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Indicações de bibliográficas:
Palavras-chave:
Julgamento Liminar de Improcedência. Citação. Citação por Correio. Citação por Oficial de
Justiça. Citação por Hora Certa. Citação por Edital. Citação Eletrônica. Audiência de
Conciliação e de Mediação. Respostas do Réu. Exceções Rituais. Reconvenção.
Contestação. Providências Preliminares. Julgamento conforme o Estado do processo.
Julgamento antecipado parcial do mérito. Saneamento e organização do processo.
Provas. Teoria geral da prova.
14.4 Citação
Quais são as novidades a respeito da citação?
Generalidades
- Art. 239, NCPC.
Caput: mantem a regra de que a citação será indispensável para a validade do processo, mas traz
exceções: salvo no caso das sentenças liminares - ou seja, sentença de indeferimento da petição
inicial e sentença liminar de improcedência.
§1º intervenção voluntária do réu.
Como o réu é integrado no processo? Coercitivamente ou voluntariamente. Será coercitivamente,
se houver citação.
Quando houver a intervenção voluntária do réu, o NCPC prevê que o prazo de defesa tem como
termo inicial a data da intervenção.
Modalidades
Com relação as modalidades em si, não há novidades. No entanto, procedimentalmente, estas
modalidades sofreram alterações.
a) Citação por via postal (aviso recebimento)
Art. 248, §2º, NCPC: a citação da pessoa jurídica será válida
i. na pessoa com poderes de gerência ou de administração. Consagrou-se a teoria da
aparência.
ii. na pessoa responsável pelo recebimento das correspondências. Consagrou-se a teoria do
risco: a citação pode ser feita por correio; assume-se o risco de colocar um funcionário que
recebe a citação e não a repassa para o responsável pela pessoa jurídica.
Art. 248, §4º, NCPC: citação de pessoa humana que tenha seu domicílio em condomínios
edilícios ou em loteamentos com controles de acesso poderá ser feita na pessoa do responsável
pela portaria.
A citação do réu será feita na pessoa do funcionário da portaria. O funcionário pode se negar a
receber a citação, desde que declare por escrito que o réu não se encontra naquele local, estando
ausente.
Obs.: não há preclusão temporal para o autor alegar o desinteresse. Isto quer dizer: se o autor
entra com a petição inicial e não diga nada. É possível que o réu entre com uma petição
dizendo que não quer. O autor pode, posteriormente, dizer que não quer também.
Obs2.: esta regra de que o réu tem até dez dias de antecedência para dizer que não quer a
audiência pode levar a uma postura de má-fé do réu. Porque o réu pode utilizar esta audiência
para protelar o processo.
- art. 334, §8º, NCPC: ausência injustificada: gera uma multa de até 2% do valor da causa. O
credor será a própria Fazenda Pública: o Estado ou União Federal.
Art. 343, §2º, NCPC: autonomia da reconvenção. Ou seja, se por qualquer razão a ação principal
for extinta prematuramente, a reconvenção segue para julgamento normal.
A reconvenção torna o processo um processo objetivamente complexo, pois ele passa a ter duas
ações: a ação principal ou originária e a ação reconvencional. Continua a haver duas ações no
mesmo processo.
Obs.: o art. 343, §6º, NCPC: prevê algo que hoje já é uma realidade – a possibilidade de
reconvenção sem contestação. Nesta hipotese, não haverá mais a peça contestação. Deverá se
fazer uma petição autonoma para a reconvenção. Para Daniel, irá seguir as regras de hoje, de
uma petição inicial.
Art. 343, §§3º e 4º, NCPC: permite que na reconvenção a formação de litisconsórcio com terceiro,
tanto no polo ativo quanto no polo passivo. Possibilidade de que por meio da reconvenção se
tenha a formação de um litisconsórcio com terceiro.
Exemplo: Imagine uma ação de A x B. Na reconvenção, a estrutura tradicional será de uma ação
de B x A. No entanto, com o NCPc, poderá ser: B e C x A ou B x A e C.
Basicamente no NCPC a única resposta do réu será a contestação. Chegamos então a uma nova
fase procedimental.
18. Provas
Por fim, valoração da prova no juízo do processo de destino é livre. A valoração da prova no juízo
do processo de destino é uma fundamentação livre. Não há uma observância da fundamentação
utilizada no processo de origem.
Ex.: no processo de origem, o magistrado não utilizou a primeira prova pericial, mas apenas a
segunda. No processo de destino, no entanto, pode utilizar a primeira prova pericial apenas.
Obs.: se a prova foi anulada no processo de origem, não se trata de um caso de fundamentação
livre.