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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ARTHUR ANTUNES LEMOS TAVARES

TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE E SUAS IMPLICAÇÕES NOS SERVIÇOS


AMBIENTAIS HIDROCLIMÁTICOS NA REGIÃO CENTRO-SUL DO SERTÃO
PERNAMBUCANO

RECIFE
2014
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ARTHUR ANTUNES LEMOS TAVARES

TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE E SUAS IMPLICAÇÕES NOS SERVIÇOS


AMBIENTAIS HIDROCLIMÁTICOS NA REGIÃO CENTRO-SUL DO SERTÃO
PERNAMBUCANO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Bacharelado em
Ciências Biológicas com ênfase em Ciências
Ambientais, da Universidade Federal de
Pernambuco, como parte dos requisitos à
obtenção do grau de Bacharel em Ciências
Biológicas.

Orientador(a): Profa. Dr. Jarcilene Cortez


Co-orientador(a): Mcs. Felipe Albuquerque

Recife
2014
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Catalogação na fonte
Elaine Barroso
CRB 1728

Tavares, Arthur Antunes Lemos


Temperatura da superfície e suas implicações nos serviços ambientais
hidroclimáticos na região Centro-Sul do sertão pernambucano/ Recife: O Autor,
2014.

49 folhas : il., fig., tab.


Orientadora: Jarcilene Cortez
Coorientador: Felipe Albuquerque
Monografia (graduação) – Universidade Federal de Pernambuco,
Centro de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas/ Ambientais,
2014.

Inclui bibliografia e anexos

1. Temperatura I. Cortez, Jarcilene (orientadora) II. Albuquerque,


Felipe (coorientador) III. Título

536.5 CDD (22.ed.) UFPE/CCB- 2014- 055


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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pela força e coragem durante toda esta longa
caminhada.

A minha orientadora Jarcilene, pela oportunidade, paciência e incentivo que tornaram


possível a conclusão desta monografia.

Ao meu co-orientador Felipe, pela oportunidade em ter aceitado ao convite de estar ao


meu lado e pela paciência. Sua ajuda foi fundamental para a conclusão desta monografia.

À professora e coordenadora do curso Laura, pelo convívio, pela compreensão e pela


amizade.

Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, aos meus amados pais
(Ilma e Clodoaldo) que nunca mediram esforços para me apoiar nesta jornada, por sempre
terem confiado em mim, nas minhas escolhas. Amo vocês!

Aos meus familiares e amigos que sempre estiveram torcendo e vibrando a cada
vitória conquistada.

Aos meus queridos amigos de turma que sempre quando puderam me ajudaram, me
apoiaram, me deram forças: Natache, Natália, Isis, Cícero, Greicilene, Talita, Rafaela e
Amanda. Foi maravilhoso cada sonho, cada desafio enfrentado e cada conquista que passei ao
lado de vocês. Que a gente não se largue por muito tempo!

Muito Obrigado!
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RESUMO

A temperatura da superfície é um parâmetro estudado pelo sensoriamento remoto e é essencial


para o entendimento da interação entre a superfície e a atmosfera, especialmente por ser
influenciada por variações no clima. A Temperatura da superfície tem papel importante no
ciclo hidrológico, uma vez que alguns processos do ciclo sofrem influências da temperatura.
Desta forma, se torna um ótimo parâmetro para o estudo dos serviços ambientais de caráter
hidroclimático de grande importância para áreas do semiárido. Neste trabalho determinou-se a
temperatura da superfície com base em imagens de satélite e estimou-se os índices de
vegetação para analisar a influência da temperatura da superfície na prestação de serviços
ambientais hidroclimáticos na região centro-sul do sertão pernambucano. A partir de imagem
do satélite Landsat 5 TM foram realizados procedimentos de modelagem digital utilizando a
ferramenta Model Maker do programa ERDAS IMAGINE 9.1, e, posteriormente, estimou-se
os índices de vegetação (NDVI, SAVI, IAF), albedo de superfície e temperatura da superfície.
Foi realizada uma comparação entre o NDVI e a temperatura da superfície para analisar como
estes parâmetros influenciam a prestação de serviços ambientais hidroclimáticos. O NDVI
apresentou valor médio de 0,38 com desvio padrão de 0,12; o SAVI apresentou valor médio
de 0,22 com desvio padrão de 0,07 e o IAF apresentou valor médio de 0,27 com desvio
padrão de 0,20. O albedo de superfície alcançou valor mínimo, médio e máximo de 0,008, 0,
140 e 0,717, respectivamente. O valor mínimo da temperatura da superfície foi de 19,6ºC;
valor máximo de 45,3ºC e valor médio de 35,8º. Os valores de temperatura da superfície
alcançados e de NDVI para a área de estudo demonstram que a capacidade de prestação de
serviços hidroclimáticos é reduzida, pois as altas temperaturas fazem com que a perda d’água
pela vegetação e pelos cursos d’agua da bacia, aumente direta e indiretamente afetando o ciclo
hidrológico local e não proporcionando uma estabilidade térmica para a região, acelerando o
processo de desertificação na área. Os resultados demonstram que a vegetação é fundamental
para a manutenção dos serviços ambientais hidroclimáticos de bacias hidrográficas,
especialmente em regiões áridas e semiáridas.

Palavras-chaves: Albedo. Caatinga. NDVI. Uso da terra.


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ABSTRACT

The surface temperature is parameter studied by remote sensing and is important to the
understanding the interaction between the surface and atmosphere, especially for being
influenced by variations in climate. The surface temperature has important role in the
hydrological cycle, since some pro processes of the cycle suffer temperature influences. Thus,
becomes a good parameter to the study of the environmental services hydroclimatic character
of great importance for semiarid areas. In this work it was determined the surface temperature
based on satellite images and was estimated vegetation indexes to analyze the influence of the
surface temperature in the provision of hydroclimatic environmental services in the center-
south region of backcountry of Pernambuco. From Landsat 5 TM satellite images were
performed digital modeling procedures were carried out using the Model Maker tool of
ERDAS IMAGINE 9.1 program, and, subsequently, it was estimated vegetation indexes
(NDVI, SAVI, IAF), surface albedo and surface temperature. A comparison was made
between NDVI and surface temperature to analyze how these parameters influence the
provision of hydroclimatic environmental services. The NDVI showed average 0,38 value
with standard deviation of 0,12; the SAVI presented average value of 0,22 with standard
deviation of 0,07 and the IAF presented average value of 0,27 with standard deviation of 0,20.
The surface albedo reached minimum, average and maximum values of 0,008, 0, 140 and
0,717, respectively. The minimum value of the surface temperature was 19,6°C; maximum of
45,3°C and average value of 35,8°C. The surface temperature values reached and NDVI for
the study area demonstrate that the ability to provide hydroclimatic services is reduced,
because the high temperatures cause water loss by vegetation and water courses of the basin,
increase directly and indirectly affecting the local hydrological cycle and not providing a
thermal stability for the region, accelerating the desertification process in the area. The
results show that the vegetation is essential to the maintenance of the hydroclimatic watershed
environmental services, especially in arid and semiarid areas.

Keywords: Albedo. Caatinga. NDVI. Lande Use.


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Lista de Ilustrações

Figura 1: Localização da bacia do Rio Pajeú no Estado de Pernambuco........................... 24


Figura 2: Fluxograma com as etapas do SEBAL para se obter a temperatura de superfície... 26
Figura 3: Histogramas da distribuição dos pixels dentro dos intervalos de valores
correspondentes à análise do índice de vegetação ("A" representando NDVI, "B"
representando o SAVI e o "C" o IAF)............................................................................ 31
Figura 4: Índices de vegetação para a região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú,
PE: SAVI, NDVI e IAF................................................................................................. 33
Figura 5: Mapa do Albedo para o momento do imageamento da região Centro-Sul da bacia
hidrográfica do Rio Pajeú, PE......................................................................................... 34
Figura 6: Mapa da temperatura de superfície terrestre em °C para o momento do imageamento
da região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú, PE............................................ 36
Figura 7: Comparação dos mapas de NDVI e de temperatura de superfície em °C para a
região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú, PE................................................. 37
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Lista de Tabelas

Tabela 1: Classificação dos serviços ambientais estabelecida pelo Millennium Ecosystem


Assessment...................................................................................................................18
Tabela 2: Bandas do Landsat 5 TM, com os correspondentes valores de Lmin,i e Lmax,i... 27
Tabela 3: Irradiância solar espectral para cada banda do sensor TM..................................28
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Lista de Abreviaturas e Siglas

