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20 de Outubro de 2019

Saia de cima do muro.


Josué 24.1-28
Iniciando a Jornada.
Boa à noite a todos, graça e paz aos irmãos e irmãs! O tema da palavra que quero compartilhar com os
irmãos nesta noite é: “Saia de cima do muro”.
Hoje quero pensar com os irmãos sobre decisão. O aspecto que quero enfatizar ao falar sobre decisão
está relacionado com tomar uma posição, resolver-se por algo ou alguém, fazer uma opção, definir-se.
Tomar decisão é próprio do ser humano. Fomos criados por Deus com a capacidade de fazer escolhas e
tomar decisões (Gn.2.15-17). É claro que algumas escolhas são fáceis de fazer, outras nem tanto. Mas, ha algo
sobre tomar decisão que muitas pessoas não tem se dado conta em nossos dias. Há decisões que tomamos que
podem ter consequências de pouca duração em nossa vida enquanto outras de efeitos eternos.
Nossas decisões têm um preço, sejam elas pequenas ou grandes. No entanto, o mais estranho e
interessante é que muitas pessoas não têm a menor consciência desse fato; muitas decidem sem analisar as suas
escolhas e como consequência não percebe o impacto dessas escolhas nas suas vidas, seja no aspecto pessoal,
familiar, financeiro, emocional, profissional e acima de tudo espiritual.
Você precisa entender que toda vez que toma uma decisão por mais simples que seja, há um “preço” a
ser pago por ela, e seja qual for o resultado foi você que decidiu escolher o caminho, a rota a seguir.
O texto que lemos nesta noite nos fala de uma das decisões mais importante da nossa vida, uma decisão
que tem o poder de determinar o nosso destino na eternidade: “... escolham hoje a quem irão servir...”.
Js.24.15 NVI
Entre todas as decisões que você pode fazer, e tem a oportunidade de fazer, a maior delas é: o Que ou
Quem será o seu Deus. Dizendo isto em outras palavras, você precisa escolher diante do Que ou diante de
Quem você vai dobrar os seus joelhos. O Que o Quem vai dirigir, governar e influenciar a sua vida, ou seja,
decisões, valores, afeições.
Por que essa decisão é tão importante? Por que essa é a principal escolha da sua vida? Porque a verdade
é que você sempre se torna semelhante ao Que ou a Quem você admira, serve, ama e se dedica. E mais, o que
governa a sua vida aqui, determina o seu destino na eternidade.
Agora veja bem, há uma estratégia de Satanás nesta questão de nossa decisão em relação à eternidade. É
nos convencer que há como ficarmos neutros em relação a essa decisão. Infelizmente hoje uns dos terríveis
males dentro da igreja evangélica do século 21 é a falta de posição ao lado de Deus.
Muitas pessoas hoje vêm às reuniões da igreja, gostam dos louvores, se sentem bem no meio dos
irmãos, mas ainda não definiram o lugar onde querem estar de verdade. Essas pessoas vivem em cima do muro.
Não tomam uma posição, não fazem uma decisão. Essas pessoas acreditam que podem ficar neutras diante de
Deus.
Mas o que é estar em cima do muro? Estar "em cima do muro", é o mesmo que não emitir opinião sobre
determinado assunto, não definir um lado, não se resolver por algo ou alguém, não tomar uma posição
definitiva, ser covarde, ou por não saber o que escolher, ou por querer agradar os dois lados.
Meu amado, minha amada de que lado você está? Quem de fato governa a sua vida.
O texto de Josué 24.1-28 faz parte do último capítulo do livro de Josué. No livro de Josué, nós
encontramos o relato da conquista da terra prometida que aconteceu por meio de inúmeras batalhas contra os
povos de Canaã. Deus prometeu ao seu povo, quando eles ainda estavam no Egito, que a terra de Canaã seria
deles. Eles entrariam naquele lugar, expulsariam os seus habitantes e ficariam com as suas propriedades. E foi
exatamente isso que aconteceu. O livro de Josué mostra que Deus cumpre as suas promessas.
Depois que as terras foram distribuídas, houve paz com os inimigos em derredor. O tempo passou e
Josué ficou ainda mais velho. E, brevemente, ele iria morrer. Então, assim como Moisés, ele fez questão de dar
as suas últimas instruções ao povo, e preparar a transição para a nova liderança. Ele fez isso por meio de duas
reuniões, onde estavam presentes todos os líderes e o povo de Israel.
A primeira reunião está registrada no capítulo 23 do livro de Josué, e a segunda reunião está descrita no
capítulo 24 deste livro. No capítulo 23, nós encontramos uma assembleia solene onde Josué faz um discurso de
despedida do povo. Nesse discurso, Josué relembra as vitórias que Deus deu aos israelitas na ocupação da terra
prometida. Ele também exorta o povo a ser fiel a Deus.
Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
E no final ele os adverte de que, se eles forem infiéis, Deus não expulsará o restante dos seus inimigos.
