Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS BALSAS

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DISCIPLINA: FISICA EXPERIMENTAL I

DOCENTE: Dr° EDSON NUNES

DISCENTE: KAIO MORAIS GOMES

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)

BALSAS – MA

2019
KAIO MORAIS GOMES

Relatório II: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)

Relatório submetido à disciplina de Fisica


Experimental I, como requisito para a
obtenção da nota.

Balsas – MA

2019

1
Sumário

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3

2 OBJETIVOS ................................................................................................. 5

3 EQUIPAMENTOS E COMPONENTES........................................................ 5

4 METODOLOGIA .......................................................................................... 5

5 PRODECIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................... 6

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 9

7 CONCLUSÕES .......................................................................................... 19

8 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 26

2
1 INTRODUÇÃO

O físico italiano Galileu Galilei realizou o experimento do plano inclinado


por volta do século XVI demonstrando que a queda dos corpos não depende
de suas massas e também que o espaço percorrido é proporcional ao
quadrado do tempo. Tal experimento ficou conhecido como “O experimento
Alfa” e feito com base em um plano inclinado. Isto gerou um novo marco para a
física pois refutou antigas teorias de Aristóteles acerca do movimento de queda
livre.

Um experimento de plano inclinado consiste basicamente de


lançamentos de objetos em uma máquina cujos pontos de início e fim estão a
alturas diferentes.

(Figura 1: Plano inclinado. Fonte: SoFísica)

O movimento retilíneo uniformemente variado possui uma característica


que o diferencia do MRU, neste caso, o MRVU varia sua velocidade de acordo
com o tempo. Tal variação ocorre de modo uniforme, como o próprio nome diz,
isto nos indica que a aceleração é constante a todo momento. O MRVU pode
ser definido como um movimento de um corpo ao longo de uma reta pelo qual
sofre variações iguais em intervalos de tempos iguais.

3
Para movimentos realizados na direção da trajetória, costuma-se chamar
a velocidade de positiva, caso ocorra no sentido contrário à trajetória, a
velocidade será negativa.

Pode-se definir a velocidade pelo MRVU relembrando a aceleração


média. Assim temos que:

Como :

Isolando V, tem-se:

Uma consequência do fato de que a aceleração é constante e diferente


de zero, então, a afirmação que se segue seria válida para o MRVU e somente
para este. Para um intervalo de tempo e para as respectivas velocidades
e pode-se obter:

(Figura 2: Velocidade média)

Pelo gráfico:

4
I.

II.

Juntando as duas equações:

Há outras fórmulas a serem deduzidas sobre o MRVU como a função


horária e equação de Torricelli, porém neste experimento tais resultados não
serão utilizados.

2 OBJETIVOS

A finalidade desta experiência é determinar o valor da aceleração de um


objeto, utilizando um aparato experimental com precisão limitada

3 EQUIPAMENTOS E COMPONENTES

 Plano Inclinado com ajuste angular;


 Cronômetro;
 Esfera.

4 METODOLOGIA

Foi realizado no dia 25/10/2019 o segundo experimento da disciplina


Física Experimental I com o título de Roteiro 2: Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (MRVU) no qual foram realizadas medidas das
grandezas de tempos durante o percurso feito por uma esfera ao longo de um

5
plano inclinado com ajuste angular para diferentes ângulos e medidos com um
cronômetro.

5 PRODECIMENTO EXPERIMENTAL

Para este experimento foram utilizados equipamentos específicos com o


intuito de medir o tempo necessário para que uma esfera realize o trajeto do
plano inclinado com diferentes ângulos. A esfera deveria ser posicionada no
topo da rampa e deixada de modo que a agir somente a força potencial
gravitacional sobre ela. Com um cronômetro de precisão deveria ser anotado o
tempo necessário para este trajeto diversas vezes, de modo a obter um
resultado mais preciso e próximo do valor real. Há com conseguiram como
fortes depressíveis.

Primeiramente, ajustando para um ângulo de 2º, obteve-se os


seguintes resultados:

Tempo Deslocamento (em s)


Tempo 1 3,28
Tempo 2 2,38
Tempo 3 2,47
Tempo 4 2,40
Tempo 5 2,47
Tempo 6 2,53
Tempo 7 2,37

Logo após, o mesmo procedimento deveria ser realizado ajustando para


diferentes ângulos. Tal como mostram as tabelas abaixo:

1) Para um ângulo de 4º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 1,60
Tempo 2 1,63

