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Agrotóxicos/ Intoxicações

 Agrotóxicos

Minerais

 Alumínio
 Arsênico
 Cádmio
 Chumbo
 Cobre
 Cromo
 Fósforo
 Manganês
 Mercúrio
 Molibdênio
 Níquel
 Selênio
 Lítio
 Fósforo
 Vanádio

Outros

 Aspartame

ALUMÍNIO

A intoxicação por alumínio (Al) tem sido cada vez mais estudada. Tem sido
associada à constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga,
alterações do metabolismo do cálcio (raquitismo), alterações neurológicas com
graves danos ao tecido cerebral. Na infância pode causar hiperatividade e distúrbios
do aprendizado. Inúmeros estudos consideram que o alumínio tem um papel
extremamente importante no agravamento do mal de Alzheimer (demência
precoce). O excesso de alumínio interfere com a absorção do selênio e do fósforo.

Os alimentos ácidos aumentam a absorção do alumínio e aumentam a liberação do


alumínio das panelas fabricadas com este metal.

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METAIS TÓXICOS COMO CAUSADORES DE
DOENÇAS

Nos casos mais importantes de contaminação por alumínio é muito importante que
todas as panelas da casa sejam trocadas por panelas de aço inox (inclusive a
panela de pressão que pode ser de inox ou revestida de teflon). Outras fontes de
contaminação com alumínio são: medicações anti-ácidas, utensílios de cozinha de
alumínio, papel aluminizado, cremes para a pele com alumínio, farinha branca de
trigo, fermentos em pó, queijo (o fosfato de alumínio é usado como emulsificante)
água gaseificada, tubos de pasta de dente de alumínio e desodorantes anti-
perspirantes.

O alumínio pode ser encontrado no leite de mães intoxicadas.

ARSÊNICO ALTO

A toxicidez do arsênico pode causar hálito e suor com odor de alho, desconforto
físico, anemia com leucopenia moderada e eosinofilia, problemas digestivos
(anorexia, náuseas, vômitos, constipação ou diarréia), circulatórios (vasodilatação
leve com aumento da permeabilidade capilar podendo causar nos casos mais
graves uma necrose de extremidades conhecida como a doença dos pés pretos),
cardíacos (lesão do miocárdio com prolongamento do intervalo QT e ondas T
anormais), neurológicos (neuropatia periférica com formigamento e sensação de
agulhadas em mãos e pés), musculares (cãibras e fraqueza em pernas e pés
podendo haver dificuldade para andar nos casos mais graves) e dermatológicos
(hiperpigmentação principalmente no pescoço, pálpebras, mamilos e axilas, vitiligo,
hiperqueratose, queda de cabelo, estrias nas unhas e câncer).

A toxidez do arsênico é rapidamente excretada através do rim, assim, se os níveis


dos cabelos forem elevados existe uma exposição constante.

Fontes comuns de Arsênico são: inseticidas, poluição do ar, água contaminada,


exposição a processos industriais, especialmente em eletrometalização e
manufatura de componentes eletrônicos.

Arsênico é um potente antagonista biológico do selênio.

Os níveis de Arsênico nos cabelos são excelentes indicadores de


sobrecarga orgânica.

CÁDMIO

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O Cádmio (Cd) é tóxico para os seres humanos e animais. Intoxicações leves por
cádmio podem causar: salivação, fadiga, perda de peso, fraqueza muscular e
disfunção sexual. Níveis moderadamente altos de cádmio, entre 4 a 8 ppm, podem
causar hipertensão, ao passo que níveis muito elevados podem causar hipotensão.
cádmio afeta os rins, pulmões, testículos, paredes arteriais, ossos e interfere com
muitos sistemas enzimáticos.

Fontes de contaminação: farinha e açúcar refinados contém cádmio e pouco zinco,


o que aumenta a absorção do cádmio, fumaça de cigarros contém teores elevados
de cádmio, alimentos contaminados: fígado e rins de animais contaminados e
alimentos marítimos contaminados.

O nível de cádmio nos cabelos é um indicador preciso da sobrecarga orgânica de


cádmio.

Falsas elevações de Cd nos cabelos podem ser decorrentes de


permanentes, tinturas, branqueamento e alguns pulverizadores
para cabelos.

CHUMBO

O chumbo (Pb) é tóxico para os seres humanos. O nível de chumbo no cabelo é um


excelente indicador de sobrecarga de chumbo no organismo. Níveis baixos de
chumbo afetam a capacidade do organismo para utilizar cálcio, magnésio, zinco e
outros minerais.

