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Nos anos 1925 Angola era um país desenvolvido em termos actividade extractiva.
(Ferrão, 2014) destacando o ferro, cobre, manganes e outros minerais e minérios. Após a
independencia em 1975, Angola retomou as suas actividades mineira, concentrando-se
no petróleo, diamantes, jazigos e rochas ornamentais. Neste periodo estiveram em lavra
activa 18 tipos de recursos minerais,14 dos quais eram destinados há exportação
nomeadamente: Petróleo, diamante, ferro, manganés, cobre, chumbo, zinco, quartzo
cristalino.(Araújo, 1992). Nos anos 90, com aplicações de novas tecnologias no ramo
mineiro, o país voltou apostar em novos programas de relançamento do sector mineral,
em especial os minérios que se destacavam outrora.
Fonte:
Carta Mineira de Angola. Delimitação das Províncias onde o minério foi explorado nos
anos 70.
Os estudos de reavaliação de reservas iniciaram em 2016, resultando em 4,3 milhões
de toneladas de minério que serão explorados num ritmo de 240 mil toneladas ao ano.
Cobre
Segundo (Ferrão, ibidem) O minério de cobre estão largamente distribuidos no
território angolano. Os trabalhos minérios sobre algumas ocorrencias não conduziram a
resultados definitivos, pelo que o seu interesse economico ainda não foi completamente
determinado. Muitas dessas concentrações secundárias de pequena extensão, sem ligação
directa com depósitos primários.
De acordo com os dados existentes nos serviços de geologia e mina , a produção minério
de cobre nos anos 1939-1963 foi de cerca de 170.000 toneladas provinientesdas minas de
Bembe e Mavoio. O minério de cobre em angola tem as suas ocorrencias no Nordeste do
País, na Provincia do Uíge, região de Mavoio,Tetelo,Bembe, consideradas as áreas de
maior ocorrencia. Provincia de Benguela a Sul na região de cuio e Huche, Provincia do
Namibe na região giraú,Vipongos, pedra grande e capangombe. A sul região do Curoca,
na área de menongue, na região do alto zambeze.
A Jazida de Cu de Mavoio Tetelo considerada a de maior ocorrencia,localiza-se
na província do Uíge no NW de Angola, cerca de 1km a NE do depósito de Mavoio, tendo
a sua identificação fruto de uma campanha de sondagens realizada pela Empresa de Cobre
de Angola (ECA) entre 1947 e 1961. Em Tetelo são conhecidas as características
fundamentais da mineralização e suas rochas hospedeiras, muito embora subsistam
dúvidas quanto a identificação da variação composicional apresentada por várias fases
minerais essenciais e acessórios, assim como quanto a evolução do processo
mineralizante primário e transformações tardias conducentes ao desenvolvimento das
paragéneses minerais secundárias.(Ferreira, 2011).
As actividades extrativa da mina mavoio e tetelo foram retomadas pela Sociedade Mineira
de Angola em 2009, apresentando resultados sobre o potencial mineiro do depósito de
Tetelo, a partir de estudos de cartográficos, topográficos, estudos mineralógicos e
geofísicos, investigações petrográficas, ensaios metalúrgicos e perfurações de sondagens
numa área de 9.478 metros, para ser explorado em 2023. Segundo especialistas da
empresa Ap Services e Genius Mineira afirmam com abrangência de doze anos, sendo
dois anosiniciais de implantação do projecto, e dez anos de produção. Prevê-se a produção
de 1,5 milhões de toneladas/ano de minérios da lavra de Tetelo. Em relação a Mina de
Mavoio, os estudos revelam que nos próximos três anos, os recursos minerais da mina de
Mavoio podem atingir os 35 milhões de toneladas e uma estimativa de produção de 875
mil toneladas de cobre puro num prazo mínimo de dez anos. Mais de 16 milhões de
toneladas de cobre foram descobertas nas minas de Mavoio e Tetelo. Uma campanha
intensiva de sondagem, para confirmar as investigações geológicas que foram feitas até
agora. Espera-se que pelo menos 30 a 35 milhões de toneladas adicionais sejam
descobertas. O que constitui uma base suficiente em termos de exploração de minérios,
até agora foram feitos mais de 7.500 metros de sondagens e pelo menos dez estudos
laboratoriais.( Ferreira,op cit, 2011).
