito, nos
termos dos artos 277º; 280º e 282º.
Praticar quaisquer outros actos que a lei expressamente lhe
reservar21.
- Fora dos actos que têm de ser praticados, ordenados ou autorizados pelo
Juiz de Instrução Criminal, podem, os restantes ser praticados pelo M.P. ou
pelos órgãos de polícia criminal em quem ele delegar.
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v. artº 141º, nº1 C.P.P. .
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O artº 196º C.P.P. prevê o termo de identidade e residência. Esta é a única medida de
coacção cuja aplicação não da competência exclusiva do Juiz de Instrução, podendo
igualmente ser aplicada pelo M.P. .
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v. artº 59ºdo E.O.A. . Este artigo estabelece algumas garantias nas buscas em escritórios
de advogados, as quais, a não serem respeitadas, determinam a nulidade do acto (v . artº
201º, nº1 do C.P.C. e artº 119º, alínea c) do C.P.P.). Assim, o Juiz de instrução deverá
convocar para o acto, o advogado a ele sujeito, bem como o Presidente do Conselho
Distrital , Presidente da Delegação ou Delegado da O.A., conforme os casos (os quais
poderão delegar em qualquer outro Advogado). (v. nº2). Quando não seja possível a
comparência dos representantes da O.A., o Juiz de Instrução deverá, ainda assim, nomear
qualquer Advogado que possa comparecer imediatamente (de preferência, um que tenha
pertencido aos órgãos da O.A., ou, em caso de impossibilidade, aquele que for indicado
pelo Advogado visado pelo acto (v. nº3). Ao acto poderão assistir ao acto, os familiares ou
empregados do Advocado visado (v. nº4). Finalmente, o auto de diligência referirá
expressamente todos os presentes e, bem assim, mencionará quaisquer ocorrências que
tenham lugar no decurso do acto (v. nº6) .
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Designadamente, a decisão sobre admissibilidade da constituição de assistente (v. artº
68º, nº 4); condenação em caso de falta injustificada, e consequente detenção (v. artº 116º);
proceder à inquirição de testemunha em caso de doença grave ou de deslocação para o
estrangeiro que previsivelmente a impeça de ser ouvida posteriormente em julgamento (v.
artº 271º - declarações para memória futura); proceder à inquirição de vítimas sexuais (v.
artº 271º - declarações para memória futura); concordância nos casos de suspensão
provisória do processo (v. artº 281º, nº1); concordância nos casos de arquivamento em
situações de dispensa de pena (v. artº 280º) .
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A busca em casa habitada ou numa sua dependência fechada só pode ser ordenada ou
autorizada pelo Juiz e efectuada entre as 07h00m e as 21h00m, sob pena de nulidade. Nos
casos de terrorismo, criminalidade violenta ou altamente organizada, quando existam
fundados indícios da prática iminente de crime que ponha em grave risco a vida ou a
integridade física de qualquer pessoa ou ainda quando os visados o consintam, desde que
tal consentimento fique, por qualquer forma documentado (v. artº 174º, nº4, als. a) e b) ), as
buscas domiciliárias também podem ser ordenadas pelo M.P. ou ser efectuadas por órgãos
de polícia criminal.
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É proibida, sob pena de nulidade, a apreensão e qualquer outra forma de controlo da
correspondência entre o arguido e o seu defensor, salvo se o Juiz tiver fundadas razões
para crer que aquela constitui objecto ou elemento de um crime.
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É proibida a intercepção e a gravação de conversações ou comunicações entre o arguido
e o seu defensor, salvo se o Juiz tiver fundadas razões para crer que aquela constitui
objecto ou elemento de um crime.
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Nota: Os prazos contam-se a partir do momento em que o Inquérito tiver passado a correr
contra pessoa determinada ou em que se tiver verificado a constituição de arguido ( v. artº
58º C.P.P. - da constituição de arguido).
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1- Deduz acusação;
2- Arquiva o processo;
1- Dedução de acusação:
( v. infra.)
2- Arquivamento do Inquérito:
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a) ao arguido;
b) ao assistente;
d) às partes civis.
- Se o fizer depois dos 30 dias a que alude o artº 278º C.P.P. e o M.P.
indeferir o requerimento de reabertura, então o assistente pode reclamar
hierarquicamente - artº 279º C.P.P.;
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Nota: a comunicação ao arguido e ao assistente é feita por notificação, nos termos do artº
113º, nº1 C.P.P.
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indemnização ao lesado;
entregar ao Estado ou a instituições privadas de
solidariedade social certa quantia;
não exercer determinadas profissões;
não frequentar certos meios ou lugares;
não residir em certos lugares ou regiões;
não acompanhar, alojar ou receber certas pessoas;
não ter em seu poder determinados objectos capazes
de facilitar a prática de outro crime;
qualquer outro comportamento exigido para o caso.
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Nota: Este despacho é insusceptível de impugnação.
