Perda da Oiialidarle de Segurado e Rearluisi~aodo Perinila rlc

Carêocia no Regime Geral de Previdência Social nas Meidas

Provisórias rios 73917016 r! 7F7/20i 3 e iia Lei il013.457/~.4,,,
"61% 7

OSCAR VALENTE CARDOSO

Doutor em Direito (UFRGS), Mestre em Direito e Relações Internacionais (UFSC), Juiz Federal
da la Vara Federal de Capão da Canoa/RS.

ADIR JOSÉ DA SILVA JÚNIOR

Mestre em Direito. Estado e Sociedade (UFSC),Analista Judiciário Federal, Diretor de Secre-
Vara Federal de Capão da Canoa/RS.
taria da la

RESUMO: O artigo examina as recentes alterações promovidas sobre a Lei no 8.21 311991 pelas
Medidas Provisórias nos 73912016 e 76712017 e pela Lei no 13,4571201 7. De forma específica,
analisa as consequências dessas modificações sobre as regras de perda da qualidade de segu- ,
rado e contagem da carência após o retorno ao Regime Geral de Previdência Social. Destaca
que, em um período inferior a um ano, existem cinco regras diferenciadas para a aquisição das
contribuições anteriores a perda da qualidade de segurado, e da consequente contagem da ca-
rência na refiliação dos segurados, para a obtenção de determinados benefícios previdenciários.

PALAVRAS-CHAVE: Previdência Social; Regime Geral de Previdência Social; carência; aposenta-

doria por invalidez; auxílio-doença; salário-maternidade.

SUMÁRIO: Introdução; 1 Conceito de carência no RGPS; 2 Manutenção da qualidade de segu-

rado e períodos de graça; 3 Direito adquirido no direito previdenciário; 4 Perda da qualidade de
segurado e refiliação; 5 Objeto das Medidas Provisórias nos 73912016 e 76712017; 6 Perda da
qualidade de segurado e refiliação nas aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e
especial; 7 Perda da qualidade de segurado e nova filiação nos benefícios por incapacidade e no
salário-maternidade; Conclusões; Referências.

Recentemente, três atos n o r m a t i v o s d i f e r e n t e s m o d i f i c a r a m as regras

s o b r e a c o n t a g e m d a c a r ê n c i a no R e g i m e G e r a l d e P r e v i d ê n c i a Social, a p ó s
a p e r d a d a q u a l i d a d e d e s e g u r a d o e a p a r t i r d a n o v a f i l i a ç ã o : as M e d i d a s
$ Provisórias nQs 7 3 9 1 2 0 1 6 e 7 6 7 1 2 0 1 7 e, por fim, a L e i nQ13.4571201 7, e m
1 vigor desde o d i a 2 7 d e j u n h o d e 2 0 1 i
t
e
46 . - RSP NO 80 -~et.~u112017 -PARTE GERAL- OOUTRINA RSP No 8 0 - Set-Ou112017 -PARTE GERAL- OOUTRINA

Diante disso, é importante esclarecer as regras, os respectivos prazos

e o período de vigência e aplicação de cada uma delas.

Em pr rreiro lugar, recorda-se que a carência é o número mínimo de

contribuições que o segurado deve pagar para ter direito ao benefício da
Previdência Social.
k
-
W u l t a t i v o - art. 27, 11, da Lei nQ8.21 311 991 ); (b) a carência é c o n t a d a s 0

mes (por exem lo 9

(contribuição
&ando em consideração to-dxpq'cõm-
?
n-dem
dos &ds ridB1

é computa-

e3 dias); (c) a perda da q u a l i i f k k dL seguracb-mikdd~p e d e , u rempo de'

s
-1

Seu conceito S da20 pelo art. i4 da Lei nQ8.21 311 991 : "Período de eõrmiDuiçao, mas as conElXr'rq8~~ pagas para fins de carência sim, que só
carência i. o número mín;mo de contri3uições mensais indispensáveis para I >LI ~ ~ d p e l t a d se
a so s m - n j í n i m a
que o beneficiário fãça j ~ ao
s benefício, consideradas a partir do transcurso ~ r i r r i b u i ç -o e--
sexigida3 por ieI.
do primeiro dia dos m e s a de suas competências". Trata-se do recolhimento 1
de um número mínimo dz contribuições durante um determinado período,
necessário Fara a obtenç.?~ do benefíc o.
2 MANUTENÇAODA QUALIDADE DE SEGURADO E PER~ODOSDE GRAÇA