Pelo contrário, em sua ira, Deus usará esses inimigos para castigar o seu próprio povo.
No capítulo 24, nós lemos que Josué reuniu outra vez o povo para renovar a aliança de Deus com Israel.
Ele já tinha feito uma renovação da aliança mosaica no início da conquista de Canaã, conforme consta no
capítulo 8 do seu livro. E para essa outra renovação da aliança, Josué escolheu um lugar muito especial: A terra
de Siquém. Siquém era o lugar onde Deus tinha prometido a Abraão que os seus descendentes ocupariam
aquela terra onde eles estavam agora. Aquele era o local ideal para que a aliança entre Deus e o seu povo fosse
reafirmada mais uma vez.
Em seu último discurso a nação de Israel, no final de sua vida Josué desafia o povo a um
posicionamento em sua vida – Escolham hoje a quem vocês querem servir. O povo de Israel achava que podiam
servir a dois senhores, ou pior ainda, que poderiam estar neutros diante do Senhor.
Que quadro impressionante o texto nos descreve, Josué de pé, com toda a sua família de frente para o
povo falando: “Vocês tem que escolher hoje a quem vocês vão servir, porque eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Josué
estava desafiando o povo a assumir uma posição diante de Deus, a resolverem de uma vez por todas a quem
serviriam e adorariam, a optarem de uma vez por todas quem seria o Deus da sua vida. Em outras palavras
Josué estava dizendo: Saiam de cima do muro!
Eu olho para as nossas reuniões e fico a imaginar quantos estão aqui vivendo em cima do muro. Está em
cima do muro nos faz lembrar aqueles que apesar de se dizerem crentes não querem compromisso com igreja
local; não querem se batizar, identificando-se assim com Cristo e com a comunidade local, pois segundo eles,
gerará maior responsabilidade. Triste engano! Não querem contribuir financeiramente para o sustento da obra,
embora usufrua o beneficio que a contribuição de outros lhe proporciona.
Há também aqueles que vivem em cima do muro visitando igreja A, B, C, desfrutando os momentos de
festa, de euforia que a igreja local está vivendo, mas não querem alimentar-se do pão espiritual que é servido
nos cultos de ensino, tampouco se envolver no serviço do Reino naquele rebanho.
Estar em cima do muro representa também estar na igreja local e ao mesmo tempo vivendo as práticas
do reino das trevas, porque não experimentaram o verdadeiro novo nascimento no Reino de Deus.
Deus nos guarde de sermos encontrado em cima do muro quando a trombeta tocar! Deus nos guarde de
sermos encontrados na posição de mornos na presença do Senhor! E por quê?
Porque estar em cima do muro é a mesma coisa de está perdido. Não tem diferença nenhuma entre
aquele que está em cima do muro, daquele que está perdido nas trevas do pecado debaixo do jugo de Satanás.
Conta-se a história que havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro
estavam Deus, os anjos e os servos leais. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todas as
pessoas que não querem servir a Deus. E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado
num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um
pouco os prazeres do mundo.
O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele: “Ei!,
desce do muro agora. Vem para cá!” Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou
por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás: “O grupo do lado de Deus fica o tempo todo
me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam?”. Grande foi à surpresa do
jovem quando Satanás respondeu: “porque o muro é MEU.”
Nunca se esqueça: Não existe meio termo. O muro já tem dono. A escolha é sempre sua! Em todas as
circunstâncias da vida ficar no muro não é uma boa opção, pois já se sabe quem é o dono. Decida já, de que
lado você vai estar por toda a sua vida.
A vida em Cristo não tem meio termo, não há coluna do meio, apenas posição definida, ou é sim ou é
não; ou quente ou frio; ou somos cem por cento de Cristo ou não somos dele, mas sim do mundo.
O Senhor Jesus em um dos seus sermões disse: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta,
espalha”. Mt.12.30 ARA.
Meu querido, minha querida ou você tem um compromisso com Jesus. E Jesus é Senhor da sua vida,
dono da sua vontade, dono do seu presente, do seu passado do seu futuro. É aquele que vai lhe dar a mão e lhe
ensinar a caminhar por toda a eternidade, ou você já tem um compromisso com Satanás mesmo sem saber.
Não tem neutralidade, não há como está em cima do muro. Ou você está de cabeça com Jesus ou não
está. Ou você se compromete com Jesus, ou já está comprometido com Satanás.

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
Talvez você pense: eu já frequento a Igreja há muito tempo, participo das atividades e reuniões, tenho
melhorado minhas atitudes e comportamento, procuro ser uma pessoa do bem, vou à célula.