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5- Processo sumaríssimo
( V. infra )
A Acusação
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Ou seja, nos crimes públicos e semi-públicos, porque nos particulares, deverá notificar o
assistente para que este a deduza no prazo de 10 dias, nos termos do artº 285º C.P.P. .
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1-
Ao arguido;
2-
Ao assistente;
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Ao denunciante com a faculdade de se constituir
assistente;
4- Às partes civis (v.infra).
A comunicação ao arguido e ao assistente é feita por notificação, mediante
contacto pessoal ou via postal registada - v. artº 283º, nº6.
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Nota: O M.P. pode, nos 5 dias posteriores à dedução de acusação de acusação
particular por parte do assistente, acusar pelos mesmos factos, por parte deles ou por outros
que não importem uma alteração substancial dos mesmos - v. artº 285º, nº3 C.P.P. .
Nota: Se o particular não deduzir acusação, o M.P. não tem legitimidade para o
fazer, limitando-se a arquivar os autos. (por força do artº 50º C.P.P.).
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NOTA: Nos processos de crime de abuso de imprensa o prazo para o assistente deduzir
acusação é de 3 dias. ( Este prazo mantém-se, ainda que no mandado de notificação ao advogado do assistente
tenha sido indicado um prazo diferente - Assento S.T.J. de 11/11/92 ).
Requerer a abertura da Instrução, no prazo Nada fazer (ou seja, não requerer a abertura
de 20 dias a contar da notificação da da instrução), caso em que o processo segue
acusação, relativamente a factos pelos quais o para o Tribunal de Julgamento.
M.P. (ou o Assistente, nos crimes particulares)
tiverem deduzido acusação - v. artº 287º, nº1,
al. a).
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Com a acusação ou no Também com a acusação ou no Tendo o lesado manifestado o propósito de deduzir o
prazo em que esta deva ser pedido de indemnização civil, nos termos do artº 75º, nº2
prazo em que esta deva
deduzida- v. artº 77º, nº1 C.P.P., C.P.P.:
ser formulada- v. artº
77º,nº1 C.P.P. ou seja:
No prazo de 20 dias a contar da notificação ao
10 dias a contar da arguido do despacho de pronúncia - artº 77º, nº2
notificação da acusação do C.P.P. .
M.P., nos crimes públicos ou
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Nota: Sugere-se que se apresente o pedido cível logo após a comunicação da acusação e
não antes, dadas as dificuldades de consulta do processo, antes da acusação, na fase do
Inquérito - v. artº 89º, nº 2 C.P.P.
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Nota: O M.P. formula o pedido de indemnização civil relativamente ao lesado que lho
requeira, quando este não tiver condições económicas que não lhe permitam constituir
advogado - v. artº 76º C.P.P. ; artº 2º, nº2, al. 15 Lei 43/86, de 26 de Setembro ( Lei de
Autorização Legislativa) e artºs 1º e 19º D.L. 387-B/ 87, de 29 de Dezembro (Regime Geral
do Apoio Judiciário).
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Nota: Quando a lei - artº 74º C.P.P. - fala em lesado, pretende significar a pessoa que
sofreu danos em consequência do crime, ainda que não se tenha ou nem sequer possa
constituir assistente.
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Quando, em razão do pedido, se pedido em separado, não fosse obrigatória a constituição
de Advogado, o lesado, no prazo de 10 dias previsto no artº 77º, nº3 C.P.P., pode requerer
que lhe seja arbitrada a indemnização civil. Este requerimento não está sujeito a
formalidades especiais e pode consistir em declaração em auto, com indicação do prejuízo
sofrido e das provas - v. artº 77º, nº4, C.P.P.
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A Instrução
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- Inicial:
- Devida a final :
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- Os actos de Instrução:
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- O Debate Instrutório:
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Este regime não se aplica se da alteração verificada resultar a incompetência do Juiz de
Instrução - v. artº 30º, nº2 C.P.P. . Neste caso, o Juiz de Instrução não pode prosseguir a
realização desta, devendo o processo ser remetido para o Tribunal competente - v. artº 33º
C.P.P. . A incompetência do Juiz de Instrução é por este conhecida e declarada
oficiosamente e pode ser deduzida pelo M.P., pelo Arguido e pelo Assistente, até ao trânsito
em julgado da decisão final - v. artº 32º, nº1 C.P.P. . Tratando-se de incompetência
territorial, só pode ser deduzida e declarada até ao início do debate instrutório - v. artº 32º,
nº2, al. a).
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- Encerramento da Instrução:
identificação do arguido;
narração dos factos imputados ao arguido e grau de
participação;
indicação das normas aplicáveis;
indicação das provas a produzir e a requerer;
a data e a assinatura.
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O prazo conta-se a partir da data de recebimento d requerimento para abertura da
Instrução - v. artº 306º, nº3.
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O Julgamento
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O despacho que designe dia para a audiência deverá indicar, sob pena de
nulidade38 - v. artº 313º, nº1 C.P.P. :
a) O M.P. ;
b) O arguido e o seu defensor ;
c) O assistente ;
d) As partes civis e os seus representantes.