Os benefí.zios qu- contêm período de carência estão listados no
art. 25 da Lei nQ8.21 311 $91: (ai auxí io-doença e aposentadoria por irivali-
dez: 12 contribuiçõ2s mensais; (b) aposentadoria por idade, aposentadoria
por tempo de serviço e qosentadoria especial: 180 contribuições mensais
(observada a tabela de transição progressiva do art. 142); (c) e salário-ma-
ternidade para a j seguradas contribu rite individual e facultativa: 10 contri-
bu ições mensais.
Em regra, a qualidade de segurado é mantida enquanto este exercer
alguma das atividades obrigatórias listadas no art. 11 da Lei nQ8.21 311 991
(OUa facultativa prevista no art. 13) e, em consequência, forem recolhidas
as respectivas contribuições (não necessariamente de responsabilidade do
próprio segurado). Logo, "em princípio, o segurado mantém a qualidade
de segurado enquanto estiver desenvolvendo atividade obrigatoriamente
vinculada ao RGPS"'. Para Miguel Horvath Júnior, o período de graça é

Por out-o lado, alguns benefícios e serviços do RGPS não dependem

de carência para a suaconcessão, nos termos do art. 25 da Lei nQ8.213/1991 :
(a) pensão por morte; (b) auxílio-reclusão; (c) salário-família; (d) auxílio-
-acidente: (?) salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalha-
dora avulsa e empregada doméstica; (6 auxílio-doença e aposentadoria por estiver filiado (obrigatória ou facultativamente) ao RGPS. F! recoI hendo G i a D
invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença a- r a r a t e r m t y
profissiorial ou do traba +o, ou quando a incapacidade derivar de alguma gurado mantém essa qualidade. 7
>
das doenças e zfecções previstas no art. 1 51 da Lei nQ8.21 311 991 ou em
ato normativo ministerial; (g) os servicos de serviço social e reabilitação
profissional; (h) e os benefícios previstos no art. 39, 1, da Lei nQ8.213/1 991,
1 DUARTE, Marina Vasques. Direitoprevidencidrio. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2 0 0 5 . p. 54.
concedidos aDs seguradcis especiais, que não recolhem contribuições previ-
denciárias, mas precisam comprovar o desempenho da atividade durante O
2
3
.----
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciArio. 7. ed. Sáo Paulo: Quartier Latin. 2 0 0 8 . o.
m
178.
- -.
CASTRO. Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, Joáo Batista. Manual de direito previdencidrio. 5. ed. São
Paulo: LTr, 2004. p. 178.
período equivalente à c r ê n c i a para os benefícios que a exigirem. 4 "Esse sistema, entretanto, permite que o segurado possa passar algum tempo sem efetuar os seus re-
colhimentos, mantendo, mesmo assim, a condiçao de beneficiário do RGPS. Muito injusto seria se u m se-
A definição de czrência é mais restrita do que a noção de tempo gurado que contribuiu durante vários anos, tendo, por um descuido, deixado de efetuar apenas uma con-
tribuição, fosse, justamente neste mês, acometido de doença incapacitante e não obtivesse a cobertura pre-
de-c%iifi%~~ão, tendo zomo princi~aisdifezncas: (a) todas as contribui- videnciária." (KERTZMAN, Ivan. Curso prAtico de direito previdencidrio. 2 . ed. Salvador: JusPodivm, 2006.
'ções pagac~s3bcontadas
....- c o m
z m p o de contribuição, nem todas são p. 2 3 8 )
2i
48 ,... . ... .. . . . .. . . .... . . . . .......... . . .. . .. . . . . . . RSP No 80 - Set.DuV2017 -PARTE CERA1- DOUTRN
IA -
RSP No 80 - Set-0uV2017 PARTE CERA1- DOUTRINA ... . . .. ... 4o)
... .... .... .................... . .. .......................... .. ........................

