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TEORIA DO DIREITO
CIÊNCIA POLÍTICA
FILOSOFIA DO DIREITO
GERAL (FILOSOFIA DO DIREITO)
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Sumário: Capítulo 1 – A teoria de Gramsci sobre o Estado
capitalista:1.1) A evolução teórica em relação à visão marxista do Estado e a
revitalização do conceito. de superestrutura;.1.2) A definição gramsciana de
Estado e de poder;.1.3) O conceito de hegemonia;. 1.4) Crise de
hegemonia;.1.5) Guerra de movimento e guerra de posição;1.6) O papel dos
intelectuais;.1.7) Revolução passiva; .Capítulo 2 - A teoria de Poulantzas sobre
o Estado capitalista:.2.1) A definição de Poulantzas para o Estado capitalista e
sua crítica à visão marxista instrumentalista do referido Estado;.2.2) A unidade
política do Estado capitalista;.2.3) A autonomia relativa do Estado capitalista
em relação às classes sociais, inclusive as dominantes; 2.4) Explicação de
Poulantzas sobre a leitura histórica de Marx acerca da França de Luís
Napoleão (meados do século XIX) como exemplo concreto dos conceitos de
unidade política e autonomia do Estado capitalista; 2.5) Leitura marxista de
Poulantzas sobre a questão do totalitarismo;2.6) O bloco no poder;2.7) Leitura
marxista de Poulantzas sobre a questão da separação dos poderes e sobre a
predominância ou do Executivo ou do Legislativo um sobre o outro; 2.8) A
análise marxista de Poulantzas sobre a questão da burocracia; Capítulo 3 –
Semelhanças e diferenças entre as teorias de Gramsci e Poulantzas acerca do
Estado Capitalista: Capítulo 4 – Conclusão:Bibliografia:
De acordo com Taylor (in Marsh & Stoker, 1995:254), "Gramsci argumenta que
‘o Estado consiste de todo um complexo de atividades políticas e teóricas com
as quais a classe dominante não somente justifica e conserva a sua
dominação, mas manobra para conquistar o consentimento ativo daqueles que
estão subjugados a suas regras’ (Gramsci, 1971, p.244)".
Sobre o conceito de poder, o mesmo autor informa que "A concepção de poder
é estendida para incluir ‘um vasto arranjo de instituições por meio das quais as
relações de poder são mediadas na sociedade: educação, a mídia de massa,
parlamentos e tribunais, todas são atividades e iniciativas que formam o
aparato político e cultural da hegemonia das classes dominantes’(Gramsci,
1971, p.244)" (Taylor, in Marsh & Stoker, 1995:254).
. ênfase nas especificidades locais: ela enfatiza que cada país particular
exige um reconhecimento acurado da sua própria realidade, devendo haver
uma adaptação de táticas e procedimentos conforme o estágio capitalista e as
peculiaridades culturais concretas em que os revolucionários vão atuar;
. contra-hegemonia: é necessário sitiar o aparelho do Estado com uma
contra-hegemonia, criada pela organização de massa da classe trabalhadora e
pelo desenvolvimento das instituições e da cultura operária – forma de
enfraquecer o Estado burguês e base para o novo Estado proletário;
"O partido não luta apenas por uma renovação política, econômica e
social, mas também por uma renovação cultural, pela criação e
desenvolvimento de uma nova cultura. (...).
"O caráter paradoxal dessa relação reside no fato de esse Estado assumir
uma autonomia relativa face a essas classes precisamente na medida em que
constitui um poder unívoco e exclusivo daquelas. Por outras palavras, essa
autonomia em relação às classes politicamente dominantes, inscrita no jogo
institucional do Estado capitalista, de forma alguma autoriza uma participação
efetiva das classes dominadas no poder político, ou uma cessão a essas
classes de "parcelas" de poder institucionalizado".
Acerca da questão da autonomia relativa, George Taylor (in Marsh e
Stoker, 1995:255 e 256) escreve que
(...) quando nenhuma classe tem poder suficiente para governar através do
Estado, nesses casos, é o próprio Estado que domina".
Em suma, quando há crise de hegemonia, equilíbrio de classes e
nenhuma camada social consegue impor seu domínio sobre o Estado, é o
próprio Estado, por intermédio da burocracia pública politicamente autônoma
em relação à burguesia, que domina e governa a sociedade capitalista.
Exemplo: França de Luís Napoleão, por volta de 1850.
b)A abordagem de Gramsci tem uma preocupação mais prática, mais voltada
para a formulação de uma estratégia política de transição para o socialismo que seja
eficiente e proporcione à classe operária a conquista da hegemonia e do consenso na
sociedade civil, proporcionando ao proletariado a obtenção do poder de Estado
em sociedades onde há equilíbrio de forças entre Estado e sociedade civil e onde a
superestrutura burguesa é mais sólida. Por seu turno, Poulantzas desenvolve uma
abordagem mais teórica, na qual procura explicar como o Estado capitalista consegue
unificar na esfera política indivíduos que se encontram separados na esfera econômica
das relações sociais de produção, além da análise da questão da autonomia relativa, o
exame da burocracia entre outros temas;
Notas:
Bibliografia:
Poulantzas, Nicos. Poder Político e Classes Sociais. São Paulo: Martins Fontes,
1977;