Segundo (Ferrão, 2014), Na região do Luide, a Sul da fronteira com a república do congo
(Leopoldville), e cerca de 12km com a povoação da quimbata,ocorre um filão com mais
de 0,20 metros de possança e que se pode seguir mais de 20 metros, essencialmente
constituido por minério de zinco,especialmente smithsonite encaixado em calcários do
topo do xisto calcário. Esses jazigos não foram estudados na sua totalidade, dai o
desconhecimento das suas ocorrencias.
III- CARACTERISTICAS FÍSICO-GEOGRÁFICA E GEOLÓGICA DA
REGIÃO DE MALANJE
- ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
O território de Angola, com uma área total de 1.246 700Km2, esta situada na
parte ocidental da África Austral, sendo limitado pelas coordenadas 4° 21´ e 18° 02´Sul
e 11° 38´ 24° 03´ Leste. A sua extensão N-S é cerca de 1300Km, e de Oeste a Este
aproximadamente 1250 Km. A Oeste contacta com o oceano Atlantico tendo como
limite Norte a República Democrática do Congo, a Leste a Zambia, a Sul Namibia.
Rede Hidrográfica
A rede de água na área é um riacho de montanha relativamente desenvolvido,
distribuído em paralelo, que flui do meio e do Norte para o sudeste, e desagua para o rio
Kwanza. As mudanças sazonais são muito evidentes. Na estação seca é gotejante ou
seca enquanto na estação chuvosa o fluxo de água é urgente e os rios elevam e recuam
rapidamente, frequentemente, causando desastres naturais, como escorregamentos em
pequena escala, deslizamentos de terra, quer a estação seca, quer a estação chuvosa
podem atender à necessidade de produção e uso doméstico.(projecto mineiro
kitota,2019).
Geomorfologia
Morfologicamente, esta região é planáltica mas entalhada por alguns vales, por vezes
profundos escavados pela erosão fluvial ( rios Lucala, Mucoso,Zenza,Luinha,Cuzo,e
Lutete) e acidentada por algumas serras(Serra Emba e Banga, na região de caculo cabaça
e golungo alto, serras Bimba e camama, a norte do Lucala e serra Bê, a sul da mesma
povoação) e montes (montes Quio, Quibanda, Tumbi, Saia, Bango, Quio-cabaça). Na
superfície destacam-se alguns relevos residuais,tais como: As pedras Negras de pungo
Andongo.(Gerardo, 1970).
A área de mineração está localizada entre as colinas e montanhas no noroeste de Angola,
15 quilómetros ao sul do rio Kwanza. Sua altitude mínima é de 840m, e a altitude máxima
é de 1108 metros, com uma altitude relativa de 268m. O cume principal está em direção
noroeste - sudeste, o lado leste transforma gradualmente para a direção norte-sul. Há
colinas amplas e suaves no meio, montanhas altas no Norte, encostas íngremes (≥30 °),
vales fluviais em forma de “V”, que são a geomorfologia de colinas amplas, montanhas
médias e baixas, quase cobertas por árvores e ervas daninhas, a camada de cobertura de
intemperismo com uma espessura de 0 a 10m, o afloramento original só é encontrado no
cume.( Projecto mineiro Quitota, 2019).
Localização geográfica de alguns polos extractivos
- minas paralisadas
Fe – M’BASSA, CUIMA, CHAMBUNDI I, CHAMBUNDI II, SARAQUETE I, SARAQUETE 2, SARAQUETE III,
CUIME, ESSALE I, ESSALE II, CHITADO, PEHONGO, OMPAUÉ, OMPAUÉ I, MITENGUE, MITENGUE I,
CHICONCO, CHICONCO I, CHICONCO II, BIRAMBUNDO, BIRAMBUNDO I, BIRAMBUNDO II, MUCUMA,
NUNCHINHA, MAPALA, MAVILAHITO II, HODONDO, MIHENIE, MUNIANDI DULI e RIO de AREIA.
Fe e Mn – QUISSAMA I, CAZELA I
Mn – GUNGUNGO, QUICULO, SERRA BÊ II, CASUCO III, CATOMBE, CAPACA,
K’HOMBOEm 1970
extracção de minérios de Mn:
- Quantidade de minério extraída = 23000 T;
- Teor do minério extraído = 30 a 50% Mn;
- Valor total do Minério à boca da mina = 2 401 810$;
- Valor unitário do minério à boca da mina = 104$ / T.