Por outro lado, caso deixe de exercer alguma das atívidades de fi- I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
liação obrigatória o u pare de recolher contribuições (se facultativo, o u II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que
contribuinte individual c o m esse dever), o segurado perde essa qualidade. deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social
Marcelo Leonardo Tavares afirma que os segurados mantêm sua condição ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
ordinariamente por meio d o desempenho de sua atividade laborativa (com III - até 1 2 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
exceção d o segurado facultativo, que a conserva exclusivamente e m virtu- doença de segregação compulsória;
de de suas contribuições); de outra parte, essa qualidade pode ser mantida
IV - até 1 2 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
extraordinariamente em determinadas situações, ainda que não haja o pa-
gamento de contribuição 3 Previdência Socials. V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado as For-
ças Armadas para prestar serviço militar;
A fim de não criar prejuízos por eventualidades que impeçam a con-
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facul-
tinuidade da atividade laborativa (como o desemprego, o u a doença) e a tativo.
cessação de contribuições, a qualidade de segurado não é perdida de ime-
diato; a lei confere u m intervalo durante o qual, mesmo após parar de de- 5 l o O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses
se o segurado já tiver pago mais de 1 2 0 (cento e vinte) contribuições mensais
sempenhar sua profissão, o segurado conserva sua filiação, e continua a ter
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
direito aos benefícios e serviços d o RGPS.
5 ZQ Os prazos do inciso II ou do 5 I* serão acrescidos de 1 2 (doze) meses
o chamado período de graça, n o qual, apesar de não existir para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo
ao sistema (ou seja, uma exceção ao caráter contributivo), o registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
tém sua qualidade. Em outras palavras, "[ ...1 objetiva dar, por 5 3" Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direi-
proteção ao trabalhador filiado ao sistemauG. tos perante a Previdência Social.
Apesar de garantir a preservação da perda da qualidade de segurado, 5 4QA perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do térmi-
o período de graça, via de regra (salvo exceções d o auxílio-doença e da no do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhi,
mento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final.
aposentadoria por invalidez)', não é computado como tempo de contribui-
ção, por não haver o recolhimento de contribuições ou o desempenho de
atividades laborativas.
-dos prazos fixados neste artigo e seus >ragraros.

Somente a w a ç a (com fundamento em

7
%
V

Porém, essa conservação da qualidade d e segurado não perdura por uma o u mais situações entre as listadas n o art. 15) é que o segurado perde
tempo:indeterminado, especialmente em decorrência do já citado princípio o seu vínculo com a Previdência Social, deixando d e fazer jus a maior parte
do caráter contributivo, que demanda o recolhimento de contribuições para de seus benefícios e serviços (excepcionalmente, alguns benefícios são de-
ter direito às prestações d o RGPS. O art. 15 da Lei nQ8.21 311 991 lista OS vidos mesmo após a perda da qualidade de segurado).
diferentes períodos d e graça:
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contri-
buições:

5 TAVARES, Marcelo Leonardc. Direito previdencidrio. 9. ed. Rio de Janeiro: Lumeri Juris, 2007. p. 92.
6 KERTZMAN, Ivan. Curso prdtico d e direito previdencidrio. 2. ed. Salvador: JusPodivm, 2006. p. 238.
.7 Nesse sentido, dispõe o art. 55, 11, da Lei no 8.213/1991: "O tempo de serviço serl comprovado na forma
estabelecida no Regulamento, comp'eendendo, al6m do correspondente às atividades de qualquer das ....-.e. -.
caiegorlas de segurados de que trata o art. 11 desta lei, mesmo que a*rior à perda da qualidade de
segurado: '1...I o tempo intercalado em que esteve e n gozo de auxilio-doença ou aposentadoria por invalidez". 8 DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Juridico, 2005. p. 57.
50 RSP ND 8 0 -Set.Ou112017 - PARTE GERAL- DOUTRINA RSP No 8 0 - SE^-Ou112017 - PARTE GERAL- OOUTRIMA 51
O § 3"o art. 15 salienta que, durante o período de graça, o segurado her a c o s i -
mantém todos os seus direitos no RGPS, ou seja, como se estivesse contri- caso concretqcitado acima,
buindo para a Previdência Social.

Já o § 4* traz uma regra de contagem dos períodos de graça e, conse- omo a contribuição
quentemente, do termo final de sua manutenção e a consequente perda da
qualidade de segurado: não se faz apenas o cômputo simples a partir do dia
ou do mês da cessação da atividade, mas, no encerramento do lapso tem-
poral, leva-se em conta o dia referente ao limite máximo para recolhimento
7
da contribuição do mês seguinte ao final do prazo:. Dessa forma, c o m o a Outro esclarecimento referente ao § 4Qdo art. 15 da Lei n" 8.21 311 991
respeito ao seu âmbito de aplicação: apesar de usar a expressão "dos
/ I p r a z o s fixados neste artigo e seus parágrafos", que pode levar a interpreta-
, ; ções divergentes sobre o cômputo do prazo dos incisos, essa forma de con-
tagem incide sobre todos os seis incisos dos períodos de graça e os prazos
de prorrogação dos §§ Io e 2".

de segurado se dará no-

egurado facultativõ;8
ia em 15.07.231 6
--i-.