ANA Agência Nacional de Águas


CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
GEE Emissão de gases de efeito estufa
IAF Índice de Área Foliar
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INNOVATE Interplay between the multiple use of water reservoirs via innovative coupling
of substance cycles in aquatic and terrestrial ecosystems
IPA Instituto Agronômico de Pernambuco
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IV Índices de Vegetação
MA Millennium Ecosystem Assessment
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
MMA Ministério do Meio Ambiente
NDVI Índice de Vegetação da Diferença Normalizada
PSA Pagamento por Serviços Ambientais
SAVI Índice de Vegetação Ajustado ao Efeito do Solo
SEBAL Surface Energy Balance Algorithm for Land
SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
TS Temperatura da Superfície
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 14
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 14
3 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 15
3.1 Temperatura de Superfície ................................................................................................ 15
3.2 Sensoriamento Remoto Termal .................................................................................. .......16
3.3 Serviços Ambientais ......................................................................................................... 17
3.4 Pagamento por Serviços Ambientais como Incentivo à Conservação .............................. 20
3.5 Índices de Vegetação e a Influência da Cobertura Vegetal ............................................... 21
3.6 Albedo da Superfície ......................................................................................................... 23
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 24
4.1 Descrição da Área de Estudo ................................................................................ ............24
4.2 Processamento Digital ....................................................................................................... 25
4.3 Obtenção da Temperatura de Superfície ........................................................................... 26
4.4 Análise de Índices de Vegetação, Albedo de Superfície, Temperatura de Superfície e
Serviços Ambientais Hidroclimáticos .................................................................................... 30
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 31
5.1 Índices de Vegetação ........................................................................................................ 31
5.2 Albedo de Superfície ........................................................................................................ 34
5.3 Temperatura de Superfície ................................................................................................ 35
5.4 NDVI x Temperatura e os Serviços Ambientais Hidroclimáticos .................................... 37
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 39
7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 40
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1 INTRODUÇÃO

Os recursos naturais fundamentais para a sobrevivência do homem, como o solo e a


água, têm sido degradados pelo uso e manejo da terra de maneira irracional, sem avaliação
prévia das suas potencialidades e limitações (LEONARDO, 2003). A ausência de interação
entre o crescimento econômico e a proteção ao meio ambiente associado com essa
insustentável exploração dos recursos naturais, justifica este cenário de esgotamento devido à
perda de biodiversidade, da degradação dos recursos hídricos e do solo e dos serviços
ambientais associados a estes componentes ambientais.
Todas as comunidades necessitam do meio ambiente e dos serviços ambientais para
sobreviverem. Conforme Batista (2010), os serviços ambientais podem ser definidos como a
capacidade que a natureza tem em fornecer qualidade de vida garantindo ar puro na regulação
de gases e na produção de oxigênio e sequestro de carbono, regulação do clima, conservação
da biodiversidade, proteção de solos garantindo sua fertilidade, regulação das funções hídricas
na oferta de água limpa e acessível e alimentos nutritivos. Cavalcanti (2002) indica a
existência básica de três tipos de serviços ambientais: manutenção da biodiversidade,
manutenção dos estoques de carbono e do ciclo da água.
Um dos modos de se avaliar os serviços ambientais é a aplicação do sensoriamento
remoto, que segundo Mendonça (2003) consiste em uma tecnologia que permite o estudo de
algumas características de um objeto, sem que, necessariamente, se estabeleça contato com o
mesmo. A tecnologia usada nos satélites é um exemplo do sensoriamento remoto, onde os
sensores colocados a bordo dessas plataformas orbitais são capazes de registrar o nível de
radiação eletromagnética refletida e/ou emitida de um determinado local na superfície
terrestre.
No Brasil, país de dimensões continentais, o sensoriamento remoto constitui
ferramenta indispensável para o conhecimento e o monitoramento dos recursos naturais (Lima
et al, 2001). Alguns parâmetros biofísicos podem ser estudados pelo sensoriamento remoto
como o albedo de superfície, os índices de vegetação, a temperatura de superfície, fluxos de
radiação líquida, calor sensível e evapotranspiração. Nessa circunstância, em estudos recentes
(GIONGO et al., 2010; BEZERRA et al., 2011), estimaram estes três primeiros parâmetros
biofísicos utilizando técnica de sensoriamento remoto com imagens de TM Landsat 5.
A temperatura da superfície consiste em um importante parâmetro presente em muitos
modelos ambientais e como exemplo podemos citar a troca de energia e água entre a
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superfície e a atmosfera (VALOR e CASELLES, 1996), especialmente por ser influenciado


pelo clima.
Os produtos do sensoriamento remoto termal permitem a identificação da temperatura
da superfície dependendo da disponibilidade de imagens para os períodos analisados,
detectando mudanças e alterações no fenômeno temperatura ao longo da superfície estudada
(TSUYUGUCHI, CUNHA e RUFINO, 2010). A temperatura da superfície tem papel
importante no ciclo hidrológico, uma vez que alguns processos do ciclo sofrem influências da
mesma.
Assim, a temperatura da superfície pode ser subsidio para estudo dos serviços
ambientais de caráter hidroclimático e estes são de grande importância para áreas do
semiárido, pois essas áreas apresentam baixa produção de água.
Os serviços ambientais de caráter hidrológico envolvem funções dos ecossistemas com
significados distintos, variando desde a proteção do solo contra o impacto da gota de chuva,
redução de suscetibilidade do solo (erodibilidade), infiltração, interceptação vertical (chuva
oculta), redução dos riscos de cheias e deslizamentos, desde todas as variáveis que interferem
no suprimento hídrico de qualidade (GENZ, 1996; ROSA, 1995; UFRRJ, 1987;
VALCARCEL, 1985; ZAÚ, 1994) e somado a temperatura, umidade de ar e umidade do solo,
tem-se os serviços ambientais hidroclimáticos.
Outros parâmetros biofísicos são empregados no monitoramento ambiental como os
índices de vegetação, que são utilizados para monitorar e quantificar as condições de
distribuições espaciais das vegetações (LIU, 2006; OLIVEIRA e GALVÍNCIO, 2012). O
albedo de superfície é um parâmetro importante no estudo de mudanças climáticas e impactos
ambientais, por controlar as condições microclimáticas das culturas e a absorção de radiação,
afetando aspectos físicos e fisiológicos, como o balanço de energia, evapotranspiração e
fotossíntese, podendo ser utilizado como indicador de desertificação (BEZERRA et al., 2011;
SILVA et al., 2005; WANG et al., 2001).
Na maior parte da região do semiárido brasileiro predomina o bioma Caatinga que
apresenta um elevado grau de degradação ambiental e déficit hídrico devido às precipitações
irregulares,ao alto índice de evapotranspiração (SOUTO, 2012) e a ação antrópica. Assim, a
capacidade natural de gerar serviços ambientais é anulada pela falta de planejamento de uso
sustentável causando desequilíbrio no bioma. Alguns programas de gestão buscam conservar
os ecossistemas e seus serviços, como o programa de pagamento por serviços ambientais.
Mas, estes ainda são insuficientes quanto ao cenário ambiental encontrados de diversas áreas.
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A bacia hidrográfica do Rio Pajeú está inserida em uma região de semiárido (ou
domínio Caatinga), com grande importância para a biodiversidade e ao seu imenso potencial
para a conservação dos serviços ambientais (Ministério do Meio Ambiente - MMA, 2010),
com regime intermitente e grande irregularidade pluviométrica. Esta bacia hidrográfica é a
maior bacia do estado de Pernambuco com uma área total de 16.8886,22 km2, onde o
território rural do Sertão do Pajeú compreende uma área de 13.350,30 km2.
O objetivo do presente estudo é determinar a temperatura de superfície com base em
imagens de satélite e estimar índices de vegetação para analisar a influência da temperatura de
superfície na geração de serviços ambientais hidroclimáticos na região centro-sul do sertão
pernambucano.
A proposta aqui apresentada está vinculada ao subprojeto (SP-4) “Biodiversidade e
Serviços Ecossistêmicos” do projeto INNOVATE (Interplay between the multiple use of
water reservoirs via innovative coupling of substance cycles in aquatic and terrestrial
ecosystems) envolvendo instituições brasileiras e alemães de ensino e pesquisa com o
objetivo de estudar e propor estratégias para otimização dos múltiplos usos dos reservatórios
construídos pela intervenção humana através do aumento paralelo da produtividade, redução
da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e manutenção da biodiversidade. O projeto é
subsidiado pelo MCT, CNPq e Bundesministeriur fur Bildung und Forschung (Alemanha).
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

 Determinar a temperatura de superfície com base em imagens de satélite e estimar índices


de vegetação para analisar a influência da temperatura da superfície na geração de
serviços ambientais hidroclimáticos na região centro-sul do sertão pernambucano.