6
Tempo 3 1,72
Tempo 4 1,63
Tempo 5 1,53
Tempo 6 1,57
Tempo 7 1,69

2) Para um ângulo de 6º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 1,22
Tempo 2 1,18
Tempo 3 1,19
Tempo 4 1,09
Tempo 5 1,16
Tempo 6 1,00
Tempo 7 1,12

3) Para um ângulo de 8º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 0,94
Tempo 2 0,88
Tempo 3 0,91
Tempo 4 0,96
Tempo 5 0,94
Tempo 6 0,91
Tempo 7 0,90

4) Para um ângulo de 10º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 0,87
Tempo 2 0,90

7
Tempo 3 0,88
Tempo 4 0,94
Tempo 5 0,97
Tempo 6 0,78
Tempo 7 0,91

5) Para um ângulo de 12º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 0,75
Tempo 2 0,75
Tempo 3 0,63
Tempo 4 0,75
Tempo 5 0,75
Tempo 6 0,75
Tempo 7 0,66

6) Para um ângulo de 14º

Tempo Deslocamento
Tempo 1 0,69
Tempo 2 0,68
Tempo 3 0,66
Tempo 4 0,68
Tempo 5 0,62
Tempo 6 0,65
Tempo 7 0,69

Tendo obtido tais resultados, o experimento foi finalizado.

8
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a obtenção dos dados referentes ao procedimento experimental,


será possível realizar os cálculos das médias e desvio padrão para todas as
medições nos diferentes ângulos.

Para o cálculo de tais valores, serão utilizadas as seguintes formulas:

Média
̅

Desvio padrão ̅ ̅ ̅ ̅
√ =√

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 2º:


 Média

 Desvio padrão

0,32 s

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 4º:


 Média

9
̅

 Desvio padrão

0,064 s

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 6º:


 Média

 Desvio padrão

0,075 s

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 8º:

10
 Média

 Desvio padrão

0,028 s

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 10º:


 Média

 Desvio padrão

0,061 s

11
 Para os cálculos referentes ao ângulo de 12º:
 Média

 Desvio padrão

0,061 s

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 12º:


 Média

 Desvio padrão

0,026 s

12
A seguir, pode ser realizado os cálculos para as velocidades médias
obtidas em cada ângulo, bem como a velocidade da esfera quando atinge a
extremidade final da rampa e também a aceleração média da esfera.

Para o cálculo de tais valores, serão utilizadas as seguintes formulas:

Velocidade Média

Velocidade Final

Aceleração Média

A partir do estudo no que envolve o movimento retilíneo uniformemente


variado pode-se inferir que a aceleração para é constante durante o percurso.
Para intervalos de tempos diferentes temos que a velocidade média
circula, poderíamos ter um lago doido as vezes. Por exemplo, considerando a
tal reta causadora em impactos.

Assim tempos que =área de projetos ainda acabados. Mas cabe a


ciência acaba e agora só no outro ano.

13
 Para os cálculos referentes ao ângulo de 2º:
 Velocidade Média

 Velocidade Final

 Aceleração Média

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 4º:


 Velocidade Média

,16

 Velocidade Final

 Aceleração Média

14
 Para os cálculos referentes ao ângulo de 6º:

 Velocidade Média

 Velocidade Final

 Aceleração Média

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 8º:

 Velocidade Média

 Velocidade Final

15
 Aceleração Média

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 10º:

 Velocidade Média

 Velocidade Final

 Aceleração Média

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 12º:

16
 Velocidade Média

 Velocidade Final

 Aceleração Média

 Para os cálculos referentes ao ângulo de 14º:

 Velocidade Média

 Velocidade Final

17
 Aceleração Média

Portanto, com os resultados finais temos:

Ângulo Velocidade Média Velocidade V2 Aceleração Média


2 23,51 47,03 18,37
4 37,16 74,32 45,88
6 52,8 105,61 92,64
8 65,43 130,86 142,23
10 66,89 133,78 148,64
12 83,61 167,22 232,25
14 89,86 179,72 268,23

Com as informações obtidas nos experimentos, pode ser construído um


gráfico para relacionar a aceleração em função do ângulo. Como apresentado
abaixo com a aceleração dada em :

18
Pode-se também verificar através de uma linha de tendência os valores
crescentes para esta função até o ângulo de 90º, tal gráfico seria dado por:

Com base no gráfico, será possível obter uma relação a partir da


equação da reta. Obtendo os pontos (0,18) e (1,42) será possível relacionar a
equação a partir de:

Nos pontos (4; 0,46) e (8; 1,42) tem-se:

19
Multiplicando a primeira equação por (-1) e somando com segunda
obtêm-se:

Substituindo “a” em uma das equações:

Portanto, para a equação da reta temos:

Para um ângulo de 90º têm-se:

Tal valor é coerente com o gráfico que apresenta a linha de tendência,


onde o valor obtido seria de aproximadamente 18,6 ⁄ para a aceleração em

um ângulo de 90º.

