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Alimentação e autismo: Bons


hábitos alimentares ajudam no
tratamento! Veja como
3-4 minutos

Você sabia que a alimentação também


está diretamente ligada ao tratamento de
autismo? Sim, a ciência nutricional
(nutrigenômica) comprova, cada vez mais,
a eficácia de bons hábitos alimentares no
desenvolvimento cerebral, equilibrando as
funções neurológicas, que acentuam esse
transtorno. Veja como alguns nutrientes
agem diretamente no problema,
melhorando a qualidade de vida dessas
pessoas.

O autismo, em seus mais diferentes


estágios, atinge cerca de 500 mil pessoas
no Brasil. Considerado um desequilíbrio
neurológico, ele gera uma desordem nas
atividades cerebrais que afetam na
interação e na comunicação social. Ainda
não há um fator comprovado de sua causa,
mas leva-se em consideração desde a
genética e o ambiente de criação, à
poluição do ar, complicações na gravidez e
infecções causadas por vírus. Mas, como a
alimentação pode ajudar no autismo?
Segundo a nutricionista Laura Uzunian, os
cuidados com a ingestão de nutrientes
para os pacientes autistas é fundamental,
uma vez que, dada tal importância, certos
ajustes alimentares favorecerão os
comportamentos e a sociabilidade do
indivíduo, prevenindo e ou amenizando as
crises:

"A alimentação equilibrada e adequada


para autistas pode proporcionar melhora
da interação do paciente com os familiares
e amigos; melhora do foco, concentração e
atenção; melhora da comunicação e maior
contato visual; controle de crises de raiva
e reações de pânico a lugares
desconhecidos; incremento da linguagem
oral e função intelectual", destaca a
especialista, ressaltando que a
alimentação dos autistas, no entanto,
devem ser determinadas individualmente,
já que é de extrema relevância a
individualidade bioquímica do paciente. Ela
analisa os nutrientes mais importantes
para esse processo:

"Diversos nutrientes são necessários para


compor a alimentação saudável do
paciente, dentre eles, podemos destacar
as vitaminas do complexo B, a
N-Acetilcisteína (NAC), a coenzima Q10, a
vitamina D, o selênio, cálcio, zinco e
magnésio, além do ômega 3", completa a
especialista.

A importância de restringir
alguns alimentos para
autistas
A instabilidade da flora intestinal, também
chamada de disbiose, dificulta o processo
de digestão, uma vez que as proteínas do
glúten como o trigo, centeio e cevada, por
exemplo, quando chegam a corrente
sanguínea, afetam os sistemas de
neurotransmissores que agem diretamente
no comportamento do indivíduo. Sendo
assim, devem ser evitados o consumo de
alimentos industrializados que aumentam
as toxidades no organismo, leite e seus
derivados e aditivos como corantes que
são associados à alterações do
comportamento e a hiperatividade. A Dra.
Laura salienta a importância de seguir um
cardápio saudável e, principalmente,
equilibrado no dia a dia:

"Com a alimentação equilibrada, nota-se


diminuição de sintomas gastrointestinais
como gases em excesso, estufamento
abdominal, cólicas intestinais e
regularização do funcionamento
intestinal", finaliza a nutricionista.

*A nutricionista Laura Uzunian (CRN


21506) é especialista em Nutrição Clínica
Funcional e Fisiologia do Exercício. Além
disso, é Mestre em Educação e Saúde na
Infância e Adolescência.

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