2.2 Objetivos Específicos

 Analisar a variação espacial do albedo usando dados de sensoriamento remoto;


 Avaliar a variação espacial de cobertura vegetal usando os índices de vegetação NDVI,
SAVI e IAF estimados por dados de sensoriamento remoto;
 Quantificar a temperatura da superfície e avaliar a sua distribuição espacial através de
dados de sensoriamento remoto;
 Gerar cartas georreferenciadas de albedo de superfície, índices de vegetação e
temperatura da superfície com base em imagens TM Landsat 5.
 Analisar a interação existente entre o NDVI e a temperatura de superfície.
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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Temperatura de Superfície

A temperatura da superfície (TS) consiste num parâmetro importante para o


entendimento da interação entre a superfície e atmosfera, especialmente por este ser
influenciado por variações no clima. Weng & Quattrochi (2006) e Julien & Sobrino (2009)
afirmam que por ser influenciada por variações no clima, a estimativa da TS é de grande
interesse em trabalhos práticos, como os estudos de mudanças climáticas e o monitoramento
agrometereológico e ambiental.
O conhecimento da TS é importante em estudos dos recursos naturais, contribuindo
para programas de gestão dos recursos hídricos, bem como a demanda hídrica dos sistemas
agrícolas irrigados, na elaboração de modelos bioclimáticos da superfície e em outros
processos químicos, físicos e biológicos.
A vegetação ajuda a manter a configuração do fluxo de água e de temperatura,
combinado a cobertura do solo que também pode interferir neste fluxo (BRAUMAN et. al.,
2007). Em um estudo desenvolvido por Nobre et al. (1991) no bioma Amazônico, foi
constatado que a conversão da floresta tropical em pastagem pode provocar um aumento de
1ºC a 3ºC na TS, o que reduziu a evapotranspiração em 30% e a precipitação em 25%. Desta
maneira, a mudança da vegetação para outro uso e cobertura do solo pode ocasionar o
aumento da temperatura acarretando alterações em processos importantes do ciclo da água.
No ciclo hidrológico, a importância da TS pode ser verificada quando observamos que
praticamente todos os processos do ciclo hidrológico, são sensíveis a mudanças de
temperatura. A intensidade de energia é um dos fatores responsáveis pela reciclagem da água.
À medida que o ar se aquece, sua capacidade de reter vapor de água aumenta e a evaporação
acelera-se; a taxa de evaporação de uma superfície aproximadamente dobra a cada aumento
de 10°C na temperatura (RICKLEFS, 2010).
A temperatura da superfície terrestre é um importante parâmetro em muitos modelos
ambientais, por exemplo, em modelos de troca de energia e água entre a superfície e a
atmosfera e ainda tem ação determinante sobre o crescimento e desenvolvimento de plantas.
Para estimar a temperatura da superfície em escala regional ou global torna-se necessário o
uso do sensoriamento remoto (DASH et al., 2002; GUSSO, 2003; VALOR e
CASELLES,1996).
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Observa-se na região Nordeste um número crescente de estudos das implicações das


variações de TS nos recursos hídricos através de técnicas de geoprocessamento e
sensoriamento remoto (FOLHES, 2005; LIMA et al., 2001; LOPES et al., 2005). Segundo
Lopes et al. (2010), em trabalho realizado no bioma caatinga a temperatura da superfície varia
com o uso e cobertura do solo. Essas variabilidades têm função relevante na variação de
processos, como: precipitação e escoamento sperficial (ELTAHIR, 1998).

3.2 Sensoriamento Remoto Termal

O Sensoriamento remoto é o termo usado para definir a tecnologia que permite obter
imagens e outros tipos de dados, da superfície terrestre, através da captação e/ou do registro
da energia refletida ou emitida pelos alvos terrestres sem que haja um contato físico de
qualquer espécie entre o sensor e o objeto. A tecnologia usada nos satélites é um exemplo do
sensoriamento remoto (FLORENZANO, 2002; MENDONÇA, 2007; MENESES e
ALMEIDA, 2012).
A transmissão dos dados do objeto terrestre, como a água, a vegetação e o solo, para o
sensor é realizada pela radiação eletromagnética (REM). Novo (2008) aponta que a REM
pode ser definida como uma forma dinâmica de energia que se manifesta a partir de sua
interação com a matéria. Segundo Meneses e Almeida (2012), as imagens de sensoriamento
remoto dependem da qualidade e intensidade irradiante das fontes de REM. O Sol é a fonte de
REM mais potente devido a sua alta temperatura.
O sensoriamento remoto pode ser utilizado para os serviços ambientais sendo possível
realizar a avaliação da temperatura superficial terrestre (corpos d’água, áreas vegetadas, áreas
urbanas, solos expostos, etc.), o levantamento batimétrico e o monitoramento de clorofila e
emissão de metano por corpos d’água (CTA – SERVIÇOS EM MEIO AMBIENTE, 2011).
Os dados de sensoriamento remoto obtidos no infravermelho termal não diferem dos
demais dados obtidos pelos demais sensores orbitais: a energia eletromagnética que emana de
um objeto ou área geográfica à distância é captada e, posteriormente, através de algoritmos
matemáticos e estatísticos, são extraídas feições e informações de interesse (SANTOS, 2010).
Porém, o sensoriamento remoto termal tem a vantagem de proporcionar em tempo
sincronizado uma densa rede de dados de temperatura para toda uma cidade e ou para uma
área distinta da mesma (NICHOL, 1996).
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Os produtos do sensoriamento remoto termal permitem a identificação da TS e


dependendo da disponibilidade de imagens para os períodos analisados, detectando mudanças
e alterações no fenômeno temperatura ao longo da superfície estudada (TSUYUGUCHI,
CUNHA e RUFINO, 2010). Os sensores que atuam na banda termal são fundamentados pelo
comportamento térmico dos materiais que compõe a superfície da Terra (IDEIÃO, 2009).
A resposta termal dos objetos varia durante o dia e a noite devido à capacidade térmica
de cada alvo. Por exemplo, a água por possuir uma enorme capacidade térmica, tem
praticamente a mesma temperatura durante todo o período de 24h, diferentemente dos demais
objetos como as rochas ou os solos, que têm seu pico de emissão térmica entre as 12h e 16h, o
que quer dizer que em imagens termais noturnas, o solo e a rocha aparecerão mais frios do
que a água e, em imagens termais diurnas, aparecerão mais quentes (JENSEN, 2009).
Para se trabalhar com os dados obtidos por sensoriamento remoto termal deve-se
escolher o sensor de determinado satélite e, posteriormente, o algoritmo matemático para
obter as informações de interesse.
Dentre os satélites artificiais para estudo dos recursos terrestres, o sistema Landsat 5,
tem sido um dos mais utilizados no Brasil. O Landsat 5, constitui-se de uma fonte de dados
que facilita a análise temporal das condições ambientais de todo o território brasileiro. Este
satélite registra, como todos os demais, a radiância, que é convertida em nível de cinza. A
composição colorida é obtida quando se atribui à imagem de satélite cores primárias do canal
de visualização denominado de RGB (Red, Green, Blue: Vermelho, Verde, Azul).
Um dos sensores existentes é o sensor do Landsat - Thematic Mapper (TM), que
registra a radiação que emerge do topo da atmosfera em sete bandas espectrais, sendo seis de
ondas curtas e uma de onda longa (OLIVEIRA e ROSA, 2013; SOUZA e SILVA, 2005).

3.3 Serviços Ambientais

Os ecossistemas fornecem uma infinidade de serviços ambientais. De Groot (1992),


definiu os serviços ambientais como aqueles capazes de sustentar e satisfazer as condições de
vida humana. Portanto, os ecossistemas são capazes de cumprir funções essenciais à
manutenção da vida. Segundo Tonhasca Jr. (2004), pode-se destacar os seguintes serviços
ambientais: controle de erosão e sedimentação através da retenção do solo; regulação do fluxo
hidrológico; controle de distúrbios climáticos; valor cultural e estético; proteção de habitat;
controle de doenças e pragas e; fonte de material genético.
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É notado um progresso na tentativa de caracterizar os serviços prestados pelos


ecossistemas tanto no âmbito natural quanto nas ciências sociais, onde, gradativamente, estão
sendo reconhecidos pelas autoridades responsáveis pela elaboração de políticas públicas e
estabelecimento de mecanismos financeiros e institucionais (BOCHNER, 2007; BRAUMAN,
2007).
O Millennium Ecosystem Assessment – (MA) (Avaliação do Milênio para o
Ecossistema, surge durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada
em abril de 2000, como o esforço internacional necessário para elevar consciência e
compreensão da dependência da sociedade sobre os ecossistemas e avaliar a situação dos
principais ecossistemas do planeta. Os serviços ambientais foram classificados pelo MA em
quatro grupos: suporte, provisão, regulação e culturais (Tabela 1).