Doutrinariamente, cita-se o exemplo dado por%a Vasques

Duarte:
Por exemplo, o preso que é libertado em fevereiro. Tem doze meses para vol-
t'ar a contribuir. Esse prazo esgota-se em março. Mas a contribuição de março
só é recolhida em abril. Então até abril do ano seguinte deve ter voltado a
contribuir, seja na qualidade se segurado obrigatório ou facultativo. [...].I0
Esse prazo de quase 2 meses concedido ao segurado para manter sua
condição tem fundamento na possibilidade de o recolhimento da contribui-
ção ser feito no mês posterior ao de sua competência. Por exemplo, a contri-
buição de 01.201 6 pode ser recolhida em 02,201 6 (variando apenas o dia,
conforme a categoria de segurado). Logo, como a lei fixa o mês posteri~rao
9 Redação similar tem o art. 1 4 do Decreto no 3,04811999: "O reconhecimento da perda da qualidade
de segurado no termo final dos prazcs fixados no art. 1 3 ocorrer8 no dia seguinte ao do vencimento da
comribuição do contribuinte individual relativa ao m Q imediatamente postgrlp! ao término daqueles prazos".
10 EUARTE, 'Marina Vasques. Direito pievidencidrio. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico. 2 0 0 5 . p. 57.
3 DIREITO ADCiUIRIDO NO DIREITO PREVIDENCIARIO I.'
Recorda-se que, no direito previdenciário, o direito adquirido é aque-
le que o beneficiário incorpora ao seu patrimônio jurídico a partir do mo-
mento em que cumpre os requisitos legais exigidos para a obtenção da pres-
tação (benefício ou serviço)".
A regra geral está prevista no art. 122 da Lei nQ.213/1991 (com a
redação atribuída pela Lei n" 9.52811 997), que positiva o direito adquirido
à aposentadoria no momento da satisfação de seus requisitos, que pode ser
exercido posteriormente (e mesmo após eventuais alterações legislativas):
- -. - .. ...
11 Sobre o tema: CARDOSO, Oscar Valente; SILVA JÚNIOR, Adir José da. Reformas da Previdência Social
e direito adquirido A aposentadoria. Revista S~NTESEDireito Previdencidrio, São Paulo, n. 78, p. 9-18,
maioljun. 2017.
 %$$i
.e M
i 0
L
o C,
c
8o,
v i "

V.gg m
m E
vi.??

2 g5 b
m
.- 2
Ò Õ $ n
ò
o
Z Õ O $
:z?n
; ! ' " O
mo 6 a~
,m
.- ,. $4
2 . E F o,
9 .$L
3
E
o à&:,"
o $ % :
g u 2 m
$G.p?
ODs,
:
$:ãJ3
ma:0
.-" mC 0o E-
-
a o
ò 5
õ .$ 2
5
C ,: 2
2%6
c o cre;
m W 4 ' 5 - 0
'rn E , à,+
E .? .r
2 2 .z
54 RSP No 80 -Set-Out12017 -PARTE GERAL- OOUTRN
IA 55
ASP'No80- Set.Out/2017 -PARTE GERAL- OOUTRINR.. .. ... ......... ........ .......................... .. ..... .................. ....... .. ...............
. .

(C) benefício de salário-maternidade para as seguradas empregada, N o dia 7 de julho de 2016, foi publicada a Medida Provisória
trabalhadora avulsa e empregada doméstica; nQ7391201 6, que entrou em vigor na mesma data e altera dispositivos da Lei

(d) benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria

. nQ8.21 311 991 sobre a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença, além
%.--

-
- causapdednenca pZGZGal
1-

por invalidez nos casos de acidente-- de qua-ureza

o u d o tra , o u nasX5@ies
ou
de criar o Bônus Especial de Desempenho Institucional por Perícia Médica
em Benefícios por Incapacidade (BESP-PMBI).

de doencas e afeccões es~ecificadas revistas no art. 1 5m a Lei Buscou-se, por meio dela, corrigir as concessões desses dois benefí-
-
-99
( e r benefícios concedi
1 o u em ato normat-
,.

n ã i e c. . i -. -
gurados especiais (que-~
cios por incapacidade por prazo superior ao efetivamente devido (especial-
mente no auxílio-doença). /'
Entretanto, a MP 73912016 não foi convertida e m lei no prazo pre-
visto no art. 62, § 3 5 da Constituição, e perdeu sua eficácia no dia 4 de
novembro de 201 6.
(f) e as prestações de servil0 social e de reabilitação profissional
- (para todos os dependentes e Z n u r a d o s ) '
L---

Por essa razão, n o dia 6 de janeiro de 201 7, foi publicada a Medida

Provisória nQ767, de conteúdo similar ao da MP 7391201 6.
Portanto, a análise da quantidade de contribuições necessárias para
reaproveitar aquelas recolhidas anteriormente a perda da qualidade de se- Por sua vez, a MP 7671201 7 foi convertida na Lei nQ 13.4571201 7,'
gurado deve ser realizada para os seguintes benefícios: que entrou em vigor no dia 27 de junho de 201 7.

