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RESULTADOS E DISCUSSÕES

As informações sobre a tubulação usada no sistema experimental e da


água de acordo com a temperatura durante a realização do ensaio seguem na
tabela 1 abaixo, tais dados foram usados como base para os cálculos dos
resultados desta prática.

Tabela 1: Dados da tubulação e da água conforme sua temperatura.

Dados da tubulação
Diâmetro interno da tubulação (m) 0,0226
Comprimento da tubulação (m) 1
Área de escoamento do fluído (m2) 4,01E-04
Dados da água
Temperatura (°C) 24
Densidade (kg/m3) 997
Peso específico (N/m3) 9780,57
Viscosidade (Pa.s) 8,91E-04

Os dados de queda de pressão observados neste experimento estão


apresentados na tabela 2 abaixo para cada acessório, nas diferentes vazões
aplicadas ao sistema.

Tabela 2: Dados experimentais de ∆P em diferentes vazões.


Curva de 90° Joelho 90°
Acessório Joelho 45° Joelho 45° Soldável Soldável
Vazão (l/h) 1000
Vazão (m3/s) 2,78E-04
Velocidade de
escoamento (m/s) 0,69
∆P (mca) 0,03 0,015 -0,2 -0,116
Vazão (l/h) 1300
Vazão (m3/s) 3,61E-04
Velocidade de
escoamento (m/s) 0,90
∆P (mca) -0,148 -0,155 -0,179 -0,117
Vazão (l/h) 2000
Vazão (m3/s) 5,56E-04
Velocidade de
escoamento (m/s) 1,38
∆P (mca) -0,368 -0,372 -0,398 -0,266
Vazão (l/h) 2500
Vazão (m3/s) 6,94E-04
Velocidade de
escoamento (m/s) 1,73
∆P (mca) 0,117 0,072 0,055 -0,19
Importante ressaltar que nas vazões de 2000 l/h e 2500 l/h foram feitas
leituras de pressão na escala para Alta Pressão no Manômetro.
Pela equação 1 abaixo, foi possível determinar a perda de carga de cada
acessório do sistema com os dados de variação de pressão. Os resultados de
perda de carga experimental de cada acessório estão apresentados na tabela 3
abaixo nas diferentes vazões.

Equação 1: Relação entre variação de pressão causada por um acessório na


W
tubulação e perda de carga do acessório.
∆ PL
h L=
γ
Onde:
 h L : perda de carga do acessório

 ∆ P L : queda de pressão causada pelo acessório

 γ : peso específico do fluído, que neste caso é água.

Tabela 3: Perdas de carga experimentais.


Curva de 90° Joelho 90°
Acessório Joelho 45° Joelho 45° Soldável Soldável
Vazão (l/h) 1000
Perda de carga do
acessório (m) 3,07E-06 1,53E-06 -2,04E-05 -1,19E-05
Vazão (l/h) 1300
Perda de carga do
acessório (m) -1,51E-05 -1,58E-05 -1,83E-05 -1,20E-05
Vazão (l/h) 2000
Perda de carga do
acessório (m) -3,76E-05 -3,80E-05 -4,07E-05 -2,72E-05
Vazão (l/h) 2500
Perda de carga do
acessório (m) 1,20E-05 7,36E-06 5,62E-06 -1,94E-05

Pela equação 2 abaixo, foi possível determinar a perda de carga teórica


de cada acessório do sistema com as informações de coeficiente de perda da
literatura (catálogo Tigre®) T. Os resultados de perda de carga teórico de cada
acessório estão apresentados na tabela 4 abaixo nas diferentes vazões.
Equação 2: Perda de carga teórica. W
hL
K L= 2
v /2 g
Onde:
 K L : Coeficiente de perda de carga t

o Joelho 45°: 0,5m


o Curva 90° soldável: 0,5m
o Joelho 90° soldável: 1,2m
 h L : perda de carga do acessório

 v : velocidade de escoamento
 g : aceleração da gravidade

Tabela 4: Perdas de carga teóricas.