Mas, independente de tudo isso você ainda não saiu de cima do muro, você precisa tomar uma posição
hoje diante de Deus. É para você a palavra do apóstolo Paulo: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”. 2Co.13.5
A Bíblia Viva traduz da seguinte maneira o mesmo texto: “Façam a verificação em vocês mesmos. Vocês são
realmente cristãos? Passem pela prova? Sentem cada vez mais a esperança e o poder de Cristo dentro de vocês? Ou estão apenas
fingindo-se cristãos, quando não são absolutamente nada?”. Bv
O apóstolo João nos adverte que “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos
e não praticamos a verdade”. 1Jo.1.6 ARA. Não basta dizer que temos comunhão com Deus, isso precisa ficar evidente
na maneira que vivemos em nosso dia a dia.
Ou você é discípulo de Jesus, ou é inimigo dele. Não há meio termo. Jesus declara: "Se você não está a
favor, está contra”. Lc.9.50. É impossível ficar em cima do muro em relação a Jesus. Se você não coopera com a
obra de Cristo, a obstruí. Não é possível ficar neutro: ou Jesus é o Senhor ou não é.
Por isso, aconselho a você que até agora tem vivido em cima do muro a tomar a decisão que vai mudar
radicalmente a sua vida. Sai de cima do muro! Assuma o teu lugar no Corpo de Cristo. Aja! Decida-se! O
tempo urge! Pare de brincar de ser crente, de ser quase crente; de ser apenas um frequentador das reuniões da
igreja aos domingos; frutifique em Cristo para glória de Deus!
Da mesma forma como o dono da vinha de Lucas 13.1-9 deu á figueira uma nova oportunidade para dar
fruto, deixando-a ficar na vinha por mais um ano, o Senhor está te dando mais uma oportunidade hoje de tomar
uma posição ao lado de Cristo, de sair de cima do muro.
Hoje é comum no meio da igreja expressões como “frequentador assíduo”, “amigo do evangelho”, “crente
Raimundo – um pé na igreja outro no mundo” para descrever as pessoas que frequentam as reuniões da igreja, mas
que continua sua vida fora dela sem Deus.
Mas, Jesus não tem compromisso com nenhum deles. Jesus não veio fazer frequentador assíduo ou
amigos do Evangelho. O Senhor Jesus veio fazer discípulos. E discípulo é aquele que toma uma posição de
obediência e renuncia diante do mestre:
“Depois disse a todos: —Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia
para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. "Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida
verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira." O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro,
mas perder a vida verdadeira e ser destruído? Pois, se alguém tiver vergonha de mim e do meu ensinamento, então o Filho do
Homem também terá vergonha dessa pessoa, quando ele vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos”. Lc.9.23-27 NTLH
O maior engano que Satanás colocou na mente das pessoas do nosso tempo é a ideia que existe um
muro. Pois, afinal ficar “em cima do muro” é mais fácil, você tem sua salvação e nem precisa abrir mão de
nada. Não é maravilhoso?!
É o caminho perfeito para seguir, vou para festa da sexta, faço o que eu quero, vou para outra no sábado,
curo minha ressaca no domingo de manhã. E a noite? Igreja! Chego lá falo com a galera, assisto o culto, dou
aquela saída com o pessoal para lanchar, passo a semana cuidando da minha vida e no próximo domingo?
Igreja! de novo, e vou vivendo essa minha vida assim em cima do muro, e aí quando eu tiver perto de morrer, aí
sim, eu me comprometo com Jesus de verdade, enquanto isso o muro me basta.
Eu tenho algo para lhe dizer nesta noite que você não vai gostar. Pois a noticia é ruim, e algumas
pessoas talvez se admirem com o que eu vou dizer. Então deixa eu te dizer - Você está andando em cima do
muro? Mas que muro? A realidade é a seguinte não existe um muro. Nunca existiu um muro na verdade. Isso é
algo que Satanás quer você pense que existe muro para você se sentir mais confortável.
Não acredite que um banco de igreja no domingo a noite é um caminho estreito, temos que concordar
que ele é um caminho bem largo e prático, que ilude muito as pessoas que frequentam a igreja. Pois, mal sabem
essas pessoas que isso não vale nada para Deus, e esse muro aí que ela jura que está em cima, nem está embaixo
delas, elas se apoiam numa falsa ideologia que as fez pensar que não estão tão distantes de Deus, mas só basta
um simples passo que parece fácil de ser dado.
A Bíblia em Mateus 7.13-14 diz: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que
conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e
poucos são os que a encontram.”

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
Só existem dois caminhos, isso mesmo dois, não são três, porque aí sim poderia ter um muro, mas não,
são dois caminhos e só o estreito leva a Deus. O caminho estreito leva a Deus, e o outro caminho largo leva
direto para o inferno, e esse tem a porta larga, nesse vai passar muita gente que pensa que está em cima do
muro.
Quer um conselho para entender que não existe muro? Leia Mateus 7 completo. Isso mesmo, todo esse
texto. E se quando terminar você acreditar ainda que exista um muro, um meio termo, só poderei te oferecer
minha compaixão. E quando você perceber que já não está num muro, mas caminhando para uma porta larga,
eu estarei feliz em saber que você largou sua ilusão, e que agora compreende que o muro era só mais um meio
de te afastar de Deus. Ainda é tempo de descobrir que não existe um muro. Ainda é tempo de escolher o
caminho certo. Ainda é tempo de se voltar para Deus.