Tabela 1: Classificação dos serviços ambientais estabelecida pelo Millennium Ecosystem


Assessment.

Ciclagem de Nutrientes
Formação de solo
Suporte Produção primária
Regulação climática
Processos ecológicos
Alimentos
Água
Provisão Madeira e Fibra
Combustível
Recursos genéticos
Regulação do clima
Controle de erosão
Controle de inundações
e desastres naturais
Purificação da água
Regulação Purificação do ar
Controle de doença
Estética
Espiritual
Culturais Educacional
Inspiração
Lazer
Fonte: Millennium Ecosystem Assessment

Além de serem essenciais para a sobrevivência humana, os serviços prestados pelos


ecossistemas também são essenciais para a redução da pobreza. A espécie humana é parte dos
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ecossistemas, com os quais interage, mas também é fundamentalmente dependente do fluxo


de serviços ambientais (PEIXOTO, 2011).
A crescente demanda por estes serviços reduzem cada vez mais a capacidade dos
ecossistemas de oferecerem estes serviços, uma vez que os ecossistemas encontram-se cada
vez mais degradados com alguns impactos causados, contribuindo também para as mudanças
climáticas. A Caatinga, por exemplo, apresenta extensas áreas degradadas, sendo um dos
biomas mais ameaçados e alterados do país, principalmente divido ao desmatamento e
queimadas (MMA, 2010). As populações locais dependem dos recursos naturais e dos
serviços ambientais providos por eles para sobreviverem. Mas, a capacidade natural de gerar
estes serviços ambientais está sendo anulada pela falta de planejamento e de interações mais
sustentáveis entre as atividades humanas e o meio ambiente causando desequilíbrio neste
bioma.
Conforme a DECLARAÇÃO DA CAATINGA, concebida por membros de governos
estaduais durante a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma
Caatinga no ano de 2012, a Caatinga é o bioma brasileiro mais vulnerável às mudanças
climáticas e tende a ser o mais atingido pelos efeitos negativos do aquecimento global, que
pode agravar o quadro da desertificação e reduzir as áreas aptas para a agropecuária e a
capacidade de geração de serviços ambientais, com impactos severos também na
disponibilidade de recursos hídricos na região.
Os serviços ambientais de caráter hidrológico são de grande importância para áreas do
semiárido, pois essas áreas apresentam baixa produção de água. Esses serviços compreendem
a capacidade dos ecossistemas, ou parte deles, no âmbito de uma visão integrada sobre as
bacias hidrográficas, de proteger o solo contra o impacto da gota de chuva, de administrar
lenta e gradualmente a precipitação (pluviométrica e por interceptação vertical), de redução da
erodibilidade e redução dos riscos de cheias e deslizamentos, de maneira que as demandas
humanas e do próprio ecossistema (água em quantidade e qualidade) possam ser atendidas
(ARCOVA et al., 1992; GENZ, 1996; MELO, 2007; ROSA, 1995; VALCARCEL, 1985).
Devido ao regime do clima os serviços hidrológicos podem mudar em escala temporal
e espacial (SCHEFFER et al., 2005). Portanto, a presença de vegetação se torna fundamental
para a manutenção dos serviços ambientais hidroclimáticos gerados pelas bacias
hidrográficas. Brauman et al. (2007) afirma que em zonas áridas as vegetações nativas
requerem menos água, ao contrário de algumas espécies exóticas que podem exigir água
durante boa parte do ano.
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20
22

No Texas, a remoção de arbustos nativos provocou uma economia de água nas


comunidades ribeirinhas (WILCOX et al., 2006). Por isso, é importante a presença de
vegetação ciliar que margeia as nascentes e os cursos de água, preservando os recursos
hídricos, evitando a erosão e assoreamento das suas margens filtrando resíduos químicos de
áreas agricultáveis e proporcionando uma estabilidade térmica, ou seja, garantindo a geração
de alguns serviços ambientais hidroclimáticos (LINO e DIAS, 2003; MARTINS, 2007;
KLEIN e CHAVES, 2009; RIZZO, 2006; RIZZO, 2007).

3.4 Pagamento por Serviços Ambientais como Incentivo à Conservação

Os serviços ambientais são prestados de maneira difusa tendo o seu valor ignorado ou
subestimado, e não sendo internalizados na economia nacional. A valoração desses serviços
ambientais pode se tornar um meio eficiente para a preservação destes, pois pode causar
sensibilidade para estas e outras questões ambientais. Neste cenário, o Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA) surge como um instrumento que fornece incentivo e
financiamento para a conservação dos ecossistemas que geram esses valiosos serviços.
Wunder (2005) define PSA como uma transação voluntária, na qual um serviço
ambiental bem definido, ou um uso da terra que possa assegurar este serviço, é adquirido por,
pelo menos um comprador de no mínimo, um provedor, sob a condição de que ele garanta a
provisão do serviço. Segundo Estrada e Quitero (2003), o PSA é um dos mecanismos mais
inovadores para gerar benefícios sociais e ambientais por ter um impacto sobre o uso da terra
e no bem-estar dos produtores mais pobres, e os serviços ambientais hidrológicos são um dos
mais importantes devido ao seu impacto direto no bem-estar da sociedade, na produção
agrícola e elétrica, e sua inter-relação com outros serviços como a conservação do solo e
cobertura florestal.
O PSA conforma-se como um mecanismo de compensação flexível, direto e
promissor, onde os provedores dos serviços são reconhecidos economicamente pelos
beneficiários dos mesmos (TOGNETTI et al., 2003).
Como os serviços ambientais são prestados em áreas habitadas por populações
tradicionais, povos indígenas ou com alta biodiversidade, é recomendável adotar salvaguardas
para guiar essas iniciativas e evitar efeitos negativos, como expulsão de populações
tradicionais e indígenas de suas terras, perda de biodiversidade e desvio de recursos
(SANTOS et al., 2012).
22
22

Em muitos países no mundo a concepção de PSA vem sendo discutida e colocada em


prática, como na Costa Rica em que o governo proibiu o desmatamento cobrando taxas para
cada área desmatada criando uma política de pagamento por serviços ambientais a quem
preserva as florestas em sua propriedade e, consequentemente, quem protege as bacias
hidrográficas (MALAVASSI e KELLENBERG, 2002); em Nova York que possui um dos
programas de PSA mais bem-sucedidos do mundo, onde na sua região norte os proprietários
de terras são remunerados pelo poder público para investirem na conservação das nascentes
de rios e da mata ciliar, protegendo o solo contra a erosão, resultando em quase duas décadas
em que água da região não precisa de tratamento químico, apenas de uma filtragem comum
(SPOTORNO, 2012); e em outros países como o Equador (ECHAVARRÍA, 2002); o Peru
(LLERENA, 2003).
No Brasil, PSA vem sendo discutido com mais atenção desde o lançamento do
Programa Proambiente, em 2000, que consistiu em uma experiência inicial de PSA no país,
mas demonstrou vários desafios a serem superados (WUNDER et. al., 2008).
Em uma análise realizada por Santos et. al. (2012), revelou-se uma diversidade de leis,
decretos e projetos de leis, principalmente na esfera estadual. Dentre os 28 instrumentos legais
analisados observaram-se que as regras nem sempre estão tratando estritamente sobre PSA.
Por exemplo, há leis sobre recursos hídricos que trazem regulamentação sobre o PSA (como
no Rio de Janeiro).
Na II Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em
Regiões Semiáridas realizada entre 16-20 de Agosto de 2013 em Fortaleza, Ceará – Brasil, a
Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou o Produtor de Água que consiste em um
programa de PSA que remunera produtores que adotam ações e manejos para preservar o solo
e a água de suas terras.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em parceria com o
MMA atua para realizar o PSA às famílias que vivem em áreas de importância para a
conservação e a regeneração da Caatinga, através do benefício do programa de Apoio à
Conservação Ambiental Bolsa Verde. São programas como estes que unem tanto técnicas
inovadoras quanto a sensibilidade da sociedade, visam proteger algum recurso natural que
contribue para a conservação dos serviços ambientais.