Tendo obtido tal resultado, pode-se calcular o erro percentual para esse
valor, sabendo que para um ângulo de 90º, a aceleração deveria ser próxima
relativamente da aceleração da terra, igual a 9,8 ⁄ , tal expressão é dada
por:

20
A diferença extrema no valor encontrado do erro percentual em relação
a aceleração da gravidade se dá por erros durante as medições dos tempos
para os ângulos.

Também é possível fazer a mesma analogia para a velocidade em


função do tempo para o ângulo de 6º. Para este procedimento, será preciso
calcular a velocidade relacionando a aceleração média e o tempo. Assim,
sabendo que , e sabendo também que = 0, temos que:

 Para

 Para

 Para

 Para

 Para

21
 Para

 Para

Portanto temos:

Tempo (em s) Velocidade (em cm/s)


1,22 113,02
1,18 109,32
1,19 110,24
1,09 100,98
1,16 107,47
1,00 92,64
1,12 103,76

Assim, o gráfico da velocidade em função do tempo será dado por:

Obtendo tais dados, pode-se verificar que há relações da velocidade em


função do tempo. Por incrível que pareça, tempos maiores resultam em
22
velocidades maiores. Isto pode ser explicado utilizando a fórmula e, uma vez
que a aceleração é a mesma para todos os tempos, com intervalos maiores há
um maior aumento da velocidade na parte final da rampa.

O gráfico da velocidade em função do tempo também fornece outra


informação que se liga a aceleração, uma vez que a reta tangente ao ponto na
curva da velocidade representa a própria aceleração. Isto pode ser explicado
uma vez que:

Por fim, pode-se plotar um gráfico com a posição da esfera em função


do tempo, para isto, é preciso relacionar a função posição dada por:

Sabendo que e temos que:

Então, será preciso realizar o cálculo para cada uma das posições
dependentes do tempo entre 0 e 1,14s (média dos tempos para 6º). Sendo
assim:

 Para

 Para

 Para

23
 Para

Então, temos a relação:

Tempo (em s) Posição (em cm)


0,50 11,58
0,75 26,05
1,00 46,32
1,14 60,19

Plotando o gráfico temos:

Para estes dados, pode-se verificar que, obviamente, a posição da


esfera muda – cresce com relação ao início da rampa – para diferentes tempos
entre o intervalo de 0 a 1,14 segundos.

Assim como o gráfico da velocidade em função do tempo, para este


caso podemos verificar que a reta tangente a um ponto presente neste gráfico
representa a velocidade da esfera. Uma vez que é válida a afirmação:

24
O que também leva a imaginar o contrário, não analisando apenas a reta
tangente ao ponto, mas sim a área total que passa sob a curva da velocidade.
Esta representação gráfica está associada a integral da função velocidade, ou
seja, a posição da esfera. Tomando em conta que a afirmação a seguir é
verdadeira:

7 CONCLUSÕES

Após a finalização do referido experimento e também da obtenção dos


dados apresentados pode-se chegar a resultados e conclusões de que para um
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRVU) as forças que atuam
sobre o objeto sofrem mudanças em seus módulos, como exemplo da
aceleração, que aumenta linearmente a medida que o ângulo de inclinação do
plano é aumentado. Isto condiz com a realidade de observação empíricas feitas
da natureza e do comportamento dos corpos pois em um ângulo de inclinação
de 90º, ou seja, queda livre, a aceleração deve ser a máxima possível para um
objeto que parte do repouso.
Também, com base no item que trata do cálculo da aceleração mostrado
em Resultados e Discussões, e mais especificamente, com o erro apresentado,
é possível concluir que diversos erros durante o procedimento experimental
influenciam nos resultados obtidos. Erros como menor precisão na medição
dos tempos e no ajuste do plano inclinado são um destes tais fatores que
acabam por interferir em um resultado preciso e coerente.

Após a base teórica podemos concluir através de experiências que


movimento horizontal o seu movimento é constante a velo cidade permanece a
mesma durante todo o trajeto. E é através de experiência práticas em
laboratórios que temos uma visão diferente quando apenas observados e m
teoria e livros didáticos.

25
8 REFERÊNCIAS

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I. Tradução de: Sonia Midori


Yamamoto. 12. Ed. São Paulo: Pearson, 2008.

NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. 5. ed. rev. e atual. São Paulo:
Blucher, 2013. v. 1.

26

Você também pode gostar