Era isso que Josué estava dizendo ao povo de Israel: “Mas, se vocês não querem ser servos do SENHOR, decidam
hoje a quem vão servir. Resolvam se vão servir os deuses que os seus antepassados adoravam na terra da Mesopotâmia ou os
deuses dos amorreus, na terra de quem vocês estão morando agora. Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o
SENHOR.”. Js.24.15 NTLH
O que Josué está dizendo que não há como servir a dois senhores, ou ficarem neutros, é preciso tomar
uma decisão. O povo que outrora havia escolhido servir ao Deus de Abraão, agora estava flertando com os
deuses da terra do Egito e com os deuses da terra dos amorreus.
Josué relembrou-os de tudo quanto o Senhor havia feito por eles, de como o Senhor os havia tirado com
mão forte da terra do Egito e como havia entregado os cananeus em suas mãos. O grande líder não vacilou e
logo deu a dica: "Escolhei hoje a quem sirvais...”. pois, eu já fiz a minha escolha: "Eu e minha casa serviremos ao
Senhor".
Esta declaração implica em uma escolha. Josué disse ao povo: “Agora temam o Senhor e sirvam-no com
integridade e fidelidade. Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito, e sirvam ao
Senhor”. v.14 NVI.
Josué deixou claro que o povo de Israel teria que tomar a decisão de servir ao Senhor Deus de Israel. A
neutralidade não era uma opção. Porém, se servissem ao Senhor, teriam de se livrar dos falsos deuses que
alguns deles adoravam em segredo. Mesmo depois da grande experiência do êxodo, alguns israelitas ainda
faziam sacrifícios aos deuses do Egito (Lv.17.7; Am.5.25-26; At.7.42-43; Ez.20.6-8).
Josué não estava sugerindo que o povo poderia escolher adorar os falsos deuses da terra e que Deus
aceitaria esse comportamento; não havia outra opção senão adorar ao Senhor. Como um homem sábio e
espiritual, Josué sabia que, de modo consciente ou não, todos adoram algo ou alguém, pois a humanidade é
"incuravelmente religiosa". Se os israelitas não adorassem o Deus verdadeiro, acabariam adorando os falsos
deuses das nações perversas em Canaã. O que Josué queria deixar claro era que o povo não poderia fazer as
duas coisas.
Josué disse ao povo que deveria tomar uma decisão: jogar fora os deuses é eliminar tudo quanto em suas
vidas ocupe o lugar de Deus. A palavra hebraica traduzida como “integridade” também poderia ser ter sido
traduzida pelas palavras “sinceridade” ou “pureza”. E a palavra “fidelidade” também poderia ter sido ser
traduzida pelas palavras “firmeza” ou “verdade”. É assim que o povo de Israel deveria servir ao Senhor – de modo
íntegro, sincero, puro, firme e verdadeiro.
Os preceitos do Senhor deviam ser respeitados. Suas leis, estatutos e juízos deviam ser obedecidos
integralmente. Deus era o Rei Soberano sobre eles. Eles deviam honrar esse rei de modo puro e firme. Isto
significa que eles não deveriam misturar a devoção a Deus com a devoção aos outros deuses. Não importam
quais eram esses deuses (se eram os deuses dos seus antepassados, ou se eram os deuses da terra de Canaã).
Aquele povo precisava definir bem o que eles queriam. Eles precisavam decidir a quem eles de fato serviriam
dali para frente.
Josué disse que eles deveriam jogar fora os seus ídolos. Em outras palavras, Josué disse “vomitai esses
deuses da vida de vocês”. Não sabemos exatamente se Josué disse aquilo porque o povo ainda estava transportando
com eles os deuses dos seus antepassados, ou se ele disse aquilo como uma exortação para nunca mais eles
lembrarem e confiarem nos deuses dos seus pais.
Uma coisa é certa. Servir a Deus exige exclusividade. Deus não permite que outro ser, outro deus, outro
ídolo, ou qualquer outra coisa seja colocado em pé de igualdade ao seu lado. Deus não tolera que seu povo dê
honra a mais ninguém além dele. O povo deve temer a Deus, deve honrar a Deus, deve servi-lo com integridade
e fidelidade, deve adorar somente a ele com extrema exclusividade.

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
Foi isso que o Senhor Jesus Cristo também nos ensinou. Ele nos ensinou a mantermos com integridade e
fidelidade a aliança que ele tem conosco. Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Ou seja, todo o nosso ser deve estar voltado para Deus: Todo o
nosso coração; toda a nossa alma; todo o nosso entendimento.
Irmãos, amar a Deus com integridade e fidelidade é permanecer em Cristo e nas palavras de Cristo.
Sobre isso, Jesus Cristo disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que
quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado o meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o
Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu
amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço”.