3.5 Índices de Vegetação e a Influência da Cobertura Vegetal


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22
22

O sensoriamento remoto é uma ferramenta importante para o monitoramento dinâmico


da vegetação através de diversos índices de vegetação (IV). OS IV são transformações
lineares de bandas espectrais, geralmente nas faixas do vermelho e infravermelho próximo do
espectro eletromagnético (EPIPHANIO et al, 1996). O objetivo dos IV é extrair e ampliar as
informações acerca da vegetação e ao mesmo tempo minimizar os efeitos do ambiente através
da combinação de duas ou mais bandas de distintas regiões do espectro (JACKSON e
HUETE, 1991). Dos diversos IV existentes os mais utilizados são o NDVI (Índice de
Vegetação da Diferença Normalizada), o SAVI (Índice de Vegetação Ajustado ao Efeito do
Solo) e o IAF (Índice de Área Foliar).
O NDVI foi concebido por Rouse et al. (1974), e é utilizado para identificar a presença
de vegetação verde na superfície, variando de acordo com o tipo, densidade e umidade, além
de refletir o estresse hídrico. O SAVI é usado para minimizar as influências do solo na
caracterização do dossel mede ou aproxima a distância entre o pixel e a linha do solo
(NOVAS et al.,2008). Este índice de vegetação foi proposto por Huete (1988) como uma
modificação do NDVI buscando reduzir os efeitos da variabilidade do tipo e densidade da
vegetação.
Cada região climática tem tipos característicos de vegetação que diferem em forma de
crescimento. Assim, o clima é o grande determinante das formas de crescimento e da
distribuição da cobertura vegetal (RICKLEFS, 2010). A Caatinga apresenta um clima árido
devido à escassez de chuvas e uma vegetação adaptada à ausência de água. Segundo Caruzzo
(2003), o IAF é um dos resultados destas condições climáticas regionais, onde tem uma
importância de influenciar nas trocas de massa e energia no sistema solo-planta-atmosfera. O
IAF foi denominado por Watson (1947) e é um parâmetro biofísico e pode ser usado na
estimativa de evapotranspiração. Além de que, pode ser utilizado como uma possível variável
de entrada em modelos hidrológicos.
A influência da floresta no recebimento e na redistribuição das chuvas é de
importância significativa dentro do contexto do balanço hídrico de um determinado local. A
vegetação tem papel fundamental em todo o processo hidrológico da bacia hidrográfica,
principalmente na interceptação e evapotranspiração, atuando, indiretamente, em todas as
fases do ciclo hidrológico. A presença da vegetação protetora às margens dos corpos de água
é essencial para o funcionamento hidrológico das bacias hidrográficas, pois influencia a
produção hídrica. A mata ciliar é importante por influenciar tanto na quantidade e regime de
fluxo, como na qualidade da água gerada para consumo humano e agrícola, reduzir as perdas
do solo provenientes de processos erosivos e de solapamento das margens dos rios, e ser fonte
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22

de alimentação para as faunas silvestres, terrestres e aquáticas (GÊNOVA, HONDA E


DURIGAO, 2007; VALOR e CASELLES,1996; TUCCI e CLARKE, 1997). Na Caatinga, a
mata ciliar compreende toda a faixa de vegetação localizada nas margens de cursos d'águas,
sejam eles intermitentes ou temporários (SOUTO, 2012).
Contudo, as perturbações ambientais causadas pelo homem através de queimadas,
desmatamentos, fragmentação de habitat e introdução de espécies exóticas, vem ocasionando
a perda das florestas. Segundo o MMA, a Caatinga já perdeu 46% da sua vegetação original,
devido tanto ao desmatamento quanto a sua vulnerabilidade às mudanças climáticas que
acelera o processo de desertificação desse bioma, empobrecendo o solo e agravando a
escassez dos recursos hídricos. Assim, as florestas não perturbadas protegem os recursos
hídricos gerando serviços ambientais como a regulação na disponibilidade da água, a proteção
e conservação do solo e estabilidade térmica.

3.6 Albedo da Superfície

Um dos parâmetros que podem ser estudados pelo sensoriamento remoto é o albedo da
superfície, e de acordo com Lopes e Valeriano (2007), o albedo da superfície consiste na
reflectância integrada por todo o espectro eletromagnético e em todas as direções.
Ainda, conforme o mesmo autor, o albedo varia em devido ao comprimento de onda
conforme a reflectância do local e é também dependente das condições de iluminação.
Segundo Robinove et al. (1981) imagens de albedo pode ser usada para mostrar
mudanças na superfície, onde em áreas de solo exposto o albedo é maior do que em áreas com
densidade de vegetação devido ao aumento da umidade do solo.
A determinação do albedo é um parâmetro importante no estudo de mudanças
climáticas e impactos ambientais, por controlar as condições microclimáticas das culturas e a
absorção de radiação, afetando aspectos físicos e fisiológicos, como o balanço de energia,
evapotranspiração e fotossíntese, podendo ser utilizado como indicador de desertificação
(BEZERRA et al., 2011; SILVA et. al., 2005; WANG et al., 2001).
25
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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Descrição da Área de Estudo

O presente estudo abrange o centro-sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú situado no


sertão pernambucano. A área está situada numa região de semiárido (ou domínio Caatinga)
com grande importância para a biodiversidade e ao seu imenso potencial para a conservação
de serviços ambientais (MMA, 2010) e pelos recursos naturais da área da bacia, como a água,
a vegetação e o solo, sofrerem pressão devido aos seus usos insustentáveis. Além disso, a área
da baca hidrográfica do Rio Pajeú apresenta problemas enfrentados com o processo de
desertificação.
A bacia hidrográfica do rio Pajeú (Figura 1) está localizada entre 07º 16’ 20” e 08º 56’
01” de latitude sul, e 36º59’ 00” e 38º57’ 45” de longitude oeste de Greenwich, formando a
Unidade de Planejamento Hídrico (UP9). A bacia está inserida na região fisiográfica do
Sertão de Pernambuco, nas microrregiões do Pajeú, do Sertão do Moxotó, do Salgueiro e de
Itaparica sendo a maior do estado, com uma área total de 16.886,22 km², correspondendo a
16,97% da área do Estado.

Figura 1: Localização da bacia do Rio Pajeú no Estado de Pernambuco.

Fonte: Felipe Albuquerque (2013).


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O rio Pajeú nasce a uma altitude aproximada de 800 metros, na serra do Balanço
(Município de Brejinho), na divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba e deságua no
lago de Itaparica, após percorrer cerca de 353 km na direção geral nordeste-sudoeste.
A rede hidrográfica da bacia, incluindo-se o rio principal, apresenta um regime sazonal
intermitente, com a interrupção do curso no período de estiagem, característica acentuada dos
rios sertanejos. Geralmente, estes rios têm leitos largos e arenosos onde se formam lençóis de
água subterrânea utilizados pela população sob a forma de cacimbas (ANDRADE, 1999).
A área da bacia hidrográfica do Pajeú é caracterizada pela grande irregularidade das
precipitações pluviométricas, sendo por isso uma das áreas de menor índice pluviométrico do
estado de Pernambuco. As médias pluviométricas anuais oscilam entre 500 e 800 mm por ano
e o período chuvoso nesta área compreende os meses de fevereiro a maio (SUDENE, 1990;
IPA, 1994).

4.2 Processamento Digital

Elaborou-se um banco de dados a partir de imagens geradas pelo sensor TM, que se
encontra a bordo do satélite Landsat 5, adquiridas no banco de dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). A imagem de satélite utilizada é de 20/11/2009 do Ponto 66 e
órbita 216.
Todo o processamento de modelagem digital da imagem de satélite para aplicação dos
índices escolhidos foi executado por meio dos softwares ERDAS Imagine 9.1 (para o recorte
espacial) e ArcGis 10.1 (para o modelo final dos layouts).
Tornam-se -se necessários as realizações de correções geométricas e recortes de áreas
de interesse. As correções geométricas removem os erros sistemáticos presentes nas imagens
orbitais possibilitando a comparação da imagem corrigida a uma base cartográfica
(DEBIASE, 2007). Para obter a temperatura da superfície terrestre através de imagens orbitais
da região termal, é necessário utilizar técnicas de correção dos efeitos atmosféricos sobre as
medidas de temperatura (TSUYUGUCHI, CUNHA e RUFINO, 2010).
Neste estudo foi realizado um procedimento de ortorretificação através do ERDAS
Imagine 9.1, que conforme Ideião (2009), a imagem ortorretificada é importante porque a
ortorreitificação melhora a qualidade das imagens para análise visual e processamento digital
das imagens, além de minimizar os efeitos de deslocamento unidimensional do relevo e de
distorção tangencial da escala.
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Depois da modelagem extraiu-se uma área específica de interesse dentro desta órbita,
que caracteriza a região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú. O recorte foi feito em
referencia ao banco de dados nacional da ANA.