! (a) posentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribui- Uma das mudanças significativas promovidas pelas Medidas Provisó-
ção e aposentadoria especial (carência de 180 contribuições, rias nQs7391201 6 e 7671201 7, e reproduzida na Lei nQ13.4571201 7, está na

/ ressalvada a aplicação da tabela de transição do art. 142 da Lei

n V . 2 1311 99 1);
(b) auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez
(carência de 12 contribuições, ressalvadas as hipóteses de dis-
pensa de carência);
(c) e salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual
e facultativa (carência de 10 contribuições).
Assim, e após o exame das alterações legislativas sobre tais dispo-
sitivos, serão analisadas as regras de direito intertemporal aplicáveis e os
períodos de contribuição exigidos de acordo com a data do cumprimento
dos requisitos.
~ B J E DAS
~ OMEDIDPS PROVISÓRIAS NOS 7391201 6 E 76712011
1Q partir das novas contribuições, para a obtenção dos benefícios previden-
Apesar de o atual RGPS ser relativamente recente, desenvolvido a
partir dos princípios estabelecidos pela Constituição de 1988 (especialmen-
te no art. 201 ) e regulamentado, principalmente, pelas Leis n% 8.21 211 991
e 8.21:J/1991 e pelo Decreto n".O48/1999, já paszo"u por várias reformas.
revogação d o parágrafo único d o art. 24 da Lei n ~ 8 . 1 3 1 1 9 9 1 ,que, como
visto, permitia a utilização das contribuições anteriores à perda da qualida-
de de segurado para o cômputo da carência d o benefício, após o recolhi-
mento de 113 das contribuições exigidas para esse fim:
Art. 24. [...I
Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições
anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois
que o segurado contar, a partir da nova filiação a Previdência Social, com,
no mínimo, 113 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cum-
rimento da carência definida para o benefício a ser requerido.
E
consequência, o segurado que perder a sua qualidade após a ces-
sa ã as contribuições e o decurso de eventual período de graça, quando
ret rnar ao RGPS, deverá cumprir integralmente o período de carência a
ciários que exigirem o cumprimento da carênciaI5. Por exemplo, ao perder a
15 A medida 6 justificada do seguinte modo na Mensagem no 14212016 (e tamb6m na Mensagem
no 0000312017). enviada ao Presidente da República pelos Ministros do Planejamento, da Fazenda e do
Desenvolvimento Social e Agrário: "13. A revogação do parágrafo único do art. 2 4 da Lei no 8.213, de
1991, se faz necessária, visto que a sua aplicabilidade perdeu a razão de ser desde 8 de maio de 2003
56 .. .. ......... . .............. .. . . . ...... .. , . . . . ... . ,. . . . . ... . . .. ..
qualidade de segurado, sua reaquisição só permitirá o direito aos benefícios
de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez após o recolhimento de
12 contribuições, em regra (art. 25, 1, da Lei nQ8.21 311 991 ).
Essa regra constou expressamente d o parágrafo único d o art. 2 7 c a Lei
nQ8.21 3/1991, incluído pela MP 739!2016:
Art. 27. [...I
Parágrafo único. N.2 caso de perda da qualidade de segurado, para efelto de
carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposertado-
ria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir
da nova filiação A Previdência Social, com os períodos previstos nos incisos
I e III do caputdoart. 25.
Contudo, conforme ressalvadcl, essa regra teve vigência apenas n o
intervalo de 7 de julho de 201 6 (data da publicação da M P 7391201 6) a 4
d e novembro de 201 6.
A partir de 5 de nz~vembrode 201 6, com a ausência da conversão da
medida provisória em le , voltaram a viger as regras anteriores.
Todavia, dois meses depois, em 6 de janeiro de 201 7, entrou em vigor
a hledida Provisória nQ167, que noLramente revogou o parágrafo único do
art.'24 da Lei nQ8.21 311 391. Além disso, o texto que a MP 7391201 6 havia
criado para o parágrafo j n i c o do art. 27 da Lei n".213/1991 passa, com a
MF. 7671201 7, a constar do novo art. 27-A da Lei n".213/1991:
Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de ca-
rência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria
por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da
nova filiação à Previdência Social, com os períodos previstos nos incisos I e
III do caputdo zrt. 25.
~
para os benefícios que exijam perlodo contributivo maior, como é o caso das aposentadorias por tempo de