Cristo derramou o seu sangue por nós. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino da luz. Ele nos deu vida quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Ele nos deu o seu Santo
Espírito. Ele nos fez membros do seu corpo. Ele fez uma aliança conosco por intermédio do seu sangue.
Portanto, cabe a nós mantermos nossa aliança com ele por meio de uma vida de gratidão. E uma vida de
gratidão implica em guardarmos as suas palavras – os seus mandamentos. Guardar os seus mandamentos é uma
prova de que estamos mantendo a aliança que ele tem conosco com integridade e fidelidade.
Existe algo em tua vida que está atrapalhando a tua família de servir ao Senhor? Em Mateus 6:24 lemos:
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”. Josué decidiu,
junto com sua família servir ao Senhor. Qual é a sua decisão: Você e sua casa também servirão ao Senhor?
A realidade por trás da decisão de Josué.
Agora veja bem. Há algumas realidades importantes na decisão que Josué coloca diante do povo de
Israel. Quais são elas?
A individualidade da decisão.
Josué diz “Escolhei...” A decisão era de natureza espiritual, mas tinha que ser tomada de forma
individual. Levando em consideração que Deus lembrou-se do seu povo, e que o mesmo os libertou da
escravidão, agora cada um tinha que evidenciar onde de fato estava a sua confiança, se nos deuses do Egito ou
no Deus que os libertou. Eles haviam experimentado de Deus e essa experiência com Deus exigia um
posicionamento.
Era necessário que cada um firmasse uma posição quanto ao caminho a ser seguido. O povo de Israel
estava oscilando entre o Senhor que os havia tirado do Egito e os deuses egípcios e cananeus. Eles não
tomavam uma posição. Por isso, Josué os confronta: “Saiam de cima do muro!”
Escolhas espirituais são individuais. Ninguém pode fazê-las por você, mesmo, que seja o seu líder de
célula ou pastor da igreja. Deus condena a duplicidade espiritual. Veja o que Moisés diz em Deuteronômio.
30.19-20: “O céu e a terra tomo hoje por testemunha contra ti, de que te pus diante de ti a vida e a morte, a
benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus,
obedecendo a sua voz, e te apegando a Ele; pois Ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias…”.
Ao declarar-se definitivamente do lado do Senhor, Josué demonstrou sua fidelidade a Deus não
importando o que outros tivessem decidido. Josué fez um compromisso com Deus e estava disposto a dar o
exemplo de viver de acordo com essa decisão. A maneira em que vivemos demonstra a outros a seriedade de
nosso compromisso para servir a Deus.
A urgência da decisão.
Josué diz “... Escolhei hoje...”. As pessoas reagem de diferentes formas quando são pressionadas para
tomarem uma determinada decisão, normalmente pedem cinco minutos ou até dias, a fim de darem a resposta,
no entanto, Josué entende que aquelas pessoas já tiveram tempo o suficiente para refletir e exatamente por isso,
conclui que já não havia mais sobre o que pensar.
É impressionante como as pessoas gostam de protelar a decisão que determinará o destino de sua alma.
A exemplo dos hebreus que já tinham contemplado o poder de Deus; há muitos hoje que também já o
experimentaram e tantas mensagens ouviram, mas ainda assim preferem simplesmente protelar um pouco mais.
Porém, faz-se necessário frisar que a decisão demanda urgência - “Hoje”.
Meu amigo, minha amiga hoje tens a escolha: Vida ou morte, qual vais aceitar? Amanhã pode ser muito
tarde, hoje Cristo te quer libertar.

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
A escolha tem que ser feita com urgência, “… hoje…”. Porque assim o Espírito Santo ordena: “Hoje se
ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7b). A escolha tem que ser feita hoje, porque o amanhã
poderá ser tarde demais.
Uns dos males do nosso tempo é a procrastinação. Empurramos a decisão para amanhã. O que tem que
ser feito hoje é para ser feito hoje. Todo o mal na nossa vida deve ser cortado hoje e não amanhã.
A nação de Israel tinha que decidir se obedeceria a Deus, que já tinha comprovado sua fidelidade, ou se
obedeceria aos deuses locais, que eram ídolos feitos pelos homens. É fácil cair em uma rebelião silenciosa,
seguindo com nossa vida a nossa própria maneira. Mas chega o momento em que temos que decidir quem ou o
que nos controlará. A decisão é: seu Deus será a sua própria personalidade limitada ou outro substituto
imperfeito? Ou o Deus todo poderoso.
Josué chega ao fim da sua vida e a ultima coisa que ele faz é reafirmar a sua decisão por Deus em sua
vida: “ ...Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor...”. NVI
As razões de Josué escolher ao Senhor.
E por que Josué fez tal decisão? Porque ele escolheu a Deus?
Por causa da bondade e fidelidade de Deus.