4.3 Obtenção da Temperatura de Superfície

Neste trabalho, foi utilizado algumas etapas do modelo desenvolvido por Bastiaanssen
(1995), o algoritmo SEBAL – Surface Energy Balance Algorithm for Land, que tem sido
vastamente utilizado em muitas partes do mundo e proporcionando resultados satisfatórios no
âmbito dos recursos naturais e gerenciamento dos recursos hídricos (BASTIAANSSEN et al.,
1998; ALLEN et al., 2001). O diagrama abaixo (Figura 2) mostra as etapas metodológicas
para a obtenção da temperatura de superfície.

Figura 2: Fluxograma com as etapas do SEBAL para se obter a temperatura de superfície.

Imagem de
Satélite Dados de Etapa 5
Entrada Índices de vegetação
(IVDN, IVAS, IAF)

Etapa 1
Radiância
espectral
Etapa 6
Emissividade da
superfície
Etapa 2
Reflectância

Etapa 7
Temperatura de
Etapas 3 e 4 superfície
Albedo

Para obter a temperatura de superfície foi calculada a efetivação da calibração


radiométrica, em que o número digital (ND) de cada pixel é convertido em radiância espectral
monocromática (Lλi) (MARKHAM & BAKER, 1987):

bi  a i
Lλi  a i  ND (1)
255
28
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22

Em que a e b são as radiâncias espectrais mínima e máxima (Wm-2 sr-1µm-1), as quais


estão representadas na Tabela 2, segundo Chander e Markham (2003). ND é a intensidade do
pixel (número digital – número inteiro de 0 a 255) e i corresponde a cada uma das sete bandas
do satélite Landsat 5 TM.

Tabela 2: Bandas do Landsat 5 TM, com os correspondentes valores de Lmin,i e Lmax,i.

De 1 de março 1984 Após 4 de maio de


Bandas a 4 de maio de 2003 2003
(i) Lλi (min) Lλi (max) Lλi (min) Lλi (max)
1 -1,52 152,0 -1,52 193,0
2 -2,84 286,81 -2,84 365,0
3 -2,17 204,30 -2,17 264,0
4 -1,51 206,20 -1,51 221,0
5 -0,37 27,19 -0,37 30,2
6 1,2378 15,303 1,2378 15,303
7 -0,15 14,38 -0,15 16,5
Fonte: Chander e Markhan, 2003.

Em seguida, com a equação proposta por Bastiaanssen (1995), reflectância


monocromática de cada banda (ρλi ) que é definida como sendo a razão entre o fluxo da
radiação solar refletido e o fluxo da radiação solar incidente, ou seja, os valores de radiância
são convertidos à reflectância aparente:

π . L λi
ρ λi  (2)
k λi . cos Z . d r
Onde: Lλi é a radiância espectral de cada banda, Kλi é a irradiância solar espectral de cada

banda no topo da atmosfera (Wm 2 μm 1 , Tabela 3), Z é o ângulo zenital solar em que para
obtê-lo é necessário através do catálogo da imagem encontrar o ângulo de elevação do sol (E)
e, assim, calcular Z e d r é a razão entre a distância média Terra-Sol (ro) e a distância Terra-
Sol (r) em dado dia do ano (DSA) calculado segundo a equação de Duffie e Beckman (1980).
Z = (90° - E) (3)
Em que E é o ângulo de elevação do sol.

 DDA  2 π 
d r  1  0,033  (4)
 365 r 
29
28
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Sendo que: DDA representa o dia do ano contado continuamente a partir de 1 de


janeiro até a data da imagem.

Tabela 3: Irradiância solar espectral para cada banda do sensor TM.


Irradiância (Ei)
Bandas (i)
(Wm 2 μm 1 )
1 1957
2 1826
3 1554
4 1036
5 215,0
7 80,67
Fonte: Chander e Markhan, 2003.

Na terceira etapa é calculado o albedo planetário (α toa ) , isto é, o albedo não ajustado
a transmissividade atmosférica, que é obtida pela combinação linear das reflectâncias
monocromáticas:
α toa  0,293 ρ1  0,274 ρ 2  0,233 ρ3  0,157 ρ 4  0,033 ρ5  0,011ρ 7 (5)
Onde: ρ 1, ρ 2, ρ 3, ρ 4, ρ 5 e ρ 7, são os albedos planetários das bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7,
respectivamente.
Depois de calculado o albedo planetário é calculado o albedo da superfície, que é o
albedo corrigido para os efeitos atmosféricos α , pela equação (BASTIAANSSEN, 1995):

α toa  α p
α 2 (4)
τ sw
Sendo que α toa é o albedo planetário, α p é a da radiação solar refletida pela

atmosfera e τ sw é a transmissividade atmosférica que para condições de céu claro, pode ser
obtida a partir da seguinte equação (ALLEN et al., 2002):
τsw  0,75  2.105 z (5)

Em que: z é a altitude em metros de cada pixel representado no Modelo Numérico de


Elevação do Terreno (MNT), este, formado a partir de uma imagem SRTM, de recorte
correspondente às imagens LANDSAT obtidas.
30
29
22

Através da razão entre a diferença das refletividades do infravermelho próximo ( ρ IV ) e

do vermelho ( ρ V ) pela soma das mesmas (ALLEN et al., 2002), calculou-se o Índice de
Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI), que é um indicador sensível da quantidade e
da condição da vegetação verde:

ρ IV  ρ V
NDVI  (6)
ρ IV  ρ V
O NDVI é usado para identificar a presença de vegetação verde na superfície, o que
permite caracterizar sua distribuição espacial, bem como a evolução do seu estado ao longo
do tempo, a qual é determinada pelas variações das condições climáticas dominantes, bem
como pelos ciclos fenológicos anuais (FOLHES, 2007). Os valores variam de –1 a +1 e para
superfícies com alguma vegetação o NDVI varia de 0 e 1, já para a água e nuvens o NDVI
geralmente é menor que zero.
O Índice de Vegetação Ajustado para os Efeitos do Solo (SAVI) proposto por Huete
(1988) é um índice que busca amenizar os efeitos do “background” do solo e é utilizada a
expressão:

(1  L)(ρIV  ρV )
SAVI  (7)
(L ρIV  ρV )
Onde: o fator L é uma função do tipo de solo, e segundo Huete (1988), o valor do fator
L escolhido deve ser menor quanto mais densa for à vegetação. Neste estudo foi adotado L =
0,5, que é o valor mais frequente na literatura (HUETE e WARRICK, 1990; ACCIOLY et al.,
2002; BOEGH et al., 2002).
Para o cálculo o Índice de Área Foliar (IAF), utilizou-se a equação proposta por Allen
et al. (2002) , que é definido pela razão entre a área foliar de toda a vegetação por unidade de
área utilizada por essa vegetação:
 0,69  SAVI 
ln  
IAF     (8)
0,59
0,91

Para a obtenção da temperatura na superfície, foi utilizada a equação de Plank


invertida, válida para um corpo negro (SOUZA e SILVA, 2005). Como cada pixel não emite
radiação eletromagnética como um corpo negro, há a necessidade de introduzir a emissividade
de cada pixel no domínio espectral da banda termal imageada pelo canal termal ( ε NB ). Logo,
quando do cômputo da radiação de onda longa emitida por cada pixel, há de ser considerada a
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22

emissividade no domínio da banda larga ( ε 0 ). De acordo com Allen et al. (2002), as

emissividades ε NB e ε 0 podem ser obtidas, para NDVI>0 e IAF<3, dessa forma:

ε NB  0,97  0,00331IAF (9)

ε 0  0,95  0,01IAF (10)

Quando o IAF foi ≥ 3, a ε 0 foi 0,98 e a ε NB foi 0,98, e para corpos de água (NDVI <

0), a ε 0 foi 0,99 e a ε 0 foi 0,985 seguindo as recomendações de Allen et al (2002).


Por último, calculou-se a temperatura de superfície, sendo utilizados a radiância
espectral da banda termal ( L λ,6 ) e a emissividade ( ε NB ) obtida em etapa anterior. Assim,

obteve-se a temperatura da superfície (K) pela seguinte expressão (BASTIAANSSEN, 1995):

K2
Ts  (11)
ε K 
ln  NB 1  1
 L λ,6 

Em que: K1  607,76 Wm 2sr 1μm 1 e K 2  1260,56 K são constantes de calibração


da banda termal do Landsat 5 TM, segundo Allen et al. (2002).