O chumbo existe como contaminante ambiental, mas é particularmente importante


nas:

 produtos para tintura dos cabelos: grecin 2000, HF65, loção Camélia do
Brasil, etc...
 tintas: esmaltes
 pigmentos usados em tintas de artistas
 cerâmicas vitrificadas (copos, jarras, pratos)
 galerias de tiro ao alvo
 pesticidas
 cinzas e fumaça de madeira pintadas
 fabricação caseira de baterias
 moradia próxima de fundições
 queima de madeiras pintadas
 alimentos contaminados

A intoxicação por chumbo pode causar inicialmente falta de apetite, gosto metálico
na boca, desconforto muscular, mal estar, dor de cabeça e cólicas abdominais

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fortes. Entretanto, na infância, muitas vezes os sintomas ligados a deposição de
chumbo no cérebro são predominantes.

Níveis moderados de chumbo afetam a memória de longo prazo e a função


cognitiva na criança. Crianças com mais de 10 ppm de chumbo nos cabelos tem
maior dificuldade no aprendizado do que as crianças com taxas menores. Estudos
onde crianças de regiões contaminadas por chumbo foram observadas por vários
anos demonstraram que as crianças com níveis sangüíneos de Pb superiores a 10
m g/dl apresentavam uma diminuição do QI em relação a crianças com taxas de
chumbo inferiores. A simples retirada da fonte de contaminação ou a quelação
quando necessária, causam diminuição das taxas sangüíneas de chumbo e um
aumento do QI.

Além da diminuição do QI podendo levar a dificuldades escolares o aumento de


chumbo no sangue pode causar hiperatividade.

As crianças apresentam uma absorção intestinal de chumbo maior


que a dos adultos e os efeitos tóxicos do chumbo são mais
importantes na criança devido ao período de desenvolvimento
cerebral.

COBRE

O cobre (Cu)) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo.


Porém, quando aumentado causa intoxicação. A intoxicação por cobre pode ocorrer
devido a contaminação de cobre na água, absorção através da pele e níveis
insuficientes de elementos que competem com o cobre nos locais de absorção
intestinal como o zinco e o molibdênio. Na deficiência de zinco, geralmente o cobre
encontra-se aumentado. O cobre pode estar aumentado devido ao uso de
contraceptivos orais ou ao uso de Dispositivo Intra Uterino com fio de cobre.

Como o cobre deposita-se preferencialmente no cérebro e no fígado os sintomas


encontrados são inicialmente decorrentes do comprometimento destes dois órgãos.
Sintomas do excesso de cobre ligados as alterações cerebrais incluem: distúrbios
emocionais, depressão, nervosismo e irritabilidade, sintomas semelhantes aos do
mal de Parkinson e alterações semelhantes a esquizofrenia e a outros distúrbios
psiquiátricos. Outras alterações ligadas ao excesso de cobre: fadiga, dores
musculares e nas juntas, anemia hemolítica, queda de vitamina A, necrose
hepática, icterícia e lesão renal. Além disso, o aumento de cobre está associado ao
aumento de radicais livres.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.

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 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle
L. Brown.

CROMO

O cromo (Cr) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo.


Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação de cromo devido
a contaminação alimentar é rara. A intoxicação industrial por cromo causa
dermatites alérgicas, úlceras na pele e carcinomas. As taxas elevadas de cromo são
associadas a lesões vasculares com aumento dos quadros de hemorragias e
tromboses cerebrais.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.

 Biol. Trace Element. Research, 1991, 29: 133-136.

MANGANÊS

O manganês (Mn) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo.


Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. As causas mais comuns de
intoxicação por Mn são devidas a inalação em industrias e minas (1). Existem
relatos de intoxicação devida a ingesta de água contaminada por períodos muito
prolongados.

A intoxicação por Mn é responsável por anorexia, fraqueza, apatia, insônia e outras


perturbações do sono, excitabilidade mental, comportamento alterado, dores
musculares, quadro neurológico (tremores simulando o mal de Parkinson) e
distúrbios psicológicos: a "loucura mangânica", caracterizada por comportamento
violento associado a períodos de mania e depressão.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.
 Environ Res 1994, 64 (2):151-80

MERCÚRIO

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O mercúrio (Hg) é tóxico para os seres humanos e animais. O mineralograma
capilar é um indicador preciso dos níveis de mercúrio no organismo.