Se você prestar atenção nas duas reuniões que Josué faz para se despedir dos israelitas, a primeira coisa
que ele destaca em seu discurso é a bondade e fidelidade de Deus:
“Passado muito tempo, depois que o Senhor concedeu a Israel descanso de todos os inimigos ao redor, Josué, agora velho,
de idade muito avançada, convocou todo o Israel, com as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais, e lhes disse: "Estou velho,
com idade muito avançada. Vocês mesmos viram tudo o que o Senhor, o seu Deus, fez com todas essas nações por amor a vocês;
foi o Senhor, o seu Deus, que lutou por vocês. Lembrem-se de que eu reparti por herança para as tribos de vocês toda a terra das
nações, tanto as que ainda restam como as que conquistei entre o Jordão e o mar Grande, a oeste. O Senhor, o seu Deus, as
expulsará da presença de vocês. Ele as empurrará de diante de vocês, e vocês se apossarão da terra delas, como o Senhor lhes
prometeu. "Façam todo o esforço para obedecer e cumprir tudo o que está escrito no Livro da Lei de Moisés, sem se desviar, nem
para a direita nem para a esquerda. Não se associem com essas nações que restam no meio de vocês. Não invoquem os nomes dos
seus deuses nem jurem por eles. Não lhes prestem culto nem se inclinem perante eles. Mas apeguem-se somente ao Senhor, ao
seu Deus, como fizeram até hoje. "O Senhor expulsou de diante de vocês nações grandes e poderosas; até hoje ninguém conseguiu
resistir a vocês. Um só de vocês faz fugir mil, pois o Senhor, o seu Deus, luta por vocês, conforme prometeu. Por isso dediquem-se
com zelo a amar o Senhor, o seu Deus”. Js.23.1-11 NVI
Em suas palavras finais tanto aos lideres de Israel, depois ao povo em geral Josué destaca enfatizou a
posse da terra, e o desfruto de suas bênçãos.
Desde o dia em que Israel deixou o Egito, o Senhor lutou por seu povo e os livrou de seus inimigos.
Afogou o exército egípcio no mar e derrotou os Amalequitas que atacaram os israelitas logo depois que saíram
do Egito (Êx.17). O Senhor derrotou todos os inimigos de Israel, enquanto a nação marchava em direção a
Canaã e deu a seu povo a vitória sobre as nações da Terra Prometida. Deus jamais havia falhado com seu povo,
mas, pelo contrário sempre mostrou bondade e fidelidade.
Josué cresceu no Egito como escravo. E como os escravos, em geral, a sua vida seguia o seu curso. Até
que Deus começou a agir na história. Ele como adolescente testemunhou os grandes atos de Deus. Ele
testemunhou as 10 pragas do Egito. Ele testemunhou as vitórias do Senhor sobre os deuses egípcios. Ele
testemunhou o mar sendo aberto. Ele foi um dos poucos sobreviventes da peregrinação de 40 anos pelo deserto.
Este homem de pé desafiando o povo a fazer uma escolha por Deus teve o seu caráter forjado na sua
adolescência. Josué nasceu num contexto onde o seu povo era escravizado. Ele cresceu como um escravo. Mas,
depois que Deus o libertou, ele escolheu viver para o Senhor e isso porque experimentou a fidelidade do Senhor
em sua vida.
O Senhor cumpriu tudo o que havia prometido aos israelitas. Por isso, Josué tomou a decisão de estar ao
lado do Senhor. Deus é fiel! O que Ele promete, Ele cumpre. Números. 23.19 diz: “Deus não é homem, para que
minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?”
Hoje em dia as palavras das pessoas não têm valor algum, inclusive, infelizmente, a palavra de muitos
que se dizem crentes. Não há mais comprometimento com a palavra falada. Contudo não é assim com o nosso
Deus o que Ele promete, Ele cumpre.
Deus prometeu a Moisés que iria tirar os hebreus do Egito e da maneira que Deus falou aconteceu. Deus
prometeu que ia dar à terra a nação de Israel e da maneira que ele prometeu, ele cumpriu. O livro de Josué é o
registro da concretização desta promessa.

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
Deus cumpriu suas promessas e tinha todo o direito de esperar que Israel guardasse os mandamentos que
havia lhes dado. Algumas promessas de Deus são incondicionais, enquanto outras têm condições, e seu
cumprimento depende de nossa obediência. Israel entrou na terra e a conquistou, mas o usufruto da terra
dependia de sua obediência à lei do Senhor. Se eles lhe obedecessem de todo o coração, Deus os capacitaria a
tomar posse de toda a herança.
Mas, se não obedecemos colhemos as consequências. A Palavra de Deus é como uma espada de dois
gumes (Hb.4.12): se lhe obedecermos, Deus nos abençoará e ajudará; se lhe desobedecermos, Deus nos
disciplinará até nos sujeitarmos a ele. Se amamos ao Senhor (Js.23.11), teremos o desejo de lhe obedecer e
agradar, de modo que o essencial é cultivar um relacionamento correto com Deus. Josué lembrou ao povo que a
Palavra de Deus nunca falha, seja uma Palavra de promessa de bênção seja de disciplina. As duas coisas
são prova de seu amor, "porque o Senhor repreende a quem ama" (Pv.3.11-12; Hb.12.6).
