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Filosofia antiga 6

Conceitos-Chave:
1. Filosofia: institucionalização da produção-fundamentação do conhecimento e da ação;
fundamentação da objetividade epistemológico-moral; fundamentação da
normatividade.
2. Objetividade epistemológico-moral: correção lógica (um conceito, para ser objetivo,
deve possuir um único significado, deve referir-se a um único objeto); justificação
intersubjetiva ou universal (um conceito, para ser objetivo, deve poder ser explicado
para diferentes indivíduos e grupos em diferentes contextos); correlação entre conceito
e objeto material.
3. Natureza humana: princípio fundamental, essencial, constitutivo de todos os seres
humanos, que possibilita identidade entre eles (alma, razão, biologia – enquanto
exemplos de natureza humana).
4. Indivíduo: autoconsciência, consciência de si, identidade pessoal e singular.
5. Sociedade: contexto abrangente, estrutural, constituído por cultura e instituições de
caráter intersubjetivo e vinculante para todos; intersubjetividade.

Quatro correlações importantes em filosofia:


1. Ciência e objetividade epistemológico-moral: somente a ciência institucionalizada
permite a fundamentação da objetividade epistemológico-moral, somente há
objetividade epistemológico-moral na ciência e por parte dela.
2. Institucionalização da ciência e conhecimento: somente a institucionalização da
ciência possibilita a construção objetiva do conhecimento; a objetividade é
conseqüência da institucionalização.
3. Ciência, política e educação: a ciência funda conhecimento objetivo, baseado em
uma noção de natureza humana, as instituições políticas o aplicam por meio da
educação à sociedade, aos indivíduos.
4. Indivíduo e sociedade: somente existe indivíduos dentro da sociedade, o indivíduo
tem gênese social e, por outro lado, leva gradativamente à transformação social.

ARISTÓTELES. A Política, Livro I.


1. Cidade = comunidade; comum para todos. O que é comum para todos, conferindo
grau de cidadania democrática? No caso de Aristóteles, raça e cultura.
2. Cidade como comunidade política (p. 01).
3. Qual é a característica do governo político, do poder político? Ele não corresponde ao
poder patriarcal, senhorial ou ditatorial (p. 01).
4. Constituição da sociedade: família ou economia (Oikos – casa), que objetiva prover as
necessidades naturais e a perpetuação da espécie por meio da procriação – seu
fundamento é a necessidade natural (p. 02); comunidade que, enquanto associação de
várias famílias, possui um poder monárquico ou patriarcal (p. 02); cidade, enquanto
união de vários povoados, ela é auto-suficiente, assegurando não apenas a
sobrevivência de seus habitantes, mas o bem viver – ela é marcada por cidadãos livre e
iguais (p. 02).
5. Cidade como criação natural; o homem é, por natureza, um animal social; fora da
sociedade existem apenas animais e deuses (p. 03).
6. Homem é o único dentre os animais que tem o dom da fala (p. 03). Por meio da fala, o
homem raciocina, reflete, pensa e define o justo e o injusto. O homem, portanto, tendo
o dom da fala, do raciocínio, é um animal moral, o que define profundamente a
sociabilidade humana e, assim, a constituição da cidade. Cidade como comunidade
moral (p. 03).
7. Na ordem natural, a cidade tem precedência sobre a família e o indivíduo (p. 03).
8. Fora das regras e das instituições sociopolíticas, o homem torna-se o pior dos animais
(p. 04).
9. A natureza dos poderes relativos às partes constituintes da cidade: chefe de família
(senhor de escravos, marido e pai) – poder, monárquico, despótico e paternalista (p.
06-08).
10. Autoridade política: exercida sobre homens livres e iguais; autoridade familiar:
relações desiguais, logo poder desigual.
11. Escravidão como legítima, como instituída por natureza: escravo não pensa, é apenas
corpo bruto, selvagem, que precisa ser guiado, orientado pelo seu senhor (p. 06-07).
12. O que caracteriza a civilização, no caso de Aristóteles: cultura esclarecida, racional; e
institucionalização do poder, tornando-o impessoal, processual, formal, imparcial, a
rigor acessível por todos e para todos.
13. Natureza versus convenção: natureza humana.

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