O mercúrio elementar é a mais volátil das formas inorgânicas do metal. Os vapores


de mercúrio podem ser liberados a partir das restaurações dentárias de amálgama.
O mercúrio é utilizado na indústria eletrônica, fabricação de plásticos, termômetros,
fungicidas e germicidas. Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 100 toneladas
por ano de mercúrio sejam lançadas pelo garimpo na região centro-oeste causando
uma contaminação ambiental importante. Além disso, várias contaminações
acidentais de rios tem sido notificadas a partir dos anos 70: enseada dos Tainheiros
na Bahia, rio Botafogo em Pernambuco e rio Mogi-Guaçu em São Paulo. Os peixes
das regiões contaminadas apresentam teores altos de mercúrio

A exposição crônica ao mercúrio causa sintomas gastro-intestinais (dor abdominal,


gosto metálico na boca, digestão difícil, salivação abundante, náuseas, cólicas
intestinais, gengivite), sintomas neurológicos (falta de memória, cefaléia,
formigamentos, insônia, tremores, sonolência, alteração da grafia, cãibras, gritos
noturnos, alteração do equilíbrio, tontura, vertigem e dificuldade escolar),
alterações emocionais (nervosismo, irritabilidade, distúrbios de memória, tristeza,
diminuição da atenção, depressão, agressividade, insegurança e medo) e irritação
nos olhos, fraqueza muscular, espasmos musculares, borramento visual, zumbido,
irritação nasal e diminuição da acuidade visual e auditiva.

Durante a gestação o mercúrio materno passa a barreira placentária causando


contaminação do feto.

Tem sido verificada uma considerável variação na sensibilidade de cada indivíduo


ao mercúrio. Após o uso de amálgamas dentários, níveis tóxicos de mercúrio
podem ser observados por 6 meses a 1ano acompanhados algumas vezes de
irritabilidade ou dores de cabeça. Sintomas clínicos mais graves só têm sido
raramente relatados nesta circunstância.

Mesmo em quantidades baixas, o mercúrio afeta a atividade biológica do selênio,


chegando mesmo a suprimi-la.

NÍQUEL

O níquel (Ni) em quantidades pequenas tem sido classificado como um elemento


importante ao desenvolvimento. Em doses elevadas é tóxico podendo causar: 1
irritação gastro intestinal com náuseas, vômitos e diminuição do apetite; 2.
alterações neurológicas: dor de cabeça, vertigem; alterações musculares: fraqueza
muscular; 3. alterações cardíacas: palpitações; 4. alergia: dermatite, rinite crônica,
asma e outros estados alérgicos. O níquel inibe a ação da enzima superóxido
dismutase que participa no processo de metabolização dos radicais livres. O
excesso de níquel pode chegar a ter conseqüências graves como necrose e
carcinoma do fígado e câncer de pulmão.

Fontes de contaminação:

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 alimentos: chocolate, gordura hidrogenada, nozes, feijão, ervilha seca e
cereais;
 cigarro: cada cigarro contém de 2 a 6 m g de níquel (As pessoas que
fumam ou convivem com a fumaça do cigarro geralmente apresentam
taxas aumentadas de Ni.);
 baterias de níquel e cadmium;
 petróleo e indústrias petroquímicas;
 processos metalúrgicos de refinamento de Ni;
 panelas de inox podem liberar Ni durante o cozimento de alimentos ácidos
como o tomate.

Tratamento:eliminação da fonte de contaminação, aumento da


ingestão de fibras e suplementação com selênio, zinco, L-cisteina,
D,L metioninae terapia anti-oxidante.

SELÊNIO

O selênio (Se) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo.


Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. O selênio é um mineral tóxico
quando em excesso. Nos casos de intoxicação aguda ele causa queda de cabelo,
unhas fracas, dermatite, quadro pulmonar e lesão do sistema nervoso central. Na
intoxicação aguda o selênio causa: náuseas, diarréia, irritabilidade, fadiga,
neuropatia periférica, queda de cabelo e unhas fracas. Tanto na intoxicação aguda
quanto na crônica temos o hálito de alho.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle
L. Brown.

LÍTIO

O lítio (Li) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém,


quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por lítio na grande
maioria das vezes ocorre devido ao tratamento medicamentoso a base de lítio.
Existe uma associação entre hipotireoidismo e a utilização de doses excessivas e
prolongadas de lítio.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.

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 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.
 L ithium (1994) 5: 73-74.

MOLIBDÊNIO

O molibdênio (Mo) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo.


Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por molibdênio é
rara. O aumento de molibdênio no organismo pode causar elevação do ácido úrico.
Reservas corpóreas elevadas de molibdênio podem causar uma deficiência de
cobre.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle
L. Brown.

FÓSFORO

O fósforo (P) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém,


quando muito aumentado causa intoxicação. A utilização em grande escala de
adubos fosfatados tem ocasionado um aumento considerável dos teores de fósforo
dos alimentos provenientes da agricultura. O fósforo aumentado pode trazer
conseqüências negativas para a formação óssea, pois o excesso de fósforo tende a
deslocar o cálcio dos ossos, além de competir pela absorção. O fósforo também
compete com o zinco, magnésio e manganês.

O consumo infantil de mais de 1 litro de refrigerante por semana é suficiente para


diminuir a densidade de Ca dos ossos (1).

Alimentação: não consumir refrigerantes principalmente do tipo cola.

BIBLIOGRAFIA

 Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
 Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.
 J.Pediatr.1995 Jun; 126(6): 940-2.