Charles Spurgeon dizia que "Deus não permitirá que seus filhos pequem com sucesso". Moisés havia advertido
Israel contra fazer concessões às nações perversas na terra (Êx.23.20-33; 34.10-17; Dt.7.12-26), e Josué
reforçou essa advertência (Js.23.13).
Se Israel começasse a se misturar com essas nações, aconteceriam duas coisas: Deus removeria sua
bênção e Israel seria derrotado; e essas nações causariam sofrimento e ruína a Israel. Josué usou exemplos
vividos como laço, acoite e espinhos para dar aos israelitas uma ideia clara do sofrimento que experimentariam
se desobedecessem ao Senhor. O golpe final de disciplina seria a remoção de Israel de sua terra para o exílio.
Afinal, se desejavam viver e adorar como gentios, então viveriam com os gentios! Isso ocorreu quando
Deus permitiu que os babilônios conquistassem Judá, destruíssem Jerusalém e levassem milhares de pessoas ao
exílio na Babilônia.
Meditar sobre a bondade de Deus serve de grande motivação para a obediência. Tiago relacionou a
bondade de Deus com nossa resistência à tentação (Tg.1.13-17), e Natã usou a mesma abordagem ao confrontar
o rei Davi com seus pecados (2Sm.12.1-15). Não foi a maldade do filho pródigo, mas sim a bondade do pai que
o levou de volta ao lar (Lc.15.17). "A bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento" Rm.2.4.
Existe o perigo de as bênçãos materiais concedidas pelo Senhor se apossarem de nosso coração de tal
modo que nos concentremos apenas nas dádivas, esquecendo-nos do Doador, o que, por sua vez, nos conduzirá
ao pecado (Dt.8).
Ao descrever a história de Israel desde o seu início, o Senhor desejava promover no coração de cada
filho Seu o reconhecimento e gratidão imprescindíveis para o crescimento e aperfeiçoamento do caráter. Sendo
a geração que desfrutava da herança prometida, que dava início a uma nova fase na história do povo de Deus,
selar um compromisso de integridade e fidelidade em servir ao Senhor resultaria um forte impacto às futuras
gerações.
Por causa da suficiência de Deus.
Outra razão porque Josué havia decido pelo Senhor era a sua suficiência em sua vida e na nação de
Israel. A primeira parte do capitulo vinte e quatro nos fala a respeito disso:
“Então Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais de
Israel, e eles compareceram diante de Deus. Josué disse a todo o povo: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Há muito tempo, os
seus antepassados, inclusive Terá, pai de Abraão e de Naor, viviam além do Eufrates e prestavam culto a outros deuses. Mas eu
tirei seu pai Abraão da terra dalém do Eufrates e o conduzi por toda a Canaã e lhe dei muitos descendentes. Dei-lhe Isaque, e a
Isaque dei Jacó e Esaú. A Esaú dei os montes de Seir, mas Jacó e seus filhos desceram para o Egito. "‘Então enviei Moisés e Arão e
feri os egípcios com pragas, com as quais os castiguei, e depois tirei vocês de lá. Quando tirei os seus antepassados do Egito, vocês
vieram para o mar, e os egípcios os perseguiram com carros de guerra e cavaleiros até o mar Vermelho. Mas os seus antepassados
clamaram a mim, e eu coloquei trevas entre vocês e os egípcios; fiz voltar o mar sobre eles e os encobrir. Vocês viram com os seus
próprios olhos o que eu fiz com os egípcios. Depois disso vocês viveram no deserto longo tempo. "‘Eu os trouxe para a terra dos
amorreus que viviam a leste do Jordão. Eles lutaram contra vocês, mas eu os entreguei nas suas mãos. Eu os destruí diante de
vocês, e vocês se apossaram da terra deles. Quando Balaque, rei de Moabe, filho de Zipor, se preparava para lutar contra Israel,
mandou buscar Balaão, filho de Beor, para lançar maldição sobre vocês. Mas eu não quis ouvir Balaão, de modo que ele os
abençoou vez após vez, e eu os livrei das mãos dele. "‘Depois vocês atravessaram o Jordão e chegaram a Jericó. Os chefes de Jericó
lutaram contra vocês, assim como os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os hititas, os girgaseus, os heveus e os jebuseus, mas eu
os entreguei nas mãos de vocês. Eu lhes causei pânico para expulsá-los de diante de vocês, como fiz aos dois reis amorreus. Não foi
a espada e o arco que lhes deram a vitória. Foi assim que lhes dei uma terra que vocês não cultivaram e cidades que vocês não
construíram. Nelas vocês moram, e comem de vinhas e olivais que não plantaram’. "Agora temam o Senhor e sirvam-no com
integridade e fidelidade. Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito, e sirvam ao
Senhor”. Js.24.1-14 NVI

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019
Se você observar o sujeito desse texto é apenas um, o Senhor todo poderoso. Um dos títulos para Deus e
que se repete quinze vezes no Livro de Josué é "O Senhor, Deus de Israel" (Js.7.13,19-20; 8.30; 9.18-19; 10.40,
42; 13.14,33;14.14; 22.16,24; 24.2,23). Isso para deixar clara a suficiência do Senhor sobre a vida de Israel.