Curva de 90° Joelho 90°
Acessório Joelho 45° Joelho 45° Soldável Soldável
Vazão (l/h) 1000
Velocidade (m/s) 0,69
Perda de carga
teórica (m) 1,22E-02 1,22E-02 1,22E-02 2,93E-02
Vazão (l/h) 1300
Velocidade (m/s) 0,90
Perda de carga
teórica (m) 2,07E-02 2,07E-02 2,07E-02 4,96E-02
Vazão (l/h) 2000
Velocidade (m/s) 1,38
Perda de carga
teórica (m) 4,89E-02 4,89E-02 4,89E-02 1,17E-01
Vazão (l/h) 2500
Velocidade (m/s) 1,73
Perda de carga
teórica (m) 7,64E-02 7,64E-02 7,64E-02 1,83E-01

Analisando os dados obtidos pelas equações 1 e 2, o gráfico 1 abaixo


permite observar que a perda de carga teórica aumenta com o aumento da
vazão e com o aumento de K L . Já o gráfico 2 permite observar essa relação
apenas em nas vazões intermediária, em 1300 l/h e 2000 l/h. Nas vazões
extremas, a perda de carga teve tendência decrescente, indicando não serem
adequadas para o sistema experimental, pois não se assemelham ao
comportamento teórico.
Gráfico 1: Relação entre as perdas de carga teóricas.
2.00E-01
1.80E-01
1.60E-01
1.40E-01
1.20E-01
1.00E-01
8.00E-02 Va zão 1000
Li near (Va zão 1000)
Perda de Carga

6.00E-02
Va zão 1300
4.00E-02 Li near (Va zão 1300)
Va zão 2000
2.00E-02
Li near (Va zão 2000)
0.00E+00 Va zão 2500
°) °) l ) l )
45 45 ve ve Li near (Va zão 2500)
ho h o l dá l dá
el el so so
j( o ( jo 90
°
90
°
1 1
1. de de
ri o io
só ór va ho
es s ur el
Ac es (c (jo
A c 3 4
ri o ri o
só só
es es
Ac Ac

Gráfico 2: Relação entre as perdas de carga experimentais.


2.00E-05

1.00E-05

0.00E+00
°) °) l ) l )
Va zão 1000
45 45 ve ve
ho h o l dá l dá Li near (Va zão 1000)
el el
Perda de Carga

so so
j( o
-1.00E-05 ( jo ° ° Va zão 1300
1 1 90 90
1. de de Li near (Va zão 1300)
ri o io
só ór va lh
o
es s cur e
Va zão 2000
Ac -2.00E-05
ces 3
( (jo Li near (Va zão 2000)
A 4
ri o ri o Va zão 2500
só só
es es
Li near (Va zão 2500)
Ac Ac
-3.00E-05

-4.00E-05

-5.00E-05
As perdas de carga experimentais têm ordem de grandeza inferior as
perdas de carga teóricas, isso pode ser justificada por uma possível presença
de ar na tubulação, que pode interferir nas pressões encontradas.

Com os dados do fluído, e da tubulação, foi determinado o número de


Reynolds para cada vazão conforme equação 3 abaixo. Os resultados
encontrados estão na tabela 5 abaixo, onde todas as vazões levaram a um
escoamento turbulento. Com o número de Reynolds e considerando a
Y
rugosidade do PVC igual a 0 (tubo hidraulicamente liso) , foi possível
determinar o fator de atrito (⨍)

Equação 3: Número de Reynolds. Y


ρDv
ℜ=
μ

Onde:
 ρ : Densidade do fluído
 D : Diâmetro da tubulação
 v : Velocidade de escoamento
 μ : Viscosidade do Fluído

Tabela 5: Número do Reynolds e Fator de Atrito da tubulação (⨍)


Vazão (l/h) Vazão (m3/s) N° de Reynolds ⨍
1000 2,78E-04 17511,19 0,029
1300 3,61E-04 22764,54 0,026
2000 5,56E-04 35022,38 0,022
2500 6,94E-04 43777,97 0,021
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Y. ÇENGEL, Y.A ; , CIMBALA, J.M.. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e


Aplicações. 3. ed. São Paulo: AMGH Editora, 2015.

W. Roteiro

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