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A acusação considera-se manifestamente infundada quando: não contenha a identificação
do arguido; não contenha a narração dos factos; não indicar as disposições legais aplicáveis
ou as provas que a fundamentam; ou se os factos não constituírem crime - v. artº311º, nº3
C.P.P.
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A data deve ser marcada de modo a que entre o recebimento dos autos e a realização da
audiência não decorram mais de 2 meses (!!!) Neste mesmo despacho é logo designada
segunda data para realização da audiência de julgamento em caso de adiamento, nos
termos do artº 333º, nº1 C.P.P. . No caso de existir Arguido em prisão preventiva ou com
obrigação de permanência na habitação a data é fixada com precedência sobre qualquer
outro julgamento - v. artº 312º, nos 2 e 3 C.P.P. .
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Trata-se de uma nulidade sanável, dependente, portanto, de arguição - v. artº 120º C.P.P..
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O despacho será comunicado, por cópia, aos restantes juizes que fazem
parte do Tribunal - v. artº 314º C.P.P.
__________//__________
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Se não for possível notificar o Arguido sujeito a TIR do despacho que designa dia para a
audiência, o Arguido é notificado por editais, com a cominação de que será julgado na
ausência caso não esteja presente. Os editais contêm as indicações tendentes à
identificação do Arguido, do crime que lhe é imputado e das disposições legais que o punem
e a comunicação de que, não se apresentando no prazo assinado, será declarado contumaz
- v. artos 334º, nº3 e 335º, nº2 .
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Se houver fundadas razões para crer que o assistente, uma parte civil,
uma testemunha, um perito ou um consultor técnico se encontre
impossibilitado de comparecer na audiência, podem ser-lhe tomadas as
suas declarações no domicílio, com observância das formalidades
estabelecidas para a audiência e redução a auto - v. artº 319º C.P.P.
- A Audiência :
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A saber: ordenar, pelos meios adequados, a comparência de quaisquer pessoas - v. artº
323º, nº1, al. b) “primeira parte” ; receber os juramentos e os compromissos - v. artº 323º,
nº1, al. d); tomar todas as medidas preventivas, disciplinares e coativas, legalmente
admissíveis, que se mostrarem necessárias ou adequadas a fazer cessar os actos de
perturbação da audiência e a garantir a segurança de todos os participantes processuais - v.
artº 323º, nº1, al. e); advertir o arguido de que lhe retira a palavra, se, no decurso das suas
declarações, este persistir em reportar-se a matéria irrelevante para a boa decisão da
causa, afastando-se do objecto do processo - v. artº 343º, nº3.
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Ainda que nos casos em que é admitido, o adiamento só deverá ter lugar
se a simples interrupção não for suficiente para remover o obstáculo - v.
artº 328º, nº3 C.P.P.
- Actos Introdutórios :
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- A Produção da Prova :
Aspectos Gerais :
a) Declarações do arguido;
b) Apresentação dos meios de prova indicados pelo M.P.,
assistente e lesado ;
c) Apresentação dos meios de prova indicados pelo arguido e
pelo responsável civil.
Excepções à regra :
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Nota : na prática, o Tribunal relega o conhecimento do requerimento de prova para depois
da audição da restante prova.
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- Declarações do arguido :
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Se, porém :
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- Não pode ser tomada em conta para o efeito da - Se tiver relevo para a decisão da causa, o Presidente,
condenação no processo em curso. oficiosamente ou a requerimento, comunica a alteração ao
arguido e concede-lhe, se ele o requerer, o tempo
estritamente necessário para a preparação da defesa,
- Deverá ser comunicada ao M.P., valendo como denúncia, excepto se os factos que originaram essa alteração
para que este proceda pelos factos novos. derivarem dos alegados pela defesa - v. artº 358º C.P.P.
- Registo da prova:
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- Alegações :
1- M.P. ;
2- Advogado do assistente;
3- Advogado da parte civil;
4- Defensor ( este é sempre o último a falar).
- Decisão :
- Relatório :
identificação do arguido;
identificação do assistente e das partes civis;
indicação do crime ou dos crimes imputados ao
arguido, segundo a acusação, ou pronúncia, se a tiver
havido;
indicação sumária das conclusões contidas na
contestação, se tiver sido apresentada.
- Fundamentação :
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não estiver ferida de nulidade, ainda que lhe falte algum dos
requisitos do artº 374º C.P.P. ;
se contiver erro, lapso, obscuridade ou ambiguidade cuja
eliminação não importe modificação essencial.
Processo Abreviado
Âmbito de aplicação:
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Ou seja, serem julgados por Tribunal Singular processos por crimes cuja pena máxima,
abstractamente aplicável, seja superior a 5 anos de prisão, mesmo em caso de concurso de
infracções, quando o M.P., na acusação ou em requerimento, quando seja superveniente o
conhecimento do concurso, entender que a pena de prisão aplicável, no caso concreto, não
deva ser superior a 5 anos.
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- Tramitação processual:
- Debate Instrutório:
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- Saneamento do processo:
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- Julgamento:
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