É incrível o que Deus fez por Israel:
Deus escolheu Israel (v.1-4). Quando Deus chamou Abraão para deixar a terra de Ur e dirigir-se a
Canaã, o patriarca e sua família adoravam ídolos (Gn.11.27 — 12.9). "O Deus da glória apareceu a Abraão",
declarou Estêvão em seu discurso de despedida (At.7.2), lembrando os judeus de que sua identidade nacional
era um ato da graça de Deus. Abraão não buscou ao Senhor e o descobriu; antes, foi Deus quem se dirigiu a
Abraão! Não havia nada de especial no povo de Israel para que Deus os tivesse escolhido (Dt.7.1-11; 26.1-11;
32:10), e esse fato deveria levá-los sempre à humildade e à obediência.
Jesus disse a seus discípulos: "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros" (Jo.15.16). Os cristãos foram escolhidos por Cristo "antes da fundação do mundo" (Ef.1.4) e
chamados "eleitos de Deus" (Rm.8.33; Tt.1.1).
Deus libertou Israel (v.5-7). Deus mandou José adiante para o Egito a fim de preservar a nação
durante a grande fome (Sl.105.16-22); depois, enviou Moisés e Arão para livrar a nação da escravidão (v.23-
45). O Egito havia sido salvo da fome por causa dos hebreus, mas em vez de serem gratos, os governantes
egípcios escravizaram o povo hebreu e encheram sua vida de amargura (Êx.3.7-9). Tudo isso foi o
cumprimento das promessas que Deus haviam feito séculos antes a Abraão (Gn.15.1-17), mas o sofrimento no
Egito só fez os filhos de Israel se multiplicarem ainda mais. Deus julgou os deuses e governantes egípcios ao
enviar dez pragas sobre a terra, que culminaram com a morte dos primogênitos (Êx.7-12) . Só então, o Faraó
obstinado deixou os hebreus partirem. No entanto, logo mudou de ideia e ordenou que seu exército os
perseguisse.
Deus não apenas fez seu povo sair do Egito, como também os conduziu a atravessar o mar Vermelho,
afogando o exército egípcio naquelas águas (Êx.14-15). Deus instruiu seu povo a observar a Páscoa como
recordação anual de que haviam sido redimidos da escravidão no Egito (caps. 12 - 13). Em seu discurso de
despedida, Moisés lembrou os israelitas em várias ocasiões que, um dia, haviam sido escravos no Egito, mas
que o Senhor os havia libertado (Dt 5:15; 6:12; 8:14; 13:5, 10; 15:15; 16:3, 6; 20:1; 24:22). Faz bem aos
cristãos lembrar o que significa ser escravo do pecado para que, depois, possamos nos alegrar com nossa
redenção que custou alto preço pago na cruz. Há um grande perigo em não valorizar devidamente a dádiva da
salvação.
Deus conduziu Israel (vv. 8-10). Deus fez os israelitas saírem do Egito para levá-los a entrar em
sua herança (Dt.6.23). O objetivo de Deus para o povo era a Terra Prometida, mas o pecado dos israelitas em
Cades-Barnéia os levou a vagar pelo deserto durante quarenta anos até que toda a geração incrédula tivesse
morrido. Enquanto Israel marchou seguindo a arca, Deus derrotou seus inimigos. Quando Balaão tentou
amaldiçoar Israel, Deus transformou as maldições em bênçãos (Nm.22-24; Dt.23.5; Ne.13.2). Quer Satanás
atacasse Israel como um leão (o exército dos amorreus), quer como uma serpente (a maldição de Balaão), a
vitória era do Senhor.
Deus lhes deu sua terra (v.11-13). O mesmo Deus que conduziu Israel pelo mar Vermelho
também os fez atravessar o rio Jordão e entrar em sua herança. Exceto por uma derrota temporária em Ai (Js.7)
e por um pacto humilhante com Gibeão (Js.9), Josué e seu exército derrotaram todos os inimigos em Canaã,
pois o Senhor estava com eles.
Mai uma vez a ênfase de Josué é na bondade de Deus e em tudo o que ele fez por Israel por amor a seu
povo. Josué queria mostrar a suficiência de Deus aos israelitas, Deus não permitiu lhes faltar coisa alguma.
Mas, os israelitas deixaram de perceber a suficiência de Deus, não dando o devido a suas bênçãos, e com isso,
começaram a afastar-se da adoração sincera ao Senhor. Um coração grato é uma forte defesa contra as tentações
de Satanás.
Ponto Final.

Pib Comodoro/MT
20 de Outubro de 2019

Pib Comodoro/MT

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