4.4 Análise de Índices de Vegetação, Albedo de Superfície, Temperatura de Superfície e


Serviços Ambientais Hidroclimáticos

Para a análise dos índices de vegetação, gerou-se um histograma com os valores


obtidos dos dados de sensoriamento remoto e ainda para estes índices, para os valores de
albedo e para os valores de temperatura foi realizada uma análise descritiva através da
geração de cartas georreferenciadas.
Em seguida, realizou-se uma comparação dos mapas de NDVI e temperatura de
superfície e a partir desta foi analisado se estes dois parâmetros biofísicos interferem na
prestação de serviços ambientais hidroclimáticos.
32
31
12
2

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Índices de Vegetação

Avaliando o histograma (Figura 3A) podemos verificar, primeiramente, que a região


estudada, para o NDVI, apresentou um intervalo de [-1,00 a 1,00], o que confirma tanto a
presença de outras superfícies que não seja vegetação como a de superfícies completamente
cobertas por vegetação. O valor médio do NDVI obtido foi de 0,38 com desvio padrão de
0,12, indicando que a maior concentração de pixels está mais próxima de zero, o que significa
que a maior parte do solo tem pouca cobertura vegetal, assim como nas margens dos corpos
hídricos da bacia do Pajeú.
Segundo Gurgel, Ferreira e Luiz (2003), para a Caatinga o NDVI apresenta valores de
variação mais elevados entre os meses de Dezembro a Maio, quando se tem o período
chuvoso, em que esses valores variam em uma escala de -1 a 1, enquanto que os meses de
setembro e outubro apresentam os menores valores de NDVI. Este último é o período mais
seco da região, com alguns locais apresentando totais mensais de precipitação próximos de
zero milímetro, nesta época.

Figura 3: Histogramas da distribuição dos pixels dentro dos intervalos de valores


correspondentes à análise do índice de vegetação ("A" representando NDVI, "B" representando
o SAVI e o "C" o IAF).

Fonte: Arthur Tavares e Felipe Albuquerque (2013)

Novas et. al. (2008), em um estudo realizado na bacia do Rio Traipu em Alagoas,
obteve para o NDVI um intervalo de [-0,69 a 0,81] com valores de médias de 0,40,
observando-se que a área estudada apresentou consideravelmente regiões de solo exposto ou
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pouca vegetação. Shilpakar (2003), em pesquisa realizada na bacia do Rio Rapti, no Nepal,
encontrou valores de NDVI entre 0,55 e 0,70 em áreas de floresta e de 0,17 em áreas de solos
expostos. Foram encontrados em áreas irrigadas de cana-de-açúcar, no sub-médio São
Francisco em Juazeiro na Bahia, valores negativos de NDVI próximos a -0,98 e valores
positivos próximos a 0,82, onde os valores de NDVI negativos correspondem aos corpos
d’água (LIRA et al., 2009).
Na região de estudo o SAVI apresentou um intervalo de [-0,41 a 0,73] com média de
0,22 com desvio padrão de 0,07. Neste intervalo de valores de SAVI obtidos fica evidente a
existência de solos expostos correspondendo aos valores negativos, onde estes também
compreendem os corpos de água, a pastagem e superfícies com pouca vegetação. Observa-se
pelo histograma (Figura 3B) que os valores de SAVI não excederam 0,25 o que de acordo
com Ideião (2009) é considerado um valor muito baixo e um indicador de uma menor
densidade de cobertura vegetal, e assim o solo dessa região pode ter contribuído na resposta
do NDVI.
Giongo et al. (2007), em estudo realizado em regiões de Pernambuco obteve para o
SAVI valores de -0,214, 0,121 e 0,521, como mínimo, médio e máximo, respectivamente. Os
baixos valores encontrados refletem uma menor densidade de cobertura vegetal da área
estudada. Em um estudo realizado na bacia do Rio Traipu em Alagoas, foi encontrado um
intervalo de [0 a 0,47] e valores médios de 0,21 (NOVAS et al., 2008).
O IAF para a região Centro-Sul da bacia do Rio Pajeú apresentou um intervalo de [0 a
6] com valores médios de 0,27 com desvio padrão de 0,20 (Figura 3 C). Tais resultados para o
IAF demonstram que a vegetação na região estudada é típica de semiárido com poucas folhas,
pequena dimensão e quedas das folhas na época seca.
Novas et. al. (2008) para um estudo na bacia do Rio Traipu em Alagoas, encontrou
para o IAF um intervalo [0 a 1,09] e valores médios de 0,24, evidenciando consideráveis
regiões IAF baixos. A bacia hidrográfica do Rio Moxotó em Pernambuco por apresentarem
uma maior biomassa às áreas com vegetação de porte Arbustiva Fechada, Arbórea Fechada e
Mata Ciliar e conseguirem manter as suas folhas no ano de 1993 considerado extremamente
seco, com índices variando, entre 0 e 3,560 (OLIVEIRA et. al. 2009).
Os pixels com valores mais positivos estão representados em tons esverdeados
correspondendo às áreas com maiores índices de vegetação, enquanto que o decréscimo dos
valores de pixels representa a redução da vegetação, onde de tons amarelados até
avermelhados se encontram os valores intermediários correspondendo ao solo mais
descoberto até aos valores mais negativos que correspondem aos corpos d’água da bacia
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22

(Figura 4). Esses valores caracterizam diferenças da cobertura vegetal, que está caracterizado
por presença e disponibilidade de recursos naturais distintos. Como, por exemplo, corpos
d’água e manchas de solos e afloramentos rochosos (RAMOS et al., 2010).

Figura 4: Índices de vegetação para a região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú, PE:
SAVI, NDVI e IAF.

Fonte: Arthur Lemos e Felipe Albuquerque (2013).

Para regiões onde os valores do NDVI e SAVI são baixos, apresentam também,
valores muito baixos do IAF (IDEIÃO, 2009). Os melhores índices de vegetação foram
obtidos nas áreas que possuem cobertura vegetal predominante de Caatinga arbórea fechada,
seguido pela área de pastagem e cultivo irrigado. As áreas de solo exposto ou com pouca
vegetação e áreas urbanas obtiveram os menores índices de vegetação.
Os melhores índices de vegetação foram obtidos nas áreas que possuem cobertura
vegetal predominante de Caatinga arbórea fechada, seguido pela área de pastagem e cultivo
irrigado. As áreas de solo exposto ou com pouca vegetação e áreas com atividades antrópicas
obtiveram os menores índices de vegetação.
35
34
22

5.2 Albedo da Superfície

Áreas analisadas por Robinove et al. (1981) apontaram que o aumento do albedo
acontece principalmente devido ao solo exposto e que a sua diminuição ocorre primeiramente
devido ao aumento da umidade do solo e ao aumento na densidade da vegetação. Esta
afirmativa corrobora a observação feita neste estudo na região centro-sul da bacia do Rio
Pajeú. No mapa de albedo do presente estudo (Figura 5) pode-se verificar que as áreas com
cobertura vegetal, áreas irrigadas e presença de reservatórios de água alcançaram valor
mínimo de 0,008. As áreas de solo exposto, que podem ter sido áreas com corpos hídricos em
sua superfície antes do período seco, ou as áreas com solos sem cobertura vegetal e áreas
urbanas, alcançaram valor máximo de 0,717. O valor médio de albedo obtido foi de 0,140.
Em um estudo realizado na bacia hidrográfica do Rio Moxotó em Pernambuco,
verificou-se que as áreas com uma maior presença de vegetação apresentaram valores de
albedo da superfície variando entre 0,10 e 0,20 e as áreas que apresentaram solo exposto
variaram de 0,30 a 0,45 (OLIVEIRA et al. 2009). Comparando tal resultado com o do estudo
presente, nota-se que a diferença entre os valores mínimos e máximos de albedo para a bacia
do Rio Moxotó foi inferior à diferença obtida para a região centro-sul da bacia do Rio Pajeú.
Isto se explica pelo fato da bacia e Moxotó possuir uma vegetação de Caatinga de porte
arbustiva fechada, arbórea fechada e mata ciliar nas margens da bacia, enquanto que a região
da bacia do Pajeú possui uma Caatinga arbórea fechada e ausência de matas ciliares.

Figura 5: Mapa do Albedo para o momento do imageamento da região Centro-Sul da bacia


hidrográfica do Rio Pajeú, PE.

Fonte: Arthur Tavares e Felipe Albuquerque (2013).