VANÁDIO

Vanádio (Va) é um elemento metálico presente em rochas fosfáticas (fonte


fertilizante), petróleo (óleo cru, óleo de xisto) e carvão. Industrialmente Va é usado

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para: ligas metálicas, produção de ferramentas de aço, cerâmica, catálise em
processos químicos, resistência a corrosão e para tingimento e estamparia.

O vanádio é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém,


quando muito aumentado causa intoxicação. O vanádio em excesso pode ser
tóxico, com sintomas dependendo da forma química e do modo de contaminação.
Vanádio inalado pode causar tosse com muco, irritação do trato respiratório e
bronquite. Vanádio ingerido em excesso causa diminuição do apetite, diarréia e
agravamento da psicose maníaco-depressiva. O vanádio é neurotóxico, nefrotóxico
e neurotóxico.

BIBLIOGRAFIA

1. Modern Nutrition in health and disease. 18º Edition. 1994. Maurice E


Shils, James ª Olson and Moshe Shike.
2. Present Knowlede in Nutrition. 6º Edition. 1990. Myrtle L. Brown.

METAIS TÓXICOS COMO CAUSADORES DE


DOENÇAS

É um fato muito conhecido, que o aumento das reservas corporais


de ferro no organismo , aumenta a incidência e a gravidade das
doenças degenerativas da idade como: infarto do miocárdio e
câncer. De um ponto de vista pratico , quando estamos pensando
em prevenção , também se sabe que : quando diminuímos o ferro do
organismo aos seus níveis normais se consegue reduzir a
probabilidade de aparecimento do infarto do miocardio e do câncer.
Sabemos que grande parte dos problemas provocados pelo
excesso de ferro, são explicados pelo aumento da geração dos
radicais livres de oxigênio , espécies químicas tóxicas que ao longo
dos anos vão provocando sorrateiramente lesões dos componentes
celulares. A lesão célula a célula, tecido a tecido e orgão a orgão
culmina no aparecimento de vários tipos de doenças como a
artrite , a artrose, as complicações diabéticas, e muitas outras, ao
lado do derrame cerebral , infarto e do câncer. Vários metais,
encontrados na natureza, e que estão em contato diário com a raça
humana também possuem a propriedade de aumentar a geração
das espécies reativas tóxicas de oxigênio e por analogia com o que
acontece com o ferro eles também podem aumentar a incidência e
a gravidade das doenças degenerativas da idade.
Crescem na literatura o número de trabalhos que incriminam os
metais que possuem número de valência variável, isto é, os metais

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de transição, em vários tipos de doenças como o alumínio, o
chumbo, o mercúrio e o cádmio. Todos esse metais aumentam a
geração de radicais livres e podem portanto provocar o
aparecimento das doenças degenerativas da idade.
Ao lado de aumentarem a geração de radicais livres eles provocam
por suas características tóxicas os seguintes sintomas:

Alumínio

Mais freqüentes: diminuição da memória, constipação intestinal,


demência, dor lombar, tosse e rouquidão, eczemas.
Outros: anorexia, fraqueza, desequilíbrio, ataxia, cólicas, dispnéia,
esofagite, gastroenterite, disfunção hepática, nefrite, crises de
psicose.

Chumbo

Mais freqüentes: irritabilidade, depressão, insônia, sensação de


aperto na cabeça, constipação intestinal, dores articulares,
diminuição da memória e da concentração, caimbras, diarréia,
emagrecimento.
Outros: anemia, anorexia, ansiedade, confusão, atordoamento,
sonolência, fadiga, dor de cabeça, incoordenação, indigestão, dor
abdominal, dores nos ossos, dores musculares, hipertensão arterial.

Mercúrio

Mais freqüentes: astenia/depressão, sangramento gengival, insônia,


sudorese noturna, tremores nas mãos, sonolência, amigdalites e
faringites de repetição, aftas.
Outros: anemia, anorexia, ataxia, sonolência, instabilidade
emocional, dor de cabeça, diminuição de audição, diminuição de
memória, diminuição da visão, parestesias, gosto metálico, crises
de psicose, hipertensão arterial.

Níquel

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Mais freqüentes: cervicalgias, insônia, enxaquecas periódicas,
astenia, tosse seca.
Outros: apatia, cianose, diarréia, dispnéia, febre, náuseas e vômitos.

Cádmio

Mais freqüentes: dores musculares, náuseas constantes, tonturas,


gastralgia, alopécia, anemia, anorexia, anosmia, fadiga, dor
articular, dores nas costas e pernas, pele seca e escamosa, dentes
amarelos, enfisema pulmonar, hipertensão arterial.

Referência bibliográfica
1- Felippe J Jr. Os metais como causadores de doenças. Revista da
sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres.
1(2)15,1995

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