contribuição. espec al e idade, em razáo de dispcsitivo legal introduzido pelo art. 3O da Lei no 10.566, de
2033, que aboliu o quesito qunlidade de seguradc como uma das exigências para reconhecimento d3 direito
e estas três mcdalidades se kFeflcio. Logo, náo -A I sentido em manter-se a exigência, atualmente fixada no
parhgrafo Único do art. 2 1 da Lei no 8.213, de 1991, a ser revogado. 14. Com relação ao auxílio-doença,
entretanto, o dispositivo legal 120 teve a mesma wrte, visto que sua aplicabilidade fragiliza sobremaneira O
:ra~alho mkdiw-pericial, pro~':iando ações Jportunistas, razáo pela qual se propõe a inclusáo do parsgrafo
único no art. 27 psra dispor que, no caso de mrrência da perda da qualidade de segurado, para efeito
Je carbncia para a concessáo dos benefícios & auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salhri0-
-maternidade, o seguradc. de,& contar, a partir Ja nova filiação A Prev'ki&gia Social, com os per'odos de
iontri$iji@o exigidos para o teneflcio requerido".
..RSP No 80 -Sel.Out/2017 -PARTE GERAL- 00UlRlA ASP # O 80 - S8t.O~t/2017 -PARTE GERAL - OOUTRN
IA 51
O dispositivo reitera a principal consequência advinda com a revo-
gação d o art. 24, consistente na exigência de cumprimento integral da ca-
rência para os referidos benefícios, após a eventual perda da qualidade de
segurado.
Entretanto, essa ainda não foi a norma definitiva sobre a matéria.
Durante a tramitação legislativa de conversão da MP 7671201 7 na
Lei nQ 13.4571201 7 (em vigor desde 27 de junho de 201 7), manteve-se a
revogação do parágrafo único do art. 2 4 da Lei nQ.213/1991, mas o con-
teúdo do art. 27-A foi modificado, para se exigir o recolhimento de metade
das contribuições exigidas para a carência dos benefícios por incapacidade
(para todos os segurados) e do salário-maternidade (para as seguradas con-
tribuinte individual e facultativa):
Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carên-
cia para a concessão dos benefícios de que trata esta lei, o segurado deverá
contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos perío-
dos previstos nos incisos I e III do caputdo art. 25 desta lei.
Em consequência, durante u m intervalo inferior a 1 2 meses (entre 6 '
de julho de 2016 a 27 de junho de 201 71, o Regime Geral de Previdência
Social brasileiro conteve cinco regras distintas acerca d o número de contri-
'
buições necessárias para readquirir as contribuições anteriores à perda da
qualidade de segurado.
6 PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO E REFILIAÇAONAS APOSENTADORIAS POR IDADE, POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇAOE ESPECIAL
Especificamente sobre o benefício por idade, prevê o art. 3 5 5 lQ,
da Lei nQ 10.66612003 que pode ser pleiteado inclusive após a perda da
qualidade de segurado (e mesmo que o requisito etário seja preenchido
posteriormente à perda):
Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado
não será considerada para a concessão desse benefício, desde que o segu-
rado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao
exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.'=
16 Fhbio Zambitte Ibrahim tece as seguintes criticas a essa regra: "I ...I É extensão claramente inconstitucional,
pois alarga o direito ao benefício, sem previsáo de fonte de custeio respectiva (art. 195, $ 5
, da CRFB/1988),
'
mas que dificilmente serd assim declarada pelos Tribunais" (IBRAHIM, FBbio Zambitte. Curso de direito
previdenciário. 14. ed. Niterói: Impetus, 2009, p. 609).
58 RSP No 80 -Set-Out/2017 -PARTE GERAL - DOUTRINA
Redação similar possui o art. 3 0 da Lei nQ10,74112003 (Estatuto do
Idoso): "A perda da condição de segurado não será considerada para a con-
cessão da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mí-
nimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de
carência na data de requerimento d o benefício".
Por essa razão, o § 5* d o art. 13 d o Decreto n9.04811999 (inserido
pelo Decreto nV.729/2003) dispõe que "a perda da qualidade de segurado
não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de
contribuição e especial". Já o § 6"o art. 13 d o Regulamento amplia esse
direito à aposentadoria por idade, condicionando o cumprimento dos requi-
sitos na DER: "Aplica-se o disposto no 5 5% aposentadoria por idade, desde
que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais
exigido para efeito de carência na data d o requerimento d o benefício".
Esses dispositivos repetem o que prevê de forma ampla o art. 102,
5 IQ,da Lei nQ8.21 311991 (acrescentado pela Lei nq.52811997): "A perda
da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja
concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legisla-
ção e m vigor à época e m que estes requisitos foram atendidos". Em outras
palavras, a perda da qualidade de segurado não extingue o direito à aposen-
tadoria (mesmo que o segurado não a tenha recuperado na DER).
Como consequência dessas regras, o art. 102, 5 2", da Lei
nQ 8.21 311 991 (inserido pela Lei nQ9.52811 997) assegura: "§ 2* Não será
concedida pensão por morte aos dependentes d o segurado que falecer após
a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta lei, salvo se preenchi-
dos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma d o parágrafo
anterior". Logo, ainda que tenha ocorrido a perda da qualidade de segurado
em momento anterior ao óbito, os dependentes terão direito à pensão por
morte se o falecido já tinha preenchido os requisitos para a obtenção de
uma das espécies de aposentadoria (e aqui pode ser incluída também a apo-
sentadoria por invalidez, o que deve ser verificado por meio da realização
de perícia indireta).
Desse modo, a aposentadoria tem regra específica sobre a perda da
qualidade de segurado, que não afasta o direito a obtenção d o benefício
(ainda que os requisitos sejam cumpridos posteriormente).
Em outras palavras, tendo em vista que não é exigida a qualidade de
segurado na data da concessão da aposentadoria por idade, igualmente não
se exigeique, após a perda desse status, o segurado nè?&site recolher novas
RSP,No 80 - Set.Out/2017 - PARTE GERAL- DOUTRINA ... ... ....... . . . . . . ............... .. .. .. . .. 5Q
......................................................
contribuições para poder computar as contribuições pagas anteriormente
(conforme previa o parágrafo único d o art. 24 da Lei nQ8.21 311 991 1.
Por exemplo, se o segurado nasceu e m 08.04.1962, tinha 200 con-
tribuições até 31.07.201 3, e deixou de exercer atividade de filiação obriga-
tória, poderá pleitear a aposentadoria por idade somente em 08.04.201 7,
quando completar 65 anos de idade (considerando que tinha o número mí-
nimo de contribuições necessário ao preenchimento da carência). D e acor-
do com as regras anteriormente mencionadas, essa pessoa terá direito ao
benefício mesmo que não pague sequer uma contribuição de 01.08.201 3 a
08.04.201 7, pois a perda da qualidade de segurado não afasta a possibili-
dade de obtenção da aposentadoria por idade. Caso esse segurado voltasse
a ter vínculo empregatício em 07.1 2.201 5, a regra geral d o (hoje revogado)
parágrafo único do art. 24 da Lei nQ8.21 311991 determinava que as con-
tribuições efetuadas até a perda da qualidade de segurado (ou seja, as 200
pagas até 31.07.2005) só poderiam ser aproveitadas para o cálculo da ca-
rência após o recolhimento de 113 das contribuições exigidas para o benefí-
cio (se considerada a carência de 180, haveria a necessidade do pagamen-
to de 60 contribuições). Entretanto, essa regra geral d o parágrafo único d o
art. 24 da Lei nQ8.21 311 991 não incidia na aposentadoria por idade, pois,
como visto, dispensa-se a qualidade de segurado na DIB; logo, não há ne-
cessidade de readquiri-la, tampouco de pagar 113 de contribuições para
aproveitar os recolhimentos anteriores à perda da qualidade de segurado.
7 PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO E NOVA FILIAÇAONOS BENEF~CIOSPOR INCAPACIDADEE
NO SALÁRIO-MATERNIDADE
Como visto, a exigência d o revogado parágrafo único d o art. 24 da
Lei nQ8.21 311 991 produzia consequências sobre os benefícios de auxílio-
As alterações promovidas pela MP 7391201 6 a partir de 7 de julho de
201 6, sua perda de eficácia no dia 4 de novembro de 201 6 (e o retorno à
redação anterior da Lei n".213/1991), as posteriores mudanças efetivadas
pela MP 7671201 7, a partir de 6 de janeiro de 201 7, e as modificações rea-
lizadas pela Lei n V 13.4571201 7, de 27 de junho de 201 7, fizeram c o m que
, exi
 60 RSP N'fio -Set.íiui/2il17 - PARTE GERAL-DOUTRINA RSP NO 00 - Set-Oui/2017- PARTE GERAL- UOUTAINA. . ... . .. . ... ....... ...... ... . 61
dos segurados, para o fim de obtenção dos quatro benefícios referidos, em
u m intervalo inferior a u m ano.