36
35
22

Rodrigues et al. (2009) realizaram estudo em regiões semiáridas que apresentou


valores de albedo oscilando de 0,26 a 0,36 de albedo da superfície em solo exposto, ao passo
que a cobertura vegetal de Caatinga alcançou valores de 0,10 a 0,15.
Com os valores obtidos de albedos verifica-se que estes são inversamente
proporcionais aos índices de vegetação alcançados, onde este albedo pode intensificar a
degradação ambiental na região estudada.

5.3 Temperatura da superfície

A temperatura da superfície (TS) para as imagens utilizadas da região centro-sul da


bacia hidrográfica do Rio Pajeú atingiu valores mínimo, médio e máximo de 19,6°C, 35,8°C e
45,8°C, respectivamente, onde os valores mais baixos são representados pela cor amarela e os
mais altos, que caracteriza a maior parte da área estudada, são representados pela cor
vermelha.

Figura 6: Mapa da temperatura de superfície terrestre em °C para o momento do imageamento


da região Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú, PE.

Fonte: Arthur Tavares e Felipe de Albuquerque (2013).

A partir de tais resultados temos que a TS na área de estudo foi maior em superfícies
de solo exposto, algumas até com afloramento rochoso e sobre influência antrópica e menor
em áreas de cobertura vegetal mais densa, devido à concentração de umidade na vegetação e
em reservatórios hídricos. As diferenças de TS é função das propriedades físico-químicas dos
corpos, atribuindo-lhes comportamento térmico diferenciado (TSUYUGUCHI, CUNHA E
RUFINO, 2010). Segundo Alves et al. (2009), na Caatinga os afloramentos rochosos ficam
expostos, sujeitos à ação do vento e de outros fatores, que podem experimentar temperaturas
37
36
22

muito baixas durante as noites mais frias do ano, enquanto que a temperatura pode ser
bastante elevada durante os dias quentes e ensolarados do verão.
Folhes (2005) em um estudo realizado bacia hidrográfica do rio Jaguaribe no Ceará,
verificou que as áreas mais frias identificadas na imagem coincidem com as áreas cobertas
com vegetação verde e com os espelhos d’água apresentando um valor de TS de 19°C, e as
mais quentes estão associadas às regiões sujeitas ao estresse hídrico como as áreas
desprovidas de cobertura vegetal apresentando valores de TS podendo ultrapassar os 49°C.
Para a bacia hidrográfica do Córrego Beija Flor obteve-se temperatura média de 22,9°C, onde
as áreas que registraram menor temperatura foram as de reflorestamento seguidas da área
irrigada e as áreas de mata ciliar tendo as menores TS de 15°C a 17°C e as áreas de solo
exposto foram as áreas com maior temperatura entre 31,4°C (OLIVEIRA e ROSA, 2013).

5.4 NDVI x Temperatura de Superfície e os Serviços Ambientais Hidroclimáticos

Por meio da análise comparativa entre o NDVI e a temperatura de superfície é possível


observar que o índice de vegetação NDVI apresenta-se menor nos locais onde há um maior
valor da temperatura de superfície e vice-versa (Figura 7). Esse mecanismo contribui na
diminuição da temperatura da superfície e do ar através do efeito direto de sombreamento pela
vegetação e da evapotranspiração (SILVA et al., 2013). A quantidade de radiação solar que
chega à superfície abaixo da copa é reduzida em áreas com vegetação densa, uma vez que
parte da radiação solar incidente é absorvida pelas folhas e utilizada para fotossíntese, e outra
fração é refletida de volta para a atmosfera (SANTOS, 2011).
De acordo com Phillips et al. (1992), há uma grande importância no conhecimento da
distribuição espacial da precipitação sobre uma determinada região, tanto no planejamento de
processos hidrológicos como no manejo de recursos naturais. Nos dias do imageamento não
foi constatada precipitação pluviométrica para a região centro-sul da baca hidrográfica do Rio
Pajeú. A elevada TS pode ter sido influenciada pela ausência de chuva durante a análise, que
também acarretou em baixos valores de NDVI.
As Caatingas semiáridas possuem características extremas dentre os parâmetros
meteorológicos quando comparadas a outras formações tendo a mais alta radiação solar, baixa
nebulosidade, a mais alta temperatura média anual, as mais baixas taxas de umidade relativa,
evapotranspiração potencial favorecendo um clima sazonal muito forte com um sistema de
chuvas extremamente irregular com alta concentração em três meses (fevereiro-maio) e
38
37
22

longos períodos secos (PRADO, 2003). A partir destas características juntamente com os
valores de TS encontrados e de NDVI para a área de estudo, tem-se que a capacidade de
prestação de serviços hidroclimáticos é reduzida, pois as altas temperaturas fazem com que a
perda d’água pela vegetação e pelos cursos d’agua da bacia, aumente direta e indiretamente,
afetando o ciclo hidrológico local e não proporcionando uma estabilidade térmica para a
região. Assim, o processo de desertificação é acelerado, devido a estes extremos climáticos
intensos associados à degradação do solo.

Figura 7: Comparação dos mapas de NDVI e de temperatura de superfície em °C para a região


Centro-Sul da bacia hidrográfica do Rio Pajeú, PE.

Fonte: Arthur Tavares e Felipe Albuquerque (2013).

Estudo de detecção de mudanças climáticas sobre Pernambuco (LACERDA, 2010;


NOBRE, 2010 apud LIMA et al., 2011), revela uma diminuição média de 275 mm
(correspondendo a 57%) dos totais pluviométricos anuais em conjunto de oito postos
pluviométricos com dados no mesmo período, no vale do rio Pajeú, em Pernambuco. Esta
diminuição anual das chuvas esteve seguida do aumento dos períodos máximos de estiagem
que passaram de 20 para 35 dias, e do aumento da frequência de eventos de precipitação
intensa (superior a 50 mm em 24 horas), que passou de cinco para nove ocorrências por ano.
Desta forma, há evidência de que processos de aridificação estão em curso na região centro-
sul do Pajeú (MMA, 2010).
Os serviços ambientais hidroclimáticos são fundamentais para a manutenção das
condições ambientais necessárias à sobrevivência humana na área estudada, já que como
chove pouco e o solo é compacto, a água se acumula e evapora causando a salinização do
solo, comprometendo a cobertura vegetal e as atividades agrícolas. As elevadas temperaturas
39
38
22

locais somadas com o aumento de temperatura do planeta faz com que o déficit hídrico, que já
é grande, cresça mais.
Assim, fica evidente que se faz necessário a existência de vegetação ao entorno da
bacia do Pajeú, principalmente por esta ter um regime intermitente. A complexidade da
dinâmica das matas ripárias envolve um conjunto de interações ecológicas de extrema
importância à manutenção dos recursos hídricos em termos de vazão e à proteção dos
mananciais contra a erosão e o assoreamento do solo garantindo a qualidade da água (LIMA,
1989; MARIANO et. al., 2009). Na Caatinga, a mata ciliar comporta toda faixa de vegetação
localizada nas margens de cursos d'águas, sejam eles intermitentes ou temporários (SOUTO,
2012).
Segundo Valcarcel (1998) os ecossistemas florestais desempenham a função de
administração hidrológica da água precipitada, isto é, captando, armazenando e
disponibilizando-a lenta e gradualmente, em quantidade e qualidade, ainda que no período de
estiagem. Todavia, como a região centro-sul da bacia do Rio Pajeú apresenta área degradada,
possuindo alguns núcleos de desertificação, se ocorrer uma chuva intensa, a geração de
serviços ambientais através dessa precipitação será comprometida, uma vez que este ambiente
se encontra desajustado. Este fato só justifica que a vegetação é fundamental na manutenção
dos serviços ambientais hidroclimáticos.
40
39
2

6 CONCLUSÃO

A vegetação influencia a temperatura de superfície na região centro-sul da bacia Hidrográfica


do Rio Pajeú, causando implicações na obtenção de serviços ambientais hidroclimáticos. De
tal modo, se a presença de vegetação reduz a temperatura, a realização de uma recuperação da
cobertura florestal ou a recuperação da mata ciliar protegendo os mananciais, poderá trazer
benefícios positivos para a região como a prestação de serviços ambientais que são essenciais
para as áreas de Caatinga.
Os órgãos competentes do estado de Pernambuco necessitam de mais seriedade para
criar planos de gestão de recuperação das condições ambientais do estado que é que sofre
consequências das mudanças climáticas. A prestação de serviços ambientais hidroclimáticos é
importante para mudança de cenário do sertão pernambucano que se encontra ameaçado de
desertificação e para tal recuperação políticas de gestão são fundamentais. A degradação
ambiental também está ligada a pobreza, uma vez que esta ocasiona tanto a redução como a
exaustão dos recursos naturais.
40
41
22

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