Para os benefícios por incapacidade (auxílio-doença, auxílio-aciden- Ate 07.07.201 6 4 contribuições

te e aposentadoria por invalidez) que exigirem o cumprimento de carência, De 08.07.201 6 a 04.1 1.201 6 (MP 7391201 6) 1 10 contribuicões
quando ocorrer a perda da qualidade de segurado, é necessário o recolhi- De 05.1 1.201 6 a 05.01.201 7 4 contribuições
mento mínimo de contribuições de acordo com a seguinte tabela: De 06.01.201 7 a 26.06.201 7 (MP 7671201 7) 10 contribuições
( A partir de 27.06.201 7 (Lei n" 3.4571201 7) 1 5 contribuições

Ate 07.07.201 6 4 contribuições

De 08.07.201 6 a 04.1 1.201 6 (MP 7391201 6)
De 05.1 1.201 6 a 05.01.201 7
Dq 06.01.201 7 a 26.06.201 7 (MP 7671201 7)
Npartir de 27.06.201 7 (Lei ng 13.457121317)
/
1 12 contribuições O artigo analisou as mudanças realizadas sobre a Lei n ~ . 2 1 3 / 1 9 9 1pe-
4 contribuições las Medidas Provisórias nQs7391201 6 e 7671201 7 e pela Lei nQ13.4571201 7,
/ 1 2 contribuições especialmente sobre as regras de perda da qualidade de segurado e conta-
1 G contribiiições gem da carência após o retorno ao RGPS.

/
Leva-se e m conta a data de início da incapacidade com fundamento
no tempus regit actum, considerando que se aplica a lei vigente na data do
cumprimento dos requisitos !qualidade de segurado, carência e incapaci-
' lidade de segurado, e da consequente contagem da carência na refiliação
dade) e não pode atingir fatos anterior9 ao início d e w a entrada em vigor
(irretroatividade), tampouco aqcieles praticados depois da revogação (ultra-
-atividade ou pós-atividade).
Além disso, também devem ser considerados os efeitos produzidos
pelas medidas provisórias durante os respectivos períodos de vigência:
(a) a f4P 739i2016, em virtude da ausência de decreto legislativo regula-
mentando de seus efeitos (conforme determinam os §§ 3% I1 d o art. 62 da
) ; e a MP 71371201 7, ainda que a regra tenha sido alterada
C o n s t i t ~ i ç ã o ' ~(b)
pela Lei nQ13.4571201 7, tendo em vista que a parte modificada da medida
provisória não leva à retroatividade da lei modificadora (raciocínio que, se
admitido, permitiria a repristinação tácita, vedada pelo art. 2" 5 g3",da Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - Decreto n" 4.65711 932).
Por sua vez, no salário-maternidade para as seguradas contribuinte
individual e facultativa, quando ocorrer a perda da qualidade de segurada,
deve ser observado o recolhimento mínimo de contribuições conforme a
seguinte tabela !e observada a data do parto o u da adoção):
.-. --..- .... - -. ..- - .. . ........ ..- ..
17 Nos termos do 5 11do art. 62: "Náo editado c, decreto legislativo a que se refere o § 3 O até sessenta dias após
a rejeiçáo ou perda de eficácia de rneJida prcvisória, as relações jurídicas &on$ituidas e decorrentes de atos
praticados durante sua vigência conservar-se-23 por ela regidas".
Como visto, em u m período inferior a um ano, existem cinco regras
diferenciadas para a aquisição das contribuições anteriores à perda da qua-
dos segurados, para a obtenção de determinados benefícios previdenciários.
Em virtude dessas regras distintas em u m curto espaço de tempo, é
fundamental identificar a norma aplicável ao caso, especialmente nos bene-
fícios por incapacidade e de salário-maternidade, coiiforme destacado nos
quadros comparativos acima.
CARDOSO, Oscar Valente; SILVA JÚNIOR, Adir José da. Reformas da Previdência
Social e direito adquirido à aposentadoria. Revista Síntese Direito Previdenciário,
São Paulo, n. 78, p. 9-1 8, maioljun. 201 7.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de direito previ-
denciário. 5. ed. São Paulo: LTr, 2004.
DUARTE, Marina Vasques. Direito previdenciário. 4. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico,
2005.
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciário. 7. ed. São Paulo: Quartier Latin,
2008.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 14. ed. Niterói: Impetus,
2009.
KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário. 2. ed. Salvador: JusPodivm,
2006.
TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito previdenciário. 9. ed. Rio de janeiro: Lumen